CONVERSÃO DO IMPERADOR
CONSTANTINO
Nesta Página da Amen, pode encontrar a abordagem do Tema
Global da
● Conversão
do Imperador Constantino ●
● As grandes
Etapas da História do Cristianismo ►
● O Império Romano ►
● Os tempos
conturbados da perseguição aos Cristãos ►
● A Conversão de
Constantino e o papel de, sua mãe, Santa Helena ►
● Dados Biográficos de Constantino ►
● Dados Biográficos de Santa Helena ►
● Batalha da Ponte Mílvio ►
● Conclusão ►
● As
grandes Etapas da História do Cristianismo ▲
A Conversão do Imperador Constantino ao Cristianismo, aparece na
História da Humanidade como o voltar de uma das suas mais importantes páginas.
Olhando para a História do
Cristianismo, e não pretendendo traçar aqui a sua história, podemos estabelecer
10 Grandes Etapas:
1ª
Etapa - Cristianismo Primitivo, sob a perseguição do Judaísmo.
O ponto crucial da História da Humanidade foi a Vinda à Terra de Jesus, que nasceu, por desígnio de Deus Pai e Obra
do Espírito Santo, da mais Perfeita, Pura, Santa e Poderosa criatura, a Virgem Maria. É com a Encarnação do Verbo de Deus que a
História muda de rumo e que dá início ao Cristianismo. Primeiro com a vida da
Sagrada Família, depois, com a Pregação de Jesus Cristo, com a Sua morte e
Ressurreição, após o que se deu a expansão do Cristianismo, sob a liderança
Apostólica e a tutela da Virgem Maria, que sempre orientou os Apóstolos, até o
término da sua vida terrena.
Com a condenação à morte
de Jesus dá-se o fim do Judaísmo enquanto Religião Divina, pois que tendo os
judeus assassinado o próprio Deus, substituem-nO por quem os levou a matá-lO.
Não se limitaram a não acreditar naquele que o Pai mandou.
João 3,18
18 Quem nEle crê não é condenado, mas quem não
crê já está condenado;
Perseguiram-nO e urdiram
a Sua morte.
João 5,16-18
16 Por esse motivo, os judeus perseguiam Jesus, porque
fazia esses milagres no dia de sábado.
17 Mas ele lhes disse: Meu Pai continua agindo até agora, e eu ajo
também.
18 Por esta razão os judeus, com maior ardor, procuravam tirar-lhe
a vida, porque não somente violava o repouso do sábado, mas afirmava ainda
que Deus era seu Pai e se fazia igual a Deus.
Julgaram-nO,
condenaram-nO injustamente e cravaram-nO numa cruz.
João 9,11
11 Por isso, quem Me entregou a ti tem pecado
maior.
Mateus 27,24-25
24 Pilatos viu que nada adiantava, mas que, ao contrário, o
tumulto crescia. Fez com que lhe trouxessem água, lavou as mãos diante do povo
e disse: Sou inocente do sangue deste homem. Isto é lá convosco!
25 E todo o povo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre
nossos filhos!
Como podia Deus
permanecer com um povo que matou o Seu Próprio Filho?
O
tempo que vem a seguir à Ressurreição de Jesus caracteriza-se pelo espírito de
Caridade e Ajuda mútua entre os Cristãos.
Actos 2,42-47
42 Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião em
comum, na fracção do pão e nas orações.
43 De todos eles se apoderou o temor, pois pelos apóstolos foram
feitos também muitos prodígios e milagres em Jerusalém e o temor estava em
todos os corações.
44 Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum.
45 Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e dividiam-nos por
todos, segundo a necessidade de cada um.
46 Unidos de coração frequentavam todos os dias o templo. Partiam o
pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração,
47 louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor
cada dia lhes ajuntava outros que estavam a caminho da salvação.
Este espírito de união
era fortalecido por serem vítimas da perseguição por parte dos judeus.
Actos 8,1
1 E Saulo havia aprovado a morte de Estêvão.
Naquele dia, rompeu uma grande perseguição contra a comunidade de
Jerusalém.
2ª
Etapa - Expansão através da Europa sob o poder do Império Romano.
Quando a expansão do
Cristianismo ultrapassa as fronteiras de Israel, espalha-se pelos territórios
vizinhos da Ásia, África e Europa, chegando até à Península Ibérica, donde
partiria no século XV para todo o mundo, até à América, Oceânia e confins da
Ásia e África.
3ª
Etapa - Perseguição cruel feita pelos Imperadores Romanos.
Se já havia grandes
conflitos entre os Romanos e os judeus, derivados dos antagonismos entre o
monoteísmo judaico e os inúmeros deuses dos romanos, a expansão do Cristianismo
só veio agudizar a animosidade dos Romanos contra esta nova religião que
ganhava força todos os dias, e que para eles não passava de uma seita a ser
exterminada.
4ª Etapa - Conversão do Imperador Constantino
ao Cristianismo.
As perseguições aos
Cristão terminam com a Conversão de Constantino ao Cristianismo, e a sua
declaração como Religião Oficial do Império Romano.
5ª Etapa - Conversão e Baptismo do Rei Clóvis e
nascimento da primeira nação europeia Cristã - França.
A primeira Nação Europeia
nasce com o Baptismo do Rei Clóvis em 496, concedendo-lhe o título de Filha Primogénita da Igreja.
6ª
Etapa - As Cruzadas e a defesa da Terra Santa dos
ataques dos califas muçulmanos.
Séculos XI e XII.
7ª
Etapa - Estabilização da Igreja Católica na Europa.
Séculos XIII a XV.
8ª
Etapa - Era dos Descobrimentos Portugueses e
expansão do Cristianismo a todo o planeta.
Séculos XV e XVI.
9ª
Etapa - Perseguições feitas pela maçonaria e pelo comunismo.
Séculos XVIII a XX.
10ª
Etapa - Tempos finais que antecedem a Vinda
Gloriosa de Jesus Cristo e o Fim do
Mundo.
Século XXI.
● O
Império Romano ▲
Quando a expansão do
Cristianismo ultrapassa as fronteiras de Israel, espalha-se pelos territórios
vizinhos até atingir o coração do Império Romano. Aí, depois da morte de São
Paulo e São Pedro, dá-se o fim da Era Apostólica e tem início da Igreja tal
como a conhecemos hoje em dia, movida pelo Espírito Santo, que conduz os
Discípulos, sucessores dos Apóstolos.
Nesses longínquos tempos,
o mundo era dominado pela força do Império Romano, que durou cerca de 500 anos
e vai até cerca de 476 DC. O Império Romano dominava os territórios em torno do
Mediterrâneo, na Europa, África e Ásia.
Na religião politeísta
dos Romanos não havia separação entre Igreja e Estado, e os lugares de
sacerdote na religião do estado eram preenchidos pelas mesmas pessoas que
ocupavam os lugares na administração pública. Durante o período Imperial,
o pontífice máximo era o próprio Imperador, que chegava a
merecer culto de divindade após a sua morte.
Coliseu de Roma antes da sua ruína
É em Roma que a Igreja
Cristã alcança a sua maior expressão, não só pela poderosa pregação de São Pedro e de São Paulo, mas também fertilizada pelo
abundante sangue dos Mártires,
derramado pela crueldade dos Imperadores Romanos.
● Os
tempos conturbados da perseguição aos Cristãos ▲
Os Imperadores Romanos sentiam-se ameaçados pelos Cristãos,
que pregavam uma Religião em tudo contrária à religião dos inúmeros falsos
deuses romanos, às doutrinas por eles aceites, e que os conduziram a dominar
grande parte do mundo de então, dominando-o com selvajaria e com uma total
degradação de costumes.
Por todo o Império grassava
a imoralidade, a todos os níveis,
havendo a classe dominante em torno do Imperador, que vivia em permanentes bacanais e se divertiam publicamente
com jogos bárbaros e praticando as
maiores atrocidades, com sacrifícios aos seus falsos deuses, que
não eram mais que demónios
fazendo-se adorar como se deuses fossem.
Salmo 96,5
Os deuses dos gentios são demónios.
Em muitas traduções actuais da Bíblia esta
passagem está mal traduzida, mas na versão grega e na Vulgata está bem clara a palavra demónios:
«quoniam omnes dii gentium daemoni.»
Na versão da Bíblia portuguesa, feita pelo
padre António Pereira de Figueiredo, e aprovada pelo Arcebispo de Lisboa, em 1953, pág. 614, ainda aparece a palavra demónios.
Não admira pois que os demónios quisessem contrariar
esta expansão do Cristianismo, levando a que o Imperador, completamente sob o seu domínio, fizesse as maiores atrocidades
para travar a crescente conversão ao Cristianismo, e que naturalmente iria
aumentar o descontentamento do povo e levar ao declínio do seu poder.
Ele (o
diabo) tem sobre a natureza humana um
poder muito maior que o homem sobre a natureza animal, e tu vês que poder o
homem tem sobre a natureza animal.
Se as intrigas e virulência
das quezilas políticas eram imensas entre a aristocracia romana, pela conquista
do poder, o ódio aos cristão superou-as quer em violência quer em meios
disponibilizados para os exterminar. Porque se eles se guerreavam uns contra os
outros pela conquista do poder, uniam-se para combater o inimigo comum, os
Cristãos, uma raça com a qual pretendiam acabar.
Bacanal Romano e queima de Cristãos como
tochas humanas
A mais cruel Perseguição aos Cristãos começou logo
no tempo do Imperador Nero (54-68),
por todo o Império mas com particular incidência em Roma. Nero era totalmente
endemoninhado e chegou ao ponto de incendiar Roma, para lançar a culpa sobre os
Cristãos e justificar o seu extermínio.
O escritor Tácito escreveu nos seus Anais:
“Para se ver livre do boato,
Nero prendeu os culpados e infligiu as mais requintadas torturas numa classe
odiada por suas abominações, chamada cristãos pelo populacho. (…)
Uma grande multidão foi
condenada não apenas pelo crime de incêndio mas por ódio contra a raça
humana. E, em suas mortes, eles foram feitos objectos de divertimento,
pois foram amarrados e feitos em pedaços por cães e outras bestas
selvagens, ou cravados em cruzes, ou incendiados, e, ao fim do
dia, eram queimados para servirem de iluminação nocturna.”
As formas de execução utilizadas pelos romanos incluíam as
maiores atrocidades e usadas para gáudio da população no Coliseu Romano.
Martírio de Cristãos no Coliseu de Roma
A
primeira perseguição que envolveu
todo o território imperial aconteceu sob o governo do Imperador Maximino, apesar de que apenas
o clero tenha sido visado. Foi somente sob o Imperador Décio, em meados do século
II, que a perseguição abrangeu também os leigos em todo o Império.
Gregório de
Tours escreveu na sua História dos Francos:
“Sob o imperador Décio, muitas perseguições
se levantaram contra o nome de Cristo, e houve tamanha carnificina de fiéis que
eles não podiam ser contados. Bábilas, bispo de
Antioquia, com seus três filhos
pequenos, Urbano, Prilidan e Epolon, e Sisto, bispo de Roma, Lourenço, um arquidiácono, e Hipólito tornaram-se perfeitos pelo martírio porque confessaram o nome do
Senhor.”
A perseguição atingiu o seu
pico sob os governos do Imperador Diocleciano
e do Imperador Galério, no final do
século III e início do IV. Publicaram uma série de quatro Éditos proibindo as práticas Cristãs e uma ordem de prisão do Clero. Com a intensificação da perseguição,
chegou-se ao ponto de obrigar todos os
cristãos do Império a fazerem sacrifícios
aos deuses imperiais, sob a pena de
serem martirizados, caso se
recusassem, o que normalmente acontecia.
Cristão sendo devorado por leões
Durante os tempos destas
terríveis perseguições, os Cristãos foram obrigados a se refugiarem em abrigos
subterrâneos, as Catacumbas, onde se
reuniam para Orar e celebrar a Eucaristia e especialmente para enterrarem os
seus mortos.
Catacumba Romana
As Catacumbas espalham-se
por dezenas de quilómetros subterrâneos e algumas chegam a ter 5 pisos. As mais famosas são as de São Calisto
e de Santa Priscila. Ficam na região central de Roma e calculam-se
que mais de 20000 pessoas estarão lá enterradas nos seus corredores.
A maior parte das catacumbas foram construídas ao
longo das estradas romanas, como a Via Ápia, via
Ostiense, via Labicana, via Tiburtina e via Nomentana.
Nos arredores de Roma existem mais de 30
Catacumbas, das quais as mais conhecidas são:
Giordani, Marcelino e Pedro, Calepódio, Comodila,
Domitila, Generosa, Pretestato, São Lourenço, São Nicomede, São Pancrazio, São
Sebastião, São Valentino, Santa Agnese, Santa Ilária, Santa Felicita, Trasone,
Via Anapo, Vila Torlonia.
● A
Conversão de Constantino e o papel de, sua mãe, Santa Helena ▲
Foi neste ambiente de terror que se chegou ao
tempo do Imperador Constantino.
DADOS DO IMPERADOR CONSTANTINO ▲
Nome: Flavius
Valerius Aurelius Constantinus, Imperador Constantino
Magno
Nome do pai: Imperador Constâncio Cloro Nome da mãe: Flavia
Iulia Helena, Santa Helena Augusta, ou Santa Helena de Constantinopla
Data de
nascimento: 27 de Fevereiro de 272 Data do falecimento: 22
de Maio de 337, com 65 anos
Início do reinado: 25 de Julho de 306 Proclamado Augusto: 25
de Julho de 306 Fim do
reinado: 22
de Maio de 337
Data do Baptismo: 22 de Maio de 337, logo antes da morte pelas mãos do Bispo Eusébio de Nicomédia
Estátua do Imperador Constantino
DADOS DE SANTA HELENA ▲
Nome: Flavia
Julia Helena, Santa Helena Augusta, ou Santa Helena de
Constantinopla
Nome do pai: Homem da plebe Nome da mãe: Mulher da plebe
Data de
nascimento: 250 Data do falecimento:
330, de causas naturais
Proclamada Augusta: 324, depois
de sair do exílio em Bitínia, pelas mãos de seu filho Constantino
Data do Baptismo: Por
volta de 312, no exílio em Bitínia
Constâncio Cloro, tribuno romano, e Helena, uma plebeia, apaixonaram-se e
tiveram um filho, Constantino.
Mais
tarde, o Imperador Maximiano nomeou
Constâncio Cloro como seu sucessor, sob condição de abandonar Helena e casar
com a sua enteada Teodora. Constâncio cedendo à ambição, repudiou Helena, que
foi enviada para o exílio em Bitínia.
Constantino
foi para Roma com o pai.
Durante
o seu exílio de 14 anos, Helena converteu-se ao Cristianismo.
Quando
Constâncio Cloro morreu, em 306, Maxêncio
deu um golpe de estado e ficou com o trono imperial.
Constantino
chamou de imediato para o pé de si sua mãe Helena, mulher renovada no exílio
pelo espírito cristão, sábia e santa, que muito o ajudou a reconquistar o trono
de seu pai. Logo após a sua chegada a Roma, Helena tentava converter
Constantino ao Cristianismo, lançando mão da Oração e do Jejum, mas sem
sucesso, pois as preocupações de Constantino eram a de formar um Exército que pudesse derrotar Maxêncio
em batalha. Mas sua mãe Helena, que
não era minimamente motivada pela política, persistia na conversão de seu
filho, de uma forma prudente, serena mas convicta.
Chegado o momento da
grande Batalha, Constantino viu que estava em desvantagem, pois o exército do
seu inimigo e usurpador do trono de seu pai, era mais poderoso.
● Batalha da Ponte
Mílvio ▲
ò Diante da possibilidade real de perder
essa Batalha, Constantino resolveu pedir ajuda
aos Céus . Na noite anterior à batalha contra Maxêncio, quando se
encontrava em oração, Constantino teve a Visão
de uma Cruz luminosa, e nela estava escrito em latim:
“In hoc signo vinces” (Sob este símbolo vencerás).
Durante essa mesma noite,
Jesus apareceu-lhe num sonho com a mesma Cruz
e disse-lhe que, com a Cruz, ele venceria o inimigo. No dia seguinte Constantino mandou pintar nos escudos e
estandartes do seu exército a imagem da Santa Cruz.
A Batalha da Ponte Mílvio, deu-se entre os dois exércitos a 28
de Outubro de 312, perto
de Roma, e foi ganha por Constantino, que conseguiu uma vitória esmagadora
sobre o inimigo. Depois, entrou em Roma com grande pompa, e na praça principal,
mandou erigir a sua estátua com uma Cruz na mão, tendo a seguinte inscrição: «Com esta cruz salvei a cidade do jugo do
tirano.» ò
Arco de Constantino em Roma com as ruínas do
Coliseu em fundo
Mais tarde, Constantino não
teve dúvidas de atribuir a sua vitória ao Deus dos Cristãos. Esta sequência dos
acontecimentos encontra-se na biografia
de Constantino, feita pelo Bispo
Eusébio de Cesareia.
Constantino enquanto
conviveu na corte de Diocleciano, teve a oportunidade de testemunhar a lealdade
dos Cristãos que ocupavam variadíssimos cargos, e tendo visto os horrores da
perseguição que lhes moveram posteriormente, admitiu, mais tarde, que isso em
muito contribuira para a sua tolerância e benevolência para com eles e que em
muito contribuíra também para a sua própria conversão ao Cristianismo.
Após se sagrar Imperador,
Constantino atribuiu à sua mãe as honras
de Imperatriz, que nunca tivera devido ao seu exílio em Bitínia. Mais
tarde, em 324, ela recebeu o título
de Augusta, juntamente com a sua nora Flavia Maxima Fausta.
Santa Helena e a Vera Cruz
Logo no ano seguinte à
vitória da Ponte Mílvio, em 313,
Constantino em conjunto com o seu genro Licínio, publicou o primeiro Édito de Milão, permitindo a
todos os cidadãos do Império se converterem ao Cristianismo. No segundo Édito de Milão, também assinado
por ele, ordenava que fossem devolvidos aos Cristãos todos os seus lugares de
Culto, assim como os bens materiais que tinham sido confiscados durante o tempo
das perseguições.
Além
dos Éditos de Milão,
tomou as seguintes medidas
favoráveis ao Cristianismo:
•
Aboliu os jogos pagãos (314).
•
Libertou o Clero dos deveres cívicos.
•
Libertou as terras da Igreja de pagarem impostos (313-315).
•
Aboliu a crucificação e promulgou uma lei muito severa contra os judeus, que se
revoltavam contra a Igreja (315).
•
Permitiu libertar os escravos que trabalhavam para as Igrejas (316).
•
Proibiu que fossem feitas oferendas aos ídolos pagãos bem como chamar oráculos
para a sua casa, concedendo este direito somente às associações (319).
•
Mandou que o dia de Domingo fosse festejado em todo o Império (321).
•
Aboliu as leis romanas contra o celibato, em defesa das virgens celibatárias.
•
Conferiu à Igreja o direito de receber bens doados por testamento das pessoas.
•
Permitiu aos Cristãos o acesso a altas posições do estado.
•
Mandou construir Igrejas Cristãs e proibiu serem lá colocadas estátuas de
imperadores, como era comum nos templos pagãos (325).
Um de seus grandes méritos
foi também a convocação do primeiro Concílio
Ecuménico de Niceia, na cidade do mesmo nome, em 19 de Junho de 325, em que participaram mais de 300
representantes das comunidades Cristãs, e em que se estabeleceu uma paz
religiosa, que veio a estabilizar o Império Romano.
Na sequência da Conversão
de Constantino ao Cristianismo, das acções de Santa Helena e do Concílio de
Niceia, o Imperador bizantino Teodósio
I (347-395) promulgou um decreto a 27 de Fevereiro de 380, declarando o
Cristianismo a Religião Oficial de Estado e do Império Romano. Passaram a
ser punidos os cultos pagãos, a partir daí.
Olhando para todos estes
acontecimentos, podemos claramente ver a mão
da Providencia Divina, escolhendo Constantino para levar a cabo a primeira
das grandes transformações do curso da História no mundo de então.
A enorme Fé e devoção de Santa Helena levaram-na
para a Terra Santa, onde foi responsável pela construção da primeira Igreja do Santo Sepulcro, da primitiva Basílica da Natividade, em Belém e da Igreja no Monte das Oliveiras. Foi
também Santa Helena quem encontrou a Verdadeira
Cruz de Jesus Cristo (a Vera Cruz),
no Gólgota em Jerusalém, e a trouxe para Roma, de onde foi dividida em pequenas
Relíquias e espalhada por todo o
mundo Católico.
Descoberta da Vera Cruz de Jesus Cristo
No Rito Romano não se
celebra a festa de Constantino, mas este mereceu no Rito Bizantino, em conjunto com sua mãe Santa Helena, o nome de «Igual-aos-Apóstolos» e culto oficial
no dia 19 de Maio.
No Rito Romano celebra-se a festa de Santa Helena a 19 de Agosto.
Santa Helena morreu com 80 anos e encontra-se sepultada em Roma.
Sarcófago de Santa Helena em Roma, no Museu
do Vaticano
● Conclusão
▲
Os desígnios de Deus
podem ser vislumbrados com os olhos da Alma, na suave condução da História Humana, suscitando grandes homens,
santos e santas, que, com a sua intervenção, orientam os acontecimentos segundo
os Planos de Deus.
É assim que surge Santa Helena, que atravessa diversas
vicissitudes, para dar à luz o Imperador
Constantino, que mudará o curso
pagão da história no Império Romano. É também a Fé inabalável de Santa
Helena, que a conduz para a Terra Santa e a leva a descobrir a Cruz de Jesus
Cristo e espalhada em seguida pela Terra inteira.
Roma já tinha sido preparada para se tornar
na sede da Igreja Católica, com a
pregação de São Paulo e de São Pedro e seus Martírios. Com Constantino, este
estabelecimento é consolidado. Roma, no coração da Europa, criada e consolidada
com raízes Cristãs, é escolhida, para se tornar a Capital e o Centro do Cristianismo.
●
A Batalha da Ponte Mílvio, em 312, com a Visão que Constantino teve
da Cruz, que devia colocar nos escudos e Estandartes para vencê-la, e a
Aparição que teve de Jesus, terão sido, porventura, a pré-figuração de outras três suaves intervenções Divinas na
História da Humanidade:
● A Batalha de Tolbiac, em 496, em que Clóvis pede a vitória a Jesus e consegue esmagador
triunfo sobre o exército Alamano.
● A Batalha de Ourique, em 1139, com a Aparição de Jesus a Dom Afonso Henriques, em que lhe promete a
Vitória sobre todos os inimigos da Fé Católica e aponta as Cinco Chagas como
imagem da sua Bandeira Nacional.
● A Batalha Naval de Lepanto, em 1571, na última Cruzada, em que o Papa Pio V teve a inspiração de usar um
Estandarte com Cristo Crucificado, em que o comandante da frota Cristã levou a
que todos se confessassem e comungassem, rezassem o Rosário e jejuassem, a
distribuição de Medalhas, Escapulários e Rosários, a Visão que o Papa teve da Virgem Maria comunicando-lhe a Vitória, e
ainda o avistamento da mesma Senhora por cima dos mastros da frota Católica,
que apavorava os muçulmanos.
Não
determinando quem se Salva ou quem se condena, já que deu o Livre Arbítrio ao Homem, fica claro que
Deus comanda a História da Humanidade.
João 9,11
11 Respondeu Jesus: Não terias poder algum
sobre Mim, se de Cima não te fora dado.
Aparição de Jesus a Dom
Afonso Henriques, a 24 de Julho de 1139.
(…) porque Eu sou o
fundador e destruidor dos Impérios do mundo, e em ti e tua geração quero fundar
para Mim um Reino, por cuja indústria será Meu Nome notificado a gentes
estranhas.
Jesus, Cristo Rei, é
de facto o Senhor da História!
www.amen-etm.org/Constantino.htm