Os Grandes marcos da Bíblia e as
suas simetrias
CIV1 - Os grandes marcos da Bíblia è
CIV2 - O diabo na narrativa Bíblica è
CIV3 - Os falsos deuses e as falsas religiões na narrativa Bíblica è
CIV4 - Os Paraísos na narrativa Bíblica è
CIV1 - Os grandes marcos da Bíblia é
Tem interesse
avaliar, em traços largos, os grandes marcos das Sagradas Escrituras, para que
ficando com uma visão de conjunto, mais facilmente vermos quais os grandes
pilares e a principal justificação da Bíblia.
Quando Deus cria
os Anjos, cria-os para eles o amarem e servirem. Se alguns deles não tivessem
se rebelado, não tinha havido necessidade de criação da humanidade, dos céus e
da Terra para eles viverem.
Não havendo a
guerra que os anjos caídos desencadeiam contra Deus e os Seus Anjos fiéis,
liderados por S. Miguel Arcanjo, e mais tarde contra a humanidade, fazendo logo
de início que Eva caísse nas suas tentações, muito provavelmente não teria
havido necessidade de serem escritas as Sagradas Escrituras.
A narrativa das
Sagradas Escrituras, estabelece uma cronologia hierárquica, em que são dados ao
povo, enquanto criatura de Deus, todos os dados que ele necessita para a sua
vida, combate e vitória sobre os seu inimigo, e por fim a sua Salvação.
Quanto a esta
panorâmica e interpretação da história da Criação, entendendo aqui por Criação,
não só o acto criativo de Deus das Suas criaturas, mas também a vida, o ser e a
morte dessas mesmas criaturas, não deverá haver, penso, grande controvérsia.
São considerações consensuais e que fazem parte da própria Doutrina e Tradição
da Igreja.
Não deixa no
entanto de ser importante nomear as linhas mestras da Bíblia, para dos seus
ensinamentos e da Santa Tradição da Igreja e ainda das Revelações Privadas,
obra do Espírito Santo, podermos fazer algumas projecções e antevisões do
futuro que nos espera.
Assim, os grandes
marcos da Bíblia são:
l - Deus
n - O Paraíso Terrestre
Þ - Demónio, o inimigo
& - A Narrativa da História da Humanidade
Ý - Jesus Cristo, o Salvador
n - Novos Céus e Nova Terra
l - O Paraíso Celeste
Nesta cronologia
esquemática, verifica-se imediatamente uma certa simetria e contrapontos.
Desenvolvendo, teremos:
l - Deus
Logo no Início da
Bíblia, no Capítulo 1, versículo 1, surge-nos Deus. Génesis
1,1
1 No princípio criou Deus os céus e a terra
n - O Paraíso Terrestre
No Capítulo 2,
versículo 8, surge-nos a criação do Paraíso Terrestre, no Éden. Génesis
2,8
8 Então plantou o Senhor Deus um jardim, da
banda do oriente, no Éden; e
pôs ali o homem que tinha formado.
Þ - Demónio, o inimigo
No Capítulo 3,
versículo 1, surge-nos o demónio ainda na sua forma de serpente. Génesis
3,1
1 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do
campo, que o Senhor Deus tinha feito.
Ý - Jesus Cristo, o Salvador
No primeiro
Evangelho Capítulo 1, versículo 1, surge-nos Jesus. S. Mateus
1,1
1 Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão
n - Novos Céus e Nova Terra
No Apocalipse,
no Capítulo 21, versículo 1, o novo Paraíso Terrestre que nos espera. Apocalipse
21,1
1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a
primeira terra, e o mar já não existe
l - O Paraíso Celeste
No Apocalipse,
no Capítulo 21, versículo 9, o Paraíso Celeste prometido.
Apocalipse 21,9-10
9 E veio um dos sete anjos que tinham as
sete taças cheias das sete últimas pragas, e falou comigo, dizendo: Vem,
mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro
10 E levou-me em espírito a um grande e alto
monte, e mostrou-me a santa cidade de Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus.
Apocalipse 22,1-5
1 E mostrou-me o rio da água da vida, claro como cristal, que
procedia do trono de Deus e do Cordeiro.
2 No meio da sua praça, e de ambos os lados
do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês
em mês; e as folhas da árvore são para a cura das nações.
3 Ali não haverá jamais maldição. Nela
estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão
4 e verão a sua face; e nas suas frontes
estará o seu nome.
5 E ali não haverá mais noite, e não
necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os
alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos.
CIV2 - O diabo na narrativa Bíblica é
Em toda a
narrativa Bíblica, o demónio ocupa um lugar central.
Isto
compreender-se-á facilmente, já que se não houvesse demónio, não havia razão
para Jesus ter vindo à Terra, pois Ele de facto só veio para nos salvar das garras
de satanás.
Jesus disse ao
Padre Ottavio Michellini, numa das suas Mensagens, de que era tão grave não
acreditar no demónio como não acreditar em Deus, pois não acreditar no demónio,
é desdenhar da razão pela qual Jesus morreu na cruz para nos salvar.
Só no Novo
Testamento, há 141 referências ao demónio.
Nunca será de
mais pois falar do demónio, pois ele é o inimigo de quem nos temos que
acautelar.
É engraçado
constatar que na narrativa Bíblica existe uma certa simetria nas narrativas de
que se fala no demónio.
A primeira vez de
que se fala do demónio, sob a forma de serpente tentadora, é no Capítulo 3 do
Génesis, primeiro livro da Bíblia.
Génesis 3,1
1 Ora, a serpente era o mais astuto de
todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito.
Precisamente no
capítulo 3 a contar do fim da Bíblia, ou seja no capítulo 20 do Apocalipse, há
referência à serpente.
Apocalipse 20,2
2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente,
que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos.
E no meio da
Bíblia, ou seja nos capítulos 4 de S. Mateus e de S. Lucas, fala-se igualmente
do demónio.
S. Mateus 4,1
1 Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para
ser tentado pelo Diabo.
S. Lucas 4,2
2 durante quarenta dias, sendo tentado pelo
Diabo. E naqueles dias não comeu coisa alguma; e terminados eles, teve fome.
Ou seja, 3 - 4 -
4 - 3. Isto não quererá dizer nada de especial, mas poderá também ser uma forma
de Deus lhe atribuir importância, colocando-o no princípio e no fim das
Sagradas Escrituras, em lugar secundário relativamente a Deus, mas de uma
maneira ordenada, atribuindo-lhe uma certa lógica, como que talvez nos tentando
dizer que o demónio e a sua actuação têm uma lógica que deve ser estudada e
combatida. De certa maneira é isto que temos estado a fazer, pois o importante,
para vencer batalhas e a guerra, é derrotar o inimigo.
Deus na narrativa
Bíblica aparece sempre em primeiro lugar, ocupando o lugar que Lhe compete, já
que Ele é o princípio e o fim, o alfa e o ómega. Assim, aparece no primeiro
versículo da Bíblia, na Pessoa de Deus Pai.
Génesis 1,1
1 No princípio criou Deus os céus e a
terra.
E no último
versículo da Bíblia na Pessoa de Deus Filho, a quem deu todo o poder.
Apocalipse 22,21.
21 A graça do Senhor Jesus esteja com todos.
Constatamos pois
que o demónio, por ordem de aparecimento na narrativa das Sagradas Escrituras,
ocupa um lugar importantíssimo e muito bem localizado - Terceiro lugar.
Em
primeiro, Deus Pai, no Capítulo
1 do Génesis;
Em segundo,
a Criação, ou seja, o conjunto
dos Céus e da Terra, do Éden e o Homem, no Capítulo 2 do Génesis;
Em
terceiro, o demónio, no Capítulo
3 do Génesis.
No Novo
Testamento, que de Deus Filho trata, o demónio aparece em segundo lugar na vida
pública de Jesus Cristo, já que em primeiro lugar vem o Espírito Santo, a
Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
Mateus 3,16-17
16 Baptizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se
lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e
vindo sobre ele
17 e eis que uma voz dos céus dizia: Este é
o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Mateus
4,1
1 Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para
ser tentado pelo Diabo.
Vemos pois, que o próprio Jesus logo no início
da Sua Vida Pública coloca em primeiro lugar o baptismo e imediatamente a
seguir tem o confronto com o demónio, o Seu e nosso inimigo, o causador da Sua
vinda à Terra, para nos Salvar das garras do diabo. Não fazermos o mesmo, ou
seja, não termos bem presente na nossa vida que o inimigo a vencer é o diabo,
já é meio caminho andado para o inferno, porque incautos e não seguindo o
exemplo de Jesus, estamos em boa posição de perder a guerra. Mas em primeiro
lugar, evidentemente, vem Deus com a acção que desenvolve na humanidade através
do Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
Ainda no antigo
testamento, o demónio é muito bem caracterizado na sua forma de atacar a
humanidade e o povo de Deus, muito em especial através da criação de falsos deuses
e de ídolos para serem adorados no lugar do único e Verdadeiro Deus, Iahweh. Esta é também uma constante ao longo de toda a
história, muito em especial nestes últimos séculos, em que cria muitas falsas
religiões, seitas religiosas e mesmo seitas luciferinas, estas últimas,
descaradamente adorando a lúcifer, colocando-o como o senhor da humanidade.
CIV3 - Os falsos deuses e as falsas religiões na narrativa Bíblica é
Uma das
constantes na história do povo de Deus é a fuga para a adoração de falsos
deuses, quer no antigo Testamento quer no próprio Novo Testamento e muito em
especial nos tempos em que vivemos actualmente.
Sendo esta uma
das situações mais correntes na narrativa Bíblica, temos de elegê-la como
também uma das situações mais perigosas em que podemos incorrer. Na
actualidade, esta derrapagem para falsas religiões e falsos deuses, é
particularmente difícil de detectar, pois o demónio através da criação das
seitas a partir da religião católica, vai utilizar linguagens e variações
perigosas a partir dos próprios textos da Bíblia.
Enquanto que os
que se encontram na verdadeira religião adoram o único e verdadeiro Deus, nosso
Criador e Senhor. Os coitados que são enganados pelo diabo nesta matéria, são
levados a crer que com o decorrer do tempo e na nossa época, temos de proceder
a uma actualização dos conceitos, inclusivamente do próprio Deus, não
entendendo que Deus é imutável e que, de facto o mundo evolui e altera-se, mas
é o mundo que tem de se manter em permanente actualização de adaptação à
imutável Doutrina da Igreja Católica. Assim, estes desgraçadamente enganados,
em vez de adorarem o Verdadeiro Deus que nos criou à Sua Imagem e semelhança,
passam a adorar os falsos deuses que eles criam à sua própria imagem e
semelhança. Criam e adoram falsos deuses, retirando ao Verdadeiro Deus aquilo
que não lhes convém, criam deuses feitos à medida das suas fraquezas e dos seus
apetites. Caem assim na idolatria, tal como o povo em fuga do Egipto.
Êxodo 32,7-8
7 Então disse o Senhor a Moisés: Vai, desce; porque o teu
povo, que fizeste subir da terra do Egipto, se corrompeu
8 depressa se desviou do caminho que eu lhe
ordenei; eles fizeram para si um bezerro de fundição, e adoraram-no, e lhe
ofereceram sacrifícios, e disseram: Aqui está, ó Israel, o teu deus, que te
tirou da terra do Egipto
Juízes 2,19
19 Mas depois da morte do juiz, reincidiam e
se corrompiam mais do que seus pais, andando após outros deuses, servindo-os e
adorando-os; não abandonavam nenhuma das suas práticas, nem a sua obstinação.
Esta é uma
situação perigosíssima porque as pessoas pensam de facto que estão certas, mas
na realidade estão a adorar um falso deus que eles próprios criaram à imagem
das suas fraquezas e à medida do seu orgulho.
Temos de aceitar
com humildade o Deus que Se nos revelou, Ele próprio nas Sagradas Escrituras e
Se nos continua a revelar continuamente através do Espírito Santo.
O protestantismo
e as seitas, ditas cristãs, são cisões criadas a partir da Igreja de Cristo,
com o objectivo de desmembrar o rebanho que Jesus queria manter unido e fiel.
Quer um quer as outras são criadas a partir da instilação do espírito de
rebelião de que já falámos anteriormente, ao contrário do que é aconselhado,
que seria o de se manter dentro da Igreja rezando pela união e o discernimento
quanto a assuntos que possam gerar divisão.
João 10,16
Ora se Jesus quer
que haja um só rebanho e um só pastor, tudo o que leve à cisão não provém de Deus.
E por isto, todas as ovelhas que saem da Igreja para criar outras igrejas e
seitas, são ovelhas desgarradas.
16 então haverá um só rebanho e um só
pastor.
1S. Pedro 2,25
25 Porque éreis desgarrados, como ovelhas;
mas agora retornastes ao Pastor e Supervisor das vossas almas.
Estas ovelhas
correm graves riscos de serem devoradas pelos lobos devoradores.
Actos 20,29-30
29 Eu sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos
vorazes que não pouparão o rebanho.
30 Mesmo no meio de vós surgirão alguns falando coisas pervertidas, para
arrastarem atrás de si os discípulos.
Estes lobos
devoradores, ao mesmo tempo que criam divisão, contaminam aqueles que se tornam
os seus seguidores, enchendo-os de falsos ensinamentos, criando-lhes ódio pelos
seguidores de Jesus de Cristo que se mantém fiéis à Igreja de Jesus Cristo, que
persistem nos seus ensinamentos, criam raiva às suas liturgias e à Santa
Tradição da Igreja Católica, desvirtuando o culto dos santos, negando toda e
qualquer Revelação Privada, negando a presença real de Jesus na Eucaristia,
atacando os Sacramentos deixados por Jesus para Salvação das almas. Enfim,
dizendo-se ainda cristãos, destroem tudo o que o Cristianismo tem de
estrutural, mantendo só uma fachada.
S. Mateus 23,27
27 Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora
realmente parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de
toda a podridão.
São assim os protestantes que nasceram da divisão
criada por Lutero, que após o seu acto de rebelião contra a Igreja de Cristo,
foi excomungado, e que queimou em praça pública a bula excomungatória. Os
protestantes após a sua cisão não aceitaram a maior parte da Santa Tradição da
Igreja, não aceitaram os seus Sacramentos, não aceitaram a Revelação Privada,
não aceitaram a presença de Jesus Cristo na Eucaristia, não aceitaram os Livros
Deuterocanónicos como parte integrante da Bíblia, por isso, a Bíblia dos
protestantes só tem 63 livros, em vez dos 73 livros da Bíblia da Igreja
Católica. Gravíssimos erros estes…
Apocalipse 22,19
19 E se alguém tirar qualquer coisa das
palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da
vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro.
Foi assim com as
testemunhas de Jeová, cujo criador C.T. Russel, fiel servidor de Lutero e do
demónio, nascido numa família de protestantes presbiterianos, para além de
manter o rancor característico dos protestantes para com a Igreja Católica,
profetizou o Fim do Mundo para 1874, depois para 1878 e por fim para 1914. Nada
disso aconteceu, e depois de se ter divorciado da sua mulher, morreu num
comboio, amargurado, levando consigo o falhanço das suas profecias
tresloucadas.
O seu sucessor,
Rutherford, também fez uma profecia de que em 1925 ressuscitariam 75
Patriarcas, e para os receber mandou construir em S. Diego da Califórnia o
Palácio dos Príncipes. Como os patriarcas não ressuscitaram, Rutherford
reservou a luxuosa mansão para si, até o dia da sua morte em 1942.
O seu sucessor,
Knorr, também foi um dos grandes profetas falhados das testemunhas de Jeová, e
profetizou o Fim do mundo mau para 1975. Mais tarde, Knorr, faz a tradução da
sua própria Bíblia, terminando em 1961 e adulterando-a por completo.
Mas apesar de
todos estes delírios e falhanços, rebeldias, rancores, lavagens ao cérebro dos
seus membros, continuam debaixo da acção do demónio freneticamente a se
proteger uns aos outros e divulgar a mentira e a semear a divisão.
Todas estas
falsas igrejas e seitas têm um traço comum, todas seguem o seu pai espiritual,
que é o demónio. Bem disfarçado, bem maquilhado, cheio de experiência e
sabedoria das coisas do mundo, lá está ele, o pai da mentira, por detrás de
todos estes cismas.
CIV4 - Os Paraísos na narrativa Bíblica é
Dada a natureza a
natureza humana, não podia deixar de haver a promessa de recompensas para a
nossa adesão ao Plano de Salvação que Deus oferece aos homens. Neste quadro,
Deus quando cria o homem, cria-o no Éden.
Génesis 2,8-9
8 Então plantou o Senhor Deus um jardim, da
banda do oriente, no Éden; e pôs ali o homem que tinha formado.
9 E o Senhor Deus fez brotar da terra toda
qualidade de árvores agradáveis à vista e boas para comida, bem como a árvore
da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.
Este primeiro
Paraíso Terrestre já é uma prefiguração do segundo Paraíso que está prometido
ao homem, quando o Reino de Jesus Cristo for definitivamente implantado na
Terra, e toda a coisa e criatura estiver a Ele submetido. Neste momento, o
Reino de Jesus Cristo já está implantado na Terra, só que nem todas as
criaturas estão a Ele submetidos.
A seguir à
Ascensão de Cristo aos Céus, os Apóstolos estavam esperando que Ele voltaria
logo a seguir à Terra, dessa vez sim para implantar definitivamente o Seu Reino
sobre toda a criatura, e com ele um Novo e segundo Paraíso Terrestre.
Hebreus 10,37
37 Pois ainda em bem pouco tempo aquele que
há de vir virá, e não tardará.
Tiveram que passar
no entanto quase mais 2000 anos para ele estar prestes a ser implantado.
Sabemos da sua proximidade, porque entretanto se têm já estado a cumprir as
profecias do Apocalipse que o antecedem e anunciam, nomeadamente a vinda da
Virgem Maria a nos avisar da sua iminência, que nos aparece referida como a
Mulher vestida de Sol.
Apocalipse 12,1
1 E viu-se um grande sinal no céu: uma
mulher vestida do sol, tendo a Lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze
estrelas sobre a sua cabeça.
Este grande sinal
da mulher vestida de Sol, simboliza as aparições da Virgem Maria, avisando-nos
de todos os acontecimentos que adviriam sobre a humanidade e que antecederiam a
vinda de Jesus para implantar o Seu Reino sobre toda a Terra e a construção do
Paraíso Terrestre, onde já não existirá mais a morte da alma provocada pelo
pecado nem mais sofrimento.
Apocalipse 21,1-4
1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque
já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe
2 E vi a santa cidade, a nova Jerusalém,
que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o
seu noivo
3 E ouvi uma grande voz, vinda do trono,
que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.
4 Ele enxugará de seus olhos toda lágrima;
e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque
já as primeiras coisas são passadas.
Este Segundo
Paraíso terrestre, que é o que nos espera no limiar do ano 2.000 é descrito no
livro de profecias de Isaías.
Isaías 65,17-25
17 Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá
lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.
18 Mas alegrai-vos e regozijai-vos
perpetuamente no que eu crio; porque crio para Jerusalém motivo de exultação e
para o seu povo motivo de gozo.
19 E exultarei em Jerusalém, e folgarei no
meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor.
20 Não haverá mais nela criança de poucos
dias, nem velho que não tenha cumprido os seus dias; porque o menino morrerá de
cem anos; mas o pecador de cem anos será amaldiçoado.
21 E eles edificarão casas, e as habitarão;
e plantarão vinhas, e comerão o fruto delas.
22 Não edificarão para que outros habitem;
não plantarão para que outros comam; porque os dias do meu povo serão como os
dias da árvore, e os meus escolhidos gozarão por longo tempo das obras das suas
mãos.
23 Não trabalharão debalde, nem terão filhos
para calamidade; porque serão a descendência dos benditos do Senhor, e os seus descendentes estarão com eles.
24 E acontecerá que, antes de clamarem eles,
eu responderei; e estando eles ainda falando, eu os ouvirei.
25 O lobo e o cordeiro juntos se
apascentarão, o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente.
Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.
Isaías 11,6-9
6 Morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se
deitará; e o bezerro, e o leão novo e o animal cevado viverão juntos; e um
menino pequeno os conduzirá
7 A vaca e a ursa pastarão juntas, e as
suas crias juntas se deitarão; e o leão comerá palha como o boi.
8 A criança de peito brincará sobre a toca
da áspide, e a desmamada meterá a sua mão na cova da víbora.
9
Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte; porque a terra se
encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.
Isaías 35,5-10.
5 Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos
surdos se desimpedirão.
6 Então o coxo saltará como o cervo, e a
língua do mudo cantará de alegria; porque águas arrebentarão no deserto e
ribeiros no ermo.
7 E a miragem tornar-se-á em lago, e a
terra sedenta em mananciais de águas; e nas habitações em que jaziam os chacais
haverá erva com canas e juncos.
8 E ali haverá uma estrada, um caminho que
se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para os
remidos. Os caminhantes, até mesmo os loucos, nele não errarão.
9 Ali não haverá leão, nem animal feroz subirá
por ele, nem se achará nele; mas os redimidos andarão por ele.
10 E os resgatados do Senhor voltarão; e
virão a Sião com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e
alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.
De certa
maneira o modo de vida neste Paraíso, é prefigurado nos Actos dos Apóstolos,
nas primitivas comunidades cristãs.
Actos 2,42-47
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no
partir do pão e nas orações.
43 Em cada alma havia temor, e muitos
prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos.
44 Todos os que criam estavam unidos e
tinham tudo em comum.
45 E vendiam suas propriedades e bens e os
repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um.
46 E, perseverando unânimes todos os dias no
templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração
47 louvando a Deus, e caindo na graça de
todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.
Mas voltaremos
mais em pormenor no Capítulo X a este Paraíso terrestre, que nos está prometido
para o limiar do ano 2.000...
Sabemos agora com
bastante exactidão qual o nosso inimigo, as suas estratégias, a importância que
lhe é atribuída por Deus nas Sagradas Escrituras.
Sabemos agora com
bastante exactidão o que de bom nos espera.
Temos que lutar
por atingir o objectivo do segundo Paraíso Terrestre, no curto espaço de tempo
que temos pela frente.
O Papa
Paulo VI um dia afirmou:
"ù Mais vale acreditar
numa mentira, do que não acreditar numa Verdade. Pois Deus, por termos
acreditado na mentira, há-de recompensar-nos pela nossa Fé, mas, por não termos
acreditado na Verdade, há-de pedir-nos contas da nossa incredulidade".
"ù Por isso, homem, este
é um tesouro que entrego à tua guarda!
Podes
condenar-te com ele nas mãos, ou, Salvar-te, se o depositares no teu Coração!
A
Escolha é tua…"