PROTESTANTISMO

 

 

BÊNÇÃO ESPECIAL  

 

Editorial do dia 8 de Março de 2015  

 

Nesta Página da Amen, pode encontrar a abordagem do Tema Global do

PROTESTANTMISMO

ÍNDICE 

 O que é o Protestantismo

   () Lutero

   () Calvino

Os diversos Protestantismos

As divergências entre o Cristianismo e o Protestantismo

   () O papel do Concílio de Trento

   () Tabela com as principais diferenças entre Cristianismo e Protestantismo

 O Protestantismo na história

 O Protestantismo nas Revelações Privadas

O Protestantismo nas Revelações do Padre Gobbi

 Conclusões e Conselhos

 

 

 O que é o Protestantismo

O Protestantismo é mais uma das muitas falsas religiões que existem na Terra, e nasceu no seio da Igreja Católica por um acto de rebelião do herege e cismático Martinho Lutero. Os Protestantes também são conhecidos pelo nome de Evangélicos.

O Movimento que Lutero encabeçou ficou conhecido na história como a Reforma Protestante.

Todas as religiões não são variantes de uma forma de adorar a Deus, em que Ele aparece em cada uma delas com uma face diferente, mas sempre se tratando do mesmo Deus. Não! A Verdade sobre as religiões é outra coisa bem diferente. Deus, o único e Verdadeiro Deus, só criou uma Religião e uma só Igreja, a Religião Católica e a Igreja Católica Apostólica Romana, fundada por Jesus Cristo, também Ele Deus com o Pai na Unidade do Espírito Santo.

As outras religiões, na verdade, não são religiões, mas sim falsas religiões. Não foram fundadas por Deus, mas, sim, por Lúcifer, que se faz passar por Deus, para ser adorado como se de Deus se tratasse. Nas falsas religiões, quem é adorado, não é uma outra faceta de Deus, mas sim satanás que se apresenta com uma diferente face. O deus que é idolatrado nas falsas religiões é uma diferente face de Lúcifer, tal como é afirmado nas Sagradas Escrituras no Salmo 96 (95).

Salmo 96,5

Os deuses dos gentios são demónios.

Em muitas traduções actuais da Bíblia esta passagem está mal traduzida, mas na versão grega e na Vulgata está bem clara a palavra demónios:

«quoniam omnes dii gentium daemoni

Na versão da Bíblia portuguesa, feita pelo padre António Pereira de Figueiredo, e aprovada pelo Arcebispo de Lisboa, em 1953,  pág. 614,  ainda aparece a palavra demónios.

A Religião Católica e a sua Igreja foram fundadas por Jesus, no início da época Cristã, nos 3 anos da Sua vida pública e logo após a sua morte e Ressurreição, pela Virgem Maria e pelos Apóstolos. Foi Jesus Cristo que deu início à Era Cristã em que vivemos. Toda a História da Humanidade hoje em dia se rege pela Era Cristã, e todos os acontecimentos são referidos à data do Nascimentos de Jesus Cristo. Todas as datas são referidas a AC e DC, Antes de Cristo e Depois de Cristo.

O Protestantismo foi só criado no na Europa Central no início do século XVI como uma reacção contra a doutrina e prática da Igreja Católica Apostólica Romana. O herege e cismático Martinho Lutero, fê-lo sob inspiração de satanás, por desejos de controlo e poder dentro da igreja e tal como Lúcifer decidiu que não serviria - “Non serviam!”. Como é evidente, não foi por inspiração do Espírito Santo que se deu aquela divisão no seio da Igreja Católica …

Quando há um acto de rebelião desta dimensão, que leva a uma tal divisão e cisma, Deus não permanece nesse novo ramo doente e auto-condenado. Quem lá fica a ser venerado, é o inimigo de Deus, que levou a um tal cisma. O mesmo se passou com o Judaísmo, que renegando e crucificando Jesus, fez com que o Deus de Israel continuasse presente na Nova Igreja fundada por Jesus Cristo, a Igreja Católica, e se tenha afastado do Judaísmo e das suas sinagogas. Quem lá ficou foi o inimigo de Deus.

Lembremos a seguinte passagem do Livro do Profeta Samuel, quando ele unge David, e um espírito mau desceu sobre o Rei Saul.

I Samuel 16, 13-14

13 Samuel tomou o corno de óleo e ungiu-o no meio dos seus irmãos. E, a partir daquele momento, o Espírito do Senhor apoderou-se de David. Samuel, porém, retomou o caminho de Ramá.

14 O Espírito do Senhor retirou-se de Saul, e um espírito mau veio sobre ele, enviado pelo Senhor.

Tal como o inferno, onde são todos contra todos, e onde só reina o ódio e a divisão, também o Protestantismo sofreu muitas divisões e lutas pela autonomia e desobediência. Por estas lutas intestinas no seu seio, surgiram, no decurso da história, muitas igrejas protestantes.

Os Protestantes gostam de afirmar que não têm uma religião, mas tão só pertencerem a uma igreja.

Se podemos afirmar que Lutero, filho bastardo de satanás, foi o fundador do Protestantismo, não é menos verdade afirmar que teve um correligionário - Calvino.

Lutero rebelou-se principalmente contra a Igreja Católica, num documento que ficou conhecido pelas “95 Teses”, de Outubro de 1517, desafiando os ensinamentos da Igreja Católica quanto à natureza da Penitência, a Autoridade do Papa e da utilidade das Indulgências. Este documento é um marco da Revolta Protestante.

O termo Protestante é derivado do latim “protestari”. Referiu-se à carta de Protesto, feita pelos luteranos contra o Édito de Worms, de 1521, em que o imperador Carlos V, proibiu os escritos de Martinho Lutero e o rotulou de inimigo do Estado. Foi também publicado pelo Imperador Carlos V, a propósito do Édito de Worms, que qualquer pessoa, ao menos teoricamente, estaria livre para matar Lutero sem correr o risco de sofrer qualquer sanção penal, já que, pelo referido Édito, Lutero foi banido do Império como um fora-da-lei.

Lutero escreveu em defesa das suas teses o Catecismo Maior e o Catecismo Menor.

 

Lugar

País

População Protestante

 % de Protestantes

1

Estados Unidos

162.653.774

55,0%

2

Reino Unido

44.726.687

74,0%

3

Brasil

42.275.440

22,2%18

4

Nigéria

34.100.000

23,0%

5

Alemanha

31.300.000

38,0%

6

África do Sul

30.000.000

62,0%

7

China

15.675.766

1,7%

8

Indonésia

14.460.000

6.0%

9

Quênia

12.855.244

36,5%

10

República Democrática do Congo

12.017.001

20,0%

Quadro da população Protestante e suas percentagens nos principais países com Protestantismo

 

É bom que fique bem esclarecido que, dada a malignidade dos Protestantes, a Inquisição Protestante foi profundamente sanguinária, quando comparada com a Inquisição Católica, que quase passou despercebida e pouco mais contribuiu do que com10% das condenações. Não esqueçamos que foi a Inquisição Protestante que levou Santa Joana d’Arc à fogueira.

 

() Lutero

Martinho Lutero

Martinho Lutero  nasceu a 10 de Novembro de 1483 em Eisleben, foi monge e professor universitário da Bíblia.  Depois de Protestar contra o Édito de Worms, de 1521, em que o imperador Carlos V, proibiu os seus escritos e o rotulou de inimigo do Estado, e acabou por ser excomungado da Igreja Católica. Morreu a 18 de Fevereiro de 1546.

Sua teologia desafiou a infalibilidade papal em termos doutrinários, pois defendia que apenas as Escrituras (sola scriptura) seriam fonte confiável de conhecimento da verdade revelada por Deus. Anulava, assim, a Tradição da Igreja e a Revelação Privada como fontes Doutrinais. Opôs-se também ao sacerdotalismo romano (isto é, à consagrada divisão católica entre clérigos e leigos), por considerar todos os cristãos baptizados como sacerdotes e santos. Aqueles que seguiram os ensinamentos de Lutero foram chamados de Luteranos.

Em Junho de 1518, foi aberto o processo contra Lutero, com base na publicação das suas 95 Teses. 

A 15 de Junho de 1520, o Papa advertiu Lutero, com a Bula "Exsurge Domine", onde o ameaçava com a excomunhão, a menos que, num prazo de setenta dias, repudiasse 41 pontos de sua doutrina, “95 Teses”, referidos pela Igreja.

Em Outubro de 1520, Lutero enviou ainda um seu escrito "A Liberdade de um Cristão" ao Papa.

Os últimos actos de Lutero, com relação à Igreja Católica, foram a queima pública da Bula e do decreto Papal de Wittenberg. O Papa Leão X acabou por excomungar Lutero a 3 de Janeiro de 1521, na Bula "Decet Romanum Pontificem".

O imperador Carlos V com o Édito de Worms, de 1521, proibiu os escritos de Martinho Lutero e o rotulou de inimigo do Estado. Foi também publicado pelo Imperador Carlos V, a propósito do Édito de Worms, que qualquer pessoa, ao menos teoricamente, estaria livre para matar Lutero sem correr o risco de sofrer qualquer sanção penal, já que, pelo referido Édito, Lutero foi banido do Império como um fora-da-lei.

Além de um espírito exacerbado de rebelião, Lutero tinha uma profunda raiva contra os judeus, como ficou comprovado no que escreveu no seu livro, em 1543, "Sobre os judeus e suas mentiras":

"A Alemanha deve ficar livre de judeus, aos quais após serem expulsos, devem ser despojados de todo dinheiro e jóias, prata e ouro, e que fossem incendiadas suas sinagogas e escolas, suas casas derrubadas e destruídas (…), postos sob um telheiro ou estábulo como os ciganos (…), na miséria e no cativeiro assim que estes vermes venenosos se lamentassem de nós e se queixassem incessantemente a Deus". (…)

Noutros trabalhos contra os judeus, Lutero afirmou:

“Que os judeus já não eram o povo eleito, mas o "povo do diabo". A sinagoga era como "uma prostituta incorrigível e uma devassa maléfica" e os judeus estavam "cheios das fezes do demónio,... nas quais se rebolam como porcos." 

Lutero aconselhou as pessoas a incendiarem as sinagogas, destruindo os livros judaicos, proibir os rabinos de pregar, e apreender os bens e dinheiro dos Judeus e também expulsá-los ou condená-los a trabalhos forçados. Lutero também parecia aconselhar seus assassinatos, escrevendo:

 "É nossa a culpa em não os matar."

Josel de Rosheim (1480-1554), que tentou ajudar os judeus na Saxónia, e pediu que na cidade de Estrasburgo fosse proibida a venda das obras antijudaicas de Lutero, escreveu em seu livro de memórias a situação de intolerância foi causada por

 "(…) esse sacerdote cujo nome é Martinho Lutero - (…) seu corpo e alma vinculada até no inferno!! - que escreveu e publicou muitos livros heréticos no qual disse que quem ajudasse judeus seriam condenados à perdição."

Os historiadores afirmam que foi a retórica anti-judaica de Lutero que contribuiu significativamente para o desenvolvimento do anti-semitismo na Alemanha, na década de 1930 e 1940, e auxiliou na fundamentação do ideal do nazismo de ataques a judeus. O próprio Adolf Hitler em sua autobiografia Mein Kampf considerou Lutero uma das três maiores figuras da Alemanha. Em 5 de Outubro de 1933, o Pastor Wilhelm Rehm de Reutlingen declarou publicamente que "Hitler não teria sido possível, sem Martinho Lutero".  Julius Streicher, o editor do jornal Nazista Der Stürmer, argumentou durante sua defesa no julgamento de Nuremberg "que nunca havia dito nada sobre os judeus que Martinho Lutero não tivesse dito 400 anos antes".

Lutero não concordou inteiramente com o "estilo" de reforma de João Calvino. Enquanto que Martinho Lutero queria reformar a Igreja Católica, João Calvino, acreditava que a Igreja estava tão degenerada, que não havia como reformá-la. Calvino se propunha a organizar uma nova Igreja.

Arqueólogos e peritos policiais investigaram casas de Lutero e descobriram factos novos sobre o endemoninhado fundador do protestantismo. A "Der Spiegel", a maior revista alemã, já publicou uma reportagem fundamentada nestas descobertas arqueológicas e policiais e fez uma exposição entre 2008 e 2009.

As escavações no Mosteiro de Wittenberg onde ele viveu longo sanos, foram conduzidas pelo arqueólogo Mirko Gutjahr.
Peritos legais e arqueólogos analisaram com critérios policiais o lixo das casas em que nasceu, viveu e morreu o instigador da revolta protestante, em Eisleben, Mansfeld e Wittemberg, na Alemanha.

O laudo técnico constatou desonestidade nas descrições que Lutero fez de si próprio.
Por exemplo, provou que Lutero mentia dizendo ser filho de um “mineiro pobre” e que a “mãe carregava toda a madeira nas costas até casa”.

Na verdade, o pai de Lutero dirigia fundições de cobre, tinha boas conexões com a administração real das minas, era agiota e dono de terras. Ele operava três fundições de cobre, era dono de 80 hectares (198 acres) de terra e emprestava dinheiro a juros.

O tamanho e grandiosidade de sua casa, revelaram o seu elevado estatuto económico. 

"A frente da casa, que dava para a rua, tinha 25 metros de comprimento", diz o arqueólogo Björn Schlenker. A escavação revelou grandes cofres no porão e um quintal cercado por grandes construções.

O Artigo do Der Spiegel acrescentou que o seu estilo se tornou cada vez mais brusco com o passar dos anos.

Ele chamou os turcos de "demónios", os judeus de "mentirosos" e qualificou os sacerdotes católicos de homossexuais "irmãos de jardim que fazem aquilo uns com os outros".

Roma, escreveu Lutero na sua linguagem habitualmente torpe, estava infestada de "porcos-teólogos".
Depois de escrever palavras tão afiadas, Lutero comia em tigelas de cerâmica e bebia em magníficas jarras turcas.

Os arqueólogos encontraram azulejos de forno decorados com motivos do Velho Testamento, além de mais de 1600 cacos de copos que Lutero, um glutão voraz, usava para matar sua sede considerável de cerveja.

O Padre Leonel Franca nascido a 7 de Janeiro de 1893, em São Gabriel, RS, entrou para os Jesuítas em 1908 e escreveu uma Obra notável sobre Lutero e o Protestantismo A Igreja, a Reforma e a Civilização.

 

() Calvino

João Calvino

 

João Calvino (Jean Cauvin ) nasceu em Noyon, na Picardia, ao norte da França, filho de um bispo que foi excomungado, a 10 de Julho de 1509 e morreu em Genebra, a 27 de Maio de 1564.

Foi um advogado e teólogo  francês, e teve uma influência muito grande durante a Reforma Protestante. A forma de protestantismo que ele criou é conhecida por Calvinismo. Em França, os calvinistas eram chamados de Huguenotes. Esta variante do protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africanders), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos. Advogado do diabo e teólogo apóstata, mistela preferida do inferno… Foi também excomungado, tal como o seu pai.

Calvino estudou na Sorbonne. Depois do seu afastamento da Igreja Católica, começou a ser visto, gradualmente, como a voz do movimento protestante, pregando em igrejas e acabando por ser reconhecido por muitos como "padre", nunca tendo sido no entanto ordenado sacerdote.

O Papa Clemente VII, a propósito de Calvino, pressionou o rei de França a reprimir os protestantes franceses. Em  de 30 de Agosto e de 10 de Novembro de 1533, através de Bulas,  o Papa exortava à "aniquilação da heresia luterana e de outras seitas que ganham influência neste reino"

Além de um espírito exacerbado de rebelião, como Lutero, foi um activista contra a igreja Católica, como ficou provado com o episódio dos Placards, a 18 de Outubro de 1534, em que a história do protestantismo francês viveu um dos seus momentos mais tensos. Calvino ajudou na distribuição destes Placards, de 37cm por 25cm, afixados em vários locais, em que criticava a celebração da Missa tal como ela era realizada oficialmente pela Igreja Católica. Apelidava a celebração da Missa de então como blasfematória.

Este ano de 1534 foi também o da excomunhão do rei Henrique VIII, por ter criador a Igreja Protestante Anglicana.

Em 1535 é publicada a primeira bíblia traduzida por um protestante, em francês. Tratava-se de uma tradução directa do hebraico (o antigo testamento) e do Grego (o novo testamento) - línguas originais das escrituras. O autor foi Olivétan, aliás Pierre Robert, primo de João Calvino e proveniente também de Noyon. Foi publicada em Neuchâtel por Pierre de Vingle. O texto foi revisto (com a colaboração de Calvino) e publicado novamente em 1546.

O ano de 1536 foi um ano negro na cidade de Genebra. A Reforma foi adaptada oficialmente pela cidade. Os clérigos da igreja católica foram intimados a deixar de celebrar a Santa Missa como o faziam, com o “cerimonial papista” e seus “abusos” (idolatria, aos olhos dos protestantes) e a juntarem-se aos protestantes. Num novo fôlego de zelo religioso, as raparigas foram obrigadas a usar o véu na cabeça. Já desde 1532 que se registavam ataques e destruições de imagens religiosas, estátuas, figuras, etc. A adoração destas figuras era vista pelos protestantes como idolatria. Houve um episódio macabro desta raiva e destes ataques à "idolatria papista", em que uma multidão se apoderou de cerca de 50 hóstias, dando-as a comer a um cão. O argumento destes sacrílegos foi de que "Se as hóstias pertencem mesmo ao corpo de Deus, não se irão deixar comer por um cão!". Em Junho de 1536, são abolidos em Genebra, por decisão de um conselho, todos os feriados, excepto os domingos. Aqueles que não reconheciam os decretos do protestante Farell, que teve a colaboração de Calvino, eram convidados a abandonar Genebra.

 

Os diversos Protestantismos  

 

O Protestantismo gerou no seu seio cismático e herético muitas igrejas, das quais são de referir:

Luterana, Calvinista, Anabaptista, Presbiteriana, Metodista, Congregacional, Adventista, Puritana, Anglicana.

 

 

As divergências entre o Cristianismo e o Protestantismo 

A Bíblia é considerada, pelos Protestantes, a pedra base e única fonte de autoridade doutrinal e deve ser interpretada de acordo com regras históricas e linguísticas, observando-se seu significado dentro de um contexto histórico.

   () O papel do Concílio de Trento

O Concílio de Trento, de 1545 a 1563, que se deu numa pequena cidade do norte de Itália com o mesmo nome, que ficou conhecido pelo Concílio da Contra-Reforma, em confirmação dos Concílios de Roma em 382, de Hipona em 393 e o III Concílio de Cartago em 397, decretou que a Bíblia Católica contém ao todo 73 livros, dos quais 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Ou seja, contém os chamados Livros Deuterocanónicos. A Bíblia Protestante rejeitou os Deuterocanónicos, e por isso só tem 66 livros, menos 7 que a Católica. São eles: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque.

Dado os abusos e as heresias propagadas pelo Protestantismo, o Concílio de Trento foi muito firme nas suas determinações para contrariar a vagas imensas que advinham do inferno em termos doutrinais, e por isso, os Bispos Católicos fiéis a Roma, optaram por limitar o aceso laico às escrituras, proibindo a tradução da Bíblia para o vernáculo e impondo a Vulgata em latim como a única Bíblia autorizada. Aumentaram também o índice de livros proibidos aos fiéis (Index Librorum Prohibitorum), para evitar a contaminação protestante e herética.

Foi o Concílio de Trento que "emitiu o maior número de decretos dogmáticos e reformas, e produziu os resultados mais benéficos", duradouros e profundos "sobre a fé e a disciplina da Igreja".

Para se opor ao protestantismo, o Concílio de Trento emitiu numerosos decretos disciplinares e definiu claramente a Doutrina Católica nos seguintes temas:

- A salvação.

- Os sete sacramentos.

- A presença de Cristo na Eucaristia.

- Cânone de Trento (reafirmou como autêntica a Vulgata) e a Tradição.

- Doutrina da Graça.

- Doutrina do Pecado Original.

- Justificação.

- Liturgia e o valor e importância da Santa Missa.

- Unificou o ritual da missa de Rito Romano, abolindo as variações locais, instituindo a chamada "Missa Tridentina.

- Celibato clerical.

- Hierarquia Católica.

- Culto dos Santos. 

- Culto das Relíquias e das Imagens.

- Indulgências.

- Natureza da Igreja.

- Regulou as obrigações dos Bispos.  

- Instituiu o "Index Librorum Prohibitorum"

- Instituiu um novo  Breviário Romano

- Instituiu o novo Catecismo Romano.

- Reorganizou a Inquisição.

Uma das principais causas da Reforma Protestante - a Doutrina das Indulgências - foi mal interpretada pelos Protestantes ou pelo povo que não tinha formação religiosa.
No ano de 1518, o Papa Leão X emitiu uma Bula Pontifícia em que esclarecia a doutrina das Indulgências e o seu uso. Nesta Bula eram rejeitados muitos dos méritos que atribuíam às Indulgências. Era esclarecido que as Indulgências não perdoavam os pecados nem as culpas, mas apenas as penas temporais que a Igreja (não um governante secular) havia imposto. Quanto a livrar as almas do Purgatório, o poder do Papa se limitava às orações, em que suplicava a Deus que aplicasse à alma, de certo defunto, o excedente dos méritos de Cristo e dos Santos
("A Reforma na Alemanha", Will Durant).

De nada adiantou tal Bula, pois a Reforma Protestante seguiu o seu curso. A maneira de pensar dos Protestantes foi extremamente violenta e, muitas vezes, uma verdadeira apologia ao crime. Com efeito, em 1520, vemos Lutero escrever em sua "Epitome":

"Se Roma assim crê e ensina, conforme os papas e cardeais, francamente declaro que o verdadeiro anticristo encontra-se entronizado no templo de Deus e governa em Roma (a empurpurada Babilónia), sendo a Cúria a sinagoga de Satanás (...) Se a fúria dos romanistas não cessar, não restará outro remédio senão os imperadores, reis e príncipes reunidos com forças e armas atacarem a essa praga mundial, resolvendo o assunto não mais com palavras, mas com a espada (...) Se castigamos os ladrões com a forca, os assaltantes com a espada, OS HEREGES COM A FOGUEIRA, por que não atacamos com armas, com maior razão, a esses mestres da perdição, a esses cardeais, a esses papas, a todo esse ápice da Sodoma romana, que tem perpetuamente corrompido a Igreja de Deus, lavando assim as nossas mãos em seu sangue?"

Lutero disse num folheto intitulado "Contra a Falsamente Chamada Ordem Espiritual do Papa e dos Bispos", de Julho de 1522:

"Seria melhor que se assassinassem todos os bispos e se arrasassem todas as fundações e claustros para que não se destruísse uma só alma, para não falar já de todas as almas perdidas para salvar os seus indignos fraudadores e idólatras. Que utilidade tem os que assim vivem na luxúria, alimentando-se com o suor e o sangue dos demais?"

Lutero dizia aos príncipes, em seu folheto "Contra a Horda dos Camponeses que Roubam e Assassinam":

"Empunhai rapidamente a espada, pois um príncipe ou senhor deve lembrar neste caso que é ministro de Deus e servidor da Sua ira (Romanos 13) e que recebeu a espada para empregá-la contra tais homens (...) Se pode castigar e não o faz - mesmo que o castigo consista em tirar a vida e derramar sangue - é culpável de todos os assassinatos e todo o mal que esses homens cometerem".

Lutero escreveu em sua "Carta Aberta sobre o Livro contra os Camponeses", em Julho de 1525:

"Se acreditam que esta resposta é demasiadamente dura e que seu único fim e fazer-vos calar pela violência, respondo que isto é verdade. Um rebelde não merece ser contestado pela razão porque não a aceita. Aquele que não quer escutar a Palavra de Deus, que lhe fala com bondade, deve ouvir o algoz quando este chega com o seu machado (...) Não quero ouvir nem saber nada sobre misericórdia".

Sobre os judeus, assim dizia em suas famosas "Cartas sobre a Mesa":

"Quem puder que atire-lhes enxofre e alcatrão; se alguém puder lançá-los no fogo do inferno, tanto melhor (...) E isto deve ser feito em honra de Nosso Senhor e do Cristianismo. Sejam suas casas despedaçadas e destruídas (...) Sejam-lhes confiscados seus livros de orações e talmudes, bem como toda a sua Bíblia. Proíba-se seus rabinos de ensinar, sob pena de morte, de agora em diante. E se tudo isso for pouco, que sejam expulsos do país como cães raivosos".

Willibald Pirkheimer afirmou, em 1529, sobre a Reforma:

“Não nego que no princípio todas as atitudes de Lutero não pareciam ser vãs, pois a nenhum homem comprazia todos aqueles erros e imposturas que foram gradualmente acumulados no Cristianismo. Por isso eu esperava, junto com outros, que era possível aplicar algum remédio a tão grandes males; porém, fui cruelmente enganado, pois antes que se extirpassem os erros anteriores foram introduzidos muitos outros, mais intoleráveis que, comparados com os outros, faziam estes parecer jogos de crianças (...) As coisas chegaram a tal ponto que os defensores papistas parecem virtuosos quando comparados com os evangélicos (...) Lutero, com sua língua despudorada e incontrolável, deve ter enlouquecido ou ser inspirado por algum espírito maligno".

Calvino também foi do mesmo calibre, como vemos numa Carta ao Duque de Somerset, protector da Inglaterra durante a menoridade de Eduardo VI:

"Pessoas que persistem nas superstições do anticristo romano (...) devem ser reprimidas pela espada que lhe foi confiada".

O Protestantismo rejeitou, logo desde o seu início, uma grande parte da Doutrina que caracteriza o Catolicismo, tal como:

Existência do Purgatório.

Supremacia Papal.

Orações pelos mortos.

Intercessão dos santos.

Assunção da Virgem Maria aos Céus em corpo e alma.

Virgindade perpétua da Virgem Maria.

Veneração dos santos.

Transubstanciação.

Santo Sacrifício da Missa.

Uso de imagens no culto.

Para os Protestantes, a autoridade da Igreja está vinculada à obediência da palavra de Deus e não à sucessão Apostólica. Assim sendo, a Igreja cristã existe onde se escuta e obedece à palavra de Deus.

 

() Tabela com as principais diferenças entre Cristianismo e Protestantismo

Na seguinte Tabela apresento, lado a lado, as principais diferenças Doutrinais entre o Cristianismo e o Protestantismo. Existem ainda divergências sobre a comunhão dos santos, sobre o pecado original,  a predestinação, as boas obras, a justificação e muitas outras…

COMPARAÇÃO ENTRE CRISTIANISMO E PROTESTATISMO

Tema

Cristianismo

Protestantismo

Administração

Aceitam a Autoridade dos Bispos e do Papa

Não aceitam qualquer autoridade dos Bispo e do Papa

Assunção da Virgem Maria em corpo e alma

Acreditam

Não acreditam

Cânone das Escrituras

Bíblia com 73 Livros

Bíblia com 66 Livros

Confissão dos pecados

Só é válida a Confissão Sacramental feita a um sacerdote

Só fazem a confissão directa a Deus individual e colectiva, logo, sem o perdão sacramental

Culto de veneração à Virgem Maria

Aceitam a Hiperdulia

Não aceitam

Culto dos mortos

Aceitam o Sufrágio pelas almas do Purgatório

Não aceitam

Hierarquia 

Papa, Cardeal, Arcebispo, Bispo, Sacerdote, Diácono, Leigo. Há outros títulos…

Bispo, Pastor e Leigo

Imagens

São permitidas

Não são permitidas

Imortalidade da alma 

Acreditam na imortalidade da alma

Os Luteranos e outros não acreditam

Indulgências

Acreditam

Não acreditam

Purgatório

É o Local de cumprimento das Penas Temporais

Não acreditam

Sacerdócio

Sacerdotes com o Sacramento da Ordem recebida dos Bispos

Só os pastores Ad hoc. O único sacerdote é Jesus

Sacramentos 

Celebram os Sete Sacramentos

Só têm o sacramento do Baptismo

Sagrada Eucaristia 

Acreditam na Presença Real de Jesus em Corpo e Alma

Não aceitam a Presença Real de Jesus e só a celebram como a ceia do senhor

Supremacia do Papa

Aceitam a fidelidade e obediência ao Papa

Não aceitam a supremacia Papal

Tradição 

Aceitam a Tradição da Igreja, a Revelação Pública e a Revelação Privada

Só aceitam a Revelação Pública feita na Bíblia

Transubstanciação

Acreditam na Transubstanciação das Espécies

Não acreditam

Veneração dos santos

Veneração dos Santos e seu poder de intercessão

Não acreditam

Virgindade perpétua da Virgem Maria

Acreditam na Virgindade antes, durante e depois do parto

Acreditam na Virgindade só antes do parto

Contudo, existem diferenças consideráveis entre as denominações Protestantes. Alguns sectores do Anglicanismo, aproximam-se muito do Catolicismo, auto-intitulando-se mesmo como Anglo-Católicos.

Os movimentos Ecuménicos trabalham no sentido da união, mas ela só será possível pela conversão dos protestantes de boa-vontade no dia do Aviso de Garabandal.

É de frisar que nas Igrejas Protestantes nunca houve, nem Milagres, nem Aparições da Virgem Maria, nem nenhumas Revelações Divinas, que em conjunto com a inexistência de Sacramentos, constituem a grande pobreza da Igreja Protestante!

 O Protestantismo na história

Traçando um rápido panorama sobre o Protestantismo, podemos dizer que teve como pais, Lutero e Calvino, ambos excomungados, no século XVI, como uma reacção contra a Doutrina e a Prática da Igreja Católica Apostólica Romana, e que teve grande influência na história e esteve na origem de muitos conflitos. É claramente de inspiração satânica, pois atacou e dividiu o Corpo Místico de Cristo. Foi a seguir ao Islamismo uma grande vitória do inferno.

Espalhou-se pela Europa, em particular pelo norte da Europa, chegando depois aos Estados Unidos e África, particularmente à África do Sul.

Ainda hoje em dia, a sua influência é grande, de tal maneira que o Anglicanismo, criado em Inglaterra por Henrique VIII, também excomungado, ainda vigora e é a religião oficial do país, tendo como chefe supremo a Rainha D. Isabel II. Em vez da monarquia se deixar orientar pela igreja, em Inglaterra, é ao contrário, o que evidencia o ridículo a que satanás submete os seus servos.

Olhando para a população Protestante, podemos perceber que pertencem normalmente a classes menos cultas ou mal intencionadas, e daí a sua maior dificuldade de conversão.

Como não têm Sacramentos, é imperiosa a sua conversão para alcançarem a Salvação.

 O Protestantismo nas Revelações Privadas

Padre Gobbi, 13 de Junho de 1989

Padre Gobbi 13 de Junho de 1989

A besta semelhante a um cordeiro

O 666 indicado duas vezes, isto é, por 2, exprime o ano de 1332, mil trezentos e trinta e dois.

Neste período histórico, o anticristo se manifesta com um ataque radical à fé na Palavra de Deus.

Através dos filósofos, que começam a dar um valor exclusivo à ciência e depois à razão, tende-se gradualmente a construir como único critério de verdade somente a inteligência humana. Nascem os grandes erros filosóficos, que continuam nos séculos até os vossos dias.

A importância exagerada dada à razão, como critério exclusivo de verdade, leva necessariamente à destruição da fé na Palavra de Deus.

De facto, com a reforma protestante, se rejeita a Tradição como fonte da Divina Revelação, e se aceita somente a Sagrada Escritura.

Mas, também esta deve ser interpretada por meio da razão, e se rejeita obstinadamente o Magistério autêntico da Igreja hierárquica, à qual Cristo confiou a guarda do depósito da fé.

Cada um é livre para ler e para compreender a Sagrada Escritura, segundo a sua interpretação pessoal.

Desta maneira é destruída a fé na Palavra de Deus.

Obra do anticristo, neste período histórico, é a divisão da Igreja, a consequente formação de numerosas confissões cristãs, que são gradualmente impelidas a uma perda cada vez mais extensa da verdadeira fé na Palavra de Deus.

Padre Gobbi 31 de Dezembro de 1992

O fim dos tempos

 O quarto sinal é o horrível sacrilégio cometido por aquele que se opõe a Cristo, isto é, pelo anticristo. Entrará no templo santo de Deus e sentar-se-á no seu trono, fazendo-se adorar ele mesmo como Deus.

Acolhendo a doutrina protestante se dirá que a Missa não é um sacrifício, mas somente a santa ceia, ou seja, a recordação do que Jesus fez na sua última ceia. E assim será suprimida a celebração da Santa Missa. Nessa abolição do sacrifício quotidiano consiste o horrível sacrilégio cometido pelo anticristo, cuja duração será de aproximadamente três anos e meio, isto é, mil duzentos e noventa dias.

 Conclusões e Conselhos

Já que, no panorama do diálogo com outras religiões, o principal objectivo Cristão é o da Conversão, e não a conquista ou a vitória no debate, a todo o Protestante, ou simpatizante, aconselho que mantenham o intelecto e o coração abertos para o dia do Aviso de Garabandal!

E não esqueçam, que o Baptismo Católico e os Sacramentos são imprescindíveis para a plena entrada na Glória do Paraíso Celeste e para a Visão beatífica da Santíssima Trindade, da Virgem Maria, dos Anjos e Santos.

Não tenho dúvidas que existem muitas e boas pessoas no Protestantismo, especialmente no Anglicanismo, mas que vivem arredadas dos Sacramentos, em particular da Confissão e da Sagrada Eucaristia, e por isso, os seus pecados não lhe são perdoados, e acumulam a Culpa à Pena que terão de cumprir no Purgatório, no qual não acreditam. Será terrível aquele período de Conversão. Por isso, mais vale darem o benefício da dúvida aos Católicos, se acautelarem e estarem abertos à hipótese de Conversão ao Catolicismo.

Quero recordar uma *Nota muito importante que vem na Bíblia dos Capuchinhos, publicada em 1964. Nas mais recentes já não vem nada disto… inclusive trocaram as palavras e a promessa de Jesus de “até o fim do mundo” para “até o fim dos tempos”. Ignorância e acção diabólica.

Bíblia dos Capuchinhos, Difusora Bíblica, edição de 1964, Página 1700, Nota (d) 2ª

(d) REFLEXÕES:

2.ª - De Melanchthon, um dos auxiliares de Lutero, conta-se que, interrogado pela própria mãe se devia ela passar-se para a sua religião, lhe respondeu:

«Mãe, para viver, a nossa religião é mais cómoda, mas, para morrer, a católica é mais segura.»

A todo o pregador e missionário no ambiente Protestante, aconselho centrarem a atenção na Virgem Maria, e referirem que o melhor caminho para se chegar a Jesus é através da Sua Mãe Santíssima. O aconselhamento da leitura da Obra de São Luís de Monfort Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem é muito importante, bem como a Mística Cidade de Deus de Maria de Jesus de Agreda.

 

www.amen-etm.org/Protestantismo.htm