DOGMAS
Nesta Página da Amen, pode encontrar a abordagem do Tema Global
dos
● DOGMAS ●
● O que é um Dogma ►
● Características dos
Dogmas ►
● Lista dos Dogmas da Religião Católica ►
● Tabela dos Dogmas ►
● Conclusões e
Conselhos ►
●
O que é um Dogma ▲
Um
Dogma é o
pronunciamento definitivo e infalível de Verdades
da Fé ou da Moral, como Reveladas por Deus, feito pelo supremo magistério da Igreja (Papa ou
Concílio Ecuménico com o Papa, cf. CDC 749; Catecismo - 889-891).
No Catecismo da Igreja Católica pode ler-se o seguinte sobre os
Dogmas:
Catecismo da
Igreja Católica
§88 O Magistério da Igreja
empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define Dogmas,
isto é, quando, utilizando uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão
irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que
com estas têm uma conexão necessária.
§89 Há uma conexão orgânica
entre nossa vida espiritual e os Dogmas. Os Dogmas são luzes no
caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Na verdade, se nossa vida
for recta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a
luz dos Dogmas da Fé.
§90 Os laços mútuos e a
coerência dos Dogmas podem ser encontrados no conjunto da Revelação do
Mistério de Cristo. «Existe uma ordem ou “hierarquia” das verdades da doutrina
católica, já que o nexo delas com o fundamento da Fé cristã é diferente.»
A definição gradual dos Dogmas através dos tempos não é
contraditória com a crença Católica de que a Revelação Divina é inalterável,
definitiva e imutável desde a ascensão de Jesus, nem quer dizer que tais Verdades
só tardiamente tenham sido Reveladas, mas simplesmente que se tornaram mais
claras e úteis para a Igreja na sua progressão na Fé.
As Verdades que são objecto de Fé
Católica não se limitam às contidas nos Dogmas, pois muitas outras são transmitidas pela Tradição e ensinadas pelo magistério ordinário universal da Igreja
(conforme o Código de Direito Canónico §892).
● Características dos
Dogmas ▲
Um Dogma tem as seguintes Características:
n Tem que constar de matéria doutrinal Revelada por Deus e que o Supremo
Magistério da Igreja define de forma
solene e infalível, através do Papa ou Concílio Ecuménico com o Papa.
n O seu
sentido tem de ser suficientemente manifestado e ensinado pelo Magistério
ordinário da Igreja.
n O seu
conteúdo é imutável e não pode, por isso, ser alterado, nem pelo Papa ou por
decisão Conciliar.
n Todos os Dogmas são de aceitação
obrigatória e sobre eles não pode pairar nenhuma dúvida. Basta haver recusa de
acreditar num só Dogma da Igreja, para a pessoa se auto-excomungar, ou seja,
fica excluído automaticamente da Igreja Católica Apostólica Romana, a única
Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
●
Lista dos Dogmas da Religião Católica ▲
As
principais verdades da Fé Católica estão contidas nos textos dos dois Credos, o Símbolo dos Apóstolos e o Credo de Niceia.
Para
além dessas Verdades, e ao longo dos tempos, foram explicitadas mais algumas
Verdades, que constam dos Dogmas, e que ajudam os homens a viver a Verdade
Revelada por Jesus Cristo até o momento da Sua Ascensão aos Céus.
● O Símbolo dos Apóstolos
Creio em Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho,
nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria;
padeceu sob Pôncio Pilatos, foi
crucificado, morto e sepultado;
desceu aos infernos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos Céus;
está sentado à direita de Deus Pai
todo-poderoso, de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo;
na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos;
na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne;
na vida eterna.
Amen.
●
Credo
de Niceia
Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra,
de todas as coisas visíveis e
invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os
séculos:
Deus de Deus, luz da luz, Deus
verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao
Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação
desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e Se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob
Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as
Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à
direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória, para
julgar os vivos e os mortos;
e o seu Reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a
vida, e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e
glorificado:
Ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e
apostólica.
Professo um só Baptismo para remissão
dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos, e a
vida do mundo que há-de vir.
Amen.
Os mais importantes Dogmas, sobre a Santíssima Trindade e sobre Jesus
Cristo, foram definidos nos primeiros
Concílios Ecuménicos.
O Concílio Vaticano I foi o último a definir Verdades Dogmáticas (primado
e infalibilidade do Papa).
Entre as definições
mais recentes estão a da Imaculada
Conceição (Pio IX, Bula “Ineffabilis Deus”, 8.12.1854) e da Assunção de Nossa Senhora (Pio XI,
Constituição Apostólica. “Munificentissimus Deus”, 1.11.1950).
Na Tabela seguinte,
enumero os 44 Dogmas da Religião Católica.
ÍNDICE DOS DOGMAS ▲ |
LISTA DOS DOGMAS DA
RELIGIÃO CATÓLICA ▲ |
||||
Nº |
Dogma |
Conteúdo |
Textos de fundamentação |
Data e Local |
Dogmas sobre Deus |
Textos de fundamentação |
Data e Local |
||
1 |
A Existência
de Deus |
A ideia de Deus não é inata em nós, mas temos a capacidade para
conhecê-lO com facilidade, e de certo modo espontaneamente por meio de Sua
obra. |
"Se
alguém disser que Deus vivo e verdadeiro, criador e Senhor nosso, não pode
ser reconhecido com certeza pela luz natural da razão humana por meio das
coisas que foram feitas, seja excomungado." (Dz.
1806). "A mesma Santa Mãe Igreja sustenta e ensina que Deus,
princípio e fim de todas as coisas, pode ser reconhecido com certeza pela luz
natural da razão humana partindo das coisas criadas." (cf. Dz.
1785). O Concilio apresenta os seguintes elementos: a. O objecto de nosso conhecimento é Deus uno e
verdadeiro, Criador e Senhor nosso; é portanto um Deus distinto do mundo e
pessoal. b. O princípio subjectivo do reconhecimento é a
razão natural em estado de natureza caída. c. Os meios do reconhecimento são as coisas
criadas. d. Esse reconhecimento é por si um
reconhecimento certo. e. E é possível, ainda que não constitua o
único caminho para chegar a conhecer a Deus. Provas da Escritura: "Pela
grandeza e formosura das criaturas, por racionalidade se chega a conhecer ao
Criador delas" (Sab.13,1-9.15). "Porque
desde a criação do mundo, a invisibilidade de Deus, Seu eterno poder e Sua divindade
são conhecidos através das criaturas, de modo que são inescusáveis" (Rm 1,20). A ideia de Deus não é inata em nós, mas temos a
capacidade para conhecê-lO com facilidade, e de certo modo espontaneamente
por meio de Sua obra. |
1869-1870, sob Pio IX, Concilio Vaticano I |
2 |
A Existência
de Deus como Objecto de Fé |
A existência de Deus não é apenas objecto do conhecimento da razão
natural, mas também é objecto da Fé sobrenatural. |
"A
Santa Igreja Católica Apostólica e Romana, crê e confessa que existe um único
Deus Verdadeiro" (Dz. 1782). Este
mesmo Concílio condenou como herética a negação da existência de Deus: "Se
alguém negar que apenas Deus é o Verdadeiro Criador e Senhor das coisas
visíveis e invisíveis, seja excomungado" (Dz. 1801). Provas
da Escritura: A
fé na Escritura de Deus é condição indispensável para a salvação: "Sem
a fé é impossível agradar a Deus, pois é preciso que quem se acerque de Deus
creia que Ele existe e que é remunerador dos que O buscam" (Hb 11,6) A revelação sobrenatural da existência de Deus
confirma o conhecimento natural de Deus, faz com que todos possam conhecer a
existência de Deus com facilidade. Não existe contradição no sentido de que
uma pessoa possa temer ao mesmo tempo a ciência e a fé da existência de Deus,
já que, em ambos os casos, o objecto formal é diverso: Evidência Natural X Revelação Divina Ao primeiro chegamos pela razão natural e, ao
segundo, pela razão ilimitada da fé. |
1869-1870, sob Pio IX, Concilio Vaticano I |
3 |
A Unicidade de
Deus |
Não existe mais que um único Deus. |
Firmemente cremos e simplesmente confessamos que
Deus é apenas Um" (Dz. 428). "A santa Igreja Católica
Apostólica romana crê e confessa que existe um único Deus Verdadeiro e
Vivo" (Dz. 1782). Provas das Escrituras: · "Ouve
Israel, Iaveh é nosso Deus, apenas Iaveh" (Dt 6,4). · "Sabemos
que o ídolo não é nada no mundo e que não existe mais que um único Deus." (1
Cor. 8,4). · v.
tb. At 14,14; 17,23; Rm 3,39; Ef 4,6; 1Tim 1,17; 2,5. Os Santos Padres provam a unicidade de Deus por
Sua perfeição absoluta e pela unidade da ordem do mundo. Diz Tertuliano: · "O
Ser Supremo e Excelentíssimo precisa ser único, e não pode haver igual a Ele,
porque se não for assim, Ele não seria o Ser Supremo, e como Deus é o Ser
Supremo, com razão diz nossa verdade Cristã: Se Deus não é o Único, não há
nenhum Deus" São Tomás [de Aquino] deduz especulativamente a
unicidade de Deus devido à Sua simplicidade, da infinidade de Suas perdições
e da unidade do universo (S.Th. I,11,3). A história comparada das religiões nos ensina que
a evolução religiosa da humanidade não passou do politeísmo ao monoteísmo,
mas sim, ao contrário, ou seja, do monoteísmo ao politeísmo (cf. Rm 1,18). Se
opõe a este dogma básico do Cristianismo o politeísmo dos pagãos e o dualismo
agnóstico-maniqueísta que supunha a existência de dois princípios não criados
e eternos. |
1215, sob Inocêncio III, Concílio de Latrão |
4 |
Deus é Eterno |
Deus não tem princípio nem fim. |
"Firmemente
cremos e simplesmente confessamos que apenas um é o Verdadeiro Deus
eterno..." (Dz. 428). "A Santa Igreja Católica, Apostólica
Romana crê e confessa que existe um único Deus Verdadeiro, Vivo, Eterno,
Imenso, Incompreensível, Infinito em Seu entendimento e vontade e em toda
perfeição" (Dz. 1782). O Dogma diz que Deus possui o Ser Divino sem
princípio nem fim, sem sucessão alguma, em um agora permanente e indivisível. Provas das Escrituras: · "Antes
que os montes, a terra e o universo tivessem sido criados, Tu existíeis desde
a eternidade até a eternidade" (Sl 89,2). · "Antes
que Abraão nascesse, eras Tu" (Sl 2,7; Jo 8,58). Especulativamente, a eternidade de Deus se
demonstra por sua absoluta imutabilidade; a razão última da eternidade de
Deus é a plenitude absoluta de um ser que exclui toda potencialidade e,
portanto, toda sucessão (S.Th. I,10,2-3). |
Concílio IV de Latrão e Concílio Vaticano |
5 |
Santíssima
Trindade |
Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; e cada uma
delas possui a essência Divina que é numericamente a mesma. |
"Firmemente
cremos e simplesmente confessamos que apenas um é o Deus Eterno, Verdadeiro,
Imenso, Imutável, Incompreensível, Onipotente e Inefável; Pai, Filho e
Espírito Santo; três pessoas certamente, mas uma só essência, substância ou
natureza absolutamente simples. O Pai não vem de ninguém, O Filho apenas do Pai,
e o Espírito Santo de Um e de Outro, sem começo, sempre, e sem fim" (Dz.428). O dogma da Trindade é declarado por este
Concílio, mas o Concílio de Florença (1438-1445), sob Eugênio IV (1431-1447),
apresentou um compêndio desta doutrina que pode ser considerada como a meta
final da evolução do dogma: · "Por
razão desta unidade, o Pai está todo no Filho todo no Espírito Santo; o Filho
está todo no Pai e todo no Espírito Santo; o Espírito Santo está todo no Pai
e todo no Filho. Nenhum precede ao outro em eternidade, ou o excede em
grandeza, ou o sobrepuja em poder..." (Dz. 704). Provas das Sagradas Escrituras: · No
Antigo Testamento fica subentendida a alusão ao mistério da Trindade: · "Façamos
ao homem..." (Gn 1,26). · "Disse-me
Iaveh: Tu és Meu Filho hoje Te gerei" (Sl 2,7). · No
Novo Testamento: · "O
Espirito Santo virá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com Sua
sombra, e por isto, o Filho criado será Santo, será chamado Filho de
Deus" (Lc 1,35) - Espírito Santo, Altíssimo e Filho do
Altíssimo. · "Viu
o Espírito Santo de Deus descer como pomba e vir sobre Ele, enquanto uma voz
do céu dizia: 'este é Meu Filho Amado, em Quem tenho Minha
complacência'" (Mt 3,16ss). · "Ide,
pois, e ensinai a todas as gentes, batizando-as em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo" (Mt 28,19). Onde é revelado claramente o mistério da Trindade
é em Mt 28,19. Assim como o homem pode por sua única razão descobrir a um
Deus Uno, ao conhecimento de um Deus Trino não poderá chegar senão através da
Divina Revelação. Em Deus, a ação de entender, o mesmo que a de
amar, se identificam com sua própria essência divina, pois seu entender e seu
querer constituem um mesmo Ser. Por isso, nos dois procedimentos divinos, ou
seja, que dá origem ao Filho por via de geração, e a que dá origem ao
Espírito Santo por via de amor procedente do Pai e do Filho, não se dá
sucessão alguma, nem por prioridade nem por posteridade... são eternas com a
mesma eternidade de Deus. O Pai, com efeito, vendo refletido em sua própria
essência a Seu Verbo Divino, que é a Imagem perfeitíssima de Si mesmo, O ama
com um amor sem limites. E o Verbo, que é a Luz do Pai, Seu Pensamento
eterno, Sua Glória, Sua Formosura, o Esplendor de todas Suas perfeições infinitas,
devolve a Seu Pai um amor semelhante, igualmente eterno e infinito. E ao
encontrarem-se as correntes do amor que brota do Pai com aquela que vem do
Filho, salta, por assim dizer, uma torrente de chamas que é o Espírito Santo,
amor único, ainda que é mútuo, vivente e subsistente, abraço inefável,
vínculo que completa ao Pai e ao Filho, na unidade do Espírito Santo
(v. "Perfeição Cristã", de Roeo Marin, p. 53). |
1215, sob Inocêncio III, Concílio de Latrão |
Dogmas sobre Jesus Cristo |
Textos de fundamentação |
Data e
Local |
||
6 |
Jesus Cristo é
verdadeiro Deus e filho de Deus por essência |
Jesus Cristo possui a infinita natureza Divina com todas suas
infinitas perfeições, por haver sido engendrado eternamente por Deus. |
"É
necessário para a eterna salvação crer fielmente na encarnação de nosso
Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, que é Deus e homem. É Deus engendrado na
substância do Pai antes dos séculos..." (Dz. 40). O dogma diz que Jesus Cristo possui a infinita
natureza divina com todas suas infinitas perfeições, por haver sido
engendrado eternamente por Deus. Provas das Sagradas Escrituras: Títulos que aludem à dignidade Divina do Messias: Emanuel,
Deus connosco (Is 7,14; 8,8). Conselheiro
admirável, Varão Forte, Pai do século futuro, Príncipe da Paz (Is 9,6). "Tu
és Meu Filho amado, em Ti deposito minha complacência..." (Baptismo no rio Jordão
- Mt 23,17). "Este
é Meu Filho muito amado, escutai-O ..." (Monte Tabor - Mt
17,5). "...Não
sabias que Eu devo ocupar-me nas coisas que dizem respeito ao serviço de Meu
Pai..." (Lc
2,49). "Todas
as coisas foram o Pai quem as colocou em Minhas mãos e ninguém conhece ao
Filho senão o Pai, e ninguém conhece ao Pai senão o Filho, e aquele a quem o
Filho quiser revelá-lo..." (Mt 11,27). Jesus equipara seu conhecimento ao conhecimento
divino do Pai, porque possui em comum com o Pai a substância Divina. Os milagres
são outra prova da divindade de Cristo: "As
obras que faço em nome de Meu Pai dão testemunho de Mim..." (Jo 10,25). |
400-447, no Concílio
de Toledo, com Símbolo "Quicumque" |
7 |
Jesus possui duas
naturezas que não se transformam nem se misturam |
Cristo é possuidor de uma íntegra natureza Divina e de uma íntegra
natureza humana: a prova está nos milagres e no padecimento. |
"Ficando
então a salvo a propriedade de uma e outra natureza... natureza íntegra e
perfeita de verdadeiro homem, nasceu Deus Verdadeiro, inteiro no seu, inteiro
no nosso" (Dz. 143 ss.) Também diz o Concílio de Calcedónia (451, IV
Ecuménico): "...Nosso
Senhor Jesus Cristo, Ele mesmo perfeito na divindade e Ele mesmo perfeito na
humanidade... que se há de reconhecer em duas naturezas: sem confusão, sem
mudanças, sem divisão, sem separação e de modo algum apagada a diferença de
natureza por causa da união, conservando cada natureza sua propriedade e
concorrendo em uma só pessoa"(Dz. 148). Tudo isto indica que Cristo é possuidor de uma
íntegra natureza divina e de uma íntegra natureza humana: a prova está nos
milagres e no padecimento. Sagradas Escrituras: "E
o Verbo se fez carne..." (Jo 1,14). "O
qual, sendo de condição divina, não reteve avidamente o fato de ser igual a
Deus, mas se despojou de si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se
semelhante aos homens e aparecendo em seu porte como homem..." (Fil 2,6-7). |
451, no Concílio Ecuménico de Calcedónia IV |
8 |
Cada uma das
naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria operação
física |
Existem também duas vontades físicas e duas operações físicas de modo
indivisível, de modo que não seja conversível, de modo inseparável e de modo
não confuso. |
Proclamamos igualmente, conforme os ensinamentos dos Santos
Padres, que não existem também duas vontades físicas e duas operações físicas
de modo indivisível, de modo que não seja conversível, de modo inseparável e
de modo não confuso. E estas duas vontades físicas não se opõem uma à outra
como afirmam os ímpios hereges..." (Dz. 291 e Dz. 263-288). Sagradas Escrituras: "Não seja como Eu quero, mas sim como Tu queres..." (Mt 26,39). "Não seja feita Minha vontade, mas sim a Tua..." (Lc 22,42). "Desci do Céu para fazer não a Minha vontade, mas sim a
vontade de Quem Me enviou..." (Jn. 6,38). "Ninguém Me tira, Eu a doei voluntariamente, tenho o poder
para concedê-la e o poder de recobrá-la novamente..." (Jo 10,18). Apesar da dualidade física das duas vontades, existiu e existe a
unidade moral porque a vontade humana de Cristo se conforma com a livre
subordinação, de maneira perfeitíssima à vontade Divina. |
680-681, sob Santo Agatão, no Concílio de Constantinopla
III |
9 |
Jesus Cristo,
ainda que homem, é Filho natural de Deus |
O Pai celestial quando chegou a plenitude, enviou aos homens seu
Filho, Jesus Cristo. |
"...O Pai celestial... quando chegou a plenitude, enviou
aos homens seu Filho, Jesus Cristo..." (Dz. 794, 299, 309). Sagradas Escrituras: "Deus não perdoou Seu próprio Filho, mas sim O entregou por
todos nós..." (Rm
8,32). "Deus tanto amou o mundo que lhe deu Seu Filho
Unigénito..." (Jo
3,16). "E uma voz que saia dos céus dizia: 'este é Meu Filho
amado, em quem me alegro..." (Mt 3,17). "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e pudemos
contemplar Sua glória, glória que recebe do Pai como Filho Único, cheio de
graça e verdade..." (Jo
1,14). Os Santos Padres sempre rechaçaram a doutrina da dupla filiação
de Cristo. O sentido do dogma é: a pessoa que subsiste na natureza humana (de
Cristo) é o filho natural de Deus. A filiação é propriedade da pessoa, não da
natureza. Em Cristo não existe mais que uma pessoa que procede do Pai por
geração eterna; pelo mesmo motivo, em Cristo não pode haver mais que uma
filiação de Deus: a natural. |
1545-1563, sob Paulo III, no Concílio de Trento, Sess. IV |
10 |
Cristo
imolou-se a Si mesmo na cruz como verdadeiro e próprio sacrifício |
Cristo, por Sua natureza humana, era ao mesmo tempo sacerdote e
oferenda, mas por Sua natureza Divina, juntamente com o Pai e o Espírito
Santo, era o que recebia o sacrifício. |
O Sacrossanto Concílio... ensina, declara, ordena, que na Missa
está contido e de modo não cruel se imola aquele mesmo Cristo, que apenas uma
vez se ofereceu Ele mesmo cruelmente no altar da cruz..." (Dz. 940-122-951). Sagradas Escrituras: "Eis aqui o cordeiro de Deus que tira os pecados do
mundo" (Jo
1,29). "Cristo nos amou e se entregou por nós todos em sacrifício
e oblação a Deus..." (Ef.
5,2). "Porque nosso Cordeiro Pascal, Cristo já foi
imolado..." (Rm
3,25). "Cristo se ofereceu uma vez como sacrifício para tirar os
pecados do mundo..." (Hb
9,28). O adversário deste dogma é o racionalismo (Dz. 2038). Cristo
quando instituiu a Sagrada Eucaristia recordou o sacrifício de Sua morte: "Este é Meu corpo que será entregue por vós..." (Lc 22,19). Cristo, por sua natureza humana, era ao mesmo tempo sacerdote e
oferenda, mas por sua natureza Divina, juntamente com o Pai e o Espírito
Santo, era o que recebia o sacrifício. |
1545-1563, sob Pio IV, no Concílio de Trento |
11 |
Cristo nos
resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de Sua morte na cruz |
Jesus Cristo quis oferecer-Se a Si mesmo a Deus Pai, como sacrifício
apresentado sobre o madeiro da cruz em Sua morte, para conseguir para os
homens o eterno perdão. |
"O concilio... por inspiração do Espírito Santo, ensina,
declara e manda... Este Deus e Senhor Nosso, Jesus Cristo quis oferecer-se a
si mesmo a Deus Pai, como sacrifício apresentado sobre a ara da cruz em sua
morte, para conseguir para eles o eterno perdão..." (Dz. 938). "... que
nos reconciliou com Deus por meio de Seu Sangue fazendo-Se por nós a Justiça,
a Santidade e a Redenção..." (Dz 790). Sagradas Escrituras: "Preço do resgate por muitos..." (Mt 20,28). "O qual se deu a Si mesmo em preço do resgate..." (1Tm 2,6). "São justificados por Sua graça..." (Rm 3,24). "...Ele se deu a Si mesmo por nós para redimir-nos de toda
iniquidade..." (1Tm
2,14). "...este é Meu Sangue da Aliança que se derrama sobre
muitos para a remissão dos pecados..." (Mt 26,28). São Paulo atribui à morte de Cristo a reconciliação dos pecados
com Deus, ou seja, a restauração da antiga relação de filhos e amigos com
Deus (cf. Rm 5,10). |
1545-1563, sob Pio IV, no Concílio de Trento |
12 |
Ao terceiro
dia depois de sua morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos |
Ao terceiro dia, ressuscitado por Sua própria virtude, se levantou do
sepulcro. |
"...ao
terceiro dia, ressuscitado por sua própria virtude, se levantou do
sepulcro." (Dz. 286) Sua razão foi a união hipostática. A causa
principal da ressurreição foi o lugar comum com o Pai e o Espírito Santo. Foi
causa instrumental a parte humana de Cristo, unida hipostaticamente com a
divindade, ou seja, o corpo e a Alma. É negada a ressurreição de Cristo em
todas as formas de racionalismo antigo e moderno. Tal negação foi condenada
por Pio X (Dz. 2036). Sagradas Escrituras: Não
deixarás Tu minha alma no inferno, não deixarás que Teu justo experimente a
corrupção..." (Sl 15,10). "[Cristo
predisse:] pois da mesma forma que Jonas esteve no ventre da baleia três dias
e três noites, assim também o Filho do homem estará no seio da terra três
dias e três noites..."(Mt. 12,40). "Os
Apóstolos davam testemunho, com grande poder, da ressurreição do Senhor
Jesus..." (At 4,33). Do ponto de vista apologético: a ressurreição é o
argumento mais decisivo sobre a verdade dos ensinamentos de nosso Senhor: "...
e se Cristo não ressuscitou, nossa pregação é vazia e também a vossa
fé..." (1Cor
15,14). |
675, sob Adeodato, no Concílio de Toledo XI |
13 |
Cristo subiu
em corpo e alma aos Céus e está sentado à direita de Deus Pai |
Ressuscitou dentre os mortos e subiu ao céu em Corpo e Alma. |
"...fielmente
cremos e simplesmente confessamos: ressuscitou dentre os mortos e subiu ao
céu em Corpo e Alma..." (Dz. 429). Todos os símbolos da fé confessam, de acordo com
o símbolo apostólico: "...subiu
aos céus e está sentado à direita de Deus Pai...". Cristo subiu aos céus por sua própria virtude. O
racionalismo é contrário a este dogma. O testemunho claro desta verdade da época
apostólica, não deixa tempo suficiente para formação de lendas. Sagradas Escrituras: Cristo havia predito: "O espírito é
aquele que dá a vida; a carne de nada serve. As palavras que lhes disse são
espírito e são vida..." (Jo 6,63; 14,2; 16,28). A realizou diante de testemunhas: "...com
isto, o Senhor Jesus, depois de falar-lhes, foi elevado ao céu e se sentou à
direita de Deus..." (Mc 16,19; Lc 24,51). Importância: No aspecto cristológico é a elevação
definitiva da natureza de Cristo. No aspecto soteriológico, é a coroação
final de toda a obra redentora. |
1198-1216, sob Inocêncio III, no Concilio de Latrão IV |
Dogmas sobre a criação do mundo |
Textos de fundamentação |
Data e
Local |
||
14 |
Tudo o que
existe foi criado por Deus a partir do Nada |
A criação do mundo do nada, não apenas é uma verdade fundamental da
Revelação Cristã, mas também que ao mesmo tempo chega a alcançá-la a razão
com apenas suas forças naturais, baseando-se nos argumentos cosmológicos e
sobretudo na argumento da contingência. |
"Proclamamos e declaramos desta cátedra de Pedro... que
unicamente este Verdadeiro Deus... criou do nada uma e outra criatura, a espiritual
e a corporal, isto é, a angélica e a mundana, e logo a humana, como comum,
constituída de espírito e corpo" (Dz. 1783). Também o Concílio de Latrão, em 1215: "...Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, espirituais
e corporais, que por Sua omnipotente virtude, existente desde o princípio dos
tempos, criou do nada a uma e outra criatura..." (Dz. 428). Provas da Sagrada Escritura: "No princípio Deus criou o céu e a terra..." (Gn. 1,1). "Te suplico meu filho, que olhes o céu e a terra, e vejas o
quanto existem neles, e entendas que do nada Deus fez tudo isso" (2Mc 7,28). "Pela fé conhecemos que os mundos foram dispostos pela
palavra de Deus de modo que do invisível teve origem o visível" (Hb 11,3). A criação do mundo do nada, não apenas é uma verdade fundamental
da revelação cristã, mas também que ao mesmo tempo chega a alcançá-la a razão
com apenas suas forças naturais, baseando-se nos argumentos cosmológicos e
sobretudo na argumento da contingência. |
1869-1870, sob Pio IX no Concílio Vaticano I |
15 |
Carácter
temporal do mundo |
O mundo teve princípio no tempo. |
"Determinamos declarar desta cátedra de São Pedro... desde
o princípio do tempo, criou do nada..." (Dz. 1783). "...Criador
de todas as coisas..." (Dz. 428). Provas das Escrituras: "Agora, Tu, Pai, glorifica-me próximo a Ti mesmo, com a
glória que tive perto de Ti antes que o mundo existisse..." (Jo 17,5). "Nos escolheu antes da constituição do mundo..." (Ef 1,4). "Desde o princípio fundaste Tu a terra..." (Sl 101,26). A doutrina da eternidade do mundo foi condenada (cf. Dz.
501-503). Contra a filosofia pagã e o materialismo moderno que suponha a
eternidade do mundo, ou melhor dizendo, da matéria cósmica, a Igreja ensina
que o mundo não existe desde toda a eternidade, mas teve um princípio no
tempo. O progresso da física atómica permite inferir, pelo processo de
desintegração dos elementos radioactivos, qual seja a idade da terra e do
universo, provando positivamente o princípio do mundo no tempo (Discurso de
Pio XII, 22 Novembro 1951: Sobre a demonstração da existência de Deus à luz
das modernas ciências naturais). |
1869-1870, sob Pio IX, no Concílio
Vaticano I |
16 |
Conservação do
mundo |
Deus conserva na existência todas as coisas criadas. |
"A
Igreja Católica declara a partir desta cátedra... Tudo o que Deus criou, com
sua providência o conserva e governa..." (Dz. 1784). Provas da Sagrada Escritura: "E
como poderia subsistir nada se Tu no quiseras ou como poderia conservar-se
sem Ti?" (Sb 11,26). "Meu
Pai segue trabalhando ainda e eu também trabalho" (Jo 5,17). "E
tudo Nele subsiste" (Col 1,17). A ação conservadora de Deus é um constante
influxo causal pelo que mantém as coisas na existência. São Tomas de Aquino
define a conservação do mundo como continuação da acção criadora de Deus. É
condizente à sabedoria e bondade de Deus conservar na existência as criaturas
que são vestígio das perfeições divinas e servem, portanto, para dar glória a
Deus. |
1869-1870, sob Pio IX, no Concílio Vaticano I |
Dogmas sobre o ser humano |
Textos de fundamentação |
Data e
Local |
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17 |
O homem é formado
por corpo material e alma espiritual |
O humano é constituído de espírito, alma e corpo. |
"... a humana, composta de espírito
e corpo..." (Dz. 428). e o Concílio Vaticano I (1869-70), sob Pio IX
(1846-78): "...a
humana como comum constituída de corpo e alma..." (Dz. 1783). Segundo a doutrina da Igreja, o corpo é parte
essencialmente constituinte da natureza humana, e não carga e estorvo como
disseram alguns (Platão e outros Originalistas). Igualmente, para defender o
dogma católico contra os que dizem que consta de três partes essenciais: o
corpo, a alma animal e a alma espiritual, o Concílio de Constantinopla
declarou: "...
que o homem tem apenas uma alma racional e intelectual..." (Dz. 338). A alma espiritual é o princípio da vida
espiritual e ao mesmo tempo o é da vida animal (vegetativa e sensitiva) (Dz.
1655). Sagradas Escrituras: "O
Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em seu rosto o alento da
vida..." (Gn 2,7). "...antes
que o pó volte à terra de onde saiu, e o espírito retorne a Deus..." (Ecl 12,7). "Não
tenhais medo dos que matam o corpo, e à alma não podem matar; temeis muito
mais àquele que pode destruir o corpo e a alma na geena..." (Mt 10,28). Se prova especulativamente a unicidade da alma no
homem por testemunho da própria consciência, pela qual somos conscientes de
que o mesmo Eu, que é o princípio da actividade espiritual, é o mesmo que
gere a sensibilidade e a vida vegetativa. "Que o Deus da paz vos santifique totalmente,
e todo o vosso ser - espírito, alma e corpo - se conserve
irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo." (1Tessalonicenses
5,23) |
1215, sob Inocêncio III, no Concílio de Latrão IV |
18 |
O pecado de
Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação |
Pecado, que é morte da alma, se propaga de Adão a todos seus
descendentes por geração e não por imitação, e é inerente a cada indivíduo. |
"Se
alguém disser que a prevaricação de Adão o prejudicou somente a ele e não à
sua descendência... Se alguém disser que este pecado de Adão, que é por sua
origem apenas um, e transmitido a todos por propagação, não por imitação, é
próprio de cada um..." (Dz. 789-90). O Concílio de Trento condena a doutrina de que
Adão perdeu para si apenas, e não também para nós todos, a justiça e
Santidade que havia recebido de Deus. Positivamente ensina que o Pecado, que
é morte da alma, se propaga de Adão a todos seus descendentes por geração e
não por imitação, e que é inerente a cada indivíduo. "Tal
pecado se apaga pelos méritos da Redenção de Cristo, os quais se aplicam
ordinariamente tanto aos adultos como às crianças por meio do Sacramento do
Baptismo. Por isso, até as crianças recém-nascidas recebem o Baptismo para
remissão dos pecados." (Dz. 791). Sagrada Escritura: "Eis
que aqui nasci; em culpa e em pecado me concebeu minha mãe..." (Sl 50,7). "Assim
então, por um homem entrou o pecado no mundo... e assim a morte passou a
todos os homens... pela obediência de um, muitos serão justiçados..." (Rm 5,12-21). O efeito do Baptismo, segundo a doutrina do
Concílio de Trento, é apagar realmente em nós o pecado e não apenas que não
nos impute uma culpa estranha (Dz. 792). |
1545-1563 sob Paulo III, no Concílio de Trento |
19 |
O homem caído
não pode redimir-se a si próprio |
Somente um acto livre por parte do Amor Divino poderia restaurar a
ordem sobrenatural, destruída pelo pecado. |
"(Que
os homens caídos) eram de tal forma escravos do pecado que se achavam sob a
servidão do demónio e da morte, que nem os gentios poderiam livrar-se nem
levantar-se com a força da natureza, nem os judeus poderiam faze-lo com a
força da lei mosaica..." (Dz. 793). O Concílio Vaticano II no decreto "Ad
Gentes" nº 8 declara: · "Somente
um ato livre por parte do amor divino poderia restaurar a ordem sobrenatural,
destruída pelo pecado. Se opõe à doutrina católica o pelagianismo, segundo o
qual, o homem tem em sua livre vontade o poder de redimir-se a si mesmo, e é
contrário também ao dogma católico o moderno racionalismo com suas diversas
teorias de 'auto-redenção'". Sagradas Escrituras: · Cf.
Rm 3,23, como "todos pecaram, todos estão privados da glória de
Deus" (graça e justificação), e agora são justificados
gratuitamente por sua graça, pela Redenção de Jesus Cristo. O pecado,
enquanto acção da criatura é finito, mas, enquanto ofensa a Deus é infinito,
portanto exige uma satisfação de valor infinito. |
1545-1563 sob Paulo III, no Concílio de Trento |
Dogmas Marianos |
Textos de fundamentação |
Data e
Local |
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A Imaculada
Conceição de Maria |
A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, foi
por singular graça e privilégio de Deus omnipotente em previsão dos méritos
de Cristo Jesus, Salvador do género humano, preservada imune de toda mancha
de culpa original. |
"Declaramos,
pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem
Maria, no primeiro instante de sua concepção, foi por singular graça e
privilégio de Deus omnipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus,
Salvador do género humano, preservada imune de toda mancha de culpa original,
foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente acreditada
por todos os fiéis" (Dz. 1641). a. Maria desde o primeiro instante que é
constituída como pessoa no seio de sua mãe, o é sem mancha alguma de pecado
(=pecado original). b. Como
foi concebida sem pecado: 1. Ausência de toda mancha de pecado. 2. Lema da graça Santificante. 3. Ausência da inclinação o mal. c. Este privilégio e dom gratuito foi concedido
apenas à Virgem e a ninguém mais, em atenção àquela que havia sido
predestinada para ser a Mãe de Deus. d. Em previsão dos méritos de Cristo porque a
Maria a Redenção foi aplicada antes da morte do Senhor. Provas das Escrituras: "Estabeleço
hostilidade..." (Gn 3,15). "Deus
te salve, cheia de graça." (Lc 1,28). "Bendita
tu entre as mulheres..." (Lc 1,42). |
8-12-1854, por Pio IX, Bula Ineffabilis Deus |
|
A Virgindade
Perpétua de Maria |
A Santíssima Virgem Maria é virgem antes, durante e depois do parto
de seu Divino Filho, sendo mantida assim por Deus até à Sua gloriosa
Assunção. |
Em sentido próprio é a integridade física dos
órgãos reprodutivos. Muitas vezes a virgindade de Maria foi atacada pelos
hereges. É verdade da fé católica que Nossa Senhora ficou perfeitamente
sempre virgem, antes do parto, no parto e depois do parto. Provas das Escrituras: "Eis
que uma Virgem conceberá..." (Is 7,14). |
649, Concílio Romano |
|
Maria, Mãe de
Deus |
Maria, como uma virgem perpétua, gerara Cristo segundo a natureza
humana, mas quem dEla nasce, ou seja, o sujeito nascido não tem uma natureza
humana, mas sim o suposto divino que a sustenta, ou seja, o Verbo. Daí que o
Filho de Maria é propriamente o Verbo que subsiste na natureza humana; então
Maria é verdadeira Mãe de Deus, posto que o Verbo é Deus. Cristo: Verdadeiro
Deus e Verdadeiro Homem. |
"Se
alguém afirmar que o Emanuel (Cristo) não é verdadeiramente Deus, e que
portanto, a Santíssima Virgem não é Mãe de Deus, porque deu à luz segundo a
carne ao Verbo de Deus feito carne, seja excomungado." (Dz. 113). Muitos Concílios repetiram e confirmaram esta
doutrina: Concílio de Calcedónia (Dz. 148). Concílio de Constantinopla II (Dz. 218, 256). Concílio de Constantinopla III (Dz. 290). Maria gerara a Cristo segundo a natureza humana,
mas quem dela nasce, ou seja, o sujeito nascido, não tem uma natureza humana,
mas sim o suposto divino que a sustenta, ou seja, o Verbo. Daí que o Filho de
Maria é propriamente o Verbo que subsiste na natureza humana; então Maria é
verdadeira Mãe de Deus, posto que o Verbo é Deus. Cristo: Verdadeiro Deus e
Verdadeiro Homem. Provas das Escrituras: "Eis
que uma Virgem conceberá..." (Is 7,14). "Eis
que conceberás..." (Lc 1,31). "O
que nascerá de Ti será..." (Lc 1,35). "Enviou
Deus a seu Filho nascido..." (Gl 4,4). "Cristo,
que é Deus..." (Rm 9, 5). |
431, sob o Papa São Celestino I, no Concilio de Éfeso |
|
A Assunção de
Maria |
A Virgem Maria foi assunta ao céu imediatamente depois que acabou sua
vida terrena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos
os homens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela
decomposição. |
"Pronunciamos,
declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de
Deus, sempre Virgem Maria, cumprindo o curso de sua vida terrena, foi
assumpta em corpo e alma à gloria celeste" (Dz. 2333). A Virgem Maria foi assumpta ao céu imediatamente
depois que acabou sua vida terrena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção
como sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos,
passando pela decomposição. O essencial do dogma é que a Virgem foi levada ao
céu em corpo e alma, com todas as qualidades e dotes próprios da alma dos
bem-aventurados e igualmente com todas as qualidades próprias dos corpos
gloriosos. Se entende melhor tudo ao recordar: 1. Maria foi isenta de pecado original e atual. 2. Teve a plenitude da graça. Fundamentos deste dogma: Desde os primeiros séculos foi um sentir unânime
da fé do povo do Deus, dos cristãos. Os Santos Padres e Doutores manifestaram
sua fé nesta verdade: São João Damascemo (séc. VII): "Convinha
que aquela que no parto havia conservado a íntegra de sua virgindade,
conservasse sem nenhuma corrupção seu Corpo, depois da morte." São Germano de Constantinopla (séc. VII): "Assim
como um filho busca estar com a própria Mãe, e a Mãe anseia viver com o filho,
assim foi justo também que Tu, que amavas com um coração materno a Teu Filho,
Deus, voltasses a Ele." Portanto, o fundamento deste dogma se depreende e
é consequência dos anteriores. |
1-11-1950, por Pio XI, Constituição Apostólica Munificentissimus Deus |
|
|
A
Virgem Maria, Corredentora, Advogada e Medianeira de todas as Graças |
|
Este
é uma Verdade aceite pela Igreja, mas que ainda não foi definido como Dogma.
Espera-se no entanto que o venha a ser em breve, o que constituirá motivo de grande
alegria para toda a Igreja Católica. |
|
Dogmas sobre o Papa e a Igreja |
Textos de fundamentação |
Data e
Local |
||
24 |
A Igreja foi
fundada pelo Deus e Homem, Jesus Cristo |
Cristo fundou a Igreja, que Ele estabeleceu os fundamentos substanciais
da mesma, no tocante à doutrina, culto e constituição. |
"Determinamos
proclamar e declarar desta cátedra de Pedro... O Pastor eterno e guardião de
nossas almas para converter em perene a obra salutar da Redenção decretou
edificar a Santa Igreja, na qual, como casa do Deus Vivo, todos os fiéis
estejam unidos pelo vínculo da fé e caridade...". Pio X, contra os erros modernistas declarou: "A
Igreja foi fundada de modo rápido e pessoal por Cristo Verdadeiro e Histórico
durante o tempo de sua vida sobre a terra..." (Dz. 2145). Isto quer dizer que Cristo fundou a Igreja, que
Ele estabeleceu os fundamentos substanciais da mesma, no tocante a doutrina,
culto e constituição. Os reformadores ensinaram que Cristo havia fundado uma
Igreja invisível. A Organização jurídica era pura instrução humana. Sagradas Escrituras: Mt. 4,18: Escolhe a doze para "que
Lhe acompanhem e enviá-los a pregar...", "...com poder
de expulsar demónios..." (Lc 16,13). Ele os chamou de Apóstolos: enviados, legados;
lhes ensinou a pregar (Mc 4,34; Mt 13,52). Lhes deu o poder de ligar e desligar (Mt 18,7). De celebrar a Eucaristia (Lc 22,19). De baptizar (Mt 28,19). |
1869-1870, sob o papa Pio IX, na Constituição Dogmática sobre a
Igreja, aprovada pelo Concílio do Vaticano I |
25 |
Cristo
constituiu o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os Apóstolos e como
cabeça visível de toda Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o
primado da jurisdição |
O Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado Pedro e tem o
primado sobre todo rebanho. |
"Definimos
que todos os cristãos devem crer e receber esta verdade de fé... que a Sé
Apostólica e o Pontífice Romano é o sucessor do bem-aventurado Pedro e tem o
primado sobre todo rebanho..." (Dz. 694). Afirma também o Concílio Vaticano I (1869-1870),
na Constituição dogmática sobre a Igreja de Cristo: "Se
alguém disser que o bem-aventurado Pedro Apóstolo, não foi constituído por
Jesus Cristo nosso Senhor, como príncipe de todos os Apóstolos e cabeça
visível de toda a Igreja, seja excomungado." (Dz. 1823). Sagradas Escrituras: Mt 16, 17-19: "Bem-aventurado és tu
Simão...e Eu te digo, que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha
Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; Eu te darei as
chaves do reino dos céus, e tudo quanto ligares na terra...". Jo 21,15-17: "Apascenta Meus
cordeiros...". Depois da Ascensão, Pedro exerceu seu primado,
dispondo a eleição de Matias (cf. At 1,15: "Naqueles dias, Pedro
se pôs em pé no meio dos irmãos..."). Primado significa preeminência e primado de
jurisdição; consiste na posse da plena e suprema autoridade legislativa,
judicial e punitiva. A Cabeça invisível da Igreja é Cristo, mas o sucessor de
Pedro faz as vezes de Cristo no governo exterior da Igreja militante, e é
portanto, vigário de Cristo na terra. |
1438-1445 sob Eugênio IV Concílio de Florença, pela bula
"Etentur coeli", de 6 de Julho de 1439 |
26 |
O Papa possui o
pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não somente em coisas
de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja |
Conforme esta declaração, o poder do Papa é: de jurisdição,
universal, supremo, pleno, ordinário, episcopal, imediato. |
"Se
alguém disser que o Pontífice Romano tem apenas o dever de inspecção e
direcção, mas não pleno e supremo poder de jurisdição sobre a Igreja
universal, não só nas matérias que pertencem à fé e aos costumes, mas também
naquelas de regime e disciplina da Igreja...seja excomungado" (Dz. 1831 cf. Dz.
1827). Conforme esta declaração, o poder do Papa é: 1. De Jurisdição: verdadeiro poder de
governo que é potestade: legislativa, jurídica (litigiosa) e coercitiva. 2. Universal: se estende a todos os pastores
e fiéis da Igreja em matéria de ensinamento e governo. 3. Supremo: nenhum outro sujeito possui o
poder igual ou maior. Por isto, a colectividade de todos os Bispos não está
acima do Papa. 4. Pleno: o Papa pode resolver por si
mesmo qualquer assunto que caia dentro da jurisdição eclesiástica
sem nada requerer dos Bispos nem de toda a Igreja. 5. Ordinário: é ligado com seu ofício em
virtude de uma ordenação divina e não foi delegado por nenhum superior em
jurisdição. 6. Episcopal: o Papa é ao mesmo
tempo bispo universal de toda a Igreja e da diocese de Roma. 7. Imediato: pode exercer sem instância
prévia sobre os Bispos e fiéis. Por este poder do Papa de tratar livremente
com todos os bispos e fiéis da Igreja, se condena toda a ordenação do poder
civil que subordinam a comunicação oficial com a Santa Sé a um controle civil
e fazem depender a obrigatoriedade das disposições pontifícias a uma boa
visão das autoridades civis. (Dz. 1829) |
1869-1870, sob o papa Pio IX, na Constituição Dogmática sobre a
Igreja, aprovada pelo Concílio do Vaticano I |
27 |
O Papa é
infalível sempre que se pronuncia “ex-cathedra” |
Sujeito da infalibilidade papal é todo o Papa legítimo, em sua qualidade
de sucessor de Pedro e não outras pessoas ou organismos (ex.: congregações
pontificais) a quem o Papa confere parte de sua autoridade magistral. |
"...ensinamos
e definimos ser dogma divinamente revelado que o Pontífice Romano, quando
fala ex
catedra, isto é, quando cumprindo seu cargo de pastor e doutor de todos os
cristãos, define por sua suprema autoridade apostólica que uma doutrina sobre
a fé e costumes deve ser sustentada pela Igreja universal, pela assistência
divina que lhe foi prometida na pessoa de Pedro, goza daquela infalibilidade
que o Redentor divino quis que estivera provisionada sua Igreja na definição
sobre a matéria da fé e costumes, e portanto, as definições do Bispo de Roma
são irreformáveis por si mesmas e não por razão do consentimento da
Igreja." (Dz. 1839; Dz. 466-694). Para compreender este dogma, convém ter na
lembrança: 1. Sujeito da infalibilidade é todo o
Papa legítimo, em sua qualidade de sucessor de Pedro e não outras pessoas ou
organismos (ex.: congregações pontificais) a quem o Papa confere parte de sua
autoridade magistral. 2. Objeto da infalibilidade são as
verdades de fé e costumes, reveladas ou em íntima conexão com a revelação
divina. 3. Condição da infalibilidade é que o
Papa fale ex catedra: a. Que fale como pastor e mestre de todos os
fiéis fazendo uso de sua suprema autoridade. b. Que tenha a intenção de definir alguma
doutrina de fé ou costume para que seja acreditada por todos os fiéis. As
encíclicas pontificais não são definições ex catedra. 4. Razão da infalibilidade é a
assistência sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o supremo mestre da
Igreja de todo erro. 5. Consequência da infalibilidade é
que a definição ex catedra dos Papas sejam por si mesmas irreformáveis,
sem a intervenção ulterior de qualquer autoridade. Sagradas Escrituras: "a
ti darei as chaves do Reino..." (Mt 16,18). "apascenta
Minhas ovelhas" (Jo 21,15-17). "Eu
roguei por ti, para que tua fé não desfaleça ... confirma a teus irmãos" (Lc 22,31). Para poder cumprir com a função de ordenar
eficazmente, é necessário que os Papas gozem de infalibilidade em matéria de
fé e costumes. |
1869-1870, sob o papa Pio IX, na Constituição Dogmática sobre a
Igreja, aprovada pelo Concílio do Vaticano I |
28 |
A Igreja é
infalível quando faz definição em matéria de Fé e costumes |
A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de Fé e costumes |
"O
pontífice Romano quando fala ex catedra... possui aquela infalibilidade que
o Divino Salvador quis que estivesse dotada sua Igreja quando definisse algo
em matéria de fé e costumes" (Dz. 1839). O Concílio Vaticano I, na definição da
infalibilidade do Papa, pressupõe a infalibilidade da Igreja. São contrários
a este dogma os que, ao rechaçar a hierarquia (Papa), rechaçam também o
Magistério da autoridade da Igreja. Sagradas Escrituras: A razão intrínseca da infalibilidade da Igreja se
apoia na assistência do Espírito Santo, que Cristo prometeu a Seus Apóstolos
para desempenho de sua missão de ensinar em Jo 14,16:"Eu rezarei ao
Pai e os darei outro Advogado que estará convosco para sempre. O Espírito da
Verdade." Cristo exige a obediência absoluta à fé e faz
depender disto a salvação eterna em Mc 16,16: "Aquele que crer
se salvará...e aquele que no crer se condenará." e em Lc
10,16: "Aquele que a vós ouve a Mim ouve; Aquele que a vós
deprecia, a Mim deprecia". Os Apóstolos e seus sucessores (a Igreja) se
acham livres do perigo de errar ao pregar a fé (Dz. 1793-1798). Estão sujeitos à infalibilidade: 1. O Papa, quando fala ex catedra. 2. O episcopado pleno, com o Papa cabeça do
episcopado, é infalível quando reunido em concílio universal ou disperso pelo
rebanho da terra, ensina e promove uma verdade de fé ou de costumes para que
todos os fiéis a sustentem. Observação: Cada Bispo em particular não é infalível ao anunciar
a verdade revelada (ex.:Nestório caiu em erro e heresia). Mas cada bispo em
sua diocese, por razão de seu cargo, é mestre autorizado da verdade revelada
enquanto esteja em comunhão com a Sé Apostólica e professe a doutrina
universal da Igreja. |
1869-1870, sob o papa Pio IX, na Constituição Dogmática sobre a
Igreja, aprovada pelo Concílio do Vaticano I |
Dogmas sobre os Sacramentos |
Textos de fundamentação |
Data e
Local |
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29 |
O Baptismo é
verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo |
Foi dado todo poder no Céu e na Terra; ide então e ensinai todas as
pessoas, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. |
Se
alguém disser que os Sacramentos da Nova Lei não foram instituídos por Jesus
Cristo, a saber: Baptismo, Confirmação... e que algum destes não é verdadeira
e propriamente Sacramento, seja excomungado." Sagradas Escrituras: Cristo explica a Nicodemos a essência e
necessidade do Baptismo, em Jo 3,5: "Aquele que não nascer pela
água e pelo Espírito não entrará no Reino de Deus". Antes de subir aos céus, ordenou a Seus Apóstolos
que baptizassem a todas as pessoas, cf. Mt 28,19: "Me foi dado
todo poder no céu e na terra; ide então e ensinai todas as pessoas,
baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Escreve São Boaventura: "O
Baptismo foi instituído, quanto a sua matéria, quando Cristo se fez baptizar,
e quanto à sua forma quando o Senhor ressuscitou e nos deu essa forma (cf.
Mt. 28,19); quanto a seu efeito: quando Jesus padeceu, pela paixão, o Baptismo
recebe toda sua virtude, e a seu fim, quando predisse sua necessidade e suas
vantagens: 'Respondeu Jesus: -Em verdade, em verdade vos digo, aquele que não
nascer da água e do Espírito não entrará no Reino de Deus' (cf. Jo
3,5)." O Baptismo pela água pode ser substituído, em
caso legítimo, pelo Baptismo de Sangue. |
1545-1563, sob Paulo III, no Concílio de Trento |
30 |
A Confirmação
é verdadeiro e próprio Sacramento |
Este Sacramento concede aos baptizados a fortaleza do Espírito Santo
para que se consolidem interiormente em sua vida sobrenatural e confessem
exteriormente com valentia sua Fé em Jesus Cristo. |
"Se
alguém disser que a Confirmação dos baptizados é cerimónia ociosa, e não um
verdadeiro e próprio Sacramento..., seja excomungado." (Dz. 871). Diz São Tomás de Aquino: "Este
Sacramento concede aos baptizados a fortaleza do Espírito Santo para que se
consolidem interiormente em sua vida sobrenatural e confessem exteriormente
com valentia sua fé em Jesus Cristo. Sagradas Escrituras: Jesus promete enviar o Espírito e se cumpre no
dia de Pentecostes: "Ficaram todos cheios do Espírito
Santo" (At 2,4). "Pedro
e João são enviados à Samaria, para que recebam ao Espírito Santo, pois ainda
não havia vindo sobre nenhum deles" (At 8,14). "E
impondo-lhes Paulo suas mãos, desceu sobre eles o Espírito Santo" (At 19,6). Os Apóstolos eram conscientes que efectuavam um
rito sacramental, consistente na imposição das mãos e a oração que tinha como
efeito a comunicação do Espírito Santo. |
1545-1563, sob Paulo III, no Concílio de Trento |
31 |
A Igreja
recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Baptismo |
Foi comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de
perdoar e de reter os pecados para reconciliar aos fiéis caídos depois do
Baptismo. |
"...foi
comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de perdoar e
de reter os pecados para reconciliar aos fiéis caídos depois do
Baptismo." (Com. 3; Dz. 894.). Sagradas Escrituras: Mt 16,19: "Eu te darei as chaves do
reino de os céus." - O possuidor das chaves do Reino dos céus
tem a plena potestade para admitir ou excluir qualquer pessoa deste Reino. Jo 20,21: "... a quem perdoares os
pecados, lhes serão perdoados, a quem não perdoares, lhes serão
retidos...". Assim como Jesus tinha perdoado os pecados
durante sua vida terrena (cf. Mt 9,2; Mc 2,5; Lc 5,20), assim também agora
participa a seus Apóstolos esse poder de perdoar. As palavras de Jesus Cristo
se referem ao perdão real dos pecados pelo Sacramento da Penitência (Dz.
913). O poder de perdoar não foi concedido aos
Apóstolos como carisma pessoal, mas sim à Igreja como instituição permanente
para passá-lo aos sucessores dos Apóstolos. |
1545-1563, sob Júlio III, no Concílio de Trento |
32 |
A Confissão
Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para
a Salvação |
Basta indicar a culpa da consciência apenas aos sacerdotes mediante
confissão secreta. |
"Se
alguém disser que a Confissão Sacramental não foi instituída ou não é
necessária para a salvação, por direito divino, ou disser que o modo de
confessar secretamente apenas com o sacerdote, como a Igreja Católica sempre
observou desde o princípio e segue observando, é alheio à instituição e
mandato de Cristo e é uma intervenção humana, seja excomungado." (Dz. 916). Os reformadores, negaram que a Confissão
particular dos pecados fosse de instituição Divina e necessária para a
salvação. Sagradas Escrituras: Não se expressa directamente a instituição Divina
da Confissão particular mas se deduz: o poder para reter ou perdoar não se
pode exercer devidamente se aquele que possui tal poder não conhece a culpa
da disposição do penitente. Para ele é necessário que o penitente se acuse. O Papa Leão Magno, contra os abusos da confissão
pública declarou: "basta indicar a culpa da consciência apenas
aos sacerdotes mediante confissão secreta." (Dz. 145). |
1545-1563, sob Júlio III, no Concílio de Trento |
33 |
A Eucaristia é
verdadeiro Sacramento instituído por Cristo |
Aquele que come Minha Carne e bebe Meu Sangue tem a vida
eterna."Cristo está presente no sacramento do altar pela
transubstanciação de toda a substância do pão em seu corpo e toda substância do
vinho em seu sangue. |
Se
alguém disser que os Sacramentos da nova Lei não foram instituídos todos por
Jesus Cristo, e que são sete: Batismo, Eucaristia... e que algum destes não é
verdadeiro e propriamente Sacramento, seja excomungado." Sagradas Escrituras: O feito de que Cristo instituiu a Eucaristia se
vê em suas palavras: "Fazei isto em memória de Mim..." (Lc
22,19). Nelas se cumprem todas as notas essenciais da definição do
Sacramento: A matéria: o pão e vinho. A forma: as palavras da consagração. A graça interna: indicada e produzida pelo signo
é a união com Cristo e a vida eterna: 1. "Quem come
Minha Carne e bebe Meu Sangue permanece em Mim e Eu nele" (Jo
6,56). 2. "Aquele que come Minha Carne e bebe
Meu Sangue tem a vida eterna." (Jo 6,54). |
1545-1563, sob Paulo III, no Concílio de Trento |
34 |
Cristo está
presente no Sacramento do Altar em Corpo, Alma e Divindade |
Cristo está presente no sacramento do altar pela transubstanciação de
toda a substância do pão em seu corpo e toda substância do vinho em seu
sangue |
Se
alguém disser que no sacrossanto Sacramento da Eucaristia permanece as
substâncias do pão e do vinho, juntamente com o Corpo e o Sangue de nosso
Senhor Jesus Cristo, e negar aquela maravilhosa e singular conversão de toda
a substância do pão e do vinho em Corpo e Sangue, permanecendo apenas as
espécies de pão e vinho, conversão essa que a Igreja muito correctamente
chama 'Transubstanciação', seja excomungado." (Dz. 884-877). "Transubstanciação" é uma conversão no
sentido passivo; é o trânsito de uma coisa a outra. Cessam as substâncias de
Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e o Sangue de Cristo. A
Transubstanciação é uma conversão milagrosa e singular diferente das
conversões naturais, porque não apenas a matéria como também a forma do pão e
do vinho são convertidas; apenas os acidentes permanecem sem mudar:
continuamos vendo o pão e o vinho, mas substancialmente já não o são, porque
neles está realmente o Corpo, o Sangue, Alma e Divindade de Cristo. Sagradas Escrituras: Mc 14,22: "Tomai, este é Meu
Corpo...". Lc 22,19: "Tomou o pão, e dando
graças o deu a seus discípulos dizendo: Este é Meu Corpo...". |
1545-1563, sob Júlio III, no Concílio de Trento |
35 |
A Unção dos
enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo |
Existe algum enfermo entre nós? Façamos a unção do mesmo em nome do
Senhor. |
"Se
alguém disser que a Extrema Unção não é verdadeira e propriamente um
Sacramento instituído por Cristo, nosso Senhor, e promulgado pelo
bem-aventurado São Tiago Apóstolo, mas apenas um rito aceito pelos Padres ou
uma invenção humana, seja excomungado." (Dz. 926). Pio X condenou a sentença modernista que pretende
que o Apóstolo São Tiago tenha, em sua carta, apenas recomendado uma prática
piedosa (Dz. 2048). Sagradas Escrituras. Mc 6,13: "Expulsavam muitos demónios
e ungiam com azeite a muitos enfermos e os curavam". Tg 5,14: "Existe algum enfermo entre
nós? Façamos a unção do mesmo em nome do Senhor..." Esta última passagem expressa as notas essenciais
do Sacramento: 1. Sinal exterior da graça: óleo. 2. Matéria e forma: oração dos presbíteros. 3. Efeito interior da graça expresso no
perdão dos pecados. |
1545-1563, sob Júlio III, no Concílio de Trento |
36 |
Ordem é
verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo |
Existe uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos,
Presbíteros e Diáconos. |
"Se
alguém disser que no Novo Testamento não existe um sacerdócio visível e
externo, ou que não se dá poder algum de consagrar e oferecer o verdadeiro
Corpo e Sangue do Senhor e de perdoar os pecados, mas sim, apenas o dever e
mero ministério de pregar o Evangelho...seja excomungado." (Dz. 961). Como se vê, existe na Igreja um sacerdócio
visível e externo: "Se alguém disser que na Igreja católica não
existe uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos,
Presbíteros e Ministros, seja excomungado." (Dz. 966). E é uma
hierarquia instituída por ordenação divina. Sagradas Escrituras: At 6,6: "Os quais (7 varões) foram
apresentados aos Apóstolos, os quais, orando, lhes impuseram as mãos" -
Instituição dos diáconos. At 14,22: "Os constituíram
presbíteros pela imposição das mãos". |
1545-1563, sob Pio IV, no Concílio de Trento |
37 |
O matrimónio é
verdadeiro e próprio Sacramento |
Cristo restaurou o matrimónio instituído e bendito por Deus, fazendo que
recobrasse seu primitivo ideal da unidade e indissolubilidade e elevando-o à
dignidade de Sacramento. |
"Se
alguém disser que o matrimónio não é verdadeiro e propriamente um dos sete
Sacramentos da Lei do Evangelho, e instituído por Cristo Senhor, mas sim
inventado pelos homens da Igreja, e que não confere a graça, seja
excomungado" (Dz. 971). Sagradas Escrituras: Mt 19,6: "Assim, pois, já não são
dois, mas apenas uma só carne". Gn 2,23: "Pelo qual, abandonará o
homem a seu pai e a sua mãe, e se juntará a sua mulher, e serão dois em uma
só carne". Mc 10,9: "O que Deus uniu o homem
não o separe". Ef 5,32: "Este Sacramento é grande
mas em Cristo e na Igreja". O Matrimónio, como instituição natural, é de
origem divina. Deus criou os seres humanos varão e fêmea (cf. Gn. 1,27) e
depositou na mesma natureza humana o instinto de procriação. Deus abençoou o
primeiro casal e lhes ordenou que se multiplicassem: "crescei e
multiplicai, e povoai a terra" (Gn 1,28). Cristo restaurou o matrimónio instituído e
bendito por Deus, fazendo que recobrasse seu primitivo ideal da unidade e
indissolubilidade e elevando-o a dignidade de Sacramento. |
1545-1563, sob Pio IV, no Concílio de Trento |
Dogmas sobre as últimas coisas |
Textos de fundamentação |
Data e
Local |
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38 |
A Morte e sua
origem |
A morte, na actual ordem da Salvação, é consequência primitiva do
pecado. |
"Se
alguém não confessa que o primeiro homem, Adão, ao transgredir o mandamento
de Deus no paraíso, perdeu imediatamente a Santidade e Justiça em que havia
sido constituído e incorreu por ofensa... na morte com que Deus antes havia
amenizado... que toda pessoa de Adão foi mudada para pior, seja
excomungado." Ainda que o homem seja mortal por natureza, já
que seu ser é composto de partes distintas, por revelação sabemos que Deus
dotou o homem, no paraíso, do Dom pré-natural da imortalidade do corpo. Mas por
castigo, ao quebrar a ordem Divina, ficou condenado a morrer. Sagradas Escrituras: Gn 2,17: "Adão havia sido ameaçado:
'O dia que comeres daquele fruto, morrerás...'". Rm 5,12: "Por um homem entrou o
pecado no mundo, e pelo pecado a morte..." |
1545-1563, sob Paulo III, no Concílio de Trento |
39 |
O Céu ou
Paraíso Celeste |
As almas dos justos que no instante da morte se acham livres de toda
culpa e pena de pecado entram no Céu. |
Benedito XII (1334-1342), pela Constituição
"Benedictus Deus", de 29 de Janeiro de 1336, proclama: · "Por
esta constituição que há de valer para sempre e por autoridade apostólica
definimos... que segundo a ordenação de Deus, as almas completamente
purificadas entram no céu e contemplam imediatamente a essência divina,
vendo-a face a face, pois a referida Divina essência lhes é manifestada
imediata e abertamente, de maneira clara e sem véus, e as almas em virtude
dessa visão e esse gozo, são verdadeiramente ditosas e terão vida eterna e
eterno descanso" (Dz. 530). Também o Símbolo apostólico declara: "Creio
na vida eterna" (Dz. 6 e 9). Sagradas Escrituras: Jesus representa a felicidade do céu sob a imagem
de um banquete de bodas: "...enquanto iam comprá-lo, chegou o
noivo, e as que estavam preparadas entraram com o noivo ao banquete de boda,
e a porta foi fechada" (Mt. 25,10). A condição para alcançar a vida eterna é conhecer
a Deus e a Cristo: "Esta é a vida eterna, que te conheçam a Ti,
único Deus verdadeiro e a Teu enviado Jesus Cristo." (Jo 17,3). "Bem-aventurados
os limpos de coração porque eles verão a Deus." (Mt 5,8). "Nem
o olho viu e nem o ouvido ouviu segundo a inteligência humana, o que Deus
preparou para os que Lhe amam." (1Cor 2,9). A vida eterna consiste na visão de Deus: "Seremos
semelhantes a Ele porque O veremos tal qual é..." (Jo 5,13). Os actos que integram a felicidade celestial são
de entendimento, e este por um Dom sobrenatural "lumen gloriae" é
capacitado para o ato da visão de Deus (Sl 35,10; Ap 22,5) de amor e gozo. |
29-1-1336, sob Benedito XII, pela Constituição "Benedictus Deus" |
40 |
O Inferno |
O Inferno é uma possibilidade graças à nossa liberdade. Deus nos fez
livres para amá-lo ou para rejeitá-lo. Se o Céu pode ser representado como uma
grande ciranda onde todos vivem em plena comunhão entre si e com Deus, o
Inferno pode ser visto como solidão, divisão e ausência do Amor que gera e
mantém a vida. Deve-se salientar que a vontade de Deus é a vida e não a morte
de quem quer que seja. Jesus veio para salvar e não para condenar. No limite,
Deus não condena ninguém ao Inferno. É a nossa opção fundamental, que vai se
formando ao longo de toda vida, pelos nossos pensamentos, actos e omissões,
que confirma ou não o desejo de estar com Deus para sempre. De qualquer
forma, não se pode usar o Inferno para convencer as pessoas a acreditar em
Deus ou a viver a Fé. Isso favorece a criação de uma religiosidade infantil e
puramente exterior. Deve-se privilegiar o Amor e não o temor. Só o Amor move
os corações e nos faz adorar a Deus e amar o próximo em espírito e vida. |
As almas dos que morrem em estado de pecado mortal vão ao inferno. Segundo
a comum ordenação de Deus, as almas dos que morrem em pecado mortal,
imediatamente depois da morte, baixam ao inferno, onde são atormentadas com
suplícios infernais." (Dz. 531). O inferno é um lugar de eterno sofrimento onde se
acham as almas dos réprobos. Negam a existência do inferno aqueles que não
acreditam na imortalidade pessoal (materialismo). Sagradas Escrituras: Jesus ameaça com o castigo do inferno: "Se
teu olho direito é causa de pecado, retira-o e afasta-o de ti; muito mais te
convém que percas um de teus membros do que tenhas todo o corpo jogado na
geena..." (Mt 5,29). "E
não temais aos que matam o corpo e não podem atingir a alma; temais bem mais
àquele que pode levar a alma e o corpo à perdição, destinando-os à
geena..." (Mt 10,28). "Ai
de vós, escribas e fariseus hipócritas, que percorreis mar e terra para fazer
um prosélito, e quando chegais a fazê-lo, o fazeis filho da condenação ao
dobro de vós mesmos!" (Mt 23,15). Trata-se de fogo eterno: "Então dirá
também aos de sua esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos, ao fogo eterno
preparado para o diabo e seus anjos...'" (Mt 25,41). E de suplicio eterno: "E irão estes
a um castigo eterno, e os justos a uma vida eterna." (Mt
25,46). São Paulo, em 2Ts 1,9, afirma: "Serão
castigados à eterna ruína, longe da face do Senhor e da glória de Seu
poder..." São Justino, funda o castigo do inferno na ideia
da Justiça Divina, a qual não pode deixar impune aos
transgressores da Lei. |
29-1-1336, sob Benedito XII, pela Constituição "Benedictus Deus" |
41 |
O Purgatório |
As almas dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados
veniais ou por penas temporais devidas pelo pecado vão ao Purgatório. O
Purgatório é estado de purificação. |
"As almas que partiram deste mundo em caridade com Deus,
com verdadeiro arrependimento de seus pecados, antes de ter satisfeito com
verdadeiros frutos de penitência por seus pecados de actos e omissão, são
purificadas depois da morte com as penas do purgatório..." (Dz. 464). Sagradas Escrituras: Ensinam indirectamente a existência do purgatório concedendo a
possibilidade da purificação na vida futura. Os judeus oraram pelos caídos, aos quais se haviam encontrado
objectos consagrados aos ídolos, afim de que o Senhor perdoasse seus
pecados: "Por isso mandou fazer este sacrifício expiatório em
favor dos mortos para que ficassem liberados do pecado..." (2Mc
12,46). "Quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado nem
neste tempo nem no vindouro...". Para São Gregório Magno, esta última frase indica que as culpas
podem ser perdoadas neste mundo e também no futuro. A existência do
Purgatório se prova especulativamente pela Santidade e Justiça de Deus. Esta
exige que apenas as almas completamente purificada sejam exibidas no céu; Sua
Justiça reclama que sejam pagos os restos de penas pendentes, e por outro
lado, proíbe que as almas unidas em caridade com Deus, sejam atiradas ao
inferno. Por isso se admite um estado intermediário que purifique e de
duração limitada. |
1274, sob Gregório X, no
Concílio de Leão II |
42 |
O Fim do mundo
e a Segunda vinda de Cristo |
No fim do mundo, Cristo, rodeado de majestade, virá de novo para
julgar os homens. |
"...e
outra vez deverá vir com glória para julgar aos vivos e aos mortos... " (Dz. 86). Sagradas Escrituras: Jesus predisse muitas vezes sua segunda
vinda: "porque o Filho do homem há de vir na glória de Seu Pai,
com seus anjos, e então cada um pagará segundo sua conduta..." (Mt
16,27). "Porque
quem se envergonhar de Mim e de Minhas palavras nesta geração adúltera e
pecadora, também o Filho do Homem dele se envergonhará quando vier na glória
de Seu Pai com os Santos Anjos..." (Mc 8,38; Lc. 9,26). "O
Filho do homem há de vir na glória de Seu Pai com Seus anjos, e então julgará
a cada um segundo suas obras..." (Mt 24,30; cf. Dn 7,13). "A
finalidade da Segunda vinda será ressuscitar os mortos e dar a cada um o que
merece..." (2Ts 1,8). "Por
isso devemos ser encontrados 'irrepreensíveis'..." (1Cor 1,8; 1Ts
3,13). Sinais precursores da segunda vinda: 1. Pregação do Evangelho por todo o mundo: "Esta
Boa Nova do Reino deverá ser proclamada no mundo inteiro, para dar testemunho
a todas as nações. E então, virá o fim..." (Mt 21,14). "E
é preciso que antes seja proclamada a Boa Nova a todas as nações..." (Mc
13,10). 4. Antes da apostasia, manifestar-se-á o
Anticristo: "Antes da apostasia, se manifestará o homem com
iniquidade..." (2Ts 2,3; pessoa determinada a ser o instrumento
de Satã). 5. Grandes calamidades: enchentes, calamidades ou
catástrofes naturais serão o prelúdio da vinda do Senhor: "Imediatamente
depois da tribulação daqueles dias, o sol se escurecerá, a lua não dará seu
resplendor, as estrelas cairão do céu e as forças dos céus serão
sacudidas..." (Mt 24,29, cf. Is 13,10: "Quando as
estrelas do céu e a constelação de Orion já não iluminarem, e o Sol estiver
obscurecido, e não brilhe a luz da Lua..."). |
381, sob São Dâmaso , no Concílio de Constantinopla I |
43 |
A Ressurreição
dos mortos no Último Dia |
Aos que crêem em Jesus e comem de Seu corpo e bebem de Seu sangue,
Ele lhes promete a Ressurreição. |
"...É
pois, a fé certa que cremos e confessamos que ... e à Sua vinda, todos os
homens deverão ressuscitar com seus corpos..." (Dz. 40). Também o Símbolo Apostólico confessa: "creio
... na ressurreição da carne..." Sagradas Escrituras: Jesus contesta aos saduceus: "na
ressurreição nem se casarão nem se darão em casamento, pois serão como
anjos..." (Mt 22,29). "E
sairão, os que tiveram bons trabalhos, para a ressurreição da vida, e os que
trabalharam mal, para a ressurreição do juízo..." (Mt 22,29). "Aos
que crêem em Jesus e comem de Seu corpo e bebem de Seu sangue, Ele lhes
promete a ressurreição..." (Jo 6,39). "Eu
sou a ressurreição e a vida..." (Jo 11,25). A razão iluminada pela fé prova a conveniência da
ressurreição: 1. Pela perfeição da Redenção obrada por Cristo. 2. Pela semelhança que tem com Cristo os membros
de seu Corpo místico. 3. O Corpo humano Santificado pela Graça,
especialmente pela Eucaristia. |
Símbolo "Quicumque", chamado também "Atanasiano" |
44 |
O Juízo Universal |
Cristo, depois de seu retorno, julgará todos os homens. |
É,
pois a fé certa que cremos e confessamos que ... dali haverá de vir a julgar
os vivos e os mortos..." Sagradas Escrituras: · Jesus
toma a miúdo como motivo de sua pregação o dia do juízo: "por
isso vos digo que no dia do Juízo haverá menos rigor para Tiro e Sidon que
para vós..." (Mt 11, 22). · "O
Filho do homem há de vir em toda glória de seu Pai, com seus anjos, e então
julgará a cada uno segundo sus obras." (Mt 16,27). · "Jesus
Cristo foi instituído por Deus como juiz dos vivos e dos mortos." (At
10,42). |
Símbolo "Quicumque", chamado também "Atanasiano" |
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Dogma sobre o demónio |
Textos de fundamentação |
Data e
Local |
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45 |
O demónio é
uma pessoa espiritual |
A existência do Diabo nunca foi
negada por nenhum Papa, nenhum Concílio, nem nunca foi posta em dúvida por
nenhum heresiarca. Sem dúvida alguma é uma Verdade Revelada de “Fide Divina
et Catholica” pelo Magistério Ordinário da Igreja. Nunca tendo sido definida
como dogma, e por estar implícita no Dogma do Inferno, pode ser considerada
como se fosse um Dogma! |
n Se alguém disser que o diabo não foi
primeiro um anjo bom, feito por Deus, e que sua natureza não foi obra de
Deus, mas que emergiu das trevas e não tem nenhum autor de si, e que ele
mesmo é o princípio e a substância do mal, como disseram (os hereges)
Maniqueu e Prisciliano, seja anátema. n Os anjos
foram criados bons, mas fizeram-se maus pela sua rebelião contra Deus. n O mal não
é só uma deficiência, mas uma eficiência, um ser vivo espiritual pervertido e
perversor. Terrível realidade, misteriosa e pavorosa. Se sai do quadro do
ensinamento bíblico e eclesiástico quem se nega a reconhecer a sua
existência; ou quem a explica como una pseudo-realidade, uma personificação
conceptual e fantástica de causas desconhecidas de nossas desgraças. n Quem não crê no
demónio, não crê no Evangelho. Não se deve ter medo de chamar pelo seu nome
o primeiro artífice do mal: o Maligno. A táctica que aplicou e aplica
consiste em não se revelar, para que o mal difundido por ele desde a origem
se desenvolva por acção do próprio homem. n Definição contra os
albigenses e os cátaros. Firmemente cremos e simplesmente confessamos que . .
. o diabo e demais demónios, por Deus certamente foram criados bons por
natureza; mas eles, por si mesmos, fizeram-se maus. O homem, porém, pecou por
sugestão do diabo.” |
n Papa João III, no Sínodo de Braga I n Papa Paulo VI n Papa Paulo VI n São João Paulo II n Concílio de Latrão IV |
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● Conclusões e Conselhos ▲
A única Conclusão possível, é de que há
infelizmente muita gente que se afirma Católica, só por terem sido Baptizados,
mas por não acreditarem em todos os Dogmas, automaticamente deixam de o ser.
Nestas matérias de Fé, a primeira coisa a ter, é humildade de espírito, para
poder acreditar nas Verdades Reveladas por Deus e estabelecidas pela Igreja
Católica.
O
Conselho que pode ser dado, é que se
aprofunde o conhecimento da Doutrina da
Igreja Católica lendo o Catecismo da Igreja Católica.
Aí
se encontra a Verdadeira Doutrina
que nos permite trilhar com segurança os Caminhos da Vida e alcançar a Salvação da Alma.