CONSAGRAÇÃO DA RÚSSIA
ao
IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
.
ÍNDICE
l
O Pedido de Consagração da Rússia e a Paz è
(l) O Momento Histórico em que foi feito
o Pedido è
(l) A Aparição de 13 Julho e o Segundo
Segredo è
l As várias Consagrações do mundo è
Textos das principais Consagrações:
è
(l) A Consagração do mundo do Papa Pio
XII è
31 de Outubro de 1942
(l) A Consagração da Rússia do Papa Pio
XII è
7 de Julho de 1952
(l) A Entrega do Papa João Paulo II de
1981 è
7 de Junho de 1981
(l) A Consagração do Papa João Paulo II
de 1981 è
8 de Dezembro de 1981
(l) A Consagração do Papa João Paulo II
de 1984 è
25 de Março 1984
(l)
A
opinião da irmã Lúcia sobre a Consagração de 25 de Março de 1984 è
(l)
A
opinião de Nossa Senhora sobre a Consagração de 25 de Março de 1984 è
(l) A Entrega do Papa Francisco de 2013 è
13 de Outubro de 2013
(l) A Consagração da Rússia e da Ucrânia do Papa
Francisco de 2022 è
25 de Março de 2022
l Cumpriu-se a Consagração pedida por Nossa
Senhora em Fátima e em Tuy? è
l
CONCLUSÕES è
O Pedido de Consagração da Rússia foi
feito em 2 momentos:
1º Æ A 13 de Julho de 1917, nas
Aparições de Fátima Nossa Senhora disse aos três Pastorinhos que viria pedir a
Consagração
da Rússia, com as seguintes palavras:
”… virei pedir
a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração…”
2º Æ A 13 de Junho de 1929, estando
a Irmã Lúcia a viver em Espanha no convento das Doroteias em Tuy, Nossa Senhora
formulou o pedido e as condições
da Consagração da Rússia,
com as seguintes palavras:
“É chegado o momento em que Deus pede para
o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a Consagração da
Rússia ao Meu Imaculado Coração.”
Por isso, a Consagração tem de obedecer, a dois
requisitos estabelecidos por Nossa Senhora em 1929:
Æ 1º - Consagração da Rússia ao
Imaculado Coração de Maria.
Æ 2º - Tem de ser feita pelo Papa em
comunhão com todos os Bispos do mundo.
Para ser alcançada a Paz é preciso que
se cumpram 2 requisitos:
☮ ÆAparição de Jesus em
Pontevedra a 15 de Fevereiro de 1926, O Menino
Jesus nos dois
anos seguintes, 15 de Fevereiro de 1926 e 17 de Dezembro de 1927, também em
Pontevedra, insiste com a irmã Lúcia para que se propague a Devoção aos
Primeiros Cinco Sábados do mês, aliada à Consagração da Rússia para ser
alcançada a Paz. Lúcia escreveu:
“Da prática da devoção dos Primeiros Sábados, unida à consagração
ao Imaculado Coração de Maria, depende a guerra ou a Paz do mundo”.
Por isso, a Paz tem de ser
alcançada através de:
Æ 1º - Consagração da Rússia ao Imaculado
Coração de Maria.
Æ 2º - Tem de se praticar a Devoção
dos Primeiros Sábados.
(l) O Momento Histórico em que foi feito
o Pedido é
O Pedido da
Consagração da Rússia, em plenas Aparições de Fátima, foi feito num
país trucidado pela selvajaria de um recém implantado regime republicano,
perpetrado através da mão assassina da maçonaria, que assassinara barbaramente
o Rei e o seu filho herdeiro, no Terreiro do Paço, numa Europa ainda
maioritariamente monárquica, mas acossada pelos partidos maçónicos na luta para
conquistarem o poder, em plena 1º Grande Guerra Mundial e a escassos meses da
Revolução Russa que iria implantar o comunismo ateu no maior país da Europa. É
no meio deste caos que a Virgem Maria desce do Céu à Terra, num dos mais
pequenos países deste continente Europeu. Mais uma vez escolhe a humildade e a
pequenez, para revelar os desígnios Divinos, a três pastorinhos - Lúcia,
Francisco e Jacinta.
Na Primeira e Segunda
Aparição de Fátima, a Virgem Maria já havia advertido a humanidade para os
ataques de que a Igreja ia ser alvo, através da maçonaria. Agora era o momento
de alertar para os perigos do comunismo ateu, que ia dominar a Rússia e se ia
espalhar pelo mundo inteiro. Advertiu a humanidade para os perigos da guerra
que podia ser desencadeada nos tempos de Pio XI e apontou qual a arma a
utilizar - A Oração.
Relembrou esta
alienada geração, sobre a existência do Inferno
e o perigo de lá cair. Apontou também a forma de evitar este drama - A Devoção ao Imaculado Coração de Maria.
Veio também
profetizar sobre o último século do Fim dos Tempos, com a perseguição à
Igreja e o assassinato do Papa.
Nos primeiros anos do
século XX é lançado o marco para o Fim dos Fins.
(l) A Aparição de 13 Julho e o Segundo
Segredo é
Para ler o texto completo da 3ª Aparição de
Fátima, a 13 de Julho de 1917 è
2º SEGREDO DE FÁTIMA - Dado a 13 de Julho
de 1917
Em seguida, levantámos os
ólhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza:
Vistes o inferno, para onde
vão as almas dos pobres pecadores, para as salvar, Deus quer establecer no
mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser
salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem
de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra peor. Quando virdes uma
noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus
vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e
de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a
consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos
primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão
paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições
à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sufrer,
varias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará O
santo Padre consagrar-me-á a Rússia que se converterá e será consedido ao mundo
algum tempo de páz.
(O texto tem a ortografia da época e está
tal como foi escrito pela irmã Lúcia.)
Atenção: Seguidamente
apresento o texto do 2º Segredo a azul o texto original, numerados os capítulos 1 e versículos 1, (como na
Bíblia), e a vermelho aparecem as correcções ortográficas e
sintácticas que fiz. A negro (entre
parênteses) aparece o texto original.
Logo a seguir
apresento o mesmo parágrafo a negrito,
corrigido, formatado e com a interpretação que faço dele. Acrescento
seguidamente algumas Notas# em Estilo Times.
1 1Em seguida, 2levantámos os olhos (ólhos) para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza: æ
1Depois de
Nossa Senhora nos ter mostrado o inferno, um grande mar de fogo que parecia
estar debaixo da terra, onde estavam os demónios e as almas, como se fossem
brasas transparentes e negras, 2levantámos os olhos para Nossa Senhora, que nos disse com bondade
e tristeza:
2 1Vistes o
inferno, 2para onde vão
as almas dos pobres pecadores. æ
1Vistes o inferno, que fica nas zonas cavernosas no interior da
Terra, 2para
onde vão as almas dos pobres pecadores.
Nota2: Na obra da venerável madre Maria de Jesus de Agreda é claramente
explicado que o inferno foi criado nas cavernas que existem no centro da Terra.
3 1Para as salvar,
Deus quer estabelecer (establecer)
no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. æ
1Para as
salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração, 2através da qual Deus concederá a Graça da
Salvação de muitas almas, não deixando que elas se condenem e caiam no inferno.
4 1Se fizerem o
que eu disser salvar-se-ão muitas almas 2e terão paz. æ
1Se fizerem o que eu vos vou dizer,
salvar-se-ão muitas almas de caírem no inferno, 2e terão paz no mundo, que se encontra em
plena guerra mundial já há 3 anos.
Nota4: Esta mensagem foi dada e 13 de Julho de 1917, em plena Primeira Guerra
Mundial, a qual começou a 28 de Julho de 1914 e durou até 11 de Novembro de
1918. Portugal entrou nesta guerra, e muitas vidas portuguesas se perderam.
5 1A guerra vai
acabar, 2mas se não
deixarem de ofender a Deus, 3no reinado de
Pio XI começará outra pior (peor). 4Quando virdes
uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que
Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da
fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. æ
1Esta Primeira
Guerra Mundial vai acabar, 2mas se não deixarem de ofender a Deus, com o vosso orgulho, falta de
amor a Deus e ao próximo, pela vossa ganância e imoralidade, 3no reinado de Pio XI começará outra pior, a
Segunda Guerra Mundial. 4Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, uma aurora
boreal, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de
seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo
Padre.
Nota5: De facto a guerra acabou alguns meses depois. Nossa Senhora adverte o
mundo de que outra guerra, ainda pior que a primeira, terá lugar, se não houver
a conversão e arrependimento do mundo. Assim de facto veio a acontecer, e a
Segunda Guerra Mundial começou no fim do papado de Pio XI e princípios do
papado de Pio XII. Por especial favor do Céu, Portugal não entrou nesta Guerra
Mundial. Já o mesmo não aconteceu com a nossa vizinha Espanha que se viu, para
além de tudo, envolvida numa terrível e sangrenta guerra civil.
Antes
no início da Guerra, tal com prometido, foi vista uma enorme Aurora Boreal, em
latitudes muito baixas e incomuns.
Pela
impiedade dos homens e face à sua falta de arrependimento, e como descrito nas
Sagradas Escrituras do Antigo Testamento, Deus castigou o mundo através de
governantes tiranos, da guerra e perseguições sanguinárias.
6 1Para a impedir 2virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração 3e a comunhão reparadora nos primeiros Sábados. æ
1Para impedir a
Segunda Guerra Mundial, 2virei pedir que o Papa faça a Consagração da Rússia ao meu Imaculado
Coração 3e que os
leigos façam a Comunhão Reparadora dos cinco primeiros Sábados do mês.
Nota6: Avisando de que viria a Segunda Guerra Mundial, foi dada ao mundo a
forma de a evitar através de duas medidas:
-
Consagração da Rússia, (a ser feita pelo Papa e pelo clero) e a
-
Comunhão Reparadora dos primeiros Sábados do mês (a ser feita pelos leigos).
7 1Se atenderem a
meus pedidos, 2a Rússia se
converterá e terão paz, 3se não,
espalhará seus erros pelo mundo, 4promovendo guerras e 5perseguições à Igreja, 6os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer (sufrer), 7várias nações
serão aniquiladas. (,)æ
1Se atenderem a
meus pedidos de que o Papa faça a Consagração da Rússia e os leigos façam
comunhão dos Cinco Primeiros Sábados, 2a Rússia se converterá, abandonando o regime comunista, o ateísmo
prático, o materialismo dialéctico e a luta de classes, e terão paz, não
eclodindo a Segunda Guerra Mundial, 3se não, espalhará seus erros pelo mundo, com a difusão
do comunismo, 4promovendo
guerras e anexando países debaixo do punho de ferro do comunismo ateu, 5e perseguições à Igreja, com o encerramento e destruição dos
locais de culto, aprisionamento e assassinato dos sacerdotes e crentes
católicos, 6os bons serão
martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, através de campanhas de
difamação, de mentiras e calúnias que lhe serão lançadas, 7várias nações serão aniquiladas, pois perderão a sua independência
e serão integradas pela força das armas na união das repúblicas soviéticas, que
será criada, e a qual será comandada pelo grande dragão vermelho, que vos foi
falado no Apocalipse.
Nota7: Devemos ter presente que esta advertência foi feita com 3 meses de
antecedência à Revolução Bolchevique Russa, com o derrube do czarismo e a
instituição do comunismo ateu naquele país, que veio a provocar milhões de
mortos, de perseguições sanguinárias e da expansão daquele regime diabólico e
terrível por todo o mundo. Muitos países vizinhos foram conquistados pela força
brutal do regime comunista e formada a União Soviética, separando-a da Europa
através da cortina de ferro, que teve a sua materialização mais visível no Muro
de Berlim. Com a criação da união Soviética deu-se início à chamada “Guerra
Fria”, entre o ocidente e o oriente.
A
Consagração da Rússia, tinha um objectivo muito concreto, que era o de evitar a
expansão do comunismo pelo mundo e o de evitar a Segunda Guerra Mundial. Como a
Consagração não foi feita em tempo útil, desabou o caos sobre as nações e os
povos. Depois destes cataclismos já não fazia tanto sentido a Consagração da
Rússia, pois seria extemporânea.
O
”espalhará seus erros pelo mundo,” teve a concretização através da propagação
do comunismo ateu a muitos países, nos quais ainda persiste actualmente, sendo
os mais significativos a China, a Coreia do Norte e Cuba.
Como
a Consagração da Rússia nunca chegou a ser feita em tempo útil, aconteceu a
Segunda Guerra Mundial, a criação da união soviética, o comunismo espalhou-se
pelo mundo com o seu mar de horrores, e a guerra fria entre os dois blocos
desenvolveu-se, tendo passado por momentos de grande perigo e alta tensão. Foi
neste clima que aconteceu o atentado ao Papa João Paulo II em 1981, que movido
pela emoção do conhecimento do Terceiro Segredo de Fátima, foi levado a fazer a
Consagração do mundo, em 1982 e mais tarde em 1984.
Mesmo
que a Consagração da Rússia tivesse sido feita em 1981 e 1984, já não fazia
tanto sentido, pois as calamidades que podia ter evitado, já tinham acontecido.
Mas confiante no Poder de Intercessão da Virgem Maria junto de Deus, João Paulo
II avançou com a Consagração do mundo. Desta Consagração de 1984, que
objectivamente não foi o que Nossa Senhora sugerira em 1929, pois nem sequer
foi referida a Rússia, mas tão só de uma forma velada e muito dissimulada,
advieram Graças imensas nos anos seguintes para o mundo, nomeadamente a queda
do muro de Berlim em 1989, o desmembramento da União Soviética em 1991, o fim
da guerra fria, e o Triunfo Espiritual do Imaculado Coração de Maria.
8 1Por (por) fim o meu Imaculado Coração triunfará. ()æ
1Depois de tudo
isto e por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará.
Nota8: Nossa Senhora pode ter querido dizer que depois destas calamidades da guerra
e do comunismo, que podiam ter sido evitadas, se tivesse sido feita a
Consagração da Rússia, viria por fim o Triunfo do Seu Imaculado Coração.
O
Triunfo do Imaculado Coração de Maria foi um Triunfo Espiritual, tal como
prometido nas Mensagens ao Padre Gobbi, e anunciado para o Grande Jubileu do
ano 2000. Assim foi de facto.
Já
desenvolvi este tema que está bem explicado e documentado no seguinte Dossier:
l O Triunfo
do Imaculado Coração de Maria, já se deu! Æ
9 1O santo Padre
consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, 2e será
concedido (consedido) ao mundo algum tempo de paz.
1O santo Padre
consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, num momento futuro e crucial da história
da humanidade, em que o dragão vermelho atacar de novo, 2e será então concedido ao mundo algum tempo
de paz.
Nota9: Na cronologia desta narrativa que Nossa Senhora fez dos acontecimentos
futuros, a Consagração da Rússia feita pelo Papa, vem depois do Triunfo do
Imaculado Coração de Maria. A Consagração da Rússia feita por um Papa, é total
e politicamente incorrecta, e por isso só poderá ser justificada numa situação
extremamente importante e melindrosa, como derradeira solução para uma
emergência à qual a diplomacia humana não tiver conseguido dar solução. Como a
acalmia trazida pelo fim da guerra fria, não justificam de modo algum uma
medida tão forte por parte do Papa, julgo que esta emergência só surgirá daqui
a uns anos, quando se começarem a verificar o Aviso de Garabandal e os Segredos
de Medjugorje.
Esta é a Lista das várias Consagrações
do mundo que foram feitas pelos sucessivos Papas:
Pio XII
Primeira vez a 31 de Outubro de 1942. è
Segunda vez a 8 de Dezembro de 1942.
A Rússia foi explicitamente consagrada
em 7 de Julho de 1952, na Carta Apostólica SACRO VERGENTE ANNO. è
Paulo VI
Em 21 de Novembro de 1964.
João Paulo II
Primeira vez - 7 de Junho de 1981, na clínica onde se
encontrava internado, em Roma. è
Segunda vez - 8 de Dezembro de 1981, na Praça de São
Pedro. è
Terceira vez - 13 de Maio de 1982, em Fátima.
Quarta vez - 16 de Outubro de 1983, na Praça de S.
Pedro.
Quinta vez - 25 de Março de 1984 em frente da imagem
da Capelinha, na Praça de S. Pedro. è
Sexta vez - 13 de Maio de 1991, em Fátima.
A Consagração do milénio feita por João Paulo II foi
feita em Roma, na Praça de S. Pedro, no dia 8 de Outubro de 2000, aquando do
Jubileu dos Bispos e na presença da Imagem da Capelinha. Estiveram presentes
cerca de 1500 bispos.
Francisco
Primeira vez - 13 de Outubro de 2013, em frente da
imagem da Capelinha, na Praça de S. Pedro. è
Apresento seguidamente os textos das principais Consagrações: é
◄ |
(l) A Consagração do mundo do Papa Pio
XII é
31 de Outubro de 1942
A primeira Consagração
do Mundo ao Imaculado Coração de Maria foi feita pelo Papa Pio
XII a 31 de Outubro de 1942, por iniciativa dos pedidos
feitos pela Beata Alexandrina de Balazar, ainda
viva, e recebendo revelações de Jesus e da Virgem Maria.
Esta Consagração foi
feita sob a forma de Radiomensagem
do Papa Pio XII dirigida aos Fiéis Portugueses, em que o Papa sentado a uma secretária,
tendo à sua direita o embaixador de Portugal no Vaticano e o cardeal Montini,
que viria a ser o Papa Paulo VI, leu a sua extensa radiomensagem, onde estava
incluída a Consagração, feita sob a forma de uma Súplica.
Esta Consagração
ocorreu imediatamente antes dos acontecimentos que viraram o rumo da história
da Segunda Guerra Mundial. De facto, a
situação na guerra melhorou drasticamente para os Aliados. Pode-se praticamente
dizer que antes da Consagração, não tivéramos nenhuma vitória, mas, depois, não
tivemos nenhuma derrota. O próprio Winston Churchill admitiu este facto. No
Pacífico, as forças dos Estados Unidos venceram uma batalha
crucial poucos dias depois da Consagração. A queda de
Estalinegrado teve início também poucos dias depois, com o cerco
de 19 de Novembro. E a rendição dos alemães ocorreu a 2 de
Fevereiro de 1943, dia da festa de Nossa Senhora das Candeias.
RADIOMENSAGEM DO PAPA PIO XII AOS FIÉIS PORTUGUESES
POR OCASIÃO DA CONSAGRAÇÃO DA IGREJA E DO GÉNERO HUMANO
AO CORAÇÃO IMACULADO DE MARIA
Sábado,
31 de Outubro de 1942
Veneráveis Irmãos e
amados Filhos,
"Benedicite
Deum caeli, et coram omnibus viventibus confitemini ei, quia fecit vobiscum
misericordiam suam" (Tob. 12, 6).
«Bendizei ao Deus do
céu e glorificái-O no conspecto de todos os viventes, porque Ele usou convosco
das suas Misericórdias.»
Mais de uma vez neste
ano de graças subistes em devota romagem a montanha santa da Fátima, levando
convosco os corações de todo o Portugal crente, para aí, nesse oásis
embalsamado de fé e piedade, depositardes aos pés da Virgem Padroeira o tributo
filial do vosso amor acrisolado, a homenagem da vossa gratidão pelos imensos
benefícios ultimamente recebidos, a súplica confiada de que se digne continuar
o seu patrocínio sobre a vossa Pátria d'aquém e d'além mar, e estendê-lo à
grande tribulação que atormenta o mundo.
Nós, que, como Pai
comum dos fiéis, fazemos Nossas tanto as tristezas como as alegrias de Nossos
filhos, com todo o afecto da Nossa alma Nos unimos convosco para louvar e
engrandecer ao Senhor, dador de todos os bens; para bendizer e dar graças
Àquela por cujas mãos a magnificência divina nos comunica torrentes de graças.
E tanto mais
gostosamente o fazemos, porque vós, com delicadeza filial, quisestes associar
nas mesmas solenidades eucarísticas e impetratórias o jubileu de Nossa Senhora
da Fátima e o vigésimo quinto aniversário da Nossa Sagração Episcopal: a Virgem
Santa Maria e o Vigário de Cristo na terra, duas devoções profundamente
portuguesas e sempre unidas no afecto de Portugal fidelíssimo, desde os
primeiros alvores da nacionalidade, desde quando as primeiras terras
reconquistadas, núcleo da futura nação, foram consagradas à Mãe de Deus
como Terra de Santa Maria, e o reino, apenas constituído, foi posto
sob a égide de S. Pedro.
1. Gratidão
« O primeiro e maior
dever do homem é o da gratidão » (S. Ambrosii De excessu fratris sui
Sat.1. I n. 44 - Migne PL t. 16 col. 1361). «
Nada ha tão aceito a Deus, como a alma reconhecida, que dá graças pelos
benefícios recebidos» (cfr. S. Ioannis Chrys. Hom. 5 2 in Gen. -
Migne PG t. 54 col. 460).
E vós tendes uma
grande dívida para com a Virgem, Senhora e Padroeira da vossa Pátria.
Numa hora trágica de
trevas e desvairamento, quando a nau do Estado Português, perdido o rumo das
suas mais gloriosas tradições, desgarrada pela tormenta anticristã e
antinacional, parecia correr a seguro naufrágio, inconsciente dos perigos
presentes, e mais inconsciente dos futuros, — cuja gravidade aliás nenhuma
prudência humana, por clarividente que fosse, podia então prever, — o céu que
via uns e previa os outros, interveio piedoso, e das trevas brilhou a luz, do
caos surgiu a ordem, a tempestade amainou em bonança, e Portugal pôde encontrar
e reatar o perdido fio das suas mais belas tradições de Nação fidelíssima, para
continuar, — como nos dias em que « na pequena casa Lusitana não faltavam
Cristãos atrevimentos » para « a lei da vida Eterna dilatar »,(Camões, Lusíadas, canto
VII oitavas 3 e 14), — na sua rota de glória de povo cruzado e missionário.
Honra aos beneméritos,
que foram instrumento da Providência para tão grande empresa!
Mas primeiro glória,
bênção, acção de graças à Virgem Senhora, Rainha e Mãe da sua Terra de S.
Maria, que tem salvado mil vezes, que sempre lhe acudiu nas horas trágicas, e
que nesta talvez a mais trágica, o fez tão manifestamente, que já em 1934 Nosso
Predecessor Pio XI de imortal memória, na Carta Apostólica Ex
officiosis litteris, atestava « os extraordinários benefícios com que
a Virgem Mãe de Deus acabava de favorecer a vossa Pátria» (Acta Ap.
Sedis a. XXVI 1934 p. 628). E ainda àquela data não se pensava no Voto
de Maio de 1936 contra o perigo vermelho, tão temerosamente próximo e tão
inesperadamente conjurado.
Ainda não era um facto
a maravilhosa paz de que apesar de tudo Portugal continua gozando; e que com
todos os sacrifícios que exige, sempre é imensamente menos ruinosa, do que essa
guerra de extermínio que vai assolando o mundo.
Hoje que a tantos
benefícios acresceram mais estes, hoje que a atmosfera de milagre que bafeja
Portugal, se desentranha em prodígios físicos e em maiores e mais numerosos prodígios
de graças e conversões, e floresce nessa primavera perfumada de vida católica,
prometedora dos melhores frutos, hoje com bem mais razão devemos confessar que
a Mãe de Deus vos cumulou de benefícios realmente extraordinários; e a vós
incumbe o sagrado dever de lhe renderdes infinitas graças.
E vós tendes
agradecido durante este ano, bem o sabemos.
Ao céu devem ter sido
gratas as homenagens oficiais; mas devem-no ter comovido os sacrifícios das
criancinhas, a oração e a penitência sincera dos humildes.
Ao vosso activo estão
consignadas nos livros de Deus:
- A apoteose da Virgem
Nossa Senhora na sua romagem do Santuário da Fátima à Capital do Império,
durante as memorandas jornadas de oito a doze de Abril passado, talvez a maior
demonstração de fé da história oito vezes secular da vossa Pátria;
- A peregrinação
nacional de treze de Maio « jornada heróica de sacrifício », que, por frios e
chuvas e enormes distâncias percorridas a pé, concentrou na Fátima, a orar, a
agradecer, a desagravar, centenas de milhares de peregrinos, entre os quais se
destaca cintilante de beleza renovadora o exemplo da briosa Juventude católica;
- As paradas infantis
da Cruzada Eucarística, em que as criancinhas tão mimosas de Jesus, com a
confiança filial da inocência, podiam protestar à Mãe de Deus que « tinham
feito tudo quanto Ela pedira: orações, comunhões, sacrifícios... aos milhares!»
e por isso suplicavam: «Nossa Senhora da Fátima, agora é só convosco; dizei ao
vosso divino Filho uma só palavra, e o mundo será salvo e Portugal livre
inteiramente do flagelo da guerra»;
- A preciosa coroa,
feita de oiro e pedrarias, e, mais ainda, de puríssimo amor e generosos
sacrifícios, que a treze do corrente no Santuário da Fátima oferecestes à vossa
augusta Padroeira, como símbolo e monumento perene de eterno reconhecimento.
Estas e outras
belíssimas demonstrações de piedade, de que, sob a zelosa actuação do
Episcopado, tem sido fértil em todas as dioceses e paróquias este ano jubilar,
mostram bem como o fiel povo português reconhece agradecido e quer satisfazer a
sua imensa dívida para com a sua celeste Rainha e Mãe.
2. Confiança
A gratidão pelo
passado é penhor de confiança para o futuro. «Deus exige de nós que lhe
rendamos graças pelos benefícios recebidos», não por que precise dos nossos
agradecimentos, mas «para que Estes o provoquem a conceder-nos benefícios ainda
maiores» (cfr. S.Ioannis Chrys., Hom. 52 in Gen. - Migne PG t.
54 col. 460). Por isso é justo confiar que também a Mãe de Deus, aceitando o
vosso rendimento de graças, não deixará incompleta a sua obra e vos continuará
indefectível o patrocínio até hoje dispensado, preservando-vos de mais graves
calamidades.
Mas para que a
confiança não seja presumida, é preciso que todos, conscientes das próprias
responsabilidades, se esforcem por não desmerecer o singular favor da Virgem
Mãe, antes, como bons filhos, agradecidos e amantes, conciliem cada vez mais o
seu materno carinho, — é preciso que, escutando o conselho materno que Ela dava
nas bodas de Caná, façamos tudo o que Jesus nos diz (cfr. Io. 2,
5); e Ele diz a todos que façam penitência, poenitentiam agite
(Matth. 4, 17); que emendem a vida e fujam do pecado, que é a causa
principal dos grandes castigos com que a justiça do Eterno penitencia o mundo;
que em meio deste mundo materializado e paganizante, em que toda a carne
corrompeu os seus caminhos (Gen. 6, 12), sejam o sal e a luz que
preserva e ilumina; cultivem esmeradamente a pureza, reflictam nos seus
costumes a austeridade santa do Evangelho, e desassombradamente e a todo o
custo, como protestava a Juventude católica em Fátima, «vivam como católicos
sinceros e convictos a cem por cem »! Mais ainda: que cheios de Cristo,
difundam em torno de si ao perto e ao longe o perfume de Cristo, e com a prece
assídua, particularmente com o Terço quotidiano, e com os sacrifícios que o
zelo generoso inspira, procurem às almas pecadoras a vida da graça e a vida
eterna.
Então invocareis
confiadamente o Senhor e Ele vos ouvirá; chamareis pela Mãe de Deus e Ela
responderá: Eis-me aqui! (cfr. Is. 58, 9). Então não vigiará
debalde o que defende a cidade, porque o Senhor velará com ele e a defenderá;
nem será mal segura a casa reconstruída sobre os alicerces de uma ordem nova,
porque o Senhor a cimentará (cfr. Ps. 126, 1-2). Feliz do povo cujo Senhor é
Deus, cuja Rainha é a Mãe de Deus! Ela intercederá e Deus abençoará o seu povo
com a paz, compendio de todos os bens: Dominus benedicet populo suo in
pace (Ps. 28, 11).
3. Súplica
Mas vós não vos
desinteressais (quem pode desinteressar-se?) da imensa tragédia que atormenta o
mundo. Antes quanto mais assinaladas são as mercês que hoje agradeceis à Nossa
Senhora da Fátima, quanto mais segura é a confiança que nEla depositais
relativamente ao futuro, quanto mais perto de vós a sentis, protegendo-vos com
seu manto de luz, tanto mais trágica aparece, pelo contraste, a sorte de tantas
nações dilaceradas pela maior calamidade da história.
Temerosa manifestação
da Justiça divina! Adoremo-la tremendo; mas não duvidemos da divina
Misericórdia, porque o Pai, que está nos céus, não a esquece nem sequer nos
dias da sua ira: Cum iratus fueris, misericordiae recordaberis (Hab. 3,
2).
Hoje, que o quarto ano
de guerra amanheceu mais sombrio ainda, num sinistro alastrar do conflito, hoje
mais que nunca só nos resta a confiança em Deus e, como Medianeira perante o
trono divino, Aquela que um Nosso Predecessor, no primeiro conflito mundial,
mandou invocar como Rainha da Paz.
Invoquemo-la mais uma
vez, que só Ela nos pode valer! Ela, cujo Coração materno sé comoveu perante as
ruínas que se amontoavam na vossa Pátria e tão maravilhosamente a socorreu;
Ela que condoída na previsão desta imensa desventura, com que a Justiça de Deus
penitencia o mundo, já de antemão apontava na oração e na penitência o caminho
da salvação, Ela não nos há de negar a sua ternura materna e a eficácia do seu
patrocínio.
Rainha do Santíssimo
Rosário, auxílio dos cristãos, refúgio do género humano, vencedora de todas as
grandes batalhas de Deus! ao vosso trono súplices nos prostramos, seguros de
conseguir misericórdia e de encontrar graça e auxílio oportuno nas presentes
calamidades, não pelos nossos méritos, de que não presumimos, mas unicamente
pela imensa bondade do vosso Coração materno.
A Vós, ao vosso
Coração Imaculado, Nós como Pai comum da grande família cristã, como Vigário
dAquele a quem foi dado todo o poder no Céu e na Terra (Matth. 28,
18), e de quem recebemos a solicitude de quantas almas remidas com o seu sangue
povoam o mundo universo, — a Vós, ao vosso Coração Imaculado, nesta hora
trágica da história humana, confiamos, entregamos, consagramos não só a Santa
Igreja, corpo místico de vosso Jesus, que pena e sangra em tantas partes e por
tantos modos atribulada, mas também todo o mundo, dilacerado por exiciais
discórdias, abrasado em incêndios de ódio, vítima de sua próprias iniquidades.
Comovam-Vos tantas
ruínas materiais e morais; tantas dores, tantas agonias dos pais, das mães, dos
esposos, dos irmãos, das criancinhas inocentes; tantas vidas ceifadas em flor;
tantos corpos despedaçados numa horrenda carnificina; tantas almas torturadas e
agonizantes, tantas em perigo de se perderem eternamente! Vós, Mãe de
misericórdia, impetrai-nos de Deus a paz! E primeiro as graças que
podem num momento converter os humanos corações, as graças que preparam,
conciliam, asseguram a paz! Rainha da paz, rogai por nós e dai ao mundo em
guerra a paz por que os povos suspiram, a paz na verdade, na
justiça, na caridade de Cristo. Dai-lhe a paz das armas e das almas, para que
na tranquilidade da ordem se dilate o Reino de Deus.
Estendei a vossa
protecção aos infiéis e a quantos jazem ainda nas sombras da morte; dai-lhes a
paz e fazei que lhes raie o Sol da verdade, e possam connosco, diante do único
Salvador do mundo, repetir: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens
de boa vontade! (Luc. 2, 14).
Aos povos pelo erro ou pela discórdia separados,
nomeadamente àqueles que Vos professam singular devoção, onde não havia casa
que não ostentasse a vossa veneranda ícone (hoje talvez escondida e reservada
para melhores dias), dai-lhes a paz e reconduzi-os ao único redil de Cristo,
sob o único e verdadeiro Pastor.
Obtende paz e
liberdade completa à Igreja santa de Deus; sustai o dilúvio inundante de
neo-paganismo, todo matéria; e fomentai nos fiéis o amor da pureza, a prática
da vida cristã e o zelo apostólico, para que o povo dos que servem a Deus,
aumente em mérito e em número.
Enfim como ao Coração do vosso
Jesus foram consagrados a Igreja e todo o género humano, para que, colocando
nEle todas as suas esperanças, lhes fosse sinal e penhor de vitória e salvação
(cfr.Litt. Enc. Annum Sacrum : Acta Leonis XIII vol. 19 pag. 79),
assim desde hoje Vos sejam perpetuamente consagrados também a Vós e ao vosso
Coração Imaculado, ó Mãe nossa e Rainha do mundo: para que o vosso amor e
patrocínio apresse o triunfo do Reino de Deus, e todas as gerações humanas,
pacificadas entre si e com Deus, a Vós proclamem bem-aventurada; e convosco
entoem, de um pólo ao outro da Terra, o eterno Magnificat de glória, amor,
reconhecimento ao Coração de Jesus, onde só podem encontrar a Verdade, a Vida e
a Paz.
Na esperança de que
estas Nossas súplicas e votos sejam favoravelmente acolhidos pela divina
Bondade, a vós, dilecto Cardeal Patriarca e veneráveis Irmãos, e ao vosso
Clero, para que a graça do alto fecunde cada vez mais o vosso zelo; ao Exmo.
Presidente da República, ao ilustre Chefe e aos membros do Governo e mais
Autoridades civis, para que o Céu nesta hora singularmente grave e difícil
continue a assisti-los na sua actividade em prol do bem comum e da paz; a todos
os Nossos amados Filhos de Portugal continental, insular e ultramarino, para que
a Virgem Senhora confirme o bem que em vós se há dignado operar; a todos e cada
um dos Portugueses, como penhor das graças celestes, damos com todo o amor e
carinho paterno a Bênção Apostólica.
Esta Consagração de
1942 feita pelo Papa Pio XII não teve nem a solenidade que tiveram as últimas
Consagrações,
- Não referiu expressamente a Rússia
(a não ser naquela parte em que se refere «Aos povos pelo erro ou pela discórdia separados, nomeadamente àqueles
que Vos professam singular devoção, onde não havia casa que não ostentasse a
vossa veneranda ícone»), e
- Não foi feita em comunhão com todos os Bispos
do mundo, como estabelecido pela Virgem Maria em 1929.
(l) A Consagração da Rússia do Papa Pio
XII
7 de Julho de 1952
CARTA APOSTÓLICA
SACRO VERGENTE ANNO
CONSACRAZIONE
DELLA RUSSIA
AL
CUORE IMMACOLATO DI MARIA
7
luglio 1952
…
9. Consacrazione dei popoli della Russia al
Cuore immacolato di Maria
Noi, pertanto,
affinché più facilmente le Nostre e le vostre preghiere siano esaudite, e per
darvi un singolare attestato della Nostra particolare benevolenza, come pochi
anni fa abbiamo consacrato tutto il mondo al Cuore immacolato della vergine
Madre di Dio, così ora, in modo specialissimo, consacriamo tutti i popoli
della Russia al medesimo Cuore immacolato, nella sicura fiducia che col
potentissimo patrocinio di Maria vergine quanto prima si avverino felicemente i
voti, che Noi, che voi, che tutti i buoni formano per una vera pace, per una
fraterna concordia e per la dovuta libertà a tutti e in primo luogo alla
chiesa; in maniera che, mediante la preghiera che Noi innalziamo insieme con
voi e con tutti i cristiani, il regno salvifico di Cristo, che è «regno di
verità e di vita, regno di santità e di grazia, regno di giustizia, di amore e
di pace»,(8)
in ogni parte della terra trionfi e si consolidi stabilmente.
E con supplice
invocazione preghiamo la medesima Madre clementissima, perché assista ciascuno
di voi nelle presenti calamità e ottenga al suo divin Figlio per le vostre
menti quella luce che proviene dal Cielo, e impetri per le anime vostre quella
virtù e quella fortezza, per cui, sorretti dalla divina grazia, possiate
vittoriosamente superare ogni empietà ed errore.
Esta Consagração de 7
de Julho de 1952 do Papa Pio XII, na Carta Apostólica SACRO VERGENTE ANNO, da qual só apresentei o ponto 9,
- Referiu
expressamente a Rússia, e
- Não foi feita
solenemente em comunhão com todos os Bispo do mundo, como estabelecido pela
Virgem Maria em 1929.
(l) A Entrega do
Papa João Paulo II de 7 de Junho de 1981 é
7 de Junho de 1981
III.
ACTO DE ENTREGA CONFIANTE
MENSAGEM DO
PAPA JOÃO PAULO II
Mensagem gravada
pelo Santo Padre no Hospital Gemelli, no período de internamento,
depois do
atentado sofrido a 13 de Maio de 1981 na Praça de São Pedro
Lida na Basílica de Santa Maria Maior, Roma
Domingo 7 de Junho de 1981
III. Acto de
entrega confiante
8. Ó Vós que mais do
que qualquer outro ser humano fostes confiada ao Espírito Santo,
ajudai a Igreja do Vosso Filho a perseverar na mesma entrega confiante, a fim
de que ela possa derramar sobre todos os homens os inefáveis bens da Redenção e
da Santificação, para ser libertada a inteira criação (cf. Rom 8,
21).
Ó Vós que estivestes
com a Igreja nos princípios da sua missão, intercedei por ela, a fim de que,
indo por todo o mundo, ensine a todas as gentes e anuncie o Evangelho a todas
as criaturas.
Sim, que a Palavra da
Verdade Divina e o Espírito do Amor tenham acesso aos corações dos homens, os
quais sem esta Verdade e sem este Amor não podem realmente viver a plenitude da
vida.
Ó Vós que conhecestes
da maneira mais plena o poder do Espírito Santo, quando Vos foi concedido
conceber no Vosso seio virginal e dar à luz o Verbo Eterno, alcançai para a
Igreja que ela possa continuamente fazer renascer pela água e pelo Espírito
Santo os filhos e filhas de toda a família humana, sem distinção alguma de
língua, de raça ou de cultura, dando-lhes dessa maneira o "poder de se
tornarem filhos de Deus" (Jo 1, 12).
Ó Vós que assim tão
profundamente e maternamente estais ligada à Igreja, precedendo na
caminhada da fé, da esperança e da caridade todo o Povo de Deus, abraçai a
todos os homens que se acham a caminho, peregrinos através da vida temporal em
direcção aos destinos eternos, com aquele amor que o próprio Redentor divino,
Vosso Filho, derramou no Vosso coração do alto da Cruz. Que Vós sejais
sempre a Mãe em todos os nossos caminhos terrenos, mesmo quando
estes se tornam tortuosos, a fim de podermos, no final, encontrar-nos naquela
grande Comunidade que o mesmo Vosso Filho chamou redil, oferecendo por ela a
sua vida como Bom Pastor.
Ó Vós que fostes a
primeira Serva da unidade do Corpo de Cristo, ajudai-nos e ajudai todos os
fiéis que tão dolorosamente sentem o drama das divisões históricas do
Cristianismo, a procurar o caminho da unidade perfeita do Corpo de
Cristo, mediante a fidelidade incondicionada ao Espírita de Verdade e de Amor,
que nos foi dado à custa da Cruz e da Morte do Vosso Filho.
Ó Vós que sempre
desejastes servir! Vós que servis como Mãe toda a família dos filhos de Deus,
alcançai para a Igreja, enriquecida pelo Espírito Santo com a plenitude dos
dons hierárquicos e carismáticos, que ela possa prosseguir com constância no
sentido do futuro pelo caminho daquela renovação que provém daquilo que diz o
Espírito Santo e que teve expressão no ensino do II Concílio do Vaticano,
assumindo nessa obra de renovação tudo o que é verdadeiro e bom, sem se deixar
enganar, nem numa direcção nem na outra, mas discernindo assiduamente entre os
sinais dos tempos aquilo que serve para o advento do Reino de Deus.
Ó Mãe dos homens e dos
povos, Vós conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças,
Vós sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as
trevas, que abalam o mundo — acolhei o nosso brado, dirigido no Espírito Santo
directamente ao Vosso coração, e abraçai com o amor da Mãe e da Serva do
Senhor aqueles que mais esperam por este abraço e, ao mesmo tempo, aqueles
cuja entrega confiante Vós também esperais de maneira particular. Tomai sob a
Vossa protecção materna a inteira família humana que, com enlevo afectuoso, nós
Vos confiamos, ó Mãe. Que se aproxime para todos o tempo da paz e da liberdade,
o tempo da verdade, da justiça e da esperança.
Ó Vós que — mediante o
mistério da Vossa particular santidade, isenta de toda e qualquer mácula desde
o momento da Vossa concepção — experimentais de maneira particularmente
profunda que "a criação geme e sofre... as dores do parto" (Rom 8,
22), ao mesmo tempo que, "submetida à caducidade", "nutre a
esperança de que será, também ela, libertada da escravatura da corrupção (ibid.
8, 20-21), contribuí, sem cessar, para a "revelação dos filhos de Deus"
que "a mesma criação aguarda, ansiosamente" (ibid. 8, 19),
para entrar na liberdade da sua glória (cf. ibid. 8, 21).
Ó Mãe de Jesus, Vós
que já estais glorificada no Céu em corpo e alma — qual imagem e início da
Igreja que deverá ter o seu completamento no século futuro — aqui sobre a
terra, enquanto não chegar o dia do Senhor (cf. 2 Ped 3, 10),
não deixeis de brilhar diante do Povo de Deus peregrino, como sinal
de esperança segura e de consolação (cf. Const. dogm. Lumen
Gentium, 68).
Deus Espírito Santo,
que com o Pai e o Filho sois adorado e glorificado: acolhei estas palavras de
humilde entrega confiante dirigidas a Vós passando pelo
coração de Maria de Nazaré, Vossa Esposa e Mãe do Redentor, à Qual também a
Igreja chama sua Mãe, porque d'Ela apreende, desde o cenáculo do Pentecostes, a
própria vocação materna. Acolhei estas palavras da Igreja que peregrina,
proferidas no meio de canseiras e de alegrias, entre temores e esperanças,
palavras que são expressão de entrega humilde e confiante, palavras
com as quais a Igreja confiada a Vós para sempre, Espírito do Pai e do Filho,
no cenáculo do Pentecostes, não cessa de repetir convosco ao seu Esposo divino:
Vem!
Sim, "o Espírito
e a esposa dizem ao Senhor Jesus 'Vem'" Apoc 22, 17).
"E assim a Igreja universal aparece como um povo unido, pela unidade do
Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Const. dogm.Lumen
Gentium, 4).
Assim se expressa
neste dia, mediante a nossa voz, a Igreja, confiando na Vossa bondade materna,
ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.
Esta Consagração de 7
de Junho de 1981 feita pelo Papa João Paulo II não teve nem a solenidade que
tiveram as últimas Consagrações, já que foi feita a partir do hospital onde
ficou internado depois do atentado sofrido na Praça de São Pedro no dia 13 de
Maio de 1981, através de uma gravação que depois foi lida na Basílica de Santa
Maria Maior no dia de Pentecostes,
- Não referiu expressamente a Rússia,
- Não foi feita em comunhão com todos os Bispos
do mundo, como estabelecido pela Virgem Maria em 1929.
(l) A Consagração do Papa João Paulo II de
8 de Dezembro de 1981 é
8 de Dezembro de 1981
ACTO
DE CONSAGRAÇÃO A MARIA SANTÍSSIMA DA IGREJA E DO MUNDO
NA FESTIVIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO
ORAÇÃO
DO PAPA JOÃO PAULO II
Basílica de Santa Maria Maior
8 de Dezembro de 1981
Ó Tu, que mais que todos os outros seres humanos
foste consagrada ao Espírito Santo, ajuda a Igreja do Teu Filho a perseverar na
mesma consagração, a fim de que possa derramar sobre todos os homens os
inefáveis bens da Redenção e da Santificação, para ser liberta a criação
inteira (cf.Rom 8, 21).
Ó Tu, que estiveste
com a Igreja nos inícios da sua missão, intercede por ela para que, indo por
todo o mundo, ensine continuamente as Nações todas e anuncie o Evangelho a toda
a criatura. A palavra da Verdade Divina e o Espírito do Amor encontrem acesso
nos corações dos homens, que sem esta Verdade e sem este Amor não podem na
realidade viver a plenitude da vida.
Ó Tu, que do modo mais
pleno conheceste a força do Espírito Santo, quando Te foi concedido conceber no
Teu seio virginal e dar à luz o Verbo Eterno, obtém para a Igreja poder
continuamente levar a que renasçam da água e do Espírito Santo os filhos de
toda a família humana, sem qualquer distinção de língua, de raça e de cultura,
dando-lhes de tal modo "poderem tornar-se filhos de Deus" (Jo 1,
12).
Ó Tu, que estás tão
profunda e maternalmente ligada à Igreja, precedendo — nos caminhos da fé, da esperança
e da caridade — todo o Povo de Deus, abraça todos os homens que estão a
caminho, peregrinos através da vida temporal para os eternos destinos, com
aquele amor que o mesmo Redentor divino, Teu Filho, derramou no Teu coração do
alto da cruz. Sê a Mãe de todos os nossos caminhos terrestres, mesmo quando
eles se tornem tortuosos, para que todos nos encontremos, no fim, naquela
grande Comunidade que o Teu Filho chamou Rebanho, oferecendo por ela a sua vida
como Bom Pastor.
Ó Tu, que és a
primeira Serva da unidade do Corpo de Cristo, ajuda-nos, ajuda todos os fiéis,
que sentem tão dolorosamente o drama das divisões do Cristianismo, a procurarem
com constância a via da unidade perfeita do Corpo de Cristo mediante a
fidelidade incondicionada ao Espírito de Verdade e de Amor, que lhe foi dado à
custa da Cruz e da Morte do Teu Filho.
Ó Tu, que sempre
desejaste servir! Tu que serves como Mãe toda a família dos filhos de Deus,
obtém à Igreja que, enriquecida pelo Espírito Santo com a plenitude dos dons
hierárquicos e carismáticos, prossiga constantemente para o futuro pelo caminho
daquele renovamento que provém do que diz o Espírito Santo e encontrou
expressão no ensinamento do Vaticano II, assumindo em tal obra de renovamento
tudo o que é verdadeiro e bom, sem se deixarem enganar nem numa direcção nem na
outra, mas discernindo assiduamente entre os sinais dos tempos aquilo que serve
ao advento do Reino de Deus.
Ó Mãe dos homens e dos
povos, Tu conheces todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Tu sentes maternalmente
todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas que agitam o mundo
— acolhe o nosso grito dirigido no Espírito Santo, directamente ao Teu coração
e abraça com o amor da Mãe e da Serva do Senhor os povos que mais esperam este
abraço, e ao mesmo tempo os povos cuja consagração Tu também esperas de modo
particular. Toma debaixo da tua protecção maternal a família humana inteira
que, com afectuoso transporte, a Ti, ó Mãe, nós confiamos. Aproxime-se para
todos o tempo da paz e da liberdade, o tempo da verdade, da justiça e da
esperança.
Ó Tu, que mediante o
mistério da Tua particular santidade, liberta de toda a mancha desde o momento
da Tua conceição, sentes de modo especialmente profundo que "toda a
criação geme e sofre... nas dores do parto" (Rom 8, 22),
enquanto, "submetida à caducidade", "alimenta a esperança de ser
ela também liberta da escravidão da corrupção" (Rom 8, 20-21),
contribui, sem descanso, para a "revelação dos filhos de Deus", que
"espera com paciência a criação mesma" (Rom 8, 19), para
entrar na liberdade da sua alegria (cf. Rom, 8, 21).
Ó Mãe de Jesus,
glorificada agora no Céu no corpo e na alma, como imagem e princípio da Igreja,
que deverá alcançar o seu termo na idade futura — aqui na terra, até quando
venha o dia do Senhor (cf. 2 Ped 3, 10) não deixes de brilhar
diante do povo peregrino de Deus como sinal de segura esperança e de consolação
(cf. Lumen
Gentium, 68).
Espírito Santo Deus,
que és adorado e glorificado com o Pai e o Filho! Aceita estas palavras de
humilde consagração dirigidas a Ti no coração de Maria de Nazaré, Tua Esposa e
Mãe do Redentor, que também a Igreja chama sua Mãe, porque, desde o cenáculo do
Pentecostes, d'Ela aprende a própria vocação maternal! Aceita estas palavras da
Igreja peregrina, pronunciadas entre as fadigas e as alegrias, entre os medos e
as esperanças, palavras que são expressão de entrega humilde e esperançada,
palavras com que a Igreja — confiada a Ti, Espírito do Pai e do Filho, no
cenáculo do Pentecostes para sempre — não cessa de repetir juntamente contigo,
Maria, ao seu Esposo divino: Vem!
"O Espírito e a
esposa ditem ao Senhor Jesus 'Vem' " (cf. Ap 22, 17).
"Assim a igreja universal apresenta-se como povo reunido na unidade do
Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Lumen
Gentium, 4).
Assim repetimos nós
hoje: "Vem", confiando na tua maternal intercessão, ó clemente, ó
piedosa, ó doce Virgem Maria.
Esta Consagração de 8 de Dezembro de 1981
feita pelo Papa João Paulo II não teve nem a solenidade que tiveram as últimas
Consagrações, foi feita na Basílica de Santa Maria Maior no dia da Imaculada
Conceição, depois de ter saído do hospital, e também
- Não referiu expressamente a Rússia,
e
- Não foi feita em comunhão com todos os Bispos
do mundo, como estabelecido pela Virgem Maria em 1929.
(l) A Entrega do Papa
João Paulo II de 25 de Março 1984 é
25 de Março 1984
ACTO
DE ENTREGA E CONSAGRAÇÃO A MARIA SANTÍSSIMA DOS HOMENS E DOS POVOS
ORAÇÃO DO PAPA JOÃO PAULO II
No dia do Jubileu das Famílias
Diante da Imagem de Nossa Senhora de Fátima, na Praça de São Pedro.
25 de Março de 1984
Consagração do Mundo Pelo Papa João Paulo II na Praça de São Pedro
em frente da Imagem de Nossa Senhora de Fátima
A família é o coração
da Igreja. Eleve-se hoje deste coração um acto de particular entrega ao Coração
da Mãe de Deus.
No Ano Jubilar da Redenção queremos confessar que o Amor é maior que o pecado e
que todos os males que ameaçam o homem e o mundo.
Com humildade invocamos este Amor:
1. “À vossa protecção
nos acolhemos, Santa Mãe de Deus”!
Ao pronunciar estas palavras da antífona com que a Igreja de Cristo reza há
séculos, encontramo-nos hoje diante de Vós, ó Mãe, no Ano Jubilar da nossa
Redenção.
Estamos aqui unidos com todos os pastores da Igreja por um vínculo particular,
pelo qual constituímos um corpo e um colégio, do mesmo modo que os Apóstolos,
por vontade de Cristo, constituíram um corpo e um colégio com Pedro.
No vínculo desta unidade, pronunciamos as palavras do presente Acto, no qual
desejamos incluir, uma vez mais, as esperanças e as angústias da Igreja pelo
mundo contemporâneo.
Há quarenta anos atrás, e depois ainda passados dez anos, o Vosso servo o Papa
Pio XII, tendo diante dos olhos as dolorosas experiências da família humana,
confiou e consagrou ao Vosso Coração Imaculado todo o mundo e especialmente os
Povos que, pela situação em que se encontram, são particular objecto do Vosso
amor e da Vossa solicitude.
É este mundo dos homens e das nações que nós temos diante dos olhos também
hoje: o mundo do Segundo Milénio que está prestes a terminar, o mundo
contemporâneo, o nosso mundo!
A Igreja, lembrada das palavras do Senhor: “Ide… e ensinai todas as nações… Eis
que eu estou convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt. 28, 19-20),
reavivou, no Concilio Vaticano Segundo, a consciência da sua missão neste
mundo.
Por isso, ó Mãe dos Homens e dos povos, Vós que conheceis todos os seus
sofrimentos e as suas esperanças, Vós que sentis maternalmente todas as lutas
entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o nosso mundo
contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo,
elevamos directamente ao Vosso Coração; e abraçai, com o amor da Mãe e da Serva
do Senhor, este nosso mundo humano, que Vos confiamos e consagramos, cheios de
inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos.
De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações,
que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade.
“À Vossa protecção nos acolhemos Santa Mãe de Deus!” Não desprezeis as nossas
súplicas que a vós elevamos, nós que estamos em provação!
2. Encontrando-nos
hoje diante de Vós, Mãe de Cristo, diante do Vosso Coração Imaculado,
desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos com a consagração que, por
nosso amor, o Vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: “Por eles eu consagro-me a
Mim mesmo – foram as suas palavras – para eles serem também consagrados na
verdade (Jo. 17,19).
Queremos unir-nos ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos
homens, a qual, no seu Coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e de
conseguir a reparação.
A força desta consagração permanece por todos os tempos e abrange todos os
homens, os povos e as nações; e supera todo o mal, que o espírito das trevas é
capaz de despertar no coração do homem e na sua história, e que, de facto,
despertou nos nossos tempos.
Oh, quão profundamente sentimos a necessidade de consagração, pela humanidade e
pelo mundo: pelo nosso mundo contemporâneo, em união com o próprio Cristo! Na
realidade, a obra redentora de Cristo deve ser pelo mundo participada por meio
da Igreja.
Manifesta-o o presente Acto da Redenção; o Jubileu extraordinário de toda a
Igreja.
Sede bendita, neste Ano Santo, acima de todas as criaturas, Vós, Serva do
Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento divino!
Sede louvada, Vós que estais inteiramente unida à consagração redentora do
Vosso Filho!
Mãe da Igreja! Iluminai o Povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da
caridade! Iluminai de modo especial os povos dos quais esperais a nossa
consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da
consagração de Cristo pela inteira família humana do mundo contemporâneo.
3. Confiando-Vos, ó
Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós vos confiamos também a
própria consagração do mundo, depositando-a no Vosso Coração materno.
Oh, Coração Imaculado! Ajudai-nos a vencer a ameaça do mal que tão facilmente
se enraíza nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos
incomensuráveis, pesa já sobre a nossa época e parece fechar os caminhos do
futuro!
Da fome e da guerra livrai-nos!
Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável e de toda a espécie de
guerra, livrai-nos!
Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes,
livrai-nos!
Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos!
De todo o género de injustiças na vida social, nacional e internacional,
livrai-nos!
Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos!
Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus,
livrai-nos!
Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos!
Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos!
Acolhei, ó Mãe de Cristo, este clamor carregado de sofrimento de todos os
homens!
Carregado do sofrimento de sociedades inteiras!
Ajudai-nos com a força do Espírito Santo a vencer todos os pecados: o pecado do
homem e o "pecado do mundo", enfim, o pecado em todas as suas
manifestações.
Que se revele, uma vez mais, na história do mundo a infinita potência salvífica
da Redenção: a força infinita do Amor Misericordioso! Que ele detenha o mal!
Que ele transforme as consciências! Que se manifeste para todos, no Vosso Coração
Imaculado, a luz da Esperança!
http://www.santuario-fatima.pt/portal/index.php?id=15355
Esta Consagração, de 25
de Março de 1984 do Papa João Paulo II, teve as seguintes características:
- Foi feita, em comunhão com todos os Bispos do
mundo, e solenemente na Praça de São Pedro convocados com
antecedência, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima que foi levada para o
Vaticano para esse fim, e
- Não referiu
expressamente a Rússia, como tinha sido estabelecido pela Virgem Maria em
1929, a não ser através da frase que acrescentou ao texto previamente escrito «Iluminai de modo especial os
povos dos quais esperais a nossa consagração e a nossa entrega».
(l) A opinião da
irmã Lúcia sobre a Consagração de 25 de Março de 1984 é
Aconteceu numa entrevista
em Setembro de 1985 à revista espanhola “Sol de Fátima” (http://www.soldefatima.com/),
que a Irmã
Lúcia afirmou:
«A Consagração da Rússia ainda não tinha sido
feita porque, mais uma vez, a Rússia não era claramente o objecto da
consagração de 1984 e os Bispos do mundo não participaram».
A Irmã Lúcia
perguntou a Jesus por que razão Ele não convertia a Rússia, a não ser por meio
da Consagração específica da Rússia.
Jesus respondeu:
“Porque quero que toda a Minha Igreja reconheça essa consagração
como um triunfo do Coração Imaculado de Maria, para depois estender o Seu culto
e pôr, ao lado da devoção do Meu Divino Coração, a devoção deste Imaculado
Coração.”
No entanto, a Irmã
Lúcia, talvez levada
pelo empolgamento da queda do Muro de Berlim, numa carta de 8 de Novembro de 1989, confirmou
pessoalmente que aquele acto, solene e universal, tinha correspondido à
consagração que Nossa Senhora tinha pedido:
«Sim, está feita tal como Nossa Senhora a
pediu, desde o dia 25 de Março de 1984.»
Ver referência desta
carta da irmã Lúcia no site do Vaticano em: http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20000626_message-fatima_po.html
e na Amen em: http://www.amen-etm.org/Os3SegredosdeFatima-2000-7-11.htm
Encontramos uma contradição entre a entrevista
de 1985 e a carta de 1989… Qual o
significado…? Porquê…? Certamente existe
uma explicação para esta aparente contradição, mas infelizmente não temos por
cá a irmã Lúcia para no-la explicar…
(l)
A
opinião de Nossa Senhora sobre a Consagração de 25 de Março de 1984 é
Mas a opinião de Nossa Senhora ficou bem clara
na Mensagem dada ao Padre Gobbi em 25 de Março de 1984.
288
Padre Gobbi 25 de Março de 1984
Festa da Anunciação de Maria
Santíssima
PEÇO A TODOS A CONSAGRAÇÃO.
“… Sim, Eu mesma manifestei
a minha vontade em Fátima, quando apareci em 1917. Pedi esta Consagração
várias vezes à minha filha, Irmã Lúcia, que se encontra
ainda na terra, para cumprir esta missão que lhe confiei. Nestes anos,
pedi-a insistentemente através da mensagem confiada ao meu Movimento
Sacerdotal. Hoje peço novamente a todos a Consagração ao meu
Coração Imaculado.
Peço-a antes de mais
nada ao Papa João Paulo II, primeiro filho predilecto que a realiza por
ocasião desta festa, de maneira solene, depois de ter escrito aos Bispos
do mundo para a fazerem em união com Ele.
Infelizmente, o convite
não foi acolhido por todos os Bispos. Circunstâncias
particulares ainda não permitiram que Me fosse consagrada expressamente a
Rússia, como pedi várias vezes. Tal como já vos disse, esta Consagração
ser-Me-á feita quando acontecimentos sangrentos já estiverem em
vias de se realizar. …”
A própria Virgem
Maria confirmou também, ao Padre Gobbi em três das Suas Mensagens posteriores a
1984, que a Consagração não fora feita como pedida.
Mensagem
do dia 13 de Maio de 1987
“O meu pedido
de que Me fosse consagrada a Rússia pelo Papa, juntamente com todos os bispos,
não foi acolhido; assim, ela difundiu os seus erros em toda a parte do mundo.”
Mensagem
do dia 10 de Junho de 1987
“Para o
desenvolvimento dos grandes acontecimentos que vos foram preditos por Mim, é
particularmente importante que, durante este ano, o Papa, com todos os bispos
do mundo, Me consagrem a Rússia, atendendo finalmente ao Meu pedido feito à
Minha filha Irmã Lúcia.”
Mensagem do dia 13 de Maio de 1990
“A Rússia não
Me foi consagrada pelo Papa com todos os bispos do mundo e, assim, não recebeu
a Graça da conversão e difundiu os seus erros por toda a parte do mundo…”
(l) A Entrega do
Papa Francisco é
13 de Outubro de 2013
Na
Jornada Mariana
por
ocasião do Ano da Fé
Praça
de São Pedro
Domingo,
13 de Outubro de 2013
Bem-aventurada Maria Virgem de Fátima,
Com renovada gratidão pela tua
presença materna,
unimos a nossa voz àquela de todas as
gerações
que te chamam bem-aventurada.
Celebramos em ti as grandes obras de
Deus,
que nunca se cansa de se inclinar com
misericórdia sobre a humanidade,
aflita pelo mal e ferida pelo pecado,
para curá-la e salvá-la.
Acolhe com benevolência de Mãe
o acto de entrega que hoje fazemos com
confiança,
diante desta tua imagem, para nós tão
querida.
Estamos certos que cada um de nós é
precioso aos teus olhos
e que nada te é estranho de tudo o que
habita nos nossos corações.
Deixamo-nos envolver pelo teu olhar
tão doce
e recebemos a consoladora carícia do
teu sorriso.
Cuida da nossa vida entre os teus
braços;
abençoa-nos e reforça todo o desejo de
bem;
reaviva e alimenta a fé;
sustém-nos e ilumina a esperança;
suscita e anima a caridade;
guia-nos a todos no caminho da
santidade.
Ensina-nos o teu próprio amor de
predilecção
pelos pequenos e pobres,
pelos excluídos e pelos que sofrem,
pelos pecadores e os que têm o coração
dilacerado:
reúne-os a todos sob a tua protecção,
e a todos entrega ao teu dilecto
filho, o Senhor nosso Jesus.
Amen
Este Acto de Entrega de 13 de Outubro de 2013
feita pelo Papa Francisco, foi feita solenemente na Praça de São Pedro,
diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima que foi levada para o Vaticano para
esse fim, mas
- Não foi feita em união com todos os Bispos do
mundo, e
- Não referiu expressamente a Consagração da
Rússia, como tinha sido estabelecido pela Virgem Maria em
1929. Nem sequer referiu a palavra Consagração.
► |
(l) A Consagração
da Rússia e da Ucrânia do Papa Francisco de 2022 é
25 de Março de 2022
CONSAGRAÇÃO DA RÚSSIA E DA UCRÂNIA AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
No
Acto Penitencial da Quaresma
No
decorrer da guerra de invasão da Ucrânia pela Rússia
Basílica
de São Pedro em união com a Capelinha das Aparições de Fátima e os Bispos de
todo o mundo
Sexta-feira,
25 de Março de 2022
Oh Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe,
recorremos a Vós nesta hora de tribulação. Vós sois Mãe, amais-nos e
conheceis-nos: de quanto temos no coração, nada Vos é oculto. Mãe de Misericórdia,
muitas vezes experimentamos a vossa ternura providente, a vossa presença que
faz voltar a Paz, porque sempre nos guiais para Jesus, Príncipe da Paz.
Mas perdemos o caminho da Paz.
Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de
mortos nas guerras mundiais. Descuidamos os compromissos assumidos como
Comunidade das Nações e estamos a atraiçoar os sonhos de paz dos povos e as
esperanças dos jovens. Adoecemos de ganância, fechamo-nos em interesses
nacionalistas, deixamo-nos ressequir pela indiferença e paralisar pelo egoísmo.
Preferimos ignorar Deus, conviver com as nossas falsidades, alimentar a
agressividade, suprimir vidas e acumular armas, esquecendo-nos que somos
guardiães do nosso próximo e da própria casa comum. Dilaceramos com a guerra o
jardim da Terra, ferimos com o pecado o coração do nosso Pai, que nos quer
irmãos e irmãs. Tornamo-nos indiferentes a todos e a tudo, excepto a nós
mesmos. E, com vergonha, dizemos: perdoai-nos, Senhor!
Na miséria do pecado, das nossas fadigas
e fragilidades, no mistério de iniquidade do mal e da guerra, Vós, Mãe Santa,
lembrai-nos que Deus não nos abandona, mas continua a olhar-nos com amor,
desejoso de nos perdoar e levantar novamente. Foi Ele que Vos deu a nós e
colocou no vosso Imaculado Coração um refúgio para a Igreja e para a
humanidade. Por Bondade Divina, estais connosco e conduzis-nos com ternura
mesmo nos transes mais apertados da história.
Por isso recorremos a Vós, batemos à
porta do Vosso Coração, nós os Vossos queridos filhos que não Vos cansais de
visitar em todo o tempo e convidar à conversão. Nesta hora escura, vinde
socorrer-nos e consolar-nos. Repeti a cada um de nós: «Não estou porventura
aqui Eu, que sou tua mãe?» Vós sabeis como desfazer os emaranhados do nosso
coração e desatar os nós do nosso tempo. Repomos a nossa confiança em Vós.
Temos a certeza de que Vós, especialmente no momento da prova, não desprezais
as nossas súplicas e vindes em nosso auxílio.
Assim fizestes em Caná da Galileia,
quando apressastes a hora da intervenção de Jesus e introduzistes no mundo o
seu primeiro sinal. Quando a festa se mudara em tristeza, dissestes-Lhe: «Não
têm vinho!» (Jo 2, 3). Oh Mãe, repeti-o mais uma vez a Deus, porque hoje
esgotamos o vinho da esperança, desvaneceu-se a alegria, diluiu-se a
fraternidade. Perdemos a humanidade, malbaratamos a paz. Tornamo-nos capazes de
toda a violência e destruição. Temos necessidade urgente da Vossa intervenção
materna.
Por isso acolhei, oh Mãe, esta nossa
súplica:
Vós, Estrela do Mar, não nos deixeis
naufragar na tempestade da guerra;
Vós, Arca da nova Aliança, inspirai
projectos e caminhos de reconciliação;
Vós, «terra do Céu», trazei de volta
ao mundo a concórdia de Deus;
Apagai o ódio, acalmai a vingança,
ensinai-nos o perdão;
Libertai-nos da guerra, preservai o
mundo da ameaça nuclear;
Rainha do Rosário, despertai em nós a
necessidade de rezar e amar;
Rainha da família humana, mostrai aos
povos o caminho da fraternidade;
Rainha da Paz, alcançai a Paz para o
mundo.
O vosso pranto, oh Mãe, comova os
nossos corações endurecidos. As lágrimas, que por nós derramastes, façam
reflorescer este vale que o nosso ódio secou. E, enquanto o rumor das armas não
se cala, que a Vossa oração nos predisponha para a Paz. As vossas mãos maternas
acariciem quantos sofrem e fogem sob o peso das bombas. O vosso abraço Materno
console quantos são obrigados a deixar as suas casas e o seu país. Que o Vosso
doloroso Coração nos mova à compaixão e estimule a abrir as portas e cuidar da
humanidade ferida e descartada.
Santa Mãe de Deus, enquanto
estáveis ao pé da cruz, Jesus, ao ver o discípulo junto de Vós, disse-Vos: «Eis
o teu filho!» (Jo 19, 26). Assim Vos confiou
cada um de nós. Depois disse ao discípulo, a cada um de nós: «Eis a tua mãe!» (19, 27). Mãe, agora queremos acolher-Vos na nossa vida e na nossa
história. Nesta hora, a humanidade, exausta e transtornada, está ao pé da Cruz
convosco. E tem necessidade de se confiar a Vós, de se consagrar a Cristo por
vosso intermédio. O povo ucraniano e o povo russo, que Vos veneram com amor,
recorrem a Vós, enquanto o vosso Coração palpita por eles e por todos os povos
ceifados pela guerra, a fome, a injustiça e a miséria.
Por isso nós, ó Mãe de Deus e nossa, solenemente
confiamos e Consagramos ao vosso Imaculado Coração nós mesmos, a Igreja e a
humanidade inteira, de modo especial a Rússia e a Ucrânia. Acolhei este
nosso acto que realizamos com confiança e amor, fazei que cesse a guerra,
providenciai ao mundo a Paz. O sim que brotou do vosso Coração abriu as portas
da história ao Príncipe da Paz; confiamos que mais uma vez, por meio do vosso
Coração, virá a Paz. Assim a Vós Consagramos o futuro da família
humana inteira, as necessidades e os anseios dos povos, as angústias e as
Esperanças do mundo.
Por vosso intermédio, derrame-se sobre
a Terra a Misericórdia Divina e o doce palpitar da Paz volte a marcar as nossas
jornadas. Mulher do sim, sobre Quem desceu o Espírito Santo, trazei de volta ao
nosso meio a harmonia de Deus. Dessedentai a aridez do nosso coração, Vós que
«sois fonte viva de esperança». Tecestes a humanidade para Jesus, fazei de nós
artesãos de comunhão. Caminhastes pelas nossas estradas, guiai-nos pelas sendas
da Paz.
Amen.
Este Acto de Consagração
de 25 de Março de 2022 feita pelo Papa Francisco, foi feito solenemente na
Basílica de São Pedro, diante da imagem Peregrina de Nossa Senhora de
Fátima que foi levada para o Vaticano para esse fim.
- Referiu expressamente a Consagração da Rússia
e da Ucrânia, como tinha sido estabelecido pela Virgem Maria em
1917 e 1929.
- Foi feita em união com os Bispos de todo o
mundo, pois enviou uma carta a todos eles a pedir a sua
união ao Acto de Consagração, da qual juntou o respectivo Texto.
- Consagrou ainda a Igreja e a humanidade inteira, pediu a Paz e
ainda Consagrou o futuro da família humana, as necessidades e os anseios dos
povos, as angústias e as Esperanças do mundo.
- Foi
transmitida em directo para todo o mundo pela televisão e pela Internet.
Agora sim, a Consagração tal
como pedida por Nossa Senhora em Fátima e em Tuy, foi feita pelo Papa Francisco
a 25 de Março de 2022!
Pela leitura atenta dos textos das
diversas Consagrações feitas ao longo dos anos a partir de 1942, e até
Fevereiro de 2022, vemos que nenhuma delas tinha
obedecido à letra do pedido feito por Nossa Senhora em Tuy.
Todas elas pecaram por alguma omissão no texto da Consagração ou na forma de
que se revestiram.
Entrando no cerne da
questão, penso mesmo que poderemos afirmar que no 2º Segredo de Fátima se fala
de duas Consagrações da Rússia:
1ª Æ Uma, que devia ter sido feita, nos anos
30 do século passado, para evitar os erros da Rússia e a Segunda Guerra
Mundial, e outra,
2ª Æ que por fim será feita, mais tarde, e
trará ao mundo algum tempo de paz.
Agora, a 25 de Março de 2022, todas as condições se verificaram,
mas tal como previra Nossa Senhora e referira ao Padre Gobbi:
“… esta Consagração ser-Me-á feita quando
acontecimentos sangrentos já estiverem em vias de se realizar.”
Também a este propósito da
Consagração, numa carta de 24 de Junho de
“Não quiseram atender ao Meu pedido!... Como o rei de França,
arrepender-se-ão e fá-la-ão, mas será tarde. A Rússia terá já espalhado
os seus erros pelo mundo, provocando guerras, perseguições à Igreja: o Santo
Padre terá muito que sofrer.”
Aconselho a leitura da Entrevista que Dom
Athanasius deu à Infovaticana sobre a Consagração
da Rússia e da Ucrânia.
Podemos afirmar, pois, que finalmente a Consagração
foi feita à letra, pelo Papa Francisco no dia 25 de Março de 2022. Não tendo
sido na altura que devia já ter sido feita, foi-o, no entanto, agora
tardiamente. Mais vale tarde do que nunca…
Se após as anteriores Consagrações se
seguiram Graças imensas, derramadas do Céu sobre a Terra, também agora, e com
mais razões o serão.
Esperamos agora a promessa contida no 2º
Segredo de Fátima:
«O santo Padre consagrar-me-á
a Rússia que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz.»
Aprofundando o sentido desta frase e
utilizando um raciocínio simples, concluímos que
Æ A Consagração da
Rússia terá como consequência um tempo de paz. Ou seja,
Æ Pela existência de
um tempo de paz, será certificada a Consagração da Rússia.
Æ Esta Consagração
final de que Nossa Senhora falou, se foi agora feita como Ela pediu, deverá ser
“concedido ao mundo algum tempo de paz”. Aguardemos…
Confirmando este
encadeamento lógico apresentado acima, em Maio de 2014, na conclusão das 9
Peregrinações a pé a Fátima, prometidas e feitas pelo Juan Antonio, foram
pedidas por Nossa Senhora mais 3 anos de Peregrinação Anual a pé a Fátima pela
conversão da Rússia (2015, 2016 e 2017). Isto claramente indicava que a
conversão da Rússia, anunciada em Fátima, que se daria após a sua Consagração
pelo Papa, em união com todos os Bispos do mundo, ainda não se dera, porque as
anteriores Consagrações do mundo feitas pelos diversos Papas a partir de Pio XII,
ainda não tinham cumprido as condições definidas pelo Céu
Mas não é só a Consagração da Rússia feita pelo Papa que trará os
bons frutos prometidos e implicará a intervenção Divina para ser alcançada a
Paz. Para que a Paz seja alcançada também deverá ser feita,
por cada um de nós, a parte que nos compete - a Devoção dos
Cinco Primeiros Sábados. Veja-se o que Jesus disse à Irmã Lúcia
a 15 de Fevereiro de 1926 e 1927.
Aparição
de Jesus em Pontevedra a 15 de Fevereiro de 1926
O Menino Jesus nos dois
anos seguintes, 15 de Fevereiro de 1926 e 17 de Dezembro de 1927, também em
Pontevedra, insiste com a irmã Lúcia para que se propague a Devoção aos
Primeiros Cinco Sábados do mês, aliada à Consagração da Rússia. Lúcia escreveu:
“Da prática
da devoção dos Primeiros Sábados, unida à consagração ao Imaculado Coração de
Maria, depende a guerra ou a Paz do mundo”.
Mas mais importante do que concluir se a
Consagração da Rússia foi ou não feita, é importante ganharmos a consciência da
importância de uma Consagração, “lato sensu”.
O significado profundo de Consagração,
é tornarmo-nos “Um com o Sagrado”.
A Consagração é, através de um
acto expresso de vontade, unirmos o nosso ser ao de Deus. A Consagração ao
Imaculado Coração de Maria é tornar a nossa vida ligada indissoluvelmente ao
Coração Imaculado de Maria. Daqui decorre a importância de uma Consagração do
mundo ao Imaculado Coração de Maria feita pelo Papa Francisco, pois sendo ele o
representante e o Vigário de Jesus na Terra, o seu poder de intercessão é muito
maior do que o do comum dos mortais, assumindo assim uma força e uma
importância acrescidas.
A Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, torna-a
unida ao Imaculado Coração de Maria de uma forma poderosa e duradoura,
retirando-a da influência e poderio de satanás.
A Consagração da
Rússia deve também ser feita por cada um de nós,
não sendo no entanto tão poderosa como uma Consagração feita pelo Papa, pelas
razões já expostas, mas deve ser feita e repetida quantas vezes o desejarmos. E
quantas mais vezes a fizermos, mais estaremos a ajudar a Rússia a sair da
influência do inferno. Assim estaremos também a ajudar o Papa que a realizou.
Nesta tarefa do Papa Consagrar a Rússia, temos também a missão de fazer a Comunhão
Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados, tal como também foi pedido por
Nossa Senhora. Sem esta Devoção que foi pedida aos
fiéis, e que é a parte que nos compete, as condições que
nos foram pedidas ficam amputadas.
Também a nossa própria Consagração o é.
Daqui decorre a necessidade de nos unirmos ao Papa e também de
fazermos, e repetirmos diariamente, a nossa Consagração a Nossa Senhora.
Consagração a Nossa Senhora
Oh Senhora minha, oh minha Mãe, eu me
ofereço todo(a) a Vós,
e em prova da minha devoção para
convosco,
Vos consagro neste dia e para
sempre,
os meus olhos, os meus ouvidos, a
minha boca, o meu coração
e inteiramente todo o meu ser.
E porque assim sou Vosso(a), oh
incomparável Mãe,
guardai-me e defendei-me como
propriedade vossa.
Lembrai-Vos que Vos pertenço, terna
Mãe, Senhora Nossa.
Ah, guardai-me e defendei-me como
coisa própria Vossa.
Amen.
ou
Consagração
ao Imaculado Coração de Maria
Rainha do Santo Rosário e Mãe Gentil
dos homens,
Nós nos consagramos a Vós
E ao Vosso Imaculado Coração,
E Vos encomendamos a nossa Comunidade,
A nossa família, o nosso País e toda a
Raça Humana.
Aceitai a nossa Consagração Amada Mãe,
E utilizai-nos como desejardes,
Para cumprir o Vosso desígnio sobre a
Terra.
Oh Coração Imaculado de Maria,
Ensinai-nos como fazer que o Coração
de Jesus
Reine e triunfe dentro e ao redor de
nós,
Como há reinado e triunfado em Vós.
Amen.
ou
Consagração
à Celestial Princesa
Bendita seja a Vossa Pureza,
e eternamente o seja,
pois todo um Deus se recreia
em tão graciosa beleza!
A Vós Celestial Princesa,
Virgem Sagrada Maria,
ofereço neste dia:
alma vida e coração.
Olhai-me com compaixão.
E não me deixeis, oh minha Santa Mãe!
Amen.
A Consagração individual feita por cada
um de nós, tem um efeito também individual sobre as nossas vidas e a das nossas
famílias, e mesmo que o mundo se desmorone à nossa volta, poderemos contar com
uma particular protecção Divina, pois Nossa Senhora prometeu que o “Seu Imaculado Coração seria para nós o Refúgio Seguro e o caminho
que nos conduziria a Deus”.
Da mesma forma que vimos as Graças derramadas
sobre o mundo após cada uma das Consagrações do mundo feitas pelos Papas,
também pudemos assistir à importância que teve a Consagração de Portugal
feita pelo Presidente da República, General Francisco da Costa Gomes, em 14
de Setembro de 1975. Imediatamente no mês seguinte, foi derrubado o regime
comunista que estava a ser implantado em Portugal, através da valorosa
intervenção delineada pelo General Costa Gomes e levada a cabo pelo então
Tenente-Coronel António Ramalho Eanes, no dia 25 de Novembro de 1975.
l Para ler mais sobre
esta Consagração de Portugal de 1975
è
Pergaminho da Consagração de
Portugal feita pelo Presidente da República,
General Francisco da Costa Gomes,
em 14 de Setembro de 1975
A Consagração da Rússia, que agora foi feita, trará como
consequência a queda da influência comunista e um tempo de paz para o mundo.
Mas este tempo de paz pode não significar nem os Novos Céus e Nova Terra, nem o
referido por Nossa Senhora no fim do texto do 2º Segredo, tal como referi na Nota9:
9 1O santo Padre
consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, 2e será
concedido (consedido) ao mundo algum tempo de paz.
1O santo Padre
consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, num momento futuro e crucial da
história da humanidade, em que o dragão vermelho atacar de novo, 2e será então concedido ao mundo algum tempo
de paz.
Nota9:
Na
cronologia desta narrativa que Nossa Senhora fez dos acontecimentos futuros, a Consagração da
Rússia feita pelo Papa, vem depois do Triunfo do Imaculado Coração de Maria. A Consagração da Rússia feita
por um Papa, é total e politicamente incorrecta, e por isso só poderá ser
justificada numa situação extremamente importante e melindrosa, como derradeira
solução para uma emergência à qual a diplomacia humana não tiver conseguido dar
solução. Como a acalmia trazida pelo fim da guerra fria, não justificam de modo
algum uma medida tão forte por parte do Papa, julgo que esta emergência só surgirá daqui a
uns anos, quando se começarem a verificar o Aviso de Garabandal e os Segredos
de Medjugorje.
Estava certo ao afirmar a minha
confiança de que o Papa Francisco, a seu tempo, a faria!
http://www.amen-etm.org/ConsagracaodaRussia.htm