ERA DOS DESCOBRIMENENTOS

 

 

BÊNÇÃO ESPECIAL  

 

Editorial do dia 8 de Março de 2015  

 

Nesta Página da Amen, pode encontrar a abordagem dO Tema Global da

ERA DOS DESCOBRIMENENTOS

ÍNDICE  

O que foi a Era dos Descobrimentos

Pequena História dos Descobrimentos

1ª Etapa - Evangelização da Península Ibérica pelo Apóstolo São Tiago.

2ª Etapa - Fundação de Portugal.

3ª Etapa - Criação da Ordem dos Templários da Ordem de Cristo.

4ª Etapa - Suscitar valorosos homens de Fé.

A grandiosidade da Obra das Descobertas

As Estrelas que brilharam na Era dos Descobrimentos

Infante Dom Henrique  

Companhia de Jesus - Jesuítas  

São Francisco Xavier  

Padre António Vieira     

Padre Bento de Góis  

Padre Manoel da Nóbrega  

Padre José de Anchieta  

São Nuno de Santa Maria

Pedro Álvares Cabral  

Vasco da Gama  

Afonso de Albuquerque 

Cristóvão Colombo

Fernão de Magalhães

 

 

 

 

Conclusões

 

 

O que foi a Era dos Descobrimentos

A Era dos Descobrimentos foi um período de ouro da História da Humanidade, nos séculos XV e XVI, entre 1415 e 1543, protagonizada particularmente pelos Portugueses,  secundados pelos Espanhóis, e em que o Cristianismo foi levado aos 4 cantos da Terra.

O que motivou esta expansão da Civilização e da Fé Católica a todo o Planeta foi, paralelamente ao génio e coragem de valorosos Navegadores, a Fé de bravos e intrépidos homens que quiseram Testemunhar Cristo, levando a Fé Católica a outros Povos.

Civilizacionalmente falando, o mundo de então estava confinado à Europa, Médio Oriente, Norte de África e parte Sul da Ásia. Ainda nem sequer havia a certeza e a prova de que a Terra era redonda. Os navegadores tinham medo de se aventurar na navegação afastados da costa, pois julgando que a Terra era plana ou achatada, tinham medo de caírem no abismo…

O Continente Africano era praticamente desconhecido. Da América nem sequer havia conhecimento. Toda a Oceânia era completamente desconhecida. A Ásia era um intrigante mistério e o caminho para lá chegar era só através de longas e perigosas viagens por terra. A maior parte do Globo Terrestre estava, assim, por explorar e cartografar.

O Cristianismo estava confinado dentro dos estreitos limites da Europa. Em traços largos, a única coisa que motivava o contacto com o exterior da Europa, era o comércio, que se encontrava nas mãos das Repúblicas de Veneza e Génova e dos intermediários do Médio Oriente, em Constantinopla. Para além da Europa, existia um mundo pagão, com o qual não havia contacto, a não ser para obter lucros no comércio de especiarias, tecidos, ouro e prata, marfim e muitos outros bens de consumo.

Grande parte da História que é divulgada nos nossos dias, e que é a estudada pelos nossos adolescentes, foi escrita por inimigos maçons da Igreja Católica, e que tentam por todos os meios denegrir os valorosos feitos de Portugal e Espanha, na Missão de darem Testemunho de Jesus Cristo e espalharem a Fé Católica. O alvo preferencial destes deturpadores da história, tem especial incidência na acção dos Espanhóis contra os Astecas. Não nos esqueçamos de que os Astecas, que viviam no actual México, eram um povo cruel e que ofereciam sacrifícios humanos aos seus “deuses” (leia-se “demónios”), assassinando com requintes de malvadez, os membros das tribos que dominavam.

Sem pretender replicar mais uma história dos Descobrimentos, do ponto de vista cronológico, episódico e comercial, quero, antes, salientar o papel que Portugal desempenhou no Testemunho da Fé em Jesus Cristo, na Expansão da Fé Católica e os novos mundos que ofereceu ao Cristianismo.

Toda a Era dos Descobrimentos Portugueses foi norteada e imbuída do Espírito Missionário e de Expansão da Fé Católica, e confirmada pela implantação dos Padrões Portugueses, marcos de pedra com as Armas Portuguesas (As 5 Quinas e a Cruz de Cristo) e uma inscrição, destinados a afirmar a soberania portuguesa no local onde eram implantados.

Padrão Colonial Português em Angola

O Padrão dos Descobrimentos, também conhecido por Monumento dos Descobrimentos, celebra hoje em dia a Era dos Descobrimentos Portugueses e foi erigido na zona de Belém em Lisboa, tendo sido mandado erigir pelo Professor António de Oliveira Salazar, chefe de Estado Português. Foi sob a sua direcção que se montou a Exposição do Mundo Português, em 1940, para celebrar o Império Colonial Português.

Naquele tempo ainda era composto pelas terras de Aquém e Além Mar:

n Portugal Continental - O Coração do Império Português.

n Açores - Ilhas Atlânticas, ainda Região Autónoma Portuguesa.

n Madeira - Ilhas Atlânticas, ainda Região Autónoma Portuguesa.

n Guiné - Obteve a triste  independência em 1974 com a infiltração de movimentos comunistas russos.

n Angola - Obteve a triste  independência em 1975 com a infiltração de movimentos comunistas russos e cubanos.

n Moçambique - Obteve a triste  independência em 1975 com a infiltração de movimentos comunistas russos.

As Colónias Portuguesas de Angola, Moçambique e Guiné, prosperaram e viveram em Paz até os movimentos de índole comunista terem iniciado os processos de independência, concretizada em 1975, e corroborada pelo governo socialista/comunista português, que tomou de assalto o poder em Portugal, no ano seguinte à Revolução de 25 de Abril de 1974. Depois de alcançarem a independência, aqueles recém-formados países, ex-colónias Portuguesas, foram conduzidos a guerras internas sangrentas, que duraram dezenas de anos, produziram milhares de mortos e conduziram os países à desordem, à miséria e à corrupção.

n Cabo Verde - Obteve a independência em 1975.

n Goa -  Foi reintegrada na Índia em 1961.

n Damão -  Foi reintegrada na Índia em 1961.

n Diu -  Foi reintegrada na Índia em 1961.

n Macau - Foi reintegrada na China em 1999.

n Brasil - Tornou-se independente em 1822, através de uma revolução maçónica, que levou também Portugal a mergulhar nas Guerras Liberais no início do século XIX, por influência da Revolução Francesa e do derrube das monarquias europeias.

Fruto do poderia Maçónico que se implantou lentamente no país, a todos os níveis, aquela grande Terra de Vera Cruz, filha de Portugal, foi progressivamente se tornando, especialmente nos grandes centros urbanos, numa terra de carnavais obscenos, costumes degradados, movimentos gays, pornografia, prostituição, telenovelas degeneradas, macumbas, candomblés, mães de santos, seitas de todo o género, falsas aparições, violência urbana, favelas, exploração e paraíso da corrupção.

Que tristeza ver a degradação a que pode chegar um país, que até já deixou de afirmar o seu Amen no fim das orações, e o trocou por um lamecha, falso, sem sentido e sem força, Amém! Procurem os bons Católicos em que data os pseudo-letrados trocaram a palavra “Amen” por “Amém”, nas traduções bíblicas e nos textos litúrgicos, e encontrarão a data em que começou toda a terrível decadência de costumes no país, e as mãos pelas quais foram introduzidas as maiores barbaridades culturais.

Daqui lanço o Apelo a todos os Verdadeiros Católicos Brasileiros:

“Voltem ao antigo Amen, à palavra Bíblica pronunciada pela Virgem Maria em Hebraico, à versão original latina, e verão as suas vidas se alterarem para melhor.”

É por este país ter nascido de impulsos maçónicos e se ter degradado até a actual situação em que se encontra, que só tem falsas aparições, falsos videntes diabólicos, e não tem, nem sequer, uma única Verdadeira Aparição de Nossa Senhora.

Padrão dos Descobrimentos em Lisboa

 

Chave das Figuras

Os Reis da Era dos Descobrimentos, reconhecidos pelos sucessos alcançados, mandaram erigir extraordinárias obras monumentais, das quais se podem salientar o Mosteiro dos Jerónimos e sua Igreja de Santa Maria de Belém e a Torre de Belém.

Mosteiro dos Jerónimos e Igreja de Santa Maria de Belém                                                                 Torre de Belém

(O Link destas Imagens só funciona se tiver o Google Earth instalado)

 

 

Pequena História dos Descobrimentos

A Era dos Descobrimento, antes de se concretizar, já estava na mente Divina, e o delineamento da Sua Estratégia passou por quatro grandes Etapas:

1ª Etapa - Evangelização da Península Ibérica pelo Apóstolo São Tiago.

2ª Etapa - Fundação de Portugal.

3ª Etapa - Criação da Ordem dos Templários e da Ordem de Cristo.

4ª Etapa - Suscitar valorosos homens de Fé.

 

1ª Etapa - Evangelização da Península Ibérica pelo Apóstolo São Tiago.

A primeira grande Etapa que levou à Era dos Descobrimentos, foi a vinda de São Tiago Apóstolo até às terras da Península Ibérica, extremo Ocidental da Europa, levando o Evangelho às terras que mais tarde haviam de ser o ponto de partida da Fé Cristã para o resto do mundo. A Península Ibérica foi confirmada nesta Missão Evangelizadora, pela vinda milagrosa da Virgem Maria, que pela primeira vez visitou estas terras predestinadas.

Foi o preparar das sementes que haviam de ser lançadas à terra, e que dariam muito fruto.

MisticaCidadedeDeus.htm#MCD_3_319

MCD-3-321 321 - Na evangelização de Espanha, ele encontrou incríveis dificuldades e perseguições movidas pelo demónio, através de judeus incrédulos.    No mais, entendi que a grande Rainha do Céu teve especial interesse e afeição a São Tiago, pelas razões que eu disse (n° 320), e por meio de seus Anjos o defendeu, e livrou de grandes e muitos perigos. Consolou-o e confortou-o muitas vezes, dando-lhe notícias e avisos particulares, pois, como viveria pouco tempo, disso tinha mais necessidade. Muitas vezes o próprio Cristo, nosso Salvador, do Céu enviou Anjos para defender Seu grande Apóstolo. e o transportar de uns lugares para outros, guiando-o em sua peregrinação evangelizadora.

MCD-3-326 326 - … Veio depois a Toledo, daí passou por Portugal, …

A glória da Era dos Descobrimentos foi intimamente partilhada pelos dois povos da Península Ibérica, Portugal e Espanha, pois foi quando ainda não constituíam dois povos distintos, que a Península foi visitada pela Rainha dos Apóstolos, como que a sugerir que daquela Península partiriam conjuntamente, a testemunhar a Fé Católica, os homens que nela habitassem. E tendo os dois povos Ibéricos cumprido esse desígnio Divino, veio a confirmação e recompensa, mais tarde, com as Aparições de Nossa Senhora em Fátima e em Garabandal.

Com a Virgem Maria se deu o início deste Plano Divino da Evangelização, e com a Virgem Maria se fechou esse ciclo, uma vez mais se podendo verificar a regra da simetria de muitos dos acontecimentos da História da Salvação.

Assim pudemos assistir, na Epopeia das Descobertas, a Portugueses a trabalhar para Espanha, e de Espanhóis a trabalhar para Portugal, quer Navegadores quer Missionários. Vistas as coisas com os olhos de Deus, foi um esforço partilhado e conjunto, com muitos escolhos e muitas tempestades de percurso, mas sempre unidos numa mesma Fé.

Se é verdade que a Igreja de Cristo nasceu no médio Oriente, na Palestina, e dali se expandiu a toda a Europa, não é menos verdade que foi da Península Ibérica que se expandiu para o resto do mundo.

 

2ª Etapa - Fundação de Portugal.

A Fundação de Portugal no século XI, foi uma expressa Vontade de Jesus, da qual tomámos conhecimento na transcrição da Sua Aparição a Dom Afonso Henriques, na véspera da batalha de Ourique, travada contra os Mouros muçulmanos, e que ficou nas “Crónicas de D. Afonso Henriques” de Frei António Brandão.

Apresento seguidamente um pequeno extracto sobre a Fundação de Portugal, retirado do Capítulo VIII do GPS.

Aparição de Jesus a D. Afonso Henriques, em 24 de Julho de 1139.

Crónicas de D. Afonso Henriques de Frei António Brandão. (Com a ortografia arcaica)

 

Saíu fora da tenda o bom velho e tornou a sua ermida, e o infante, esperando pelo sinal prometido, gastou em oração afervorada todo o espaço da noite até à segunda vigia, na qual ouviu o som da campainha; armado então com seu escudo e espada saíu fora dos arraiais, e, pondo os olhos no Céu, viu da parte oriental um esplendor formosíssimo, o qual pouco e pouco se ia dilatando e fazendo maior. No meio dele viu o salutífero sinal da santa Cruz, e nela encravado o Redentor do mundo, acompanhado em circuito de grande multidão de anjos, os quais em figura de mancebos formosíssimos apareciam ornados de vestiduras brancas e resplandecentes, e pôde notar o infante ser a Cruz de grandeza extraordinária, e estar levantada da terra quási dez côvados.

Com o espanto de visão tão maravilhosa, com o temor e reverência devidos à presença do Salvador, pôs o infante as armas que levava, tirou a vestidura real, e descalço se prostrou em terra e, com abundância de lágrimas, começou a rogar ao Senhor por seus vassalos, e disse:

«Que merecimentos achastes, meu Deus, em um tão grande pecador como eu para me enriquecer com mercê tão soberana?

Se o fazeis por me acrescentar a fé, parece não ser necessário, pois vos conheço desde a fonte do Baptismo por Deus verdadeiro, filho da Virgem Sagrada, segundo à humanidade, e do Padre Eterno por geração divina. Melhor seria participarem os infiéis da grandeza desta maravilha, para que, abominando seus erros, vos conhecessem».

O Senhor então com suave tom de voz que o príncipe pôde bem alcançar, lhe disse estas palavras:

«Não te apareci dêste modo para acrescentar tua fé, mas para fortalecer teu coração nesta empresa, e fundar os princípios de teu Reino em pedra firmíssima. Tem confiança, porque, não só vencerás esta batalha, mas todas as mais que deres aos inimigos da fé católica. Tua gente acharás pronta para a guerra, e com grande ânimo pedir-te-á que com título de rei comeces esta batalha; não duvides de o aceitar, mas concede livremente a petição porque eu sou o fundador e destruidor dos Impérios do mundo, e em ti e tua geração quero fundar para mim um reino, por cuja indústria será meu nome notificado a gentes estranhas. E porque teus descendentes conheçam de cuja mão recebem o reino, comprarás as tuas armas do preço com que comprei o género humano (as cinco Chagas e os trinta dinheiros), o daquele por que fui comprado dos judeos, e ficará este reino santificado, amado de mim pela pureza da Fé e excelência de piedade».

O infante Dom Afonso, quando ouviu tão singular promessa, se prostrou de novo por terra e, adorando ao Senhor, lhe disse:

«Em que merecimentos fundais, meu Deus, uma piedade tão extraordinária como usais comigo? Mas já que assim é, ponde os olhos de vossa misericórdia em os sucessores que me prometeis, conservai livre de perigos a gente portuguesa, e, se contra ela tendes algum castigo ordenado, peço-vos o deis antes a mim e a meus descendentes, e fique salvo êste povo, a quem amo como único filho».

A tudo deu o Senhor resposta favorável, dizendo como nunca dêle, nem dos seus, apartaria os olhos de sua misericórdia, porque os tinha escolhidos por seus obreiros e segadores, para lhe ajuntarem grande seara em regiões apartadas.

Com isto desapareceu a visão, e o infante Dom Afonso, cheio de fortaleza e júbilos de alma, quais se deixão entender, fêz volta para os arraiais e se recolheu em sua tenda.

 

3ª Etapa - Criação da Ordem dos Templários e da Ordem de Cristo.

No âmbito e no espírito das Cruzadas, a Criação das Ordens Militares, em especial da Ordem dos Templários, que em Portugal se havia de tornar na Ordem de Cristo pelas mãos de Dom Dinis, foi mais uma das Etapas determinantes que haviam de proporcionar meios, humanos e materiais, para a Era dos Descobrimentos levada a cabo por Portugal e Espanha.

Para defender o Reino Latino de Jerusalém foram criadas as três grandes Ordens Religiosas Militares, com os monges-cavaleiros:

Ordem dos Hospitalários ou Cavaleiros de São João, mais tarde apelidada de Ordem de Malta - Instituída, em 1113, para refúgio e auxílio a Cruzados. Funcionava no hospital dedicado a São João. Consentiu, mais tarde, a entrada de Cavaleiros, tornando-se numa Ordem Militar. A sua sede mudou mais tarde para Rodes na ilha de Malta e daí ter mudado de nome para Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta.

Ordem Teutónica - formada por cavaleiro alemães em 1187.

Ordem dos Templários

A Ordem dos Templários fundada em 1199 e que funcionava junto do local onde outrora fora o Templo de Jerusalém. A Regra desta Ordem dos Templários foi escrita por São Bernardo de Claraval, grande devoto da Virgem Maria e que escreveu a Oração Memorare. Foi São Bernardo que escreveu a última parte da Salvé-Rainha. Foi também São Bernardo que começou a tratar a Virgem Maria por Nossa Senhora.

A frase indelevelmente associada aos Templários é:

Non Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo ad Gloriam!    (Não por nós Senhor, não por nós, mas para a glória de Teu nome!)

Ordem dos Templários e a sua máxima

No ano 1118, Jerusalém já era um território Cristão. Assim, nove monges veteranos da primeira Cruzada, entre eles Hugh de Payen, dirigiram-se ao rei de Jerusalém Balduíno I e anunciaram a intenção de fundar uma ordem de monges guerreiros.

Os denominados Pobres Cavaleiros de Cristo instalaram-se numa parte do palácio que foi cedida por Balduíno, um local que outrora fora o Templo de Salomão. Por isso ficaram conhecidos como Cavaleiros do Templo, ou Cavaleiros Templários.

A Ordem desenvolveu uma estrutura básica e organizou-se numa hierarquia composta desde os sacerdotes até os soldados.

O sustento dos Templários provinha de imensas fortunas doadas por vários reinados. A propóssito destas doações, Filipe IV ficou a dever fortunas à Ordem dos Templários.

Os soldados Templários recebiam treinamento bélico; combatiam ao lado dos Cruzados na Terra Santa; conquistavam terras; administravam povoados; extraíam minérios; construíam castelos, catedrais, moinhos, alojamentos e oficinas; fiscalizavam o cumprimento das leis e intervinham na política européia, além de aprimorarem o conhecimento em medicina, astronomia e matemática.

O poder dos Templários tornou-se maior que a Monarquia e a Igreja. Devido a intrigas suscitadas por Filipe IV, que não conseguia pagar as suas dívidas aos Templários, começou a manipular o Papa Clemente V, que lhe devia favores, para que extinguisse os Templários, que começaram a ser injustamente perseguidos. Acabou por ser dissovida a Ordem, com o assassinato do seu último Grão Mestre Jacques de Molay, que depois de 6 anos de encarceramento e tortura, foi queimado na fogueira, donde proferiu as últimas palavras de maldição contra os que o perseguiram injustamente:

"NEKAN, ADONAI !!! CHOL-BEGOAL!!!

PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FILIPE…

INTIMO-OS A COMPARECEREM PERANTE O TRIBUNAL DE DEUS, DENTRO DE UM ANO, PARA RECEBEREM O JUSTO CASTIGO.

MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A DÉCIMA TERCEIRA GERAÇÃO DAS VOSSAS RAÇAS!!!"

Jacques de Molay na fogueira

Clemente V morreu trinta e três dias depois, e o Rei Felipe, o Belo, em pouco mais de seis meses.

Perante as ordens do Papa no sentido de extinguir os Templários e executar os seus cavaleiros, o Rei D. Dinis de Portugal instaurou um processo de inquérito de forma a averiguar sobre a culpa ou inocência desses cavaleiros. O inquérito concluiu que os cavaleiros da Ordem dos Templários estavam inocentes de todas as acusações. Em virtude disso, nenhuma morte ocorreu.

Mais do que isso, o Rei de Portugal Dom Dinis, resolveu o assunto com extrema inteligência e diplomacia: Retirou todos os bens materiais da Ordem dos Templários, e transferiu-os para uma nova Ordem que criou ao abrigo da Coroa Portuguesa.

Deu a essa nova Ordem o nome de Ordem de Cristo, cujo o símbolo era precisamente a famosa Cruz da Cristo vermelha num fundo branco.

Ordem de Cristo

Em 1319, nascia assim a Ordem de Cristo, provavelmente um dos últimos redutos na Europa onde o espírito dos Templários continuou a existir e a viver, na persecução das suas santas metas, e conservando os seus míticos segredos.

O Infante D. Henrique, Pedro Alvares Cabral, Vasco da Gama entre outros, foram todos eles membros da Ordem de Cristo, ou seja: Templários.

Infante D. Henrique, Pedro Alvares Cabral e Vasco da Gama

As Naus que aportaram no Brasil traziam a bandeira desta nova Ordem - a Ordem de Cristo. Pedro Álvares Cabral seria, não apenas um navegador, mas um dos altos comandantes da Ordem de Cristo, que fez uso dos mapas e cartas de navegação dos Templárias para "descobrir" o Brasil.

 

4ª Etapa - Suscitar valorosos homens de Fé.

Suscitar homens valorosos e de Fé, da craveira do Infante Dom Henrique e dos seus pares, indómitos Navegadores, foi a gota de água viva que fez transbordar a taça, para dar novos mundos ao mundo e inundar a Terra com a Fé Católica, imortalmente cantada pelo maior dos poetas da história, Luís Vaz de Camões.

Luís Vaz de Camões

“Os Lusíadas” de Luís de Camões

Canto I

As armas e os Barões assinalados

Que da Ocidental praia Lusitana

Por mares nunca de antes navegados

Passaram ainda além da Taprobana,

Em perigos e guerras esforçados

Mais do que prometia a força humana,

E entre gente remota edificaram

Novo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosas

Daqueles Reis que foram dilatando

A Fé, o Império, e as terras viciosas

De África e de Ásia andaram devastando,

E aqueles que por obras valorosas

Se vão da lei da Morte libertando,

Cantando espalharei por toda parte,

Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

E, vós, ó bem nascida segurança

Da Lusitana antiga liberdade,

E não menos certíssima esperança

De aumento da pequena Cristandade;

Vós, ó novo temor da moura lança,

Maravilha fatal da nossa idade,

Dada ao mundo por Deus, que todo o mande,

Para do mundo a Deus dar parte grande;

Vós, tenro e novo ramo florescente

De uma árvore, de Cristo mais amada

Que nenhuma nascida no Ocidente,

Cesárea ou Cristianíssima chamada.

(Vede-o no vosso escudo, que presente

Vos amostra a vitória já passada,

Na qual vos deu por armas e deixou

As que Ele para si na Cruz tomou);

Com estas palavras cantou Camões a Epopeia dos Portugueses, que partiram em direcção ao desconhecido, levando sempre consigo nas Caravelas e nas Naus, padres Dominicanos, Franciscanos e Jesuítas.

Na génese desta Era dos Descobrimentos, estiveram homens da craveira do Infante Dom Henrique, filho do Rei de Portugal Dom João I, fundador da Dinastia de Avis, Pedro Alvares Cabral e Vasco da Gama, todos eles Cavaleiros da Ordem de Cristo.

Foi o Infante D. Henrique que personificou a Era das Descobertas Portuguesas, que com a sua Fé e engenho soube reunir em torno de si astrónomos, matemáticos, cartógrafos, armadores e navegadores. Para isso, serviu-se dos Bens da Ordem de Cristo e também de toda a sua fortuna pessoal.

Mas toda a Epopeia dos Descobrimentos Portugueses, só foi possível Graças à protecção Divina que os salvaguardou das tempestades, dos inimigos, da fome e das doenças, que permanentemente os insidiaram e que a Fé em Deus os ajudou a suportar.

 

A grandiosidade da Obra das Descobertas

Para podermos fazer uma pequena ideia da grandiosidade da Epopeia das Descobertas, e do papel desempenhado por Portugal e Espanha, basta olharmos para o Tratado de Tordesilhas, celebrado entre as duas Nações em 7 de Junho de 1494 e que se encontra arquivado na “Torre do Tombo” em Lisboa e no “Arquivo General de Indias” em Espanha.

Tratado de Tordesilhas

Nesta data, os principais intervenientes na disputa de novos territórios alcançados por navegadores europeus eram os Portugueses e Espanhóis, de tal maneira que, depois de muitas disputas, assinaram o Tratado de Tordesilhas, em que definiram a partilha do Planeta em dois hemisférios, separados por um Meridiano que passava a 370 léguas a ocidente de Cabo Verde, ficando o hemisfério Oriental para Portugal e o hemisfério Ocidental para a Espanha. Dada a falta de rigor da cartografia daquela época, a localização do Meridiano de Tordesilhas variava consoante os cartógrafos, mas não errarei muito se disser que coincidiria mais ou menos com o Meridiano 50ºW.

Planisfério de Cantino com o Meridiano de Tordesilhas

 Os Navegadores Portugueses foram responsáveis por importantes avanços da tecnologia e ciência náutica, cartografia e astronomia, desenvolvendo as Caravelas, que foram os primeiros navios capazes de navegar com segurança em mar aberto, no Atlântico.

Pelas Bulas do Papa Nicolau V,  “Dum Diversas” de 1452 e “Romanus Pontifex” de1455 , Portugal e a Ordem de Cristo receberam todas as terras, conquistadas e a conquistar, ao sul do cabo Bojador e da Gran Canária.

Mapa Mundi com os dois terços do mundo que foram explorados pelos Portugueses.

Notar os Escudos Portugueses, com os sete Castelos e as Cinco Quinas de Cristo.

 

Quadro sinóptico das Descobertas Portuguesas

Dados

Reinado

Data

Navegador

ou Padre

Território

Notas

D. Afonso IV

~1336

Pré-Descobertas

Canárias ou Ilhas Afortunadas

Descobertas numa data anterior a 1336 e conquistadas pela força pelos Espanhóis em 1496

D. João I

1415

Infante D. Henrique, D. Duarte e D. Pedro

Ceuta

Conquistada aos Mouros pela Inclítica Geração e ainda Dom Nuno Álvares Pereira (São Nuno de Santa Maria)

D. João I

1418

João Gonçalves Zarco

Ilha do Porto Santo

Sob o comando do Infante D. Henrique

D. João I

1418

Tristão Vaz Teixeira

Ilha da Madeira

Sob o comando do Infante D. Henrique

D. João I

1427

Diogo de Silves

Arquipélago dos Açores, Grupos Oriental e Central

São Miguel e Santa Maria,

Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial

D. Duarte

1434

Gil Eanes

Cabo Bojador

 

D. Duarte

1435

Afonso Gonçalves Baldaia

Angra de Ruivos

 

D. Afonso V

1441

Antão Gonçalves

Rio do Ouro

 

D. Afonso V

1441

Nuno Tristão

Cabo Branco

 

D. Afonso V

1452

Diogo de Teive

Arquipélago dos Açores, Grupo Ocidental

Flores e Corvo

D. Afonso V

1452

 

 

Bula Dum Diversas e do Papa Nicolau V

D. Afonso V

1455

 

 

Bula Romanus Pontifex do Papa Nicolau V

D. Afonso V

1456

Diogo Gomes

Ilhas de Cabo Verde

 

D. Afonso V

1460

 

 

Morte do Infante D. Henrique

D. Afonso V

1460

Pêro de Sintra

Serra Leoa

 

D. Afonso V

1471

João de Santarém

e Pêro Escobar

Equador - Golfo da Guiné + Ilhas de São Tomé e Príncipe

 

D. Afonso V

1472

Soeiro da Costa

Rio Soeiro

 

D. Afonso V

1472

Fernão do Pó

Ilha Formosa

 

D. Afonso V

1472

João Vaz Corte Real

Terra Nova e Labrador

Canadá

D. Afonso V

1479

 

 

Tratado das Alcáçovas-Toledo

D. João II

1481

Diogo Cão

Padrão de Santo Agostinho

 

D. João II

1483

Diogo Cão

Zaire

 

D. João II

1485

Diogo Cão

Serra Parda

 

D. João II

1487

Afonso de Paiva

e Pêro da Covilhã

 

Procuram Preste João das Índias

D. João II

1487

Bartolomeu Dias

Cabo Boa Esperança

Finalmente passam do Atlântico para o Índico

D. João II

1492

Cristóvão Colombo

América

Cristóvão Colombo viveu muitos anos na Ilha do Porto Santo

D. João II

1494

 

 

Tratado de Tordesilhas

D. Manuel I

1498

Vasco da Gama

Chegada a Calecute na Índia

É finalmente descoberto o Caminho Marítimo para a Índia, evitando a rota terrestre. Início da utilização das Naus.

D. Manuel I

1500

Pedro Álvares Cabral

Brasil

A caminho da Índia, afasta-se da rota e chega ao litoral sul da Bahia

D. Manuel I

1500

Diogo Dias

Ilha de Madagáscar

Fazia parte da frota de Pedro Álvares Cabral a caminho da Índia

D. Manuel I

1510

Afonso de Albuquerque

Goa

Conquista de Goa na Índia

D. Manuel I

1511

Afonso de Albuquerque

Malaca na Malásia

Conquista de Malaca

D. Manuel I

1513

Jorge Álvares

China

Chegada à China onde são estabelecidas feitorias entre as quais Macau

D. Manuel I

1514

João de Lisboa

 

Livro de Marinharia de João de Lisboa com o notável Mapa do Globo Terrestre (*1)

D. Manuel I

1519

Fernão de Magalhães

Volta ao mundo

Fez a Circum-navegação da Terra de 1519 a 1522

D. João III

1522

Cristóvão de Mendonça

Austrália

Descoberta 250 antes de James Cook a ter reclamado em 1770

D. João III

1542

João Rodrigues Cabrilho

Califórnia

Português, nascido em Montalegre, ao serviço de Espanha

D. João III

1543

Francisco Zeimoto, António Mota e

António Peixoto

Japão

Chegada ao Japão e descrições de Fernão Mendes Pinto no Livro a Peregrinação

D. João III

1550

João Fernandes

Nova Zelândia

Português ao serviço de Espanha

 

 

 

 

 

(*1) Mapa Globo de João de Lisboa

Globo de Marinharia de João de Lisboa

Foi com Vasco da Gama e a passagem da navegação costeira à oceânica, que se iniciou o uso das Naus em Portugal. "Nau" era o sinónimo arcaico de navio de grande porte, destinado essencialmente a transportar mercadorias. Devido à pirataria holandesa, inglesa e muçulmana que assolava a costa, passaram a ser utilizadas na marinha de guerra. Foram introduzidas as bocas-de-fogo.

Armada Portuguesa

As Naus eram imponentes e tinham, em geral, duas cobertas, castelos de proa e de popa, dois a quatro mastros e velas sobrepostas. Na carreira da Índia no século XVI foram também usadas as Carracas, naus de velas redondas e borda alta, com três mastros, que chegaram a atingir as 2000 toneladas.

A Cartografia e a Arte de Navegação tiveram um extraordinário incremento sob o impulso Português na Era das Descobertas.

 

A Estrelas que brilharam na Era dos Descobrimentos

As estrelas que brilharam mais forte na Era dos Descobrimentos, foram sem dúvida as centenas de Padres Missionários, cujos nomes não ficaram para a história, que pelo mundo fora, nas costas de África, da Ásia e das Américas expandiram e dilataram a Fé em Jesus Cristo e trouxeram para o Seu Rebanho milhões de almas que viviam no ateísmo e na adoração de falsos deuses.

As provas testemunhais que nos chegam até os nossos dias, são as milhares de freguesias criadas em ligação à Diocese de Lisboa e que persistem como provas eloquentes do papel exercido pelos Missionários Portugueses, Beneditinos, Franciscanos e Jesuítas, muitas vezes com o preço das próprias vidas, que deram Testemunho de Cristo e fizeram com que fosse o seu “nome notificado a gentes estranhas”, tal como prometido por Jesus a Dom Afonso Henriques.

Outras provas são os milhões de Baptizados que vivem naquelas terras distantes, que ainda falam o português e dão testemunho de Jesus Cristo.

Sendo o papel dos Missionários, não o de conquistar terras mas, o de conquistar almas, a sua Missão muitas das vezes não ficou escrita nos anais da história dos homens, mas certamente ficou escrito no Livro da Vida, do qual um dia todos tomaremos conhecimento. Aí, sim, veremos as coisas através dos olhos de Deus, e tomaremos conhecimento da Verdade profunda da História Humana, e dos feitos grandiosos das Missões levadas a cabo por centenas de Missionários incógnitos que ajudaram na Evangelização do mundo.

Muita da Evangelização que se fez em África ficou um pouco no anonimato, ou pelo menos, um pouco escondida do conhecimento generalizado e encoberta por uma certa névoa. África foi considerada mais como lugar de passagem, e só começa a ser mais fortemente palco das Missões Católicas no século XVI. Na internet nem sequer há muita informação disponível.

Sabe-se no entanto que foi pelas mãos dos Portugueses que o Cristianismo chegou a Angola. A fim de satisfazer os pedidos do Rei do Congo, saiu de Lisboa, em 1490 a primeira missão de cooperação e evangelização, chegando a 29 de Março de 1491 ao Soyo, foz do Rio Zaire. A catequese começou pelo rei e pelos nobres, enquanto os operários portugueses construíram a primeira igreja. Nesta primeira fase destaca-se, Mvémba–Nzínga (1506-1543), que foi naquele tempo o maior missionário do seu povo. Nos seguintes sites pode encontrar mais informação:

http://www.welcometoangola.co.ao/_igrejas_em_angola

http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/dossier/angola-500-anos-de-evangelizacao/

Em Moçambique também existe pouca informação, e pode-se encontrar alguma no seguinte Link:

http://sigarra.up.pt/flup/pt/publs_pesquisa.show_publ_file?pct_gdoc_id=55698

Mas ao lado destas centenas de Missionários incógnitos, houve muitos que entraram para a História, e o relato dos seus feitos podem ainda hoje ser conhecidos, e servir de testemunho e de exemplo, a serem seguidos e louvados.

O traço de união entre todos estes valorosos Portugueses, foi o de serem Cristãos.

Sem pretender atribuir classificações ou enumerá-los cronologicamente, vou só enumerar alguns valorosos Cristãos que tornaram possíveis os grandes feitos alcançados na Era das Descobertas e que ampliaram a Fé Católica no mundo inteiro.

ÍNDICE DAS ESTRELAS QUE BRILHARAM NO FIRMAMENTO DA ERA DAS DESCOBERTAS

Infante Dom Henrique  

Companhia de Jesus - Jesuítas  

São Francisco Xavier  

Padre António Vieira     

Padre Bento de Góis  

Padre Manoel da Nóbrega  

Padre José de Anchieta  

São Nuno de Santa Maria

Pedro Álvares Cabral  

Vasco da Gama  

Afonso de Albuquerque 

Cristóvão Colombo

Fernão de Magalhães

 

 

 

 

DADOS DO INFANTE DOM HENRIQUE

Infante Dom Henrique

Nome: Infante Dom Henrique                         Nacionalidade: Portuguesa                                                 Ao Serviço de: Portugal                   

Nome do pai: Rei D. João I                           Nome da mãe: Dona Filipa de Lencastre                          Ordem: Ordem de Cristo

Data de nascimento: 4 de Março de 1394, no Porto                                         Data do falecimento: 13 de Novembro de 1460, em Sagres

Irmãos: D. Fernando (Infante Santo) e D. Duarte (futuro Rei) a Inclítica Geração, Dinastia de Avis        

Reinado: D. João I e D. Duarte                  Territórios: Conquista de Ceuta              Feitos: O maior de todos os Navegadores

Notas:

n Foi o Infante D. Henrique, o Navegador, que personificou a Era das Descobertas Portuguesas, que com a sua Fé e engenho soube reunir em torno de si astrónomos, matemáticos, cartógrafos, armadores e navegadores. Para isso, serviu-se dos Bens da Ordem de Cristo e também de toda a sua fortuna pessoal.

n Em 1414, convenceu o seu pai, El-Rei D. João I, a conquistar de Ceuta, na costa norte de África. A cidade foi conquistada em Agosto de 1415, assegurando para o reino de Portugal o controlo das rotas marítimas de comércio entre o Atlântico e o Levante, através do Mediterrâneo. 

n Entre 1419 e 1420 foram os seus escudeiros, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, que descobriram as ilhas do arquipélago da Madeira.

n Em 1427, os seus navegadores descobriram as primeiras ilhas dos Açores. Também estas ilhas desabitadas foram povoadas pelos portugueses.

n Foi sob a égide e comando de D. Henrique que se deu a exploração da costa ocidental de África.

n A sua genialidade de ficou imortalizada no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, ocupando o lugar de proeminência e de maior destaque, à frente de todos os outros Navegadores.

Infante D. Henrique no Padrão dos Descobrimentos

 

DADOS DA COMPANHIA DE JESUS - JESUÍTAS

Santo Inácio de Loyola

Fundador: Íñigo López de Loyola                                                                          Nacionalidade: Basca                      

Data de nascimento: 31 de Maio de 1491, em Azpeitia                           Data do falecimento: 31 de Julho de 1556, em Roma

Data de Beatificação: 1609 pelo Papa Paulo V                                                Data de Canonização: 12 de Março de 1622, Roma pelo Papa Gregório XV

Data de Festa Litúrgica: 31 de Julho

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Ordem: Companhia de Jesus - Jesuítas                                                            

Fundada por: Santo Inácio de Loyola que escreveu as Regras em 1554, e pelos companheiros, o francês Pedro Fabro, os espanhóis Francisco Xavier, Alfonso Salmerón, Diego Laynez, e Nicolau de Bobadilla e o português Simão Rodrigues de Azevedo

Data de Fundação: 15 de Agosto de 1534                 Ao Serviço do: Papa

Notas:

n A Companhia de Jesus foi a grande Missionária na Era dos Descobrimentos e nos tempos que se lhe seguiram.

O seu grande princípio tornou-se o lema dos Jesuítas: "Ad maiorem Dei gloriam" ("Para a maior glória de Deus"). O seu lema também foi: “Ir aonde o Papa nos enviar, sem questionar". Santo Inácio de Loyola escreveu as constituições Jesuítas, adoptadas em 1554, que deram origem a uma organização rigidamente disciplinada, enfatizando a absoluta abnegação e a obediência ao Papa e aos superiores hierárquicos perinde ac cadaver”, ("disciplinado como um cadáver").

n Em Portugal a Companhia de Jesus entrou por mãos de São Francisco Xavier e do Padre Simão Rodrigues de Azevedo. Fundaram muitos colégios, dos quais o primeiro em Lisboa, depois em Coimbra e Évora, Porto, Braga, Bragança, Santarém, Portalegre, Funchal, Angra de Heroísmo e outros. Tomaram a direcção do Colégio das Artes e Humanidades, e da Universidade de Évora.

No princípio do século XIX, na sequência da Revolução Francesa, que derrubou a Monarquia naquele país, foram terrivelmente perseguidos até ao ponto da Companhia de Jesus ser extinta pelo próprio Papa Clemente XIV em Julho de 1773. Só foi restaurada pelo Papa Pio VII em 1814.

Em Portugal foram perseguidos, encarcerados, e a Companhia de Jesus foi extinta e confiscados todos os seus bens, pelos maçons republicanos que assassinaram o Rei Dom Carlos, derrubaram a Monarquia e implantaram a República.

n Da Era dos Descobrimentos e dos tempos que se lhe seguiram, chegam-nos notícia de Jesuítas que estiveram presentes, desde a primeira hora, nos novos mundos que se abrem à actividade missionária da época.

São Francisco de Xavier percorre a Índia, Indonésia, Japão e chega às portas da China.

João Nunes Barreto e Andrés de Oviedo empreendem a missão da Etiópia.

Padre Manoel da Nóbrega, São José de Anchieta e muitos outros ajudaram a fundar as primeiras cidades do Brasil: Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, e a cidade de Anchieta que foi fundada pelo padre José de Anchieta.

João de Azpilcueta Navarro, familiar de São Francisco de Xavier, foi um famoso missionário jesuíta no Brasil.

Os chamados Quarenta Mártires do Brasil, liderados pelo Beato Inácio de Azevedo, foram outros religiosos jesuítas de grande importância na evangelização do Brasil.

Sobressaiu também o Bem-Aventurado Matteo Ricci na evangelização da China.

n A Companhia de Jesus teve padres e insignes nomes da matemática, física, astronomia, medicina, química, advocacia e arquitectura.

n Hoje em dia a Companhia de Jesus continua a contar com grandes intelectuais, mas a sua Fé está profundamente abalada e infiltrada pela apostasia e existem inúmeros exemplos que bradam aos Céus. Aquilo que fizeram na Era das Descobertas para a propagação da Fé Católica, fazem-no hoje, sub-repticiamente para a destruir. Mas como Deus tira o Bem do mal, tal como uma rosa pode surgir de uma estrumeira, da Companhia de Jesus foi-nos dado um Papa extraordinário, o Papa Francisco.

 

DADOS DE SÃO FRANCISCO DE XAVIER

São Francisco Xavier

Nome: Francisco de Jasso Azpilicueta Atondo y Aznáres                                           Nacionalidade: Espanhola               Ao Serviço de: Portugal

Nome do pai: Juan de Jasso                       Nome da mãe: Maria de Azpilcueta y Xavier                    Ordem: Companhia de Jesus, Jesuítas

Data de nascimento: 7 de Abril de 1506 em Xavier, Navarra, Espanha            Data do falecimento: 3 de Dezembro de 1552 em Sanchoão

Data do Baptismo: ?

Ordenado Sacerdote: 24 de Junho de 1537 em Veneza

Beatificado: Em 25 de Outubro de 1619 pelo Papa Paulo V               Canonizado: Em 12 de Março de 1622 pelo  Papa Gregório XV

Festa Litúrgica: 3 de Dezembro     

Reinado: D. João III                                  Territórios: Oriente                          Feitos: O grande Missionário do Oriente

Notas:

n São Francisco Xavier figura no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa. Foi co-Fundador da Companhia de Jesus em conjunto com Santo Inácio de Loyola e outros 5 companheiros, referidos acima.

n É ordenado Sacerdote em Veneza em 1537, mas nunca chega a ir à Terra Santa, que era o seu grande desejo.

n Dom João III, Rei de Portugal, apela ao Papa Paulo III para que lhe envie Missionários para propagar a Fé Católica pelos territórios descobertos por Portugal. De preferência padres cultos e inteligentes da Companhia de Jesus. É então que Francisco de Xavier descobre a sua vocação Missionária. É escolhido por Santo Inácio de Loyola para vir para Portugal, onde chega em 1540.

n A Igreja Católica considera que ele tenha convertido mais pessoas ao Cristianismo do que qualquer outro Missionário desde São Paulo, merecendo o título de "Apóstolo do Oriente". Ele foi o grande Missionário do Oriente, especialmente na Índia, onde chega em 1541, em Goa, Damão e Diu. Mas também andou pelo Japão, Sri Lanka e pela Indonésia, ilhas Amboina, ilhas Molucas e muitos outros locais do Oriente, como por exemplo Cantão, na China.

Muitas igrejas foram desde então erguidas em honra de São Francisco de Xavier, muitas delas fundadas por Jesuítas. Um parente seu, João de Azpilcueta Navarro, foi um famoso missionário jesuíta no Brasil.

n São Francisco Xavier é o Padroeiro dos Missionários e também um dos Padroeiros da Diocese de Macau.

A sua vida é uma das mais alucinantes e extraordinárias dos Santos da Igreja Católica.

 

DADOS DO PADRE ANTÓNIO VIEIRA  

Padre António Vieira

Nome: António Vieira                                                                Nacionalidade: Portuguesa                         Ao Serviço de: Portugal                   

Nome do pai: Cristóvão Vieira Ravasco                           Nome da mãe: Maria de Azevedo               Ordem: Companhia de Jesus, Jesuíta

Data de nascimento: 6 de Fevereiro de1608 em Lisboa                                           Data do falecimento: 18 de Julho de 1697 em Salvador, Brasil

Ordenado Sacerdote: 10 de Dezembro de 1364

Reinado: D. João IV                                                    Territórios: Brasil                 Feitos: Missionário no Brasil

Notas:  

n Além de Religioso da Companhia de Jesus, grande devoto de Nossa Senhora, sobre quem escreveu vários dos seus Sermões, foi filósofo, escritor, diplomata e o maior orador português de todos os tempos.

n Em 1614 partiu com os pais para o Brasil, para a cidade de Salvador na Bahia, e frequentou o colégio dos Jesuítas.

n Além da sua infatigável missão de evangelização e Testemunha de Jesus Cristo, defendeu infatigavelmente os direitos dos povos indígenas, combatendo a sua exploração e escravização. Era por eles chamado de "Paiaçu" (Grande Padre/Pai, em tupi). Lutou também pela abolição da escravatura.

n Em 1633 prega o seu Primeiro Sermão público na Bahia.

n Em 1641 volta para Lisboa e torna-se Pregador e Conselheiro do Rei D. João IV, e é enviado como embaixador em diversas missões diplomáticas aos Países Baixos e a França.

n Passa uns maus bocados com a Inquisição, e parte para Roma para se defender.

n A partir de 1669 viveu 6 anos em Roma, onde deslumbrou a Cúria com os seus discursos e sermões. O Papa Clemente X, decreta-lhe uma isenção "por toda a vida de qualquer jurisdição, poder e autoridade dos inquisidores presentes e futuros de Portugal", só permanecendo sujeito à autoridade da Cúria Romana.

n Em 1681 volta para a América Portuguesa, futuro Brasil, onde virá a morrer em 1697, não sem antes de se despedir de todos, com uma “Carta-Circular” dirigida à nobreza de Portugal e aos seus amigos.

n Em 1697 morre este ilustríssimo Missionário, com 89 anos, Foi sepultado na Igreja do Colégio dos Jesuítas, no Terreiro de Jesus, no Brasil.

Orador inflamado e inspirado fica para a história como grande Orador. Escreveu mais de 200 Sermões e 700 Cartas. Acredita-se que a sua genialidade foi um Dom concedido por Nossa Senhora.

Para ler muitos dos seus textos pode seguir os seguintes Links:

http://www.usp.br/cje/anexos/pierre/padreantoniov.pdf

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=101

 

DADOS DE BENTO DE GÓIS

Bento de Góis

Nome: Luís Gonçalves                                     Nacionalidade: Portuguesa             Ao Serviço de: Portugal                  

Nome do pai: Manoel Gus                             Nome da mãe: Maria                           Ordem: Companhia de Jesus, Jesuíta, na qualidade de leigo

Data de nascimento: Julho de 1562 nos Açores                                            Data do falecimento: 1 de Abril de 1607 em Suzhou

Baptizado: 9 de Agosto de 1562 em Vila Franca do Campo    Ingressou na Companhia de Jesus: Fevereiro de 1584 como coadjutor leigo 

Reinado: D. Sebastião                             Territórios: Ásia                             Feitos: Viagem terrestre da Índia para China

Notas:

n Nasceu em Vila Franca do Campo, na ilha de S. Miguel, nos Açores. Viajou pela Pérsia, Arábia, Baluchistão, Sri Lanka, e muitos outros reinos da Ásia.

n Em 1588 quando regressou a Goa, ao Colégio dos Jesuítas, mudou o seu nome para Bento de Góis.

Bento de Góis tornou-se o primeiro português a atravessar a Ásia Central, da Índia para a China, transpondo grandes cadeias montanhosas como os Pamires e o Karakoram, o grande deserto de Gobi, numa odisseia considerada por muitos historiadores não inferior à empreendida por Marco Polo.

n Falava diversos idiomas como o Persa e o Turco, e registou a sua viagem num diário, à altura de um Marco Polo ou Fernão Mendes Pinto.

 

DADOS DO PADRE MANOEL DA NÓBREGA

Padre Manoel da Nóbrega

Nome: Manoel da Nóbrega                                         Nacionalidade: Portuguesa             Ao Serviço de: Portugal               

Nome do pai: Baltasar da Nóbrega                                    Nome da mãe: ?                                   Ordem: Companhia de Jesus, Jesuíta

Data de nascimento: 18 de Outubro de 1517 em Sanfins do Douro                                 Data do falecimento: 18 de Outubro de 1570 no Rio de Janeiro

Ordenado Sacerdote: 1544

Reinado: D. João III                                           Territórios: Brasil                 Feitos: Missionário

Notas:

n Em 1549 rumou em direcção ao Brasil, por convite de D. João III.

n Catequizou os indígenas e ajudou na colonização do território, desenvolvendo uma forte campanha contra o canibalismo, existente entre os nativos, e combatendo a sua exploração.

n Em 1563 juntou-se ao Padre José de Anchieta, desembarcado no Brasil como noviço em 1553.

n Foi o Padre Manoel da Nóbrega quem sugeriu a D. João III a criação da primeira diocese no Brasil, que veio a ser dirigida pelo bispo Dom Pero Fernandes Sardinha, que se tornou o primeiro bispo do Brasil.

n Em 1558, convenceu o governador Mem de Sá a proibir a escravização dos índios.

n Foi nomeado o primeiro provincial da Companhia de Jesus no Brasil.

As cartas que o Padre Manoel mandou aos seus superiores são autênticos documentos históricos sobre a colónia Portuguesa do Brasil e a acção da Companhia de Jesus no século XVI.

 

DADOS DO PADRE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA

Padre São José de Anchieta

Nome: José de Anchieta                                              Nacionalidade: Espanhola                                                   Ao Serviço de: Portugal                   

Nome do pai: João López de Anchieta                 Nome da mãe: Mência Diaz de Clavijo y Llarena        

Ordem: Companhia de Jesus, Jesuíta desde 1 de Maio de 1551 como noviço

Data de nascimento: 19 de Março de 1534 nas Canárias                      Data do falecimento: 9 de Junho de 1597 em Reritiba, Brasil

Data do Baptismo: 7 Abril de 1534 na Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios, actual

Ordenado Sacerdote: 1566           Beatificado: Em 1980 por João Paulo II                            Canonizado: Em 2014 pelo Papa Francisco 

Festa Litúrgica: 9 de Junho

Reinado: D. João III                        Territórios: Brasil                 Feitos: Missionário

Notas:

n Nasceu em San Cristóbal de La Laguna, nas ilhas Canárias. Era grande devoto da Virgem Maria e escreveu um Poema a Ela dedicado.

n A 13 de Julho de 1553 chegou a Salvador no Brasil.

n Em 25 de Janeiro de 1554 participou, com outros padres da Companhia, da fundação, no planalto de Piratininga, do Colégio de São Paulo, um colégio de jesuítas do qual foi regente. Foi este colégio que serviu de embrião à cidade de São Paulo, que recebeu este nome por ser a data em que se comemora a conversão do Apóstolo São Paulo. Esta localidade contava com apenas 130 pessoas, das quais 36 haviam recebido o Baptismo.

n Em 1563 juntou-se ao Padre Manoel da Nóbrega e juntos negociaram com os índios um tratado de paz.

n Esteve como refém entre os índios Tamoios em Iperoig, enquanto o padre Manuel da Nóbrega retornou a São Vicente juntamente com Cunhambebe, para ultimar as negociações de paz entre os indígenas e os portugueses. Foi durante este cativeiro que o Padre Anchieta levitou à frente dos indígenas, que ficaram apavorados.

n Dirigiu o Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro, de 1570 a 1573.

n Em 1569, fundou a povoação de Reritiba (ou Iriritiba), atual Anchieta, no Espírito Santo.

n Em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu até 1587.

n Em 1587 retirou-se para Reritiba, depois de dirigir o Colégio do Jesuítas em Vitória, no Espírito Santo.

n Em 1595, obteve dispensa dessas funções e conseguiu retirar-se definitivamente para Reritiba onde veio a falecer, sendo sepultado em Vitória.

n Segundo a "Brasiliana da Biblioteca Nacional" de 2001, foi considerado o "Apóstolo do Brasil", por ter sido um dos pioneiros na introdução do cristianismo naquela colónia Portuguesa.

n Foi fundador de cidades e missionário incomparável.

n Foi gramático, poeta, teatrólogo e historiador. O apostolado não impediu o Padre Anchieta de cultivar as letras, escrevendo em português, castelhano, latim e tupi, tanto em prosa como em verso.

n Em Abril de 2015 foi declarado co-padroeiro do Brasil na 53ª Assembleia Geral da CNBB.

 

DADOS DE SÃO NUNO DE SANTA MARIA, Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável

São Nuno de Santa Maria

Nuno Álvares Pereira

Santo Condestável

Nome: Nuno Álvares Pereira                                                              Nacionalidade: Portuguesa                         Ao Serviço de: Portugal                   

Nome do pai: D. Álvaro Gonçalves Pereira                                 Nome da mãe: Iria Gonçalves                            Ordem: Carmelitas

Data de nascimento: 24 de Junho de 1360 em Cernache de Bonjardim ou Flor da Rosa   

Data do falecimento: 1 de Novembro de 1431 no Convento do Carmo em Lisboa

Data do Baptismo: ?

Beatificado: Em 23 de Janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV                         Canonizado: Em 26 de Abril de 2009 pelo Papa Bento XVI 

Festa Litúrgica: em 6 de Novembro festeja-se São Nuno de Santa Maria

Reinado: D. João I                Territórios: Portugal e Ceuta                   Feitos: Grande Guerreiro e Grande Santo

Notas: Nasce em Cernache de Bonjardim ou Flor da Rosa.

n Em Abril de 1384 notabilizou-se na luta contra os Espanhóis, durante o Interregno, e a primeira grande vitória de Dom Nuno Álvares Pereira frente aos castelhanos deu-se na Batalha dos Atoleiros em que pela primeira vez, na Península Ibérica, um exército de infantaria derrota um exército com cavalaria pesada. Com a eleição, em Abril de 1385, de D. João de Avis para Rei, Dom Nuno Álvares Pereira é nomeado Condestável de Portugal e Conde de Ourém.

n A 14 de Agosto de 1385, Dom Nuno Álvares Pereira mostra que, a sua santidade e Fé em Deus, aliadas a um génio militar que lhe foi concedido pelo Altíssimo, podem vencer batalhas. Foi isso que se passou na Batalha de Aljubarrota. Nas vésperas da Batalha, os dois exércitos acamparam a pouca distância um do outro, e como Nuno Álvares já tinha fama de Santo em toda a Península Ibérica, muitos guerreiros espanhóis vieram visitá-lo e lhe prestar veneração. Todos os dias o Santo Condestável assistia à Missa, mas em tempo de guerra assistia a 3 Missas. A vitória da Batalha de Aljubarrota viria a ser decisiva para o fim da instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da Independência Portuguesa. Finda a ameaça castelhana, Dom Nuno Álvares Pereira permaneceu como Condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e Barcelos.

Painel de azulejos com o Santo Condestável a rezar, diante suas tropas, em Aljubarrota

n Em Outubro de 1385 foi travada em terreno castelhano a Batalha de Valverde. Conta-se que na fase mais crítica da batalha e quando já parecia que o exército português iria sofrer uma derrota completa, se deu pela falta de Dom Nuno. Quando já se temia o pior, o seu escudeiro foi encontrá-lo em êxtase, ajoelhado a rezar entre dois penedos. Quando o escudeiro aflito lhe chamou a atenção para a batalha que se perdia, o Condestável fez um sinal com a mão a pedir silêncio. Novamente chamado à atenção pelo escudeiro, que lhe disse: "Nada de orações, que morremos todos! responde então D. Nuno, suavemente:

“Amigo, ainda não é hora. Aguardai um pouco e acabarei de orar.”

Quando acabou de rezar, ergue-se com o rosto iluminado e dando as suas ordens, consegue que se ganhe a batalha de uma forma considerada milagrosa. Depois desta batalha, os castelhanos recusaram-se a dar-lhe de novo batalha em campo aberto. O nome de Dom Nuno Álvares inspirava terror nos castelhanos, que tinham passado a atacar a fronteira com pilhagens e razias. Sempre que Dom Nuno entrava nas terras de Castela para os repelir, aplicavam a política de terra queimada, fugindo dele como o diabo da Cruz.

n Passeando um dia pela Cova da Iria montado numa mula, ela estacou de repente e ajoelhou nas patas dianteiras… no sítio onde, passados 500 anos, viria a aparecer Nossa Senhora aos Pastorinhos de Fátima.

n Em 1415 participou na Conquista de Ceuta  e foi convidado pelo Rei a comandar a guarnição que lá ia ficar. O Santo Condestável recusou, pois desejava abandonar a vida militar e abraçar a vida religiosa.

Com as vitórias alcançadas e pela gratidão do Rei, tornou-se o homem mais rico de Portugal. Antes de entrar para o convento, distribuiu todos os seus bens pelos netos e pelos pobres. Não aceitou ser sacerdote por não se considerar digno de tocar no Corpo de Cristo, e por isso, foi sempre só um frade Carmelita, em tudo igual aos mais simples e humildes.

n Mandou construir o Convento do Carmo que doou aos frades carmelitas, assim como os bens que lhe restavam.

Ruínas do Convento do Carmo

n Por volta de 1425, ao tornar-se Frei Nuno, abdicou do título de Conde e de Condestável e pretendeu ir pelas ruas a pedir esmola. Isto não agradou a El-Rei D. João I, que pediu ao infante D. Duarte, o qual tinha grande admiração por Dom Nuno, que o convencesse a não fazer tal coisa. Frei Nuno deixou-se convencer, e só passou a aceitar esmolas para o Convento, vindas Rei.

Percorria as ruas de Lisboa e distribuía esmolas a quem precisava. No convento tinha um grande caldeirão usado pelos seus homens nas campanhas militares, onde se faziam refeições para os pobres. Estas acções fizeram com que o povo lhe chamasse o Santo Condestável.

Já velhote e gasto pela dura vida que levara, conta-se que um frade na brincadeira, chegou-se a ele e gritou: “Vêm aí os Castelhanos.” Ao que Frei Nuno, dando um salto, bradou: “Onde está a minha espada?!”

Conta-se também que correra o boato de que Ceuta estaria em risco de ser apresada novamente pelos Mouros. Imediatamente Frei Nuno manifestou a sua vontade em fazer parte da expedição que iria acudir a Ceuta. Quando o tentaram dissuadir, por estar alquebrado pelos anos e de tantas canseiras, pegou numa lança e disse: "Em África a poderei meter, se tanto for mister!" (Daqui nasceu a expressão "Meter uma lança em África", no sentido de se vencer uma grande dificuldade). Chegou a uma varanda do Convento do Carmo e atirou a lança com tal força, que atravessou todo o Vale da Baixa de Lisboa, indo cravar-se numa porta do outro lado da Praça do Rossio.

n Morreu neste Convento do Carmo, com 71 anos de idade. Foi sepultado na Igreja deste Convento, e trasladado, em 1953, para a Igreja do Santo Condestável, no bairro de Campo de Ourique, em Lisboa, que lhe foi dedicada. 

Igreja do Santo Condestável, Campo de Ourique, Lisboa

n O Santo Condestável, como sempre foi conhecido, foi considerado como o maior Santo português, o maior guerreiro de sempre e um verdadeiro génio militar.

n Por diversas vezes comandou forças numericamente inferiores às do inimigo, e venceu todas as batalhas que travou. É o Patrono da Infantaria Portuguesa.

 

DADOS DE PEDRO ÁLVARES CABRAL

Pedro Álvares Cabral

Nome: Pedro Álvares Cabral               Nacionalidade: Portuguesa             Ao Serviço de: Portugal       Ordem: Ordem de Cristo

Data de nascimento: 1467 em Belmonte                                               Data do falecimento: 1520 em Santarém

Reinado: D. Manuel I                                         Territórios: Brasil                 Feitos: Navegador. Descobriu o Brasil

Notas:

n Foi escolhido para chefiar uma expedição à Índia em 1500, seguindo a rota recém-inaugurada por Vasco da Gama, contornando a África. Afastou-se da costa sul de África e acabou por descobrir o Brasil.

n Realizou a primeira exploração significativa da costa nordeste da América do Sul.

 

DADOS DE VASCO DA GAMA

Vasco da Gama

Nome: Vasco da Gama                                                 Nacionalidade: Portuguesa                                     Ao Serviço de: Portugal                   

Nome do pai:  Estêvão da Gama                             Nome da mãe: Dona Isabel Sodré                           Ordem: Ordem de Cristo

Data de nascimento: 1480 em Sines               Data do falecimento: 24 de Dezembro de 1524 em Cochim

Reinado: D. Manuel I                                         Territórios: Índia                   Feitos: Descobriu o caminho marítimo para a Índia

Notas:

n D. Manuel I de Portugal confiou a Vasco da Gama o cargo de capitão-mor da frota que, num sábado 8 de Julho de 1497, zarpou de Belém, em Lisboa, em demanda da Índia. Foi das viagens marítimas mais fantásticas realizadas até então.

Caminho Marítimo para a Índia

n Foi com a frota de Vasco da Gama que se começaram a usar as Naus, que eram navios de muito maior porte que as Caravelas usadas até então.

Nos últimos anos da sua vida, foi Vice-Rei da Índia, onde faleceu com Malária, em Cochim.

Foi sepultado na Igreja de São Francisco, em Cochim. Em 1539 os seus restos mortais foram transladados para Portugal, para a Igreja da Quinta do Carmo, próximo da vila da Vidigueira. Aqui estiveram até 1880, data em que ocorreu a trasladação para o Mosteiro dos Jerónimos, que foram construídos logo após a sua viagem, com os primeiros lucros do comércio de especiarias, ficando ao lado do túmulo de Luís Vaz de Camões.

n Ficou para a História por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar da Europa até à Índia, na mais longa viagem oceânica até então realizada, superior a uma volta completa ao mundo pelo Equador. Até então não se sabia que fosse possível essa ligação por mar.

 

DADOS DE AFONSO DE ALBUQUERQUE

Afonso de Albuquerque

Nome: Afonso de Albuquerque                                             Nacionalidade: Portuguesa                                     Ao Serviço de: Portugal                   

Nome do pai: Gonçalo de Albuquerque                           Nome da mãe: D. Leonor de Meneses                            Ordem:  Ordem militar de Santiago

Data de nascimento: 1453 em Alhandra                   Data do falecimento: 16 de Dezembro de 1515 em Goa

Reinado: D. Afonso V                                                 Territórios: África e Índia               Feitos: Militar, Navegador e Político

Notas:

n Afonso de Albuquerque teve uma longa carreira militar no Norte de África, onde acompanhou D. Afonso V nas conquistas de Tânger, Anafé e Arzila, onde permaneceu alguns anos como Oficial na guarnição.

n Foi o 2.º Vice-Rei e Governador da Índia Portuguesa, cujas acções militares e políticas foram determinantes para o estabelecimento do Império Português no Oceano Índico. Chamavam-lhe o César do Oriente. Conquistou muitas praças e submeteu-as ao domínio Português. No Oriente, era temido por todos.

Afonso de Albuquerque é reconhecido como um génio militar pelo sucesso da sua estratégia de expansão: procurou fechar todas as passagens navais para o Índico – no Atlântico, Mar Vermelho, Golfo Pérsico e oceano Pacífico – construindo uma cadeia de fortalezas em pontos chave, para transformar este oceano num “mare clausum” português, sobrepondo-se ao poder dos otomanos, árabes e seus aliados hindus.

n A carreira de Afonso de Albuquerque teve um final doloroso. Na corte portuguesa tinha muitos inimigos que tudo aproveitavam para espicaçar o rei D. Manuel I contra ele, insinuando que pretendia a independência do império na Índia. No regresso de Ormuz, à entrada do porto de Goa, cruzou-se com um navio que trazia a notícia da sua substituição pelo seu inimigo pessoal Lopo Soares de Albergaria, líder do grupo que se lhe opusera aquando da substituição do vice-rei. O golpe foi demasiado forte para Afonso de Albuquerque, que morreu no mar, a 16 de Dezembro de 1515.

n O rei D. Manuel I, reconheceu no entanto a sua lealdade e os seus feitos, e procurou reparar a injustiça com que ele fora tratado, cumulando de honras o seu filho Brás de Albuquerque.

Afonso de Albuquerque foi sepultado na igreja de Nossa Senhora da Serra em Goa. Toda a população ocorreu, não querendo acreditar que o seu vice-rei tivesse morrido.

n Em 1572 os valorosos feitos de Afonso de Albuquerque foram justamente cantados por Luís Vaz de Camões em "Os Lusíadas", Canto X (estrofes 40 a 49).

Os Lusíadas", Canto X estrofes 40

Esta luz é do fogo e das luzentes

Armas com que Albuquerque irá amansando

De Ormuz os Párseos, por seu mal valentes,

Que refusam o jugo honroso e brando.

Ali verão as setas estridentes

Reciprocar-se, a ponta no ar virando

Contra quem as tirou; que Deus peleja

Por quem estende a fé da Madre Igreja.

 

DADOS DE CRISTÓVÃO COLOMBO

Cristóvão Colombo

Nome: Cristoforo Colombo                                                     Nacionalidade: Portuguesa             Ao Serviço de: Espanha              

Nome do pai: Domenico Colombo *1                                Nome da mãe: Susana Fontanarubea *1                 *1-(Segundo a sua ascendência Genovesa)

Data de nascimento: 1451 em parte incerta                                          Data do falecimento:  20 de Maio de 1506 em Valladolid

Reinado: D. João II                                            Territórios: América              Feitos: Descobridor da América do Norte

Notas:

n Nasceu algures em Portugal, em parte incerta. Num documento da Corte de Castela, datado de 1487, ele é referenciado como o “portugues”. No entanto, os italianos reclamam o seu nascimento em Génova.

n Na sua maioridade passou à Ilha do Porto Santo, no Arquipélago da Madeira, pertencente a Portugal, onde viveu alguns anos. Foi por esta altura que casou com Filipa Moniz, que vivia com sua mãe, Isabel Moniz, no Porto Santo. Foi durante a sua estadia no Porto Santo, numa casa que ainda hoje é visitada como sendo a sua, ao lado da Igreja Matriz, que lhe adveio a ideia de explorar uma terra que existiria para ocidente daquela ilha, após ter encontrado, nas areias douradas da praia, uns destroços que deram à costa. Foi aos poucos que o projecto de Colombo foi tomando corpo. A sua intenção era de atravessar o oceano Atlântico, o único conhecido na época, em direcção à Ásia, e, de caminho, descobrir as terras que idealizava existirem para ocidente do Porto Santo.

n Ofereceu os seus serviços ao Rei de Portugal para levar a cabo esta missão, mas não foram aceites. Foi por essa razão que se dirigiu aos Reis Católicos de Espanha oferecendo-se de igual modo. Pouco tempo depois, Cristóvão Colombo liderou a frota que alcançou os território da América do norte em 12 de Outubro de 1492, às ordens dos Reis Católicos de Espanha. Lançou-se através do Oceano Atlântico com o objectivo de atingir a Índia, tendo na realidade descoberto as ilhas das Caraíbas (Antilhas) e, mais tarde, a costa do Golfo do México na América Central.

n Colombo também navegou em navios portugueses, numa viagem a Mina, e algumas vezes mencionou recordações da Guiné. Passou também pelas Ilhas Canárias.

n Em 1492, ficou para a história, como o Descobridor da América, e a sua nacionalidade ainda hoje em dia é disputada entre Portugal, Espanha e Itália.

 

DADOS DE FERNÃO DE MAGALHÃES

Fernão de Magalhães

Nome: Fernão de Magalhães                                                              Nacionalidade: Português                Ao Serviço de: Espanha                  

Data de nascimento: 1480, Sabrosa                                  Data do falecimento: 27 de Abril de 1521, Filipinas

Reinado: D. Manuel I                                                            Feitos: Primeira Viagem de circum-navegação da Terra de 1519 a 1522

Notas:

Nascido de família nobre, em 1506 viajou para as Índias Ocidentais, participando de várias expedições militares nas Molucas, também conhecidas como as Ilhas das Especiarias. Esteve sob o comando de Afonso de Albuquerque, e tomou parte na conquista de Malaca.

n Por volta de 1515, voltou para Lisboa e dedicou-se a estudar as mais recentes cartas, investigando uma passagem para o Pacífico pelo Atlântico Sul.

n Em 1517 foi a Sevilha para propor ao Rei de Espanha Carlos V, uma viagem às ilhas Molucas, que se encontravam a Oriente, no Oceano Pacífico, partindo em direcção a Ocidente, pelo Oceano Atlântico. Segundo a sua tese, estas ilhas estariam sob alçada Espanhola, segundo o Tratado de Tordesilhas. O Projecto foi aprovado.

n Em 20 de Setembro de 1519 a armada de Magalhães, composta por cinco navios e 234 homens, partiu do porto de Sanlúcar de Barrameda em direcção ao Atlântico Sul. Passou pelas Canárias e prosseguiu para Sudoeste.

Viagem de Circum-Navegação de Fernão de Magalhães

Foi o primeiro a alcançar a Terra do Fogo no extremo sul do Continente Americano, a atravessar o estreito que hoje leva seu nome e a cruzar o Oceano Pacífico, a que deu o nome, por as suas águas serem muito calmas, pacíficas.

n Em Março de 1521, alcançaram a ilha de Ladrões no actual arquipélago de Guam, chegando à ilha de Cebu, actuais ilhas Filipinas, a 7 de Abril de 1521.

n Em 27 de Abril de 1521 foi morto em batalha, em Cebu, nas Filipinas.

n O resto da viagem de circum-navegação foi levada a cabo por João Lopes Carvalho e Juan Sebastián Elcano, por mares já conhecidos e desbravados pelos portugueses. Das 5 iniciais, só a nau Victoria voltou a Sanlúcar de Barrameda em Espanha, com 18 homens a bordo.

A Nau de Magalhães - Victoria

n Ficou para a história por ter sido o primeiro navegador a circum-navegar a Terra entre 1519 e 1522.

 

Conclusão

O Espírito das Descobertas deve ficar nas nossas mentes para que não esqueçamos os sacrifícios que muitos dos nossos antepassados fizeram em defesa e prol da Igreja Católica.

Devem ecoar nos nossos corações as promessas de Jesus Cristo, feitas na Aparição a Dom Afonso Henriques:

Aparição de Jesus a D. Afonso Henriques, em 24 de Julho de 1139.

Crónicas de D. Afonso Henriques de Frei António Brandão.

 “Tem confiança, porque, não só vencerás esta batalha, mas todas as mais que deres aos inimigos da Fé Católica. … E em ti e tua geração quero fundar para mim um Reino, por cuja indústria será Meu nome notificado a gentes estranhas.”

 

www.amen-etm.org/Descobrimentos.htm