PROTESTANTISMO
Nesta Página da Amen, pode encontrar a abordagem do Tema
Global do
● PROTESTANTMISMO
●
● O que é o Protestantismo ►
(●) Lutero ►
(●) Calvino ►
●
Os diversos Protestantismos ►
●
As divergências entre o Cristianismo e
o Protestantismo ►
(●) O papel do Concílio de
Trento ►
(●) Tabela com as
principais diferenças entre Cristianismo e Protestantismo
►
● O Protestantismo na história ►
● O Protestantismo nas Revelações Privadas ►
●
O Protestantismo nas Revelações
do Padre Gobbi ►
● Conclusões e
Conselhos ►
● O
que é o Protestantismo ▲
O Protestantismo é mais uma das muitas falsas religiões que existem na Terra,
e nasceu no seio da Igreja Católica por um acto de rebelião do herege e cismático Martinho Lutero. Os Protestantes também são conhecidos pelo nome de
Evangélicos.
O Movimento que Lutero
encabeçou ficou conhecido na história como a Reforma Protestante.
Todas as religiões não
são variantes de uma forma de adorar a Deus, em que Ele aparece em cada uma
delas com uma face diferente, mas sempre se tratando do mesmo Deus. Não! A Verdade sobre as religiões é
outra coisa bem diferente. Deus, o único e Verdadeiro Deus, só criou uma
Religião e uma só Igreja, a Religião Católica e a Igreja Católica Apostólica
Romana, fundada por Jesus Cristo, também Ele Deus com o Pai na Unidade do
Espírito Santo.
As outras religiões, na
verdade, não são religiões, mas sim falsas
religiões. Não foram fundadas por Deus, mas, sim, por Lúcifer, que se faz
passar por Deus, para ser adorado como se de Deus se tratasse. Nas falsas
religiões, quem é adorado, não é uma outra faceta de Deus, mas sim satanás que
se apresenta com uma diferente face. O
deus que é idolatrado nas falsas religiões é uma diferente face de Lúcifer,
tal como é afirmado nas Sagradas Escrituras no Salmo 96 (95).
Salmo 96,5
Os deuses dos gentios são demónios.
Em
muitas traduções actuais da Bíblia esta passagem está mal traduzida, mas na
versão grega e na Vulgata está bem
clara a palavra demónios:
«quoniam omnes dii gentium daemoni.»
Na
versão da Bíblia portuguesa, feita pelo padre António Pereira de Figueiredo, e
aprovada pelo Arcebispo de Lisboa, em 1953,
pág. 614, ainda aparece a palavra
demónios.
A Religião Católica e a sua Igreja foram fundadas por Jesus, no
início da época Cristã, nos 3 anos da Sua vida pública e logo após a sua morte
e Ressurreição, pela Virgem Maria e pelos Apóstolos. Foi Jesus Cristo que deu
início à Era Cristã em que vivemos. Toda a História da Humanidade hoje em dia
se rege pela Era Cristã, e todos os acontecimentos são referidos à data do
Nascimentos de Jesus Cristo. Todas as datas são referidas a AC e DC, Antes de
Cristo e Depois de Cristo.
O Protestantismo foi
só criado no na Europa Central no início do século XVI como uma reacção contra a doutrina e prática da Igreja
Católica Apostólica Romana. O herege e cismático
Martinho Lutero, fê-lo sob inspiração de satanás, por desejos de controlo e
poder dentro da igreja e tal como Lúcifer decidiu que não serviria - “Non serviam!”. Como é evidente, não
foi por inspiração do Espírito Santo que se deu aquela divisão no seio da
Igreja Católica …
Quando há um acto de
rebelião desta dimensão, que leva a uma tal divisão e cisma, Deus não permanece
nesse novo ramo doente e auto-condenado. Quem lá fica a ser venerado, é o
inimigo de Deus, que levou a um tal cisma. O mesmo se passou com o Judaísmo,
que renegando e crucificando Jesus, fez com que o Deus de Israel continuasse
presente na Nova Igreja fundada por Jesus Cristo, a Igreja Católica, e se tenha
afastado do Judaísmo e das suas sinagogas. Quem lá ficou foi o inimigo de Deus.
Lembremos a seguinte
passagem do Livro do Profeta Samuel, quando ele unge David, e um espírito mau
desceu sobre o Rei Saul.
I Samuel 16, 13-14
13 Samuel
tomou o corno de óleo e ungiu-o no meio dos seus irmãos. E, a partir daquele
momento, o Espírito do Senhor apoderou-se de David. Samuel, porém, retomou o
caminho de Ramá.
14 O
Espírito do Senhor retirou-se de Saul, e um espírito mau veio sobre ele,
enviado pelo Senhor.
Tal como o inferno, onde
são todos contra todos, e onde só reina o ódio e a divisão, também o
Protestantismo sofreu muitas divisões e lutas pela autonomia e desobediência.
Por estas lutas intestinas no seu seio, surgiram, no decurso da história,
muitas igrejas protestantes.
Os Protestantes gostam de
afirmar que não têm uma religião, mas tão só pertencerem a uma igreja.
Se podemos afirmar que
Lutero, filho bastardo de satanás, foi o fundador do Protestantismo, não é
menos verdade afirmar que teve um correligionário - Calvino.
Lutero rebelou-se
principalmente contra a Igreja Católica, num documento que ficou conhecido
pelas “95 Teses”, de Outubro de
1517, desafiando os ensinamentos da Igreja Católica quanto à natureza
da Penitência, a Autoridade do Papa e da
utilidade das Indulgências. Este
documento é um marco da Revolta Protestante.
O termo Protestante é derivado do
latim “protestari”. Referiu-se à carta de Protesto, feita pelos luteranos contra o Édito de
Worms, de 1521, em que o imperador Carlos V, proibiu os escritos
de Martinho Lutero e o rotulou de inimigo do Estado. Foi também
publicado pelo Imperador Carlos V, a propósito do Édito de Worms, que qualquer
pessoa, ao menos teoricamente, estaria livre para matar Lutero sem correr o
risco de sofrer qualquer sanção penal, já que, pelo referido Édito, Lutero foi
banido do Império como um fora-da-lei.
Lutero escreveu em defesa das suas teses o Catecismo Maior e o Catecismo Menor.
Lugar |
País |
População Protestante |
% de Protestantes |
1 |
162.653.774 |
55,0% |
|
2 |
44.726.687 |
74,0% |
|
3 |
42.275.440 |
22,2%18 |
|
4 |
34.100.000 |
23,0% |
|
5 |
31.300.000 |
38,0% |
|
6 |
30.000.000 |
62,0% |
|
7 |
15.675.766 |
1,7% |
|
8 |
14.460.000 |
6.0% |
|
9 |
12.855.244 |
36,5% |
|
10 |
12.017.001 |
20,0% |
Quadro
da população Protestante e suas percentagens nos principais países com
Protestantismo
É bom que fique bem
esclarecido que, dada a malignidade dos Protestantes, a Inquisição Protestante foi
profundamente sanguinária, quando comparada com a Inquisição Católica, que
quase passou despercebida e pouco mais contribuiu do que com10% das
condenações. Não esqueçamos que foi a Inquisição Protestante que levou Santa
Joana d’Arc à fogueira.
(●) Lutero
▲
Martinho
Lutero
Martinho
Lutero nasceu a 10 de Novembro de 1483 em Eisleben,
foi monge e professor universitário da Bíblia. Depois de Protestar contra
o Édito de Worms, de 1521,
em que o imperador Carlos V, proibiu os seus escritos e o rotulou de
inimigo do Estado, e acabou por ser
excomungado da Igreja Católica. Morreu a 18 de Fevereiro de 1546.
Sua teologia desafiou a
infalibilidade papal em termos doutrinários, pois defendia que apenas
as Escrituras (sola scriptura)
seriam fonte confiável de conhecimento da verdade revelada por Deus. Anulava, assim, a Tradição da Igreja e a
Revelação Privada como fontes Doutrinais. Opôs-se também ao sacerdotalismo
romano (isto é, à consagrada divisão católica entre clérigos e leigos), por
considerar todos os cristãos baptizados como sacerdotes e santos. Aqueles
que seguiram os ensinamentos de Lutero foram chamados de Luteranos.
Em Junho de 1518, foi
aberto o processo contra Lutero, com base na publicação das suas 95
Teses.
A 15 de Junho de 1520, o
Papa advertiu Lutero, com a Bula "Exsurge Domine", onde o ameaçava
com a excomunhão, a menos que, num prazo de setenta dias, repudiasse 41 pontos
de sua doutrina, “95 Teses”,
referidos pela Igreja.
Em Outubro de 1520, Lutero
enviou ainda um seu escrito "A Liberdade de um Cristão" ao Papa.
Os últimos actos de Lutero,
com relação à Igreja Católica, foram a queima pública da Bula e do decreto
Papal de Wittenberg. O Papa Leão
X acabou por excomungar Lutero a 3 de Janeiro de 1521, na Bula "Decet
Romanum Pontificem".
O imperador Carlos V com
o Édito de Worms, de 1521, proibiu os escritos de Martinho
Lutero e o rotulou de inimigo do Estado. Foi também publicado pelo
Imperador Carlos V, a propósito do Édito de Worms, que qualquer pessoa, ao
menos teoricamente, estaria livre para matar Lutero sem correr o risco de
sofrer qualquer sanção penal, já que, pelo referido Édito, Lutero foi banido do
Império como um fora-da-lei.
Além
de um espírito exacerbado de rebelião, Lutero tinha uma profunda raiva contra os judeus, como ficou
comprovado no que escreveu no seu livro, em 1543, "Sobre os judeus e suas mentiras":
"A Alemanha deve
ficar livre de judeus, aos quais após serem expulsos, devem ser despojados de
todo dinheiro e jóias, prata e ouro, e que fossem incendiadas
suas sinagogas e escolas, suas casas derrubadas e destruídas (…),
postos sob um telheiro ou estábulo como os ciganos (…), na miséria e
no cativeiro assim que estes vermes venenosos se lamentassem de nós e se
queixassem incessantemente a Deus". (…)
Noutros
trabalhos contra os judeus, Lutero afirmou:
“Que os judeus já não eram o
povo eleito, mas o "povo do diabo". A sinagoga era como
"uma prostituta incorrigível e uma devassa maléfica" e os judeus
estavam "cheios das fezes do demónio,... nas quais se rebolam como
porcos."
Lutero
aconselhou as pessoas a incendiarem as sinagogas, destruindo os livros
judaicos, proibir os rabinos de pregar, e apreender os bens e
dinheiro dos Judeus e também expulsá-los ou condená-los a trabalhos
forçados. Lutero também parecia aconselhar seus
assassinatos, escrevendo:
"É nossa a culpa em não os matar."
Josel
de Rosheim (1480-1554), que tentou ajudar os judeus na Saxónia, e pediu que na cidade
de Estrasburgo fosse proibida a venda das obras antijudaicas de Lutero,
escreveu em seu livro de memórias a situação de intolerância foi causada por
"(…) esse
sacerdote cujo nome é Martinho Lutero - (…) seu corpo e alma vinculada até no
inferno!! - que escreveu e publicou muitos livros heréticos no qual disse que
quem ajudasse judeus seriam condenados à perdição."
Os
historiadores afirmam que foi a retórica anti-judaica de Lutero que contribuiu
significativamente para o desenvolvimento do anti-semitismo na Alemanha, na década de 1930 e 1940, e
auxiliou na fundamentação do ideal do nazismo de ataques a
judeus. O próprio Adolf Hitler em
sua autobiografia Mein Kampf considerou Lutero uma das três
maiores figuras da Alemanha. Em 5 de Outubro de 1933, o Pastor Wilhelm
Rehm de Reutlingen declarou publicamente que "Hitler não
teria sido possível, sem Martinho Lutero". Julius
Streicher, o editor do jornal Nazista Der Stürmer, argumentou durante sua
defesa no julgamento de Nuremberg "que nunca havia dito nada sobre os judeus que
Martinho Lutero não tivesse dito 400 anos antes".
Lutero
não concordou inteiramente com o "estilo" de reforma de João
Calvino. Enquanto que Martinho Lutero queria reformar a Igreja
Católica, João Calvino, acreditava que a Igreja estava tão degenerada, que
não havia como reformá-la. Calvino se propunha a organizar uma nova Igreja.
Arqueólogos e peritos
policiais investigaram casas de Lutero e descobriram factos novos sobre o endemoninhado
fundador do protestantismo. A "Der
Spiegel", a maior revista alemã, já publicou uma reportagem fundamentada
nestas descobertas arqueológicas e policiais e fez uma exposição entre 2008 e
2009.
As escavações
no Mosteiro de Wittenberg onde ele viveu longo sanos, foram conduzidas pelo
arqueólogo Mirko Gutjahr.
Peritos legais e
arqueólogos analisaram com critérios policiais o lixo das casas em que nasceu,
viveu e morreu o instigador da revolta protestante, em Eisleben, Mansfeld e
Wittemberg, na Alemanha.
O laudo
técnico constatou desonestidade nas descrições que Lutero fez de si próprio.
Por exemplo, provou
que Lutero mentia dizendo ser filho de um “mineiro pobre” e que a “mãe
carregava toda a madeira nas costas até casa”.
Na verdade, o pai de
Lutero dirigia fundições de cobre, tinha boas conexões com a administração real
das minas, era agiota e dono de terras. Ele operava três fundições de
cobre, era dono de 80 hectares (198 acres) de terra e emprestava dinheiro a
juros.
O tamanho e grandiosidade
de sua casa, revelaram o seu elevado estatuto económico.
"A frente da casa,
que dava para a rua, tinha 25 metros de comprimento", diz o arqueólogo
Björn Schlenker. A escavação revelou grandes cofres no porão e um quintal
cercado por grandes construções.
O Artigo do Der Spiegel acrescentou
que o seu estilo se tornou cada vez mais brusco com o passar dos anos.
Ele chamou os turcos de "demónios", os judeus de "mentirosos" e
qualificou os sacerdotes católicos de
homossexuais "irmãos de jardim que fazem aquilo uns com os outros".
Roma, escreveu Lutero na
sua linguagem habitualmente torpe, estava infestada de "porcos-teólogos".
Depois de escrever palavras tão afiadas, Lutero comia em tigelas de cerâmica e
bebia em magníficas jarras turcas.
Os arqueólogos
encontraram azulejos de forno decorados com motivos do Velho Testamento, além
de mais de 1600 cacos de copos que Lutero, um glutão voraz, usava para matar
sua sede considerável de cerveja.
O Padre Leonel Franca
nascido a 7 de Janeiro de 1893, em São Gabriel, RS, entrou para os Jesuítas em 1908
e escreveu uma Obra notável sobre
Lutero e o Protestantismo “A Igreja, a
Reforma e a Civilização”.
(●) Calvino
▲
João
Calvino
João Calvino (Jean Cauvin ) nasceu em Noyon,
na Picardia, ao norte da França, filho de um bispo que foi excomungado,
a 10 de Julho de 1509 e morreu em Genebra, a 27
de Maio de 1564.
Foi um advogado e teólogo
francês, e teve uma influência muito grande durante a Reforma Protestante. A forma de protestantismo que ele criou é
conhecida por Calvinismo. Em
França, os calvinistas eram chamados de Huguenotes. Esta variante do protestantismo viria a ser bem
sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países
Baixos, África do Sul (entre
os africanders), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos.
Advogado do diabo e teólogo apóstata, mistela preferida do inferno… Foi também
excomungado, tal como o seu pai.
Calvino estudou na
Sorbonne. Depois do seu afastamento da Igreja Católica, começou a ser visto,
gradualmente, como a voz do movimento protestante, pregando em igrejas e
acabando por ser reconhecido por muitos como "padre", nunca tendo
sido no entanto ordenado sacerdote.
O Papa Clemente VII,
a propósito de Calvino, pressionou o rei de França a reprimir os protestantes
franceses. Em de 30 de Agosto e de 10 de Novembro de 1533, através de
Bulas, o Papa exortava à "aniquilação
da heresia luterana e de outras seitas que ganham influência
neste reino".
Além de um espírito
exacerbado de rebelião, como Lutero, foi um activista contra a igreja Católica,
como ficou provado com o episódio dos Placards,
a 18 de Outubro de 1534, em que a história do protestantismo francês viveu um
dos seus momentos mais tensos. Calvino ajudou na distribuição destes Placards,
de 37cm por 25cm, afixados em vários locais, em que criticava a celebração da
Missa tal como ela era realizada oficialmente pela Igreja Católica. Apelidava a celebração da Missa de então
como blasfematória.
Este ano de 1534 foi
também o da excomunhão do rei Henrique VIII, por ter criador a Igreja
Protestante Anglicana.
Em 1535 é publicada a
primeira bíblia traduzida por um protestante, em francês. Tratava-se de uma
tradução directa do hebraico (o antigo testamento) e
do Grego (o novo testamento) - línguas originais das escrituras. O
autor foi Olivétan, aliás Pierre Robert, primo de João Calvino e
proveniente também de Noyon. Foi publicada em Neuchâtel por
Pierre de Vingle. O texto foi revisto (com a colaboração de Calvino) e
publicado novamente em 1546.
O ano de 1536 foi um ano
negro na cidade de Genebra. A Reforma foi adaptada oficialmente pela cidade. Os
clérigos da igreja católica foram intimados a deixar de celebrar a Santa Missa
como o faziam, com o “cerimonial papista” e seus “abusos” (idolatria, aos olhos
dos protestantes) e a juntarem-se aos protestantes. Num novo fôlego de zelo
religioso, as raparigas foram obrigadas a usar o véu na cabeça. Já desde 1532
que se registavam ataques e destruições de imagens religiosas, estátuas, figuras,
etc. A adoração destas figuras era vista pelos protestantes como idolatria.
Houve um episódio macabro desta raiva e destes ataques à
"idolatria papista", em que uma
multidão se apoderou de cerca de 50 hóstias, dando-as a comer a um cão.
O argumento destes sacrílegos foi de que "Se as hóstias pertencem mesmo ao corpo de Deus, não se
irão deixar comer por um cão!". Em Junho de 1536, são abolidos
em Genebra, por decisão de um conselho, todos os feriados, excepto os domingos.
Aqueles que não reconheciam os decretos do protestante Farell, que teve a
colaboração de Calvino, eram convidados a abandonar Genebra.
● Os
diversos Protestantismos ▲
O Protestantismo gerou no
seu seio cismático e herético muitas igrejas, das quais são de referir:
Luterana, Calvinista,
Anabaptista, Presbiteriana, Metodista, Congregacional, Adventista, Puritana,
Anglicana.
● As divergências entre
o Cristianismo e o Protestantismo ▲
A Bíblia é
considerada, pelos Protestantes, a pedra base e única fonte de autoridade
doutrinal e deve ser interpretada de acordo com regras históricas e
linguísticas, observando-se seu significado dentro de um contexto histórico.
(●) O
papel do Concílio de Trento ▲
O Concílio de Trento, de 1545 a 1563, que se deu
numa pequena cidade do norte de Itália com o mesmo nome, que ficou conhecido
pelo Concílio da Contra-Reforma, em confirmação dos Concílios de Roma em
382, de Hipona em 393 e o III Concílio de Cartago em 397, decretou que a Bíblia
Católica contém ao todo 73 livros,
dos quais 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Ou seja, contém os
chamados Livros Deuterocanónicos. A
Bíblia Protestante rejeitou os Deuterocanónicos, e por isso só tem 66 livros, menos 7 que a Católica. São
eles: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico,
Baruque.
Dado os abusos e as
heresias propagadas pelo Protestantismo, o Concílio
de Trento foi muito firme nas suas determinações para contrariar a vagas
imensas que advinham do inferno em termos doutrinais, e por isso, os Bispos
Católicos fiéis a Roma, optaram por limitar o aceso laico às escrituras,
proibindo a tradução da Bíblia para o vernáculo e impondo
a Vulgata em latim como a única Bíblia autorizada. Aumentaram também
o índice de livros proibidos aos fiéis (Index Librorum Prohibitorum), para
evitar a contaminação protestante e herética.
Foi o Concílio de Trento
que "emitiu o maior número de decretos dogmáticos e reformas, e produziu
os resultados mais benéficos", duradouros e profundos "sobre a fé e a
disciplina da Igreja".
Para se opor
ao protestantismo, o Concílio de Trento emitiu numerosos decretos
disciplinares e definiu claramente a Doutrina Católica
nos seguintes temas:
-
A salvação.
-
Os sete sacramentos.
-
A presença de Cristo na Eucaristia.
-
Cânone de Trento (reafirmou como autêntica a Vulgata) e a Tradição.
-
Doutrina da Graça.
-
Doutrina do Pecado Original.
-
Justificação.
-
Liturgia e o valor e importância da Santa Missa.
-
Unificou o ritual da missa de Rito Romano, abolindo as variações
locais, instituindo a chamada "Missa Tridentina.
-
Celibato clerical.
-
Hierarquia Católica.
-
Culto dos Santos.
-
Culto das Relíquias e das Imagens.
-
Indulgências.
-
Natureza da Igreja.
-
Regulou as obrigações dos Bispos.
-
Instituiu o "Index Librorum Prohibitorum"
-
Instituiu um novo Breviário Romano
-
Instituiu o novo Catecismo Romano.
-
Reorganizou a Inquisição.
Uma das principais causas da Reforma Protestante - a
Doutrina das Indulgências - foi mal interpretada pelos Protestantes ou
pelo povo que não tinha formação religiosa.
No ano de 1518, o Papa Leão X emitiu uma Bula Pontifícia em que esclarecia a
doutrina das Indulgências e o seu uso. Nesta Bula eram rejeitados muitos dos
méritos que atribuíam às Indulgências. Era esclarecido que as Indulgências não
perdoavam os pecados nem as culpas, mas apenas as penas temporais que a Igreja
(não um governante secular) havia imposto. Quanto a livrar as almas do
Purgatório, o poder do Papa se limitava às orações, em que suplicava a Deus que
aplicasse à alma, de certo defunto, o excedente dos méritos de Cristo e dos
Santos ("A Reforma na Alemanha", Will
Durant).
De nada adiantou tal Bula, pois a Reforma Protestante seguiu o seu curso. A
maneira de pensar dos Protestantes foi extremamente violenta e, muitas vezes,
uma verdadeira apologia ao crime. Com efeito, em 1520, vemos Lutero
escrever em sua "Epitome":
"Se
Roma assim crê e ensina, conforme os papas e cardeais, francamente declaro que
o verdadeiro anticristo encontra-se entronizado no templo de Deus e governa em
Roma (a empurpurada Babilónia), sendo a Cúria a sinagoga de Satanás (...) Se a
fúria dos romanistas não cessar, não restará outro remédio senão os
imperadores, reis e príncipes reunidos com forças e armas atacarem a essa praga
mundial, resolvendo o assunto não mais com palavras, mas com a espada (...) Se
castigamos os ladrões com a forca, os assaltantes com a espada, OS HEREGES COM
A FOGUEIRA, por que não atacamos com armas, com maior razão, a esses mestres da
perdição, a esses cardeais, a esses papas, a todo esse ápice da Sodoma romana,
que tem perpetuamente corrompido a Igreja de Deus, lavando assim as nossas mãos
em seu sangue?"
Lutero
disse num folheto intitulado "Contra a Falsamente Chamada Ordem Espiritual
do Papa e dos Bispos", de Julho de 1522:
"Seria
melhor que se assassinassem todos os bispos e se arrasassem todas as fundações
e claustros para que não se destruísse uma só alma, para não falar já de todas
as almas perdidas para salvar os seus indignos fraudadores e idólatras. Que
utilidade tem os que assim vivem na luxúria, alimentando-se com o suor e o
sangue dos demais?"
Lutero
dizia aos príncipes, em seu folheto "Contra a Horda dos Camponeses que
Roubam e Assassinam":
"Empunhai
rapidamente a espada, pois um príncipe ou senhor deve lembrar neste caso que é
ministro de Deus e servidor da Sua ira (Romanos 13) e que recebeu a espada para
empregá-la contra tais homens (...) Se pode castigar e não o faz - mesmo que o
castigo consista em tirar a vida e derramar sangue - é culpável de todos os
assassinatos e todo o mal que esses homens cometerem".
Lutero
escreveu em sua "Carta Aberta sobre o Livro contra os Camponeses", em
Julho de 1525:
"Se acreditam que esta resposta é
demasiadamente dura e que seu único fim e fazer-vos calar pela violência,
respondo que isto é verdade. Um rebelde não merece ser contestado pela razão
porque não a aceita. Aquele que não quer escutar a Palavra de Deus, que lhe
fala com bondade, deve ouvir o algoz quando este chega com o seu machado (...)
Não quero ouvir nem saber nada sobre misericórdia".
Sobre os judeus, assim dizia
em suas famosas "Cartas sobre a Mesa":
"Quem puder que atire-lhes enxofre e alcatrão;
se alguém puder lançá-los no fogo do inferno, tanto melhor (...) E isto deve
ser feito em honra de Nosso Senhor e do Cristianismo. Sejam suas casas
despedaçadas e destruídas (...) Sejam-lhes confiscados seus livros de orações e
talmudes, bem como toda a sua Bíblia. Proíba-se seus rabinos de ensinar, sob
pena de morte, de agora em diante. E se tudo isso for pouco, que sejam expulsos
do país como cães raivosos".
Willibald Pirkheimer afirmou, em
1529, sobre a Reforma:
“Não
nego que no princípio todas as atitudes de Lutero não pareciam ser vãs, pois a
nenhum homem comprazia todos aqueles erros e imposturas que foram gradualmente
acumulados no Cristianismo. Por isso eu esperava, junto com outros, que era
possível aplicar algum remédio a tão grandes males; porém, fui cruelmente
enganado, pois antes que se extirpassem os erros anteriores foram introduzidos
muitos outros, mais intoleráveis que, comparados com os outros, faziam estes
parecer jogos de crianças (...) As coisas chegaram a tal ponto que os defensores
papistas parecem virtuosos quando comparados com os evangélicos (...) Lutero,
com sua língua despudorada e incontrolável, deve ter enlouquecido ou ser
inspirado por algum espírito maligno".
Calvino também foi
do mesmo calibre, como vemos numa Carta ao Duque de Somerset, protector da
Inglaterra durante a menoridade de Eduardo VI:
"Pessoas que persistem nas superstições do
anticristo romano (...) devem ser reprimidas pela espada que lhe foi
confiada".
O
Protestantismo rejeitou, logo
desde o seu início, uma grande parte da Doutrina que caracteriza
o Catolicismo, tal como:
Existência do Purgatório.
Supremacia Papal.
Orações pelos mortos.
Intercessão dos santos.
Assunção da Virgem
Maria aos Céus em corpo e alma.
Virgindade perpétua da
Virgem Maria.
Veneração dos santos.
Transubstanciação.
Santo Sacrifício da
Missa.
Uso de imagens no culto.
Para os Protestantes, a
autoridade da Igreja está vinculada à obediência da palavra de Deus e não
à sucessão Apostólica. Assim sendo, a Igreja cristã existe onde se escuta
e obedece à palavra de Deus.
(●) Tabela com as
principais diferenças entre Cristianismo e Protestantismo ▲
Na
seguinte Tabela apresento, lado a lado, as principais diferenças Doutrinais
entre o Cristianismo e o Protestantismo. Existem ainda divergências sobre a
comunhão dos santos, sobre o pecado original,
a predestinação, as boas obras, a justificação e muitas outras…
COMPARAÇÃO
ENTRE CRISTIANISMO E PROTESTATISMO |
||
Tema |
Cristianismo |
Protestantismo |
Administração |
Aceitam
a Autoridade dos Bispos e do Papa |
Não
aceitam qualquer autoridade dos Bispo e do Papa |
Assunção
da Virgem Maria em corpo e alma |
Acreditam |
Não
acreditam |
Bíblia
com 73 Livros |
Bíblia
com 66 Livros |
|
Só
é válida a Confissão Sacramental feita a um sacerdote |
Só
fazem a confissão directa a Deus individual e colectiva, logo, sem o perdão
sacramental |
|
Aceitam
a Hiperdulia |
Não
aceitam |
|
Culto
dos mortos |
Aceitam
o Sufrágio pelas almas do Purgatório |
Não
aceitam |
Hierarquia |
Papa,
Cardeal, Arcebispo, Bispo, Sacerdote, Diácono, Leigo. Há outros títulos… |
Bispo,
Pastor e Leigo |
Imagens |
São
permitidas |
Não
são permitidas |
Imortalidade
da alma |
Acreditam
na imortalidade da alma |
Os
Luteranos e outros não acreditam |
Acreditam |
Não
acreditam |
|
É
o Local de cumprimento das Penas Temporais |
Não
acreditam |
|
Sacerdócio |
Sacerdotes
com o Sacramento da Ordem recebida dos Bispos |
Só
os pastores Ad hoc. O único sacerdote é Jesus |
Celebram
os Sete Sacramentos |
Só
têm o sacramento do Baptismo |
|
Acreditam
na Presença Real de Jesus em Corpo e Alma |
Não
aceitam a Presença Real de Jesus e só a celebram como a ceia do senhor |
|
Supremacia
do Papa |
Aceitam
a fidelidade e obediência ao Papa |
Não
aceitam a supremacia Papal |
Tradição |
Aceitam
a Tradição da Igreja, a Revelação Pública e a Revelação Privada |
Só
aceitam a Revelação Pública feita na Bíblia |
Acreditam
na Transubstanciação das Espécies |
Não
acreditam |
|
Veneração
dos Santos e seu poder de intercessão |
Não
acreditam |
|
Virgindade
perpétua da Virgem Maria |
Acreditam
na Virgindade antes, durante e depois do parto |
Acreditam
na Virgindade só antes do parto |
Contudo, existem diferenças
consideráveis entre as denominações Protestantes. Alguns sectores do Anglicanismo,
aproximam-se muito do Catolicismo, auto-intitulando-se mesmo como Anglo-Católicos.
Os movimentos Ecuménicos
trabalham no sentido da união, mas ela só será possível pela conversão dos
protestantes de boa-vontade no dia do Aviso
de Garabandal.
É de frisar que nas Igrejas Protestantes nunca houve, nem
Milagres, nem Aparições da Virgem Maria, nem nenhumas Revelações Divinas, que
em conjunto com a inexistência de Sacramentos, constituem a grande pobreza da
Igreja Protestante!
● O Protestantismo na história ▲
Traçando um rápido panorama sobre o Protestantismo, podemos dizer que teve como pais, Lutero e Calvino, ambos excomungados, no século XVI, como uma reacção contra a Doutrina e a Prática da Igreja Católica Apostólica Romana, e que teve grande influência na história e esteve na origem de muitos conflitos. É claramente de inspiração satânica, pois atacou e dividiu o Corpo Místico de Cristo. Foi a seguir ao Islamismo uma grande vitória do inferno.
Espalhou-se pela Europa, em
particular pelo norte da Europa, chegando depois aos Estados Unidos e África,
particularmente à África do Sul.
Ainda hoje em dia, a sua
influência é grande, de tal maneira que o Anglicanismo, criado em Inglaterra
por Henrique VIII, também excomungado, ainda vigora e é a religião oficial do
país, tendo como chefe supremo a Rainha D. Isabel II. Em vez da monarquia se
deixar orientar pela igreja, em Inglaterra, é ao contrário, o que evidencia o
ridículo a que satanás submete os seus servos.
Olhando para a população
Protestante, podemos perceber que pertencem normalmente a classes menos cultas
ou mal intencionadas, e daí a sua maior dificuldade de conversão.
Como não têm Sacramentos, é
imperiosa a sua conversão para alcançarem a Salvação.
● O Protestantismo nas Revelações Privadas ▲
● Padre Gobbi, 13 de Junho de 1989 ▲
Padre
Gobbi 13 de Junho de 1989
A besta semelhante a um cordeiro
…
O 666 indicado duas vezes, isto é, por 2, exprime o ano de 1332, mil trezentos e
trinta e dois.
Neste período histórico, o anticristo se manifesta com um ataque radical
à fé na Palavra de Deus.
Através dos filósofos, que começam a dar
um valor exclusivo à ciência e depois à razão, tende-se gradualmente a
construir como único critério de verdade somente a inteligência humana. Nascem
os grandes erros filosóficos, que continuam nos séculos até os vossos dias.
A importância exagerada dada à razão, como
critério exclusivo de verdade, leva necessariamente à destruição da fé na
Palavra de Deus.
De facto, com a reforma protestante, se rejeita a Tradição como fonte da
Divina Revelação, e se aceita somente a Sagrada Escritura.
Mas, também esta deve ser interpretada por
meio da razão, e se rejeita obstinadamente o Magistério autêntico da Igreja
hierárquica, à qual Cristo confiou a guarda do depósito da fé.
Cada um é livre para ler e para
compreender a Sagrada Escritura, segundo a sua interpretação pessoal.
Desta maneira é destruída a fé na Palavra
de Deus.
Obra do anticristo, neste período
histórico, é a divisão da Igreja, a consequente formação de numerosas
confissões cristãs, que são gradualmente impelidas a uma perda cada vez mais
extensa da verdadeira fé na Palavra de Deus.
Padre
Gobbi 31 de Dezembro de 1992
… - O
quarto sinal é o horrível
sacrilégio cometido por aquele que se opõe a Cristo, isto é, pelo anticristo.
Entrará no templo santo de Deus e sentar-se-á no seu trono, fazendo-se adorar
ele mesmo como Deus.
…
Acolhendo a doutrina
protestante se dirá
que a Missa não é um sacrifício, mas somente a santa ceia, ou seja, a
recordação do que Jesus fez na sua última ceia. E assim será suprimida a
celebração da Santa Missa. Nessa abolição do sacrifício quotidiano consiste o
horrível sacrilégio cometido pelo anticristo, cuja duração será de
aproximadamente três anos e meio, isto é, mil duzentos e noventa dias.
● Conclusões e Conselhos ▲
Já
que, no panorama do diálogo com outras religiões, o principal objectivo Cristão
é o da Conversão, e não a conquista ou a vitória no debate, a todo o Protestante,
ou simpatizante, aconselho que mantenham o intelecto e o coração abertos para o
dia do Aviso de Garabandal!
E não esqueçam, que o
Baptismo Católico e os Sacramentos são imprescindíveis para a plena entrada na
Glória do Paraíso Celeste e para a Visão beatífica da Santíssima Trindade, da
Virgem Maria, dos Anjos e Santos.
Não tenho dúvidas que existem muitas e boas pessoas no
Protestantismo, especialmente no Anglicanismo, mas que vivem arredadas dos
Sacramentos, em particular da Confissão e da Sagrada Eucaristia, e por isso, os
seus pecados não lhe são perdoados, e acumulam a Culpa à Pena que terão de
cumprir no Purgatório, no qual não acreditam. Será terrível aquele período de
Conversão. Por isso, mais vale darem o benefício da dúvida aos Católicos, se
acautelarem e estarem abertos à hipótese de Conversão ao Catolicismo.
Quero
recordar uma *Nota muito importante que vem na Bíblia dos Capuchinhos,
publicada em 1964. Nas mais recentes já não vem nada disto… inclusive trocaram
as palavras e a promessa de Jesus de “até o fim do mundo” para “até o fim dos
tempos”. Ignorância e acção diabólica.
Bíblia dos
Capuchinhos, Difusora Bíblica, edição de 1964, Página 1700, Nota (d) 2ª
(d) REFLEXÕES:
2.ª - De Melanchthon, um dos auxiliares de Lutero, conta-se que,
interrogado pela própria mãe se devia ela passar-se para a sua religião, lhe
respondeu:
«Mãe, para viver, a nossa
religião é mais cómoda, mas, para morrer, a católica é mais segura.»
A todo o pregador e missionário no ambiente Protestante, aconselho
centrarem a atenção na Virgem Maria, e referirem que o melhor caminho para se
chegar a Jesus é através da Sua Mãe Santíssima. O aconselhamento da leitura da
Obra de São Luís de Monfort “Tratado da Verdadeira Devoção à
Santíssima Virgem” é muito importante, bem como a “Mística Cidade de Deus” de
Maria de Jesus de Agreda.