ERA DOS DESCOBRIMENENTOS
Nesta Página da Amen, pode encontrar a abordagem dO Tema
Global da
● ERA DOS
DESCOBRIMENENTOS ●
● O que foi a Era dos
Descobrimentos ►
● Pequena História dos Descobrimentos ►
● 1ª Etapa - Evangelização
da Península Ibérica pelo Apóstolo São Tiago.
● 2ª Etapa - Fundação
de Portugal.
● 3ª Etapa - Criação
da Ordem dos Templários da Ordem de Cristo.
● 4ª Etapa - Suscitar
valorosos homens de Fé.
● A
grandiosidade da Obra das Descobertas ►
● As Estrelas que brilharam na Era
dos Descobrimentos ►
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● Conclusões ►
●
O que foi a Era dos Descobrimentos ▲
A
Era dos Descobrimentos foi um período de ouro da História da Humanidade,
nos séculos XV e XVI, entre 1415 e 1543, protagonizada particularmente pelos
Portugueses, secundados pelos Espanhóis,
e em que o Cristianismo foi levado aos 4 cantos da Terra.
O
que motivou esta expansão da Civilização e da Fé Católica a todo o Planeta
foi, paralelamente ao génio e coragem de valorosos Navegadores, a Fé de bravos
e intrépidos homens que quiseram Testemunhar Cristo, levando a Fé
Católica a outros Povos.
Civilizacionalmente
falando, o mundo de então estava confinado à Europa, Médio Oriente, Norte de
África e parte Sul da Ásia. Ainda nem sequer havia a certeza e a prova de que a
Terra era redonda. Os navegadores tinham medo de se aventurar na navegação
afastados da costa, pois julgando que a Terra era plana ou achatada, tinham
medo de caírem no abismo…
O
Continente Africano era praticamente desconhecido. Da América nem
sequer havia conhecimento. Toda a Oceânia era completamente
desconhecida. A Ásia era um intrigante mistério e o caminho para lá
chegar era só através de longas e perigosas viagens por terra. A maior parte do
Globo Terrestre estava, assim, por explorar e cartografar.
O
Cristianismo estava confinado dentro dos estreitos limites da Europa.
Em traços largos, a única coisa que motivava o contacto com o exterior da
Europa, era o comércio, que se encontrava nas mãos das Repúblicas de Veneza e
Génova e dos intermediários do Médio Oriente, em Constantinopla. Para além da
Europa, existia um mundo pagão, com o qual não havia contacto, a não ser para
obter lucros no comércio de especiarias, tecidos, ouro e prata, marfim e muitos
outros bens de consumo.
Grande
parte da História que é divulgada nos nossos dias, e que é a estudada pelos
nossos adolescentes, foi escrita por inimigos maçons da Igreja Católica, e que
tentam por todos os meios denegrir os valorosos feitos de Portugal e Espanha,
na Missão de darem Testemunho de Jesus Cristo e espalharem a Fé Católica. O
alvo preferencial destes deturpadores da história, tem especial
incidência na acção dos Espanhóis contra os Astecas. Não nos
esqueçamos de que os Astecas, que viviam no actual México, eram um povo cruel e
que ofereciam sacrifícios humanos aos seus “deuses” (leia-se “demónios”),
assassinando com requintes de malvadez, os membros das tribos que dominavam.
Sem
pretender replicar mais uma história dos Descobrimentos, do ponto de vista
cronológico, episódico e comercial, quero, antes, salientar o papel que Portugal
desempenhou no Testemunho da Fé em Jesus Cristo, na Expansão da Fé
Católica e os novos mundos que ofereceu ao Cristianismo.
Toda
a Era dos Descobrimentos Portugueses foi norteada e imbuída do Espírito
Missionário e de Expansão da Fé Católica, e confirmada pela implantação dos Padrões
Portugueses, marcos de pedra com as Armas Portuguesas (As 5 Quinas e
a Cruz de Cristo) e uma inscrição, destinados a afirmar a soberania portuguesa
no local onde eram implantados.
Padrão Colonial
Português em Angola
O Padrão dos Descobrimentos,
também conhecido por Monumento dos Descobrimentos, celebra hoje em dia a
Era dos Descobrimentos Portugueses e foi erigido na zona de Belém em
Lisboa, tendo sido mandado erigir pelo Professor António de Oliveira Salazar,
chefe de Estado Português. Foi sob a sua direcção que se montou a Exposição
do Mundo Português, em 1940, para celebrar o Império Colonial
Português.
Naquele tempo
ainda era composto pelas terras de Aquém e Além Mar:
n Portugal
Continental - O Coração do Império Português.
n Açores
- Ilhas Atlânticas, ainda Região Autónoma Portuguesa.
n Madeira
- Ilhas Atlânticas, ainda Região Autónoma Portuguesa.
n Guiné
- Obteve a triste independência em 1974
com a infiltração de movimentos comunistas russos.
n Angola
- Obteve a triste independência em 1975
com a infiltração de movimentos comunistas russos e cubanos.
n Moçambique
- Obteve a triste independência em 1975
com a infiltração de movimentos comunistas russos.
As Colónias Portuguesas de Angola, Moçambique e
Guiné, prosperaram e viveram em Paz até os movimentos de índole comunista terem
iniciado os processos de independência, concretizada em 1975, e corroborada
pelo governo socialista/comunista português, que tomou de assalto o poder em
Portugal, no ano seguinte à Revolução de 25 de Abril de 1974. Depois de
alcançarem a independência, aqueles recém-formados países, ex-colónias
Portuguesas, foram conduzidos a guerras internas sangrentas, que duraram
dezenas de anos, produziram milhares de mortos e conduziram os países à
desordem, à miséria e à corrupção.
n Cabo
Verde - Obteve a independência em 1975.
n Goa
- Foi reintegrada na Índia em 1961.
n Damão
- Foi reintegrada na Índia em 1961.
n Diu
- Foi reintegrada na Índia em 1961.
n Macau
- Foi reintegrada na China em 1999.
n Brasil - Tornou-se independente
em 1822, através de uma revolução maçónica, que levou também Portugal a
mergulhar nas Guerras Liberais no início do século XIX, por influência da
Revolução Francesa e do derrube das monarquias europeias.
Fruto do poderia Maçónico que se implantou
lentamente no país, a todos os níveis, aquela grande Terra de Vera Cruz, filha
de Portugal, foi progressivamente se tornando, especialmente nos grandes
centros urbanos, numa terra de carnavais obscenos, costumes degradados,
movimentos gays, pornografia, prostituição, telenovelas degeneradas, macumbas,
candomblés, mães de santos, seitas de todo o género, falsas aparições,
violência urbana, favelas, exploração e paraíso da corrupção.
Que tristeza ver a degradação a que pode chegar um
país, que até já deixou de afirmar o seu Amen no fim das orações, e o
trocou por um lamecha, falso, sem sentido e sem força, Amém! Procurem os
bons Católicos em que data os pseudo-letrados trocaram a palavra “Amen” por
“Amém”, nas traduções bíblicas e nos textos litúrgicos, e encontrarão a
data em que começou toda a terrível decadência de costumes no país, e as mãos
pelas quais foram introduzidas as maiores barbaridades culturais.
Daqui lanço o Apelo a todos os Verdadeiros
Católicos Brasileiros:
“Voltem ao antigo Amen, à palavra Bíblica pronunciada pela
Virgem Maria em Hebraico, à versão original latina, e verão as suas
vidas se alterarem para melhor.”
É por este país ter nascido de impulsos maçónicos e
se ter degradado até a actual situação em que se encontra, que só tem falsas
aparições, falsos videntes diabólicos, e não tem, nem sequer, uma
única Verdadeira Aparição de Nossa Senhora.
Padrão dos
Descobrimentos em Lisboa
Chave das Figuras
Os
Reis da Era dos Descobrimentos, reconhecidos pelos sucessos alcançados,
mandaram erigir extraordinárias obras monumentais, das quais se podem salientar
o Mosteiro dos Jerónimos e sua Igreja de Santa Maria de Belém e a
Torre de Belém.
Mosteiro dos
Jerónimos e Igreja de Santa Maria de Belém
Torre de Belém
(O Link destas Imagens só funciona se tiver o Google Earth instalado)
●
Pequena História dos Descobrimentos ▲
A Era dos Descobrimento, antes de se
concretizar, já estava na mente Divina, e o delineamento da Sua
Estratégia passou por quatro grandes Etapas:
● 1ª Etapa - Evangelização
da Península Ibérica pelo Apóstolo São Tiago. ►
● 2ª Etapa - Fundação
de Portugal. ►
● 3ª Etapa - Criação
da Ordem dos Templários e da Ordem de Cristo. ►
● 4ª Etapa - Suscitar
valorosos homens de Fé. ►
● 1ª Etapa - Evangelização
da Península Ibérica pelo Apóstolo São Tiago. ▲
A
primeira grande Etapa que levou à Era dos Descobrimentos, foi a vinda de São
Tiago Apóstolo até às terras da Península Ibérica, extremo Ocidental
da Europa, levando o Evangelho às terras que mais tarde haviam de ser o ponto
de partida da Fé Cristã para o resto do mundo. A Península Ibérica foi
confirmada nesta Missão Evangelizadora, pela vinda milagrosa da Virgem Maria,
que pela primeira vez visitou estas terras predestinadas.
Foi
o preparar das sementes que haviam de ser lançadas à terra, e que dariam muito
fruto.
MisticaCidadedeDeus.htm#MCD_3_319
MCD-3-321 321 - Na evangelização de Espanha,
ele encontrou incríveis dificuldades e perseguições movidas pelo demónio,
através de judeus incrédulos. … No mais, entendi que a grande Rainha do Céu
teve especial interesse e afeição a São Tiago, pelas razões que eu disse (n° 320),
e por meio de seus Anjos o defendeu, e livrou de grandes e muitos perigos.
Consolou-o e confortou-o muitas vezes, dando-lhe notícias e avisos
particulares, pois, como viveria pouco tempo, disso tinha mais necessidade.
Muitas vezes o próprio Cristo, nosso Salvador, do Céu enviou Anjos para
defender Seu grande Apóstolo. e o transportar de uns lugares para outros,
guiando-o em sua peregrinação evangelizadora.
MCD-3-326 326 - … Veio depois a Toledo, daí passou
por Portugal, …
A
glória da Era dos Descobrimentos foi intimamente partilhada
pelos dois povos da Península Ibérica, Portugal e Espanha,
pois foi quando ainda não constituíam dois povos distintos, que a Península foi
visitada pela Rainha dos Apóstolos, como que a sugerir que daquela Península
partiriam conjuntamente, a testemunhar a Fé Católica, os homens que nela
habitassem. E tendo os dois povos Ibéricos cumprido esse desígnio Divino, veio
a confirmação e recompensa, mais tarde, com as Aparições de
Nossa Senhora em Fátima e em Garabandal.
Com a Virgem Maria se deu o
início deste Plano Divino da Evangelização, e com a Virgem Maria se
fechou esse ciclo, uma vez mais se podendo verificar a regra da simetria de muitos dos
acontecimentos da História da Salvação.
Assim
pudemos assistir, na Epopeia das Descobertas, a Portugueses a trabalhar para
Espanha, e de Espanhóis a trabalhar para Portugal, quer Navegadores quer
Missionários. Vistas as coisas com os olhos de Deus, foi um esforço partilhado
e conjunto, com muitos escolhos e muitas tempestades de percurso, mas sempre
unidos numa mesma Fé.
Se
é verdade que a Igreja de Cristo nasceu no médio Oriente, na Palestina, e dali
se expandiu a toda a Europa, não é menos verdade que foi da Península Ibérica
que se expandiu para o resto do mundo.
● 2ª Etapa - Fundação de Portugal. ▲
A
Fundação de Portugal no século XI, foi uma expressa Vontade de Jesus, da qual tomámos
conhecimento na transcrição da Sua Aparição a Dom Afonso Henriques, na véspera
da batalha de Ourique, travada contra os Mouros muçulmanos, e que ficou nas “Crónicas de D. Afonso Henriques” de Frei António Brandão.
Apresento seguidamente um pequeno extracto sobre a Fundação
de Portugal, retirado do Capítulo VIII do GPS.
Aparição
de Jesus a D. Afonso Henriques, em 24 de Julho de 1139.
Crónicas
de D. Afonso Henriques de Frei António Brandão. (Com a
ortografia arcaica)
…
Saíu fora da tenda o bom
velho e tornou a sua ermida, e o infante, esperando pelo sinal prometido,
gastou em oração afervorada todo o espaço da noite até à segunda vigia, na qual
ouviu o som da campainha; armado então com seu escudo e espada saíu fora dos arraiais,
e, pondo os olhos no Céu, viu da parte oriental um esplendor formosíssimo, o
qual pouco e pouco se ia dilatando e fazendo maior. No meio dele viu o
salutífero sinal da santa Cruz, e nela encravado o Redentor do mundo,
acompanhado em circuito de grande multidão de anjos, os quais em figura de
mancebos formosíssimos apareciam ornados de vestiduras brancas e
resplandecentes, e pôde notar o infante ser a Cruz de grandeza extraordinária,
e estar levantada da terra quási dez côvados.
Com o espanto de visão tão
maravilhosa, com o temor e reverência devidos à presença do Salvador, pôs o
infante as armas que levava, tirou a vestidura real, e descalço se prostrou em
terra e, com abundância de lágrimas, começou a rogar ao Senhor por seus
vassalos, e disse:
«Que merecimentos achastes, meu Deus, em um tão grande pecador como
eu para me enriquecer com mercê tão soberana?
Se o fazeis por me acrescentar a fé, parece não ser necessário,
pois vos conheço desde a fonte do Baptismo por Deus verdadeiro, filho da Virgem
Sagrada, segundo à humanidade, e do Padre Eterno por geração divina. Melhor
seria participarem os infiéis da grandeza desta maravilha, para que, abominando
seus erros, vos conhecessem».
O Senhor então com suave tom
de voz que o príncipe pôde bem alcançar, lhe disse estas palavras:
«Não te apareci dêste
modo para acrescentar tua fé, mas para fortalecer teu coração nesta empresa, e
fundar os princípios de teu Reino em pedra firmíssima. Tem confiança, porque,
não só vencerás esta batalha, mas todas as mais que deres aos inimigos da fé
católica. Tua gente acharás pronta para a guerra, e com grande ânimo pedir-te-á
que com título de rei comeces esta batalha; não duvides de o aceitar, mas
concede livremente a petição porque eu sou o fundador e destruidor dos Impérios
do mundo, e em ti e tua geração quero fundar para mim um reino, por cuja
indústria será meu nome notificado a gentes estranhas. E porque teus descendentes conheçam de
cuja mão recebem o reino, comprarás as tuas armas do preço com que comprei o género
humano (as cinco Chagas e os trinta dinheiros), o daquele por que fui comprado
dos judeos, e ficará este reino santificado, amado de mim pela pureza da Fé e
excelência de piedade».
O infante Dom Afonso, quando
ouviu tão singular promessa, se prostrou de novo por terra e, adorando ao
Senhor, lhe disse:
«Em que merecimentos fundais, meu Deus, uma piedade tão
extraordinária como usais comigo? Mas já que assim é, ponde os olhos de vossa
misericórdia em os sucessores que me prometeis, conservai livre de perigos a
gente portuguesa, e, se contra ela tendes algum castigo ordenado, peço-vos o
deis antes a mim e a meus descendentes, e fique salvo êste povo, a quem amo
como único filho».
A tudo deu o Senhor resposta
favorável, dizendo como nunca dêle, nem dos seus, apartaria os olhos de sua
misericórdia, porque os tinha escolhidos por seus obreiros e segadores, para
lhe ajuntarem grande seara em regiões apartadas.
Com isto desapareceu a
visão, e o infante Dom Afonso, cheio de fortaleza e júbilos de alma, quais se
deixão entender, fêz volta para os arraiais e se recolheu em sua tenda.
● 3ª Etapa - Criação
da Ordem dos Templários e da Ordem de Cristo. ▲
No
âmbito e no espírito das Cruzadas, a Criação das Ordens Militares, em especial
da Ordem dos Templários, que em Portugal se havia de tornar na Ordem de
Cristo pelas mãos de Dom Dinis, foi mais uma das Etapas determinantes que
haviam de proporcionar meios, humanos e materiais, para a Era dos
Descobrimentos levada a cabo por Portugal e Espanha.
Para defender o Reino Latino de Jerusalém
foram criadas as três grandes Ordens Religiosas Militares, com os monges-cavaleiros:
● Ordem dos
Hospitalários ou Cavaleiros de São João, mais tarde apelidada de Ordem
de Malta - Instituída, em 1113, para refúgio e auxílio a Cruzados.
Funcionava no hospital dedicado a São João. Consentiu, mais tarde, a entrada de
Cavaleiros, tornando-se numa Ordem Militar. A sua sede mudou mais tarde para
Rodes na ilha de Malta e daí ter mudado de nome para Ordem Soberana e
Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta.
● Ordem
Teutónica - formada por cavaleiro alemães em 1187.
A Ordem dos Templários fundada em 1199
e que funcionava junto do local onde outrora fora o Templo de Jerusalém. A
Regra desta Ordem dos Templários foi escrita por São Bernardo de Claraval,
grande devoto da Virgem Maria e que escreveu a Oração Memorare. Foi São Bernardo que escreveu a
última parte da Salvé-Rainha. Foi também
São Bernardo que começou a tratar a Virgem Maria por Nossa Senhora.
A
frase indelevelmente associada aos Templários é:
Non Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo ad
Gloriam! (Não por nós Senhor,
não por nós, mas para a glória de Teu nome!)
Ordem dos
Templários e a sua máxima
No ano 1118, Jerusalém já era um
território Cristão. Assim, nove monges veteranos da primeira Cruzada, entre
eles Hugh de Payen, dirigiram-se ao rei
de Jerusalém Balduíno I e anunciaram a intenção de fundar uma ordem de
monges guerreiros.
Os denominados Pobres
Cavaleiros de Cristo instalaram-se numa parte do palácio que foi cedida por
Balduíno, um local que outrora fora o Templo de Salomão. Por isso ficaram
conhecidos como Cavaleiros do Templo, ou Cavaleiros
Templários.
A Ordem desenvolveu uma estrutura básica e
organizou-se numa hierarquia composta desde os sacerdotes até os soldados.
O sustento dos Templários provinha de imensas fortunas
doadas por vários reinados. A propóssito destas doações, Filipe IV ficou a dever fortunas à Ordem dos Templários.
Os soldados Templários recebiam treinamento bélico;
combatiam ao lado dos Cruzados na Terra Santa; conquistavam terras;
administravam povoados; extraíam minérios; construíam castelos, catedrais,
moinhos, alojamentos e oficinas; fiscalizavam o cumprimento das leis e
intervinham na política européia, além de aprimorarem o conhecimento em
medicina, astronomia e matemática.
O poder dos Templários tornou-se maior que a Monarquia
e a Igreja. Devido a intrigas suscitadas
por Filipe IV, que não conseguia pagar as suas dívidas aos Templários,
começou a manipular o Papa Clemente V, que lhe devia favores, para que
extinguisse os Templários, que começaram a ser injustamente perseguidos. Acabou
por ser dissovida a Ordem, com o assassinato do seu último Grão Mestre Jacques de Molay, que depois de 6 anos de
encarceramento e tortura, foi queimado na fogueira, donde proferiu as últimas
palavras de maldição contra os que o perseguiram injustamente:
"NEKAN, ADONAI !!! CHOL-BEGOAL!!!
PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FILIPE…
INTIMO-OS A COMPARECEREM PERANTE O TRIBUNAL DE DEUS, DENTRO DE UM ANO, PARA
RECEBEREM O JUSTO CASTIGO.
MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A DÉCIMA TERCEIRA GERAÇÃO DAS
VOSSAS RAÇAS!!!"
Jacques de Molay na fogueira
Clemente V morreu trinta e três dias depois, e o Rei Felipe, o Belo, em
pouco mais de seis meses.
Perante as ordens do Papa no sentido de extinguir os
Templários e executar os seus cavaleiros, o Rei D. Dinis de Portugal instaurou um processo de inquérito de
forma a averiguar sobre a culpa ou inocência desses cavaleiros. O inquérito concluiu que os cavaleiros da
Ordem dos Templários estavam inocentes de todas as acusações. Em virtude
disso, nenhuma morte ocorreu.
Mais do que isso, o Rei de Portugal Dom Dinis, resolveu o assunto com extrema
inteligência e diplomacia: Retirou todos
os bens materiais da Ordem dos Templários, e transferiu-os para uma nova Ordem
que criou ao abrigo da Coroa Portuguesa.
Deu a essa nova Ordem o nome de Ordem de Cristo, cujo o símbolo era precisamente a famosa Cruz da
Cristo vermelha num fundo branco.
Ordem
de Cristo
Em 1319,
nascia assim a Ordem de Cristo,
provavelmente um dos últimos redutos na Europa onde o espírito dos Templários continuou a existir e a
viver, na persecução das suas santas metas, e conservando os seus míticos
segredos.
O Infante D. Henrique, Pedro Alvares Cabral, Vasco da Gama entre outros,
foram todos eles membros da Ordem de Cristo, ou seja: Templários.
Infante
D. Henrique, Pedro Alvares Cabral e Vasco da Gama
As Naus que aportaram no Brasil traziam a bandeira
desta nova Ordem - a Ordem de Cristo.
Pedro Álvares Cabral seria, não apenas um navegador, mas um dos altos
comandantes da Ordem de Cristo, que fez uso dos mapas e cartas de navegação dos
Templárias para "descobrir" o Brasil.
● 4ª Etapa - Suscitar
valorosos homens de Fé. ▲
Suscitar homens
valorosos e de Fé, da craveira do Infante Dom Henrique e dos
seus pares, indómitos Navegadores, foi a gota de água viva que fez transbordar a
taça, para dar novos mundos ao mundo e inundar a Terra com a Fé Católica,
imortalmente cantada pelo maior dos poetas da história, Luís Vaz de Camões.
Luís Vaz de Camões
“Os Lusíadas” de
Luís de Camões
Canto I
As
armas e os Barões assinalados
Que
da Ocidental praia Lusitana
Por
mares nunca de antes navegados
Passaram
ainda além da Taprobana,
Em
perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força
humana,
E
entre gente remota edificaram
Novo
Reino, que tanto sublimaram;
E também
as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram
dilatando
A Fé,
o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram
devastando,
E
aqueles que por obras valorosas
Se
vão da lei da Morte libertando,
Cantando
espalharei por toda parte,
Se
a tanto me ajudar o engenho e arte.
…
E,
vós, ó bem nascida segurança
Da
Lusitana antiga liberdade,
E
não menos certíssima esperança
De aumento da pequena
Cristandade;
Vós,
ó novo temor da moura lança,
Maravilha
fatal da nossa idade,
Dada
ao mundo por Deus, que todo o mande,
Para do mundo a Deus dar
parte grande;
Vós,
tenro e novo ramo florescente
De
uma árvore, de Cristo mais amada
Que nenhuma nascida no
Ocidente,
Cesárea
ou Cristianíssima chamada.
(Vede-o
no vosso escudo, que presente
Vos
amostra a vitória já passada,
Na
qual vos deu por armas e deixou
As
que Ele para si na Cruz tomou);
Com estas palavras cantou Camões a Epopeia dos
Portugueses, que partiram em direcção ao desconhecido, levando sempre
consigo nas Caravelas e nas Naus, padres Dominicanos, Franciscanos
e Jesuítas.
Na
génese desta Era dos Descobrimentos, estiveram homens da craveira do Infante
Dom Henrique, filho do Rei de Portugal Dom João I, fundador da Dinastia de
Avis, Pedro Alvares Cabral e Vasco
da Gama, todos eles Cavaleiros da Ordem de Cristo.
Foi
o Infante D. Henrique que personificou a Era das Descobertas
Portuguesas, que com a sua Fé e engenho soube reunir em torno de si astrónomos,
matemáticos, cartógrafos, armadores e navegadores. Para isso, serviu-se dos
Bens da Ordem de Cristo e também de toda a sua fortuna pessoal.
Mas
toda a Epopeia dos Descobrimentos Portugueses, só foi possível Graças à protecção
Divina que os salvaguardou das tempestades, dos inimigos, da fome e das
doenças, que permanentemente os insidiaram e que a Fé em Deus os ajudou a
suportar.
● A
grandiosidade da Obra das Descobertas ▲
Para
podermos fazer uma pequena ideia da grandiosidade da Epopeia das Descobertas, e
do papel desempenhado por Portugal e Espanha, basta olharmos para o Tratado de
Tordesilhas, celebrado entre as duas Nações em 7 de Junho de 1494 e que se
encontra arquivado na “Torre do Tombo”
em Lisboa e no “Arquivo General de
Indias” em Espanha.
Tratado de Tordesilhas
Nesta
data, os principais intervenientes na disputa de novos territórios alcançados
por navegadores europeus eram os Portugueses e Espanhóis, de tal maneira que,
depois de muitas disputas, assinaram o Tratado
de Tordesilhas, em que definiram a partilha
do Planeta em dois hemisférios, separados por um Meridiano que passava a 370 léguas a ocidente de Cabo Verde,
ficando o hemisfério Oriental para
Portugal e o hemisfério Ocidental
para a Espanha. Dada a falta de rigor da cartografia daquela época, a
localização do Meridiano de Tordesilhas variava consoante os cartógrafos, mas
não errarei muito se disser que coincidiria mais ou menos com o Meridiano 50ºW.
Planisfério de Cantino com o Meridiano de
Tordesilhas
Os Navegadores Portugueses foram responsáveis
por importantes avanços da tecnologia e ciência náutica, cartografia e
astronomia, desenvolvendo as Caravelas,
que foram os primeiros navios capazes de navegar com segurança em mar aberto,
no Atlântico.
Pelas
Bulas do Papa Nicolau V, “Dum
Diversas” de 1452 e “Romanus
Pontifex” de1455 , Portugal e a Ordem de Cristo receberam todas as terras, conquistadas e a conquistar, ao sul do
cabo Bojador e da Gran Canária.
Mapa Mundi com os dois terços do mundo que
foram explorados pelos Portugueses.
Notar os Escudos Portugueses, com os sete
Castelos e as Cinco Quinas de Cristo.
Quadro sinóptico das Descobertas
Portuguesas |
||||
Dados Reinado |
Data |
Navegador ou Padre |
Território |
Notas |
D. Afonso IV |
~1336 |
Pré-Descobertas |
Canárias ou Ilhas Afortunadas |
Descobertas numa data anterior a 1336 e conquistadas pela força pelos
Espanhóis em 1496 |
D. João I |
1415 |
Infante D. Henrique, D. Duarte
e D. Pedro |
Ceuta |
Conquistada aos Mouros pela Inclítica Geração e ainda Dom Nuno
Álvares Pereira (São Nuno de Santa Maria) |
D. João I |
1418 |
João Gonçalves Zarco |
Ilha do Porto Santo |
Sob o comando do Infante D. Henrique |
D. João I |
1418 |
Tristão Vaz Teixeira |
Ilha da Madeira |
Sob o comando do Infante D. Henrique |
D. João I |
1427 |
Diogo de Silves |
Arquipélago dos Açores, Grupos
Oriental e Central |
São Miguel e Santa Maria, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial |
D. Duarte |
1434 |
Gil Eanes |
Cabo Bojador |
|
D. Duarte |
1435 |
Afonso Gonçalves Baldaia |
Angra de Ruivos |
|
D. Afonso V |
1441 |
Antão Gonçalves |
Rio do Ouro |
|
D. Afonso V |
1441 |
Nuno Tristão |
Cabo Branco |
|
D. Afonso V |
1452 |
Diogo de Teive |
Arquipélago dos Açores, Grupo
Ocidental |
Flores e Corvo |
D. Afonso V |
1452 |
|
|
Bula Dum Diversas e do Papa Nicolau V |
D. Afonso V |
1455 |
|
|
Bula Romanus Pontifex do Papa Nicolau V |
D. Afonso V |
1456 |
Diogo Gomes |
Ilhas de Cabo Verde |
|
D. Afonso V |
1460 |
|
|
Morte do Infante D. Henrique |
D. Afonso V |
1460 |
Pêro de Sintra |
Serra Leoa |
|
D. Afonso V |
1471 |
João de Santarém
e Pêro Escobar |
Equador - Golfo da Guiné +
Ilhas de São Tomé e Príncipe |
|
D. Afonso V |
1472 |
Soeiro da Costa |
Rio Soeiro |
|
D. Afonso V |
1472 |
Fernão do Pó |
Ilha Formosa |
|
D. Afonso V |
1472 |
João Vaz Corte Real |
Terra Nova e Labrador |
Canadá |
D. Afonso V |
1479 |
|
|
Tratado das Alcáçovas-Toledo |
D. João II |
1481 |
Diogo Cão |
Padrão de Santo Agostinho |
|
D. João II |
1483 |
Diogo Cão |
Zaire |
|
D. João II |
1485 |
Diogo Cão |
Serra Parda |
|
D. João II |
1487 |
Afonso de Paiva e Pêro da
Covilhã |
|
Procuram Preste João das Índias |
D. João II |
1487 |
Bartolomeu Dias |
Cabo Boa Esperança |
Finalmente passam do Atlântico para o Índico |
D. João II |
1492 |
Cristóvão Colombo |
América |
Cristóvão Colombo viveu muitos anos na Ilha do Porto Santo |
D. João II |
1494 |
|
|
Tratado de Tordesilhas |
D. Manuel I |
1498 |
Vasco da Gama |
Chegada a Calecute na Índia |
É finalmente descoberto o Caminho Marítimo para a Índia, evitando a
rota terrestre. Início da utilização das Naus. |
D. Manuel I |
1500 |
Pedro Álvares Cabral |
Brasil |
A caminho da Índia, afasta-se da rota e chega ao litoral sul da Bahia |
D. Manuel I |
1500 |
Diogo Dias |
Ilha de Madagáscar |
Fazia parte da frota de Pedro Álvares Cabral a caminho da Índia |
D. Manuel I |
1510 |
Afonso de Albuquerque |
Goa |
Conquista de Goa na Índia |
D. Manuel I |
1511 |
Afonso de Albuquerque |
Malaca na Malásia |
Conquista de Malaca |
D. Manuel I |
1513 |
Jorge Álvares |
China |
Chegada à China onde são estabelecidas feitorias entre as quais Macau |
D. Manuel I |
1514 |
João de Lisboa |
|
Livro de Marinharia de João de Lisboa com o notável Mapa do Globo
Terrestre (*1) |
D. Manuel I |
1519 |
Fernão de Magalhães |
Volta ao mundo |
Fez a Circum-navegação da Terra de |
D. João III |
1522 |
Cristóvão de Mendonça |
Austrália |
Descoberta 250 antes de James Cook a ter reclamado em 1770 |
D. João III |
1542 |
João Rodrigues Cabrilho |
Califórnia |
Português, nascido em Montalegre, ao serviço de Espanha |
D. João III |
1543 |
Francisco
Zeimoto, António Mota e António Peixoto |
Japão |
Chegada ao Japão e descrições de Fernão Mendes Pinto no Livro a
Peregrinação |
D. João III |
1550 |
João Fernandes |
Nova Zelândia |
Português ao serviço de Espanha |
|
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|
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(*1) Mapa Globo de João de
Lisboa
Globo de Marinharia de João de
Lisboa
Foi com Vasco da Gama e a passagem da navegação
costeira à oceânica, que se iniciou o uso das Naus em Portugal. "Nau" era o sinónimo arcaico de navio
de grande porte, destinado essencialmente a transportar mercadorias. Devido à
pirataria holandesa, inglesa e muçulmana que assolava a costa, passaram a ser
utilizadas na marinha de guerra. Foram introduzidas as bocas-de-fogo.
Armada Portuguesa
As Naus eram imponentes
e tinham, em geral, duas cobertas, castelos de proa e de popa, dois a quatro
mastros e velas sobrepostas. Na carreira da Índia no século XVI foram também
usadas as Carracas, naus de velas
redondas e borda alta, com três mastros, que chegaram a atingir as 2000
toneladas.
A Cartografia e a Arte de Navegação tiveram um
extraordinário incremento sob o impulso Português na Era das Descobertas.
● A
Estrelas que brilharam na Era dos Descobrimentos ▲
As
estrelas que brilharam mais forte na Era dos Descobrimentos, foram sem dúvida
as centenas de Padres Missionários, cujos nomes não ficaram para a
história, que pelo mundo fora, nas costas de África, da Ásia e das Américas
expandiram e dilataram a Fé em Jesus Cristo e trouxeram para o Seu Rebanho
milhões de almas que viviam no ateísmo e na adoração de falsos deuses.
As
provas testemunhais que nos chegam até os nossos dias, são as milhares de
freguesias criadas em ligação à Diocese de Lisboa e que persistem como
provas eloquentes do papel exercido pelos Missionários Portugueses,
Beneditinos, Franciscanos e Jesuítas, muitas vezes com o preço das próprias
vidas, que deram Testemunho de Cristo e fizeram com que fosse o seu “nome notificado a gentes estranhas”, tal como
prometido por Jesus a Dom Afonso Henriques.
Outras
provas são os milhões de Baptizados que vivem naquelas terras distantes,
que ainda falam o português e dão testemunho de Jesus Cristo.
Sendo
o papel dos Missionários, não o de conquistar terras mas, o de conquistar
almas, a sua Missão muitas das vezes não ficou escrita nos anais da
história dos homens, mas certamente ficou escrito no Livro da Vida, do
qual um dia todos tomaremos conhecimento. Aí, sim, veremos as coisas através
dos olhos de Deus, e tomaremos conhecimento da Verdade profunda da História
Humana, e dos feitos grandiosos das Missões levadas a cabo por centenas de
Missionários incógnitos que ajudaram na Evangelização do mundo.
Muita
da Evangelização que se fez em África ficou um pouco no anonimato, ou pelo
menos, um pouco escondida do conhecimento generalizado e encoberta por uma
certa névoa. África foi considerada mais como lugar de passagem, e só começa a
ser mais fortemente palco das Missões Católicas no século XVI. Na internet nem
sequer há muita informação disponível.
Sabe-se
no entanto que foi pelas mãos dos Portugueses que o Cristianismo chegou a Angola.
A fim de satisfazer os pedidos do Rei do Congo, saiu de Lisboa, em
http://www.welcometoangola.co.ao/_igrejas_em_angola
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/dossier/angola-500-anos-de-evangelizacao/
Em
Moçambique também existe pouca informação, e pode-se encontrar alguma no
seguinte Link:
http://sigarra.up.pt/flup/pt/publs_pesquisa.show_publ_file?pct_gdoc_id=55698
Mas
ao lado destas centenas de Missionários incógnitos, houve muitos que entraram
para a História, e o relato dos seus feitos podem ainda hoje ser conhecidos, e
servir de testemunho e de exemplo, a serem seguidos e louvados.
O traço de união entre
todos estes valorosos Portugueses, foi o de serem Cristãos.
Sem
pretender atribuir classificações ou enumerá-los cronologicamente, vou só enumerar
alguns valorosos Cristãos que tornaram possíveis os grandes feitos
alcançados na Era das Descobertas e que ampliaram a Fé Católica no mundo
inteiro.
ÍNDICE DAS ESTRELAS QUE BRILHARAM NO FIRMAMENTO DA ERA DAS DESCOBERTAS ▲
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DADOS DO INFANTE DOM HENRIQUE ▲
Infante
Dom Henrique
Nome: Infante
Dom Henrique Nacionalidade: Portuguesa Ao Serviço de: Portugal
Nome do pai: Rei D. João I Nome da mãe: Dona Filipa de Lencastre Ordem: Ordem de Cristo
Data de nascimento: 4 de Março de
1394, no Porto Data do falecimento: 13 de Novembro
de 1460, em Sagres
Irmãos: D. Fernando (Infante Santo) e D. Duarte (futuro Rei) a
Inclítica Geração, Dinastia de Avis
Reinado: D. João I e D. Duarte Territórios: Conquista de Ceuta Feitos: O maior de todos os Navegadores
Notas:
n Foi o Infante D.
Henrique, o Navegador, que personificou a Era das Descobertas Portuguesas, que
com a sua Fé e engenho soube reunir em torno de si astrónomos, matemáticos,
cartógrafos, armadores e navegadores. Para isso, serviu-se dos Bens da Ordem de
Cristo e também de toda a sua fortuna pessoal.
n Em 1414, convenceu o seu pai,
El-Rei D. João I, a conquistar de Ceuta, na costa norte de África. A cidade foi
conquistada em Agosto de 1415, assegurando para o reino de Portugal o controlo
das rotas marítimas de comércio entre o Atlântico e o Levante, através do
Mediterrâneo.
n Entre 1419 e 1420 foram
os seus escudeiros, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, que
descobriram as ilhas do arquipélago da Madeira.
n Em 1427, os seus
navegadores descobriram as primeiras ilhas dos Açores. Também estas ilhas
desabitadas foram povoadas pelos portugueses.
n Foi sob a égide e comando
de D. Henrique que se deu a exploração da costa ocidental de África.
n A sua genialidade de
ficou imortalizada no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, ocupando o lugar de
proeminência e de maior destaque, à frente de todos os outros Navegadores.
Infante D.
Henrique no Padrão dos Descobrimentos
DADOS DA COMPANHIA DE JESUS - JESUÍTAS ▲
Santo Inácio de Loyola
Fundador: Íñigo López de Loyola Nacionalidade: Basca
Data de nascimento: 31 de Maio de
1491, em Azpeitia Data do falecimento: 31 de Julho de
1556, em Roma
Data de Beatificação: 1609 pelo Papa Paulo
V Data de Canonização: 12 de Março de 1622, Roma pelo
Papa Gregório XV
Data de Festa Litúrgica: 31 de Julho
-------
Ordem: Companhia de
Jesus - Jesuítas
Fundada por: Santo Inácio de Loyola que escreveu as
Regras em 1554, e pelos companheiros, o francês Pedro Fabro, os espanhóis
Francisco Xavier, Alfonso Salmerón, Diego Laynez, e Nicolau de Bobadilla e o
português Simão Rodrigues de Azevedo
Data de
Fundação: 15 de Agosto de 1534 Ao Serviço do: Papa
Notas:
n A Companhia de Jesus foi a grande Missionária na Era dos Descobrimentos e nos tempos que se lhe seguiram.
O
seu grande princípio tornou-se o lema dos Jesuítas: "Ad maiorem Dei
gloriam" ("Para a maior glória de Deus"). O seu lema
também foi: “Ir aonde o Papa nos enviar, sem questionar". Santo
Inácio de Loyola escreveu as constituições Jesuítas, adoptadas em 1554, que
deram origem a uma organização rigidamente disciplinada, enfatizando a absoluta
abnegação e a obediência ao Papa e aos superiores hierárquicos “perinde
ac cadaver”, ("disciplinado como um cadáver").
n Em Portugal a Companhia de Jesus entrou
por mãos de São Francisco Xavier e do Padre Simão Rodrigues de
Azevedo. Fundaram muitos colégios, dos quais o primeiro em Lisboa, depois
em Coimbra e Évora, Porto, Braga, Bragança, Santarém, Portalegre, Funchal, Angra
de Heroísmo e outros. Tomaram a direcção do Colégio das Artes e Humanidades, e
da Universidade de Évora.
No
princípio do século XIX, na sequência da Revolução Francesa, que derrubou a
Monarquia naquele país, foram terrivelmente perseguidos até ao ponto da
Companhia de Jesus ser extinta pelo próprio Papa Clemente XIV em Julho de 1773.
Só foi restaurada pelo Papa Pio VII em 1814.
Em
Portugal foram perseguidos, encarcerados, e a Companhia de Jesus foi extinta e
confiscados todos os seus bens, pelos maçons republicanos que assassinaram o
Rei Dom Carlos, derrubaram a Monarquia e implantaram a República.
n Da Era dos Descobrimentos e dos
tempos que se lhe seguiram, chegam-nos notícia de Jesuítas que estiveram
presentes, desde a primeira hora, nos novos mundos que se abrem à actividade
missionária da época.
São Francisco
de Xavier percorre a Índia, Indonésia, Japão e chega
às portas da China.
João Nunes Barreto e Andrés de
Oviedo empreendem a missão da Etiópia.
Padre Manoel da Nóbrega, São José
de Anchieta e muitos outros ajudaram a fundar as primeiras cidades do
Brasil: Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, e a
cidade de Anchieta que foi fundada pelo padre José de Anchieta.
João de Azpilcueta Navarro, familiar de
São Francisco de Xavier, foi um famoso missionário jesuíta no Brasil.
Os
chamados Quarenta Mártires do Brasil, liderados pelo Beato Inácio de
Azevedo, foram outros religiosos jesuítas de grande importância na
evangelização do Brasil.
Sobressaiu
também o Bem-Aventurado Matteo Ricci na evangelização da China.
n A Companhia de Jesus teve padres e
insignes nomes da matemática, física, astronomia, medicina,
química, advocacia e arquitectura.
n Hoje em dia a Companhia de Jesus
continua a contar com grandes intelectuais, mas a sua Fé está profundamente abalada
e infiltrada pela apostasia e existem inúmeros exemplos que bradam aos Céus.
Aquilo que fizeram na Era das Descobertas para a propagação da Fé Católica,
fazem-no hoje, sub-repticiamente para a destruir. Mas como Deus tira o Bem do
mal, tal como uma rosa pode surgir de uma estrumeira, da Companhia de Jesus
foi-nos dado um Papa extraordinário, o Papa Francisco.
DADOS DE SÃO FRANCISCO DE XAVIER ▲
São Francisco Xavier
Nome:
Francisco de Jasso Azpilicueta Atondo y
Aznáres Nacionalidade: Espanhola Ao Serviço de: Portugal
Nome do pai: Juan de Jasso Nome da mãe: Maria de Azpilcueta y Xavier Ordem: Companhia de Jesus, Jesuítas
Data de nascimento: 7 de Abril de
1506 em Xavier, Navarra, Espanha Data do falecimento: 3 de Dezembro
de 1552 em Sanchoão
Data do Baptismo: ?
Ordenado
Sacerdote: 24 de Junho de
1537 em Veneza
Beatificado: Em 25 de Outubro
de 1619 pelo Papa Paulo V Canonizado: Em 12 de Março de
1622 pelo Papa Gregório XV
Festa
Litúrgica: 3 de
Dezembro
Reinado: D. João III Territórios: Oriente Feitos: O grande Missionário do Oriente
Notas:
n São Francisco Xavier figura no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa. Foi co-Fundador da Companhia de Jesus em conjunto com Santo Inácio de Loyola e outros 5 companheiros, referidos acima.
n É ordenado Sacerdote em Veneza
em 1537, mas nunca chega a ir à Terra Santa, que era o seu grande desejo.
n Dom João III, Rei de Portugal, apela ao
Papa Paulo III para que lhe envie Missionários para propagar a Fé Católica
pelos territórios descobertos por Portugal. De preferência padres cultos e
inteligentes da Companhia de Jesus. É então que Francisco de Xavier descobre a
sua vocação Missionária. É escolhido por Santo Inácio de Loyola para vir para
Portugal, onde chega em 1540.
n A Igreja Católica considera que ele
tenha convertido mais pessoas ao Cristianismo do que qualquer outro Missionário
desde São Paulo, merecendo o título de "Apóstolo do Oriente". Ele foi
o grande Missionário do Oriente, especialmente na Índia, onde chega em 1541, em
Goa, Damão e Diu. Mas também andou pelo Japão, Sri Lanka e pela Indonésia,
ilhas Amboina, ilhas Molucas e muitos outros locais do Oriente, como por
exemplo Cantão, na China.
Muitas
igrejas foram desde então erguidas em honra de São Francisco de Xavier, muitas
delas fundadas por Jesuítas. Um parente seu, João de Azpilcueta Navarro, foi um
famoso missionário jesuíta no Brasil.
n São Francisco Xavier é o Padroeiro dos Missionários
e também um dos Padroeiros da Diocese de Macau.
A sua vida é uma das mais alucinantes e extraordinárias dos Santos da Igreja Católica.
DADOS DO PADRE ANTÓNIO VIEIRA ▲
Padre António Vieira
Nome:
António Vieira Nacionalidade: Portuguesa Ao Serviço de: Portugal
Nome do pai: Cristóvão Vieira Ravasco Nome da mãe: Maria de Azevedo Ordem: Companhia de Jesus, Jesuíta
Data de nascimento: 6 de
Fevereiro de1608 em Lisboa Data do falecimento: 18 de Julho de
1697 em Salvador, Brasil
Ordenado
Sacerdote: 10 de Dezembro
de 1364
Reinado: D. João IV Territórios: Brasil Feitos: Missionário no Brasil
Notas:
n Além de
Religioso da Companhia de Jesus, grande devoto de Nossa Senhora, sobre quem
escreveu vários dos seus Sermões, foi filósofo, escritor, diplomata e o maior
orador português de todos os tempos.
n Em 1614 partiu com os pais para o
Brasil, para a cidade de Salvador na Bahia, e frequentou o colégio dos
Jesuítas.
n Além da sua infatigável missão de
evangelização e Testemunha de Jesus Cristo, defendeu infatigavelmente os direitos
dos povos indígenas, combatendo a sua exploração e
escravização. Era por eles chamado de "Paiaçu" (Grande
Padre/Pai, em tupi). Lutou também pela abolição da escravatura.
n Em 1633 prega o seu Primeiro Sermão
público na Bahia.
n Em 1641 volta para Lisboa e torna-se Pregador
e Conselheiro do Rei D. João IV, e é enviado como embaixador em diversas
missões diplomáticas aos Países Baixos e a França.
n Passa uns maus bocados com a Inquisição,
e parte para Roma para se defender.
n A partir de 1669 viveu 6 anos em Roma,
onde deslumbrou a Cúria com os seus discursos e sermões. O Papa Clemente X,
decreta-lhe uma isenção "por toda a vida de qualquer jurisdição,
poder e autoridade dos inquisidores presentes e futuros de Portugal",
só permanecendo sujeito à autoridade da Cúria Romana.
n Em 1681 volta para a América
Portuguesa, futuro Brasil, onde virá a morrer em 1697, não sem antes de se
despedir de todos, com uma “Carta-Circular” dirigida à nobreza de
Portugal e aos seus amigos.
n Em 1697 morre este ilustríssimo
Missionário, com 89 anos, Foi sepultado na Igreja do Colégio dos Jesuítas, no
Terreiro de Jesus, no Brasil.
Orador
inflamado e inspirado fica para a história como grande Orador. Escreveu mais de
200 Sermões e 700 Cartas. Acredita-se que a sua genialidade foi
um Dom concedido por Nossa Senhora.
Para ler muitos dos seus textos pode
seguir os seguintes Links:
http://www.usp.br/cje/anexos/pierre/padreantoniov.pdf
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=101
DADOS DE BENTO DE GÓIS ▲
Bento de Góis
Nome: Luís
Gonçalves Nacionalidade: Portuguesa Ao Serviço de: Portugal
Nome do pai: Manoel Gus Nome da mãe: Maria Ordem: Companhia de Jesus, Jesuíta, na
qualidade de leigo
Data de nascimento: Julho de 1562
nos Açores Data do falecimento: 1 de Abril de
1607 em Suzhou
Baptizado: 9 de Agosto de 1562 em Vila Franca do Campo Ingressou na Companhia de Jesus: Fevereiro
de 1584 como coadjutor leigo
Reinado: D. Sebastião Territórios: Ásia Feitos: Viagem terrestre da Índia para
China
Notas:
n Nasceu em Vila Franca do Campo, na ilha de S. Miguel, nos Açores. Viajou pela Pérsia, Arábia, Baluchistão, Sri Lanka, e muitos outros reinos da Ásia.
n Em 1588 quando regressou a Goa, ao
Colégio dos Jesuítas, mudou o seu nome para Bento de Góis.
Bento
de Góis tornou-se o primeiro português a atravessar a Ásia Central, da Índia
para a China, transpondo grandes cadeias montanhosas como os Pamires e o
Karakoram, o grande deserto de Gobi, numa odisseia considerada por muitos
historiadores não inferior à empreendida por Marco Polo.
n Falava diversos idiomas como o Persa e o Turco, e registou a sua viagem num diário, à altura de um Marco Polo ou Fernão Mendes Pinto.
DADOS DO PADRE MANOEL DA NÓBREGA ▲
Padre Manoel da Nóbrega
Nome: Manoel da Nóbrega Nacionalidade: Portuguesa Ao Serviço de: Portugal
Nome do pai: Baltasar da Nóbrega Nome da mãe: ? Ordem: Companhia de
Jesus, Jesuíta
Data de nascimento: 18 de Outubro
de 1517 em
Sanfins do Douro Data do falecimento: 18 de Outubro
de 1570 no
Rio de Janeiro
Ordenado
Sacerdote: 1544
Reinado: D. João III Territórios: Brasil Feitos: Missionário
Notas:
n Em 1549 rumou
em direcção ao Brasil, por convite de D. João III.
n Catequizou os indígenas e ajudou na colonização do território, desenvolvendo uma forte campanha contra o canibalismo, existente entre os nativos, e combatendo a sua exploração.
n Em 1563 juntou-se
ao Padre José de Anchieta, desembarcado no Brasil como noviço em 1553.
n Foi o Padre
Manoel da Nóbrega quem sugeriu a D. João III a criação da primeira diocese no
Brasil, que veio a ser dirigida pelo bispo Dom Pero Fernandes Sardinha, que se
tornou o primeiro bispo do Brasil.
n Em 1558,
convenceu o governador Mem de Sá a proibir a escravização dos índios.
n Foi nomeado o
primeiro provincial da Companhia de Jesus no Brasil.
As cartas que o Padre Manoel
mandou aos seus superiores são autênticos documentos históricos sobre a colónia
Portuguesa do Brasil e a acção da Companhia de Jesus no século XVI.
DADOS DO PADRE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA ▲
Padre São José de Anchieta
Nome: José
de Anchieta Nacionalidade: Espanhola Ao Serviço de: Portugal
Nome do pai: João López de Anchieta Nome da mãe: Mência Diaz de Clavijo y Llarena
Ordem: Companhia de
Jesus, Jesuíta desde 1 de Maio de 1551 como noviço
Data de nascimento: 19 de Março
de 1534 nas Canárias Data do falecimento: 9 de Junho de
1597 em Reritiba,
Brasil
Data do Baptismo: 7 Abril de
1534 na Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios, actual
Ordenado
Sacerdote: 1566 Beatificado: Em 1980 por João
Paulo II Canonizado: Em 2014 pelo Papa
Francisco
Festa
Litúrgica: 9 de Junho
Reinado: D. João III Territórios: Brasil Feitos: Missionário
Notas:
n Nasceu em San Cristóbal de La Laguna, nas ilhas Canárias. Era grande devoto da
Virgem Maria e escreveu um Poema a Ela dedicado.
n A 13 de Julho de
1553 chegou a Salvador no Brasil.
n Em 25 de
Janeiro de 1554 participou, com outros padres da Companhia, da fundação, no
planalto de Piratininga, do Colégio de São Paulo, um colégio de jesuítas do
qual foi regente. Foi este colégio que serviu de embrião à cidade de São Paulo,
que recebeu este nome por ser a data em que se comemora a conversão do Apóstolo
São Paulo. Esta localidade contava com apenas 130 pessoas, das quais 36 haviam
recebido o Baptismo.
n Em 1563
juntou-se ao Padre Manoel da Nóbrega e juntos negociaram com os índios um
tratado de paz.
n Esteve como
refém entre os índios Tamoios em Iperoig, enquanto o padre Manuel da Nóbrega
retornou a São Vicente juntamente com Cunhambebe, para ultimar as negociações
de paz entre os indígenas e os portugueses. Foi durante este cativeiro que o
Padre Anchieta levitou à frente dos indígenas, que ficaram apavorados.
n Dirigiu o
Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro, de
n Em 1569, fundou
a povoação de Reritiba (ou Iriritiba), atual Anchieta, no Espírito Santo.
n Em 1577, foi
nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu até
1587.
n Em 1587
retirou-se para Reritiba, depois de dirigir o Colégio do Jesuítas em Vitória,
no Espírito Santo.
n Em 1595, obteve
dispensa dessas funções e conseguiu retirar-se definitivamente para Reritiba
onde veio a falecer, sendo sepultado em Vitória.
n Segundo a
"Brasiliana da Biblioteca Nacional" de 2001, foi considerado o "Apóstolo
do Brasil", por ter sido um
dos pioneiros na introdução do cristianismo naquela colónia Portuguesa.
n Foi fundador de cidades e missionário incomparável.
n Foi gramático,
poeta, teatrólogo e historiador. O apostolado não impediu o Padre Anchieta de cultivar
as letras, escrevendo em português, castelhano, latim e tupi, tanto em prosa
como em verso.
n Em Abril de 2015 foi declarado co-padroeiro do Brasil na 53ª Assembleia
Geral da CNBB.
DADOS DE SÃO NUNO DE SANTA MARIA, Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável ▲
São Nuno de Santa Maria
Nuno Álvares Pereira
Santo Condestável
Nome: Nuno
Álvares Pereira Nacionalidade: Portuguesa Ao Serviço de: Portugal
Nome do pai: D. Álvaro Gonçalves Pereira Nome da mãe: Iria Gonçalves Ordem: Carmelitas
Data de nascimento: 24 de Junho de
1360 em Cernache
de Bonjardim ou
Flor da Rosa
Data do falecimento: 1 de Novembro
de 1431 no Convento do Carmo em Lisboa
Data do Baptismo: ?
Beatificado: Em 23 de Janeiro de
1918 pelo Papa Bento XV Canonizado: Em 26 de Abril de
2009 pelo Papa Bento XVI
Festa
Litúrgica: em 6 de
Novembro festeja-se São Nuno de Santa Maria
Reinado: D. João I Territórios: Portugal e Ceuta Feitos: Grande Guerreiro e Grande Santo
Notas: Nasce em Cernache de Bonjardim ou Flor da Rosa.
n Em Abril de 1384 notabilizou-se na luta contra os Espanhóis, durante o Interregno, e a primeira grande vitória de Dom Nuno Álvares Pereira frente aos castelhanos deu-se na Batalha dos Atoleiros em que pela primeira vez, na Península Ibérica, um exército de infantaria derrota um exército com cavalaria pesada. Com a eleição, em Abril de 1385, de D. João de Avis para Rei, Dom Nuno Álvares Pereira é nomeado Condestável de Portugal e Conde de Ourém.
n A 14 de Agosto
de 1385, Dom Nuno Álvares Pereira mostra que, a sua santidade e Fé em Deus,
aliadas a um génio militar que lhe foi concedido pelo Altíssimo, podem vencer
batalhas. Foi isso que se passou na Batalha de Aljubarrota. Nas
vésperas da Batalha, os dois exércitos acamparam a pouca distância um do outro,
e como Nuno Álvares já tinha fama de Santo em toda a Península Ibérica, muitos
guerreiros espanhóis vieram visitá-lo e lhe prestar veneração. Todos os dias o
Santo Condestável assistia à Missa, mas em tempo de guerra assistia a 3 Missas.
A vitória da Batalha de Aljubarrota viria a ser decisiva para o fim da
instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da Independência
Portuguesa. Finda a ameaça castelhana, Dom Nuno Álvares Pereira permaneceu como
Condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e Barcelos.
Painel de azulejos com o Santo
Condestável a rezar, diante suas tropas, em Aljubarrota
n Em Outubro de
1385 foi travada em terreno castelhano a Batalha de Valverde.
Conta-se que na fase mais crítica da batalha e quando já parecia que o exército
português iria sofrer uma derrota completa, se deu pela falta de Dom Nuno.
Quando já se temia o pior, o seu escudeiro foi encontrá-lo em êxtase, ajoelhado
a rezar entre dois penedos. Quando o escudeiro aflito lhe chamou a atenção para
a batalha que se perdia, o Condestável fez um sinal com a mão a pedir silêncio.
Novamente chamado à atenção pelo escudeiro, que lhe disse: "Nada de
orações, que morremos todos! responde então D. Nuno, suavemente:
“Amigo, ainda não é
hora. Aguardai um pouco e acabarei de orar.”
Quando
acabou de rezar, ergue-se com o rosto iluminado e dando as suas ordens,
consegue que se ganhe a batalha de uma forma considerada milagrosa.
Depois desta batalha, os castelhanos recusaram-se a dar-lhe de novo batalha em
campo aberto. O nome de Dom Nuno Álvares inspirava terror nos castelhanos,
que tinham passado a atacar a fronteira com pilhagens e razias. Sempre que Dom
Nuno entrava nas terras de Castela para os repelir, aplicavam a política de
terra queimada, fugindo dele como o diabo da Cruz.
n Passeando um
dia pela Cova da Iria montado numa mula, ela estacou de repente e
ajoelhou nas patas dianteiras… no sítio onde, passados 500 anos, viria a
aparecer Nossa Senhora aos Pastorinhos de Fátima.
n Em 1415
participou na Conquista de Ceuta
e foi convidado pelo Rei a comandar a guarnição que lá ia ficar. O Santo
Condestável recusou, pois desejava abandonar a vida militar e abraçar a vida
religiosa.
Com
as vitórias alcançadas e pela gratidão do Rei, tornou-se o homem mais rico de
Portugal. Antes de entrar para o convento, distribuiu todos os seus bens pelos
netos e pelos pobres. Não aceitou ser sacerdote por não se considerar digno de
tocar no Corpo de Cristo, e por isso, foi sempre só um frade Carmelita, em tudo
igual aos mais simples e humildes.
n Mandou
construir o Convento do Carmo que doou aos frades carmelitas, assim como
os bens que lhe restavam.
Ruínas do Convento do Carmo
n Por volta de
1425, ao tornar-se Frei Nuno, abdicou do título de Conde e de
Condestável e pretendeu ir pelas ruas a pedir esmola. Isto não agradou a
El-Rei D. João I, que pediu ao infante D. Duarte, o qual tinha grande admiração
por Dom Nuno, que o convencesse a não fazer tal coisa. Frei Nuno deixou-se
convencer, e só passou a aceitar esmolas para o Convento, vindas Rei.
Percorria
as ruas de Lisboa e distribuía esmolas a quem precisava. No convento tinha um
grande caldeirão usado pelos seus homens nas campanhas militares, onde se
faziam refeições para os pobres. Estas acções fizeram com que o povo lhe
chamasse o Santo Condestável.
Já
velhote e gasto pela dura vida que levara, conta-se que um frade na
brincadeira, chegou-se a ele e gritou: “Vêm aí os Castelhanos.” Ao que Frei
Nuno, dando um salto, bradou: “Onde está a minha espada?!”
Conta-se
também que correra o boato de que Ceuta estaria em risco de ser apresada
novamente pelos Mouros. Imediatamente Frei Nuno manifestou a sua vontade em
fazer parte da expedição que iria acudir a Ceuta. Quando o tentaram dissuadir,
por estar alquebrado pelos anos e de tantas canseiras, pegou numa lança e
disse: "Em África a poderei meter, se tanto for mister!"
(Daqui nasceu a expressão "Meter uma lança em África", no sentido de
se vencer uma grande dificuldade). Chegou a uma varanda do Convento do Carmo e
atirou a lança com tal força, que atravessou todo o Vale da Baixa de Lisboa,
indo cravar-se numa porta do outro lado da Praça do Rossio.
n Morreu neste
Convento do Carmo, com 71 anos de idade. Foi sepultado na Igreja deste
Convento, e trasladado, em 1953, para a Igreja do Santo Condestável,
no bairro de Campo de Ourique, em Lisboa, que lhe foi dedicada.
Igreja do Santo Condestável, Campo de Ourique, Lisboa
n O Santo
Condestável, como sempre foi conhecido, foi considerado como
o maior Santo português, o maior guerreiro de sempre e um
verdadeiro génio militar.
n Por diversas
vezes comandou forças numericamente inferiores às do inimigo, e venceu todas
as batalhas que travou. É o Patrono da Infantaria Portuguesa.
DADOS DE PEDRO ÁLVARES CABRAL ▲
Pedro
Álvares Cabral
Nome: Pedro Álvares Cabral Nacionalidade: Portuguesa Ao Serviço de: Portugal Ordem: Ordem de Cristo
Data de nascimento: 1467 em
Belmonte Data do falecimento: 1520 em Santarém
Reinado: D. Manuel I Territórios: Brasil Feitos: Navegador. Descobriu o Brasil
Notas:
n Foi escolhido
para chefiar uma expedição à Índia em 1500, seguindo a rota recém-inaugurada
por Vasco da Gama, contornando a África. Afastou-se da costa sul de África e
acabou por descobrir o Brasil.
n Realizou a
primeira exploração significativa da costa nordeste da América do Sul.
DADOS DE VASCO DA GAMA ▲
Vasco
da Gama
Nome: Vasco
da Gama Nacionalidade: Portuguesa Ao Serviço de: Portugal
Nome do pai:
Estêvão da Gama Nome da mãe: Dona Isabel Sodré Ordem: Ordem de Cristo
Data de nascimento: 1480 em Sines Data do falecimento: 24 de Dezembro
de 1524 em Cochim
Reinado: D. Manuel I Territórios: Índia Feitos: Descobriu o caminho marítimo para a Índia
Notas:
n D. Manuel I de Portugal confiou a Vasco da Gama o cargo de capitão-mor da frota que, num sábado 8 de Julho de 1497, zarpou de Belém, em Lisboa, em demanda da Índia. Foi das viagens marítimas mais fantásticas realizadas até então.
Caminho Marítimo para a Índia
n Foi com a frota
de Vasco da Gama que se começaram a usar as Naus, que eram navios de muito maior
porte que as Caravelas usadas até então.
Nos
últimos anos da sua vida, foi Vice-Rei da Índia, onde faleceu com Malária, em
Cochim.
Foi
sepultado na Igreja de São Francisco, em Cochim. Em 1539 os seus restos mortais
foram transladados para Portugal, para a Igreja da Quinta do Carmo, próximo da
vila da Vidigueira. Aqui estiveram até 1880, data em que ocorreu a trasladação
para o Mosteiro dos Jerónimos, que foram construídos logo após a sua viagem,
com os primeiros lucros do comércio de especiarias, ficando ao lado do túmulo
de Luís Vaz de Camões.
n Ficou para a
História por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar da Europa até
à Índia, na mais longa viagem oceânica até então realizada, superior a uma
volta completa ao mundo pelo Equador. Até então não se sabia que fosse possível
essa ligação por mar.
DADOS DE AFONSO DE
ALBUQUERQUE ▲
Afonso
de Albuquerque
Nome: Afonso
de Albuquerque Nacionalidade: Portuguesa Ao Serviço de: Portugal
Nome do pai: Gonçalo de Albuquerque Nome da mãe: D. Leonor de Meneses Ordem:
Ordem militar de Santiago
Data de nascimento: 1453 em
Alhandra Data do falecimento: 16 de Dezembro
de 1515 em Goa
Reinado: D. Afonso V Territórios: África e Índia Feitos: Militar, Navegador e Político
Notas:
n Afonso de Albuquerque teve uma longa carreira militar no Norte de África, onde acompanhou D. Afonso V nas conquistas de Tânger, Anafé e Arzila, onde permaneceu alguns anos como Oficial na guarnição.
n Foi o 2.º Vice-Rei e
Governador da Índia Portuguesa, cujas acções militares e políticas foram
determinantes para o estabelecimento do Império Português no Oceano Índico.
Chamavam-lhe o César do Oriente. Conquistou muitas praças e submeteu-as ao
domínio Português. No Oriente, era temido por todos.
Afonso
de Albuquerque é reconhecido como um génio militar pelo sucesso da sua
estratégia de expansão: procurou fechar todas as passagens navais para o Índico
– no Atlântico, Mar Vermelho, Golfo Pérsico e oceano Pacífico – construindo uma
cadeia de fortalezas em pontos chave, para transformar este oceano num “mare
clausum” português, sobrepondo-se ao poder dos otomanos, árabes e seus aliados
hindus.
n A carreira de
Afonso de Albuquerque teve um final doloroso. Na corte portuguesa tinha muitos
inimigos que tudo aproveitavam para espicaçar o rei D. Manuel I contra ele,
insinuando que pretendia a independência do império na Índia. No regresso de
Ormuz, à entrada do porto de Goa, cruzou-se com um navio que trazia a notícia
da sua substituição pelo seu inimigo pessoal Lopo Soares de Albergaria, líder
do grupo que se lhe opusera aquando da substituição do vice-rei. O golpe foi
demasiado forte para Afonso de Albuquerque, que morreu no mar, a 16 de Dezembro
de 1515.
n O rei D. Manuel
I, reconheceu no entanto a sua lealdade e os seus feitos, e procurou reparar a
injustiça com que ele fora tratado, cumulando de honras o seu filho Brás de
Albuquerque.
Afonso
de Albuquerque foi sepultado na igreja de Nossa Senhora da Serra em Goa. Toda a
população ocorreu, não querendo acreditar que o seu vice-rei tivesse morrido.
n Em 1572 os valorosos feitos de Afonso de
Albuquerque foram justamente cantados por Luís Vaz de Camões em "Os
Lusíadas", Canto X (estrofes
Os
Lusíadas", Canto X estrofes 40
Esta luz é do fogo e das luzentes
Armas com que Albuquerque irá
amansando
De Ormuz os Párseos, por seu mal valentes,
Que refusam o jugo honroso e brando.
Ali verão as setas estridentes
Reciprocar-se, a ponta no ar virando
Contra quem as tirou; que Deus peleja
Por quem estende a fé da Madre Igreja.
DADOS DE CRISTÓVÃO COLOMBO ▲
Cristóvão
Colombo
Nome: Cristoforo
Colombo Nacionalidade: Portuguesa Ao Serviço de: Espanha
Nome do pai: Domenico Colombo *1 Nome da mãe: Susana Fontanarubea *1 *1-(Segundo a sua ascendência Genovesa)
Data de nascimento: 1451 em parte
incerta Data do falecimento: 20 de Maio de 1506 em Valladolid
Reinado: D. João II Territórios: América Feitos: Descobridor da América do Norte
Notas:
n Nasceu algures em Portugal, em parte incerta. Num documento da Corte de
Castela, datado de 1487, ele é referenciado como o “portugues”. No
entanto, os italianos reclamam o seu nascimento em Génova.
n Na sua maioridade passou à Ilha do Porto Santo, no Arquipélago da
Madeira, pertencente a Portugal, onde viveu alguns anos. Foi por esta altura
que casou com Filipa Moniz, que vivia com sua mãe, Isabel Moniz, no Porto
Santo. Foi durante a sua estadia no Porto Santo, numa casa que ainda hoje é
visitada como sendo a sua, ao lado da Igreja Matriz, que lhe adveio a ideia de
explorar uma terra que existiria para ocidente daquela ilha, após ter
encontrado, nas areias douradas da praia, uns destroços que deram à costa. Foi
aos poucos que o projecto de Colombo foi tomando corpo. A sua intenção era de
atravessar o oceano Atlântico, o único conhecido na época, em direcção à Ásia,
e, de caminho, descobrir as terras que idealizava existirem para ocidente do
Porto Santo.
n Ofereceu os seus serviços ao Rei de Portugal para levar a cabo esta
missão, mas não foram aceites. Foi por essa razão que se dirigiu aos Reis
Católicos de Espanha oferecendo-se de igual modo. Pouco tempo depois, Cristóvão
Colombo liderou a frota que alcançou os território da América do norte em 12 de
Outubro de 1492, às ordens dos Reis Católicos de Espanha. Lançou-se através do
Oceano Atlântico com o objectivo de atingir a Índia, tendo na realidade
descoberto as ilhas das Caraíbas (Antilhas) e, mais tarde, a costa do Golfo do
México na América Central.
n Colombo também navegou em navios portugueses, numa viagem a Mina, e
algumas vezes mencionou recordações da Guiné. Passou também pelas Ilhas
Canárias.
n Em 1492, ficou para a história, como o Descobridor da América, e a sua
nacionalidade ainda hoje em dia é disputada entre Portugal, Espanha e Itália.
DADOS DE FERNÃO DE MAGALHÃES ▲
Fernão de Magalhães
Nome: Fernão
de Magalhães Nacionalidade: Português Ao Serviço de: Espanha
Data de nascimento: 1480, Sabrosa Data do falecimento: 27 de Abril de
1521, Filipinas
Reinado: D. Manuel I Feitos: Primeira Viagem de
circum-navegação da Terra de
Notas:
Nascido de família nobre, em 1506 viajou para as Índias Ocidentais, participando de várias expedições militares nas Molucas, também conhecidas como as Ilhas das Especiarias. Esteve sob o comando de Afonso de Albuquerque, e tomou parte na conquista de Malaca.
n Por volta de
1515, voltou para Lisboa e dedicou-se a estudar as mais recentes cartas,
investigando uma passagem para o Pacífico pelo Atlântico Sul.
n Em 1517 foi a
Sevilha para propor ao Rei de Espanha Carlos V, uma viagem às ilhas Molucas,
que se encontravam a Oriente, no Oceano Pacífico, partindo em direcção a
Ocidente, pelo Oceano Atlântico. Segundo a sua tese, estas ilhas estariam sob
alçada Espanhola, segundo o Tratado de Tordesilhas. O Projecto foi aprovado.
n Em 20 de
Setembro de
Viagem de Circum-Navegação de
Fernão de Magalhães
Foi
o primeiro a alcançar a Terra do Fogo no extremo sul do Continente Americano, a
atravessar o estreito que hoje leva seu nome e a cruzar o Oceano Pacífico, a
que deu o nome, por as suas águas serem muito calmas, pacíficas.
n Em Março de
1521, alcançaram a ilha de Ladrões no actual arquipélago de Guam, chegando à
ilha de Cebu, actuais ilhas Filipinas, a 7 de Abril de 1521.
n Em 27 de Abril de
1521 foi morto em batalha, em Cebu, nas Filipinas.
n O resto da
viagem de circum-navegação foi levada a cabo por João Lopes Carvalho e Juan
Sebastián Elcano, por mares já conhecidos e desbravados pelos portugueses. Das
5 iniciais, só a nau Victoria voltou a Sanlúcar de Barrameda em Espanha, com 18
homens a bordo.
A Nau de Magalhães - Victoria
n Ficou para a história por ter sido o primeiro navegador a circum-navegar a Terra entre 1519 e 1522.
● Conclusão ▲
O
Espírito das Descobertas deve ficar nas nossas mentes para que não esqueçamos
os sacrifícios que muitos dos nossos antepassados fizeram em defesa e prol da
Igreja Católica.
Devem
ecoar nos nossos corações as promessas de Jesus Cristo, feitas na
Aparição a Dom Afonso Henriques:
Aparição de
Jesus a D. Afonso Henriques, em 24 de Julho de 1139.
Crónicas
de D. Afonso Henriques de Frei António Brandão.
… “Tem confiança, porque, não só vencerás esta batalha, mas
todas as mais que deres aos inimigos da Fé Católica. … E em ti e tua geração
quero fundar para mim um Reino, por cuja indústria será Meu nome notificado a
gentes estranhas.”