Assunção de Nossa Senhora aos Céus, em corpo e alma,

após a sua morte e Ressurreição

 

Olho de Deus

 

Sallaert 

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BÊNÇÃO ESPECIAL  

 

Editorial do dia 8 de Março de 2015  

 

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Nesta Página da Amen, pode encontrar alguns textos sobre a Assunção de Nossa Senhora aos Céus, em corpo e alma, após a sua morte e Ressurreição.

 

ÍNDICE

 A morte de Nossa Senhora 

Na obra de Maria de Jesus de Agreda

Na obra de Maria Valtorta

Na obra de Santa Brígida

Nos escrito de São João Damasceno

Nos escrito de São João Paulo II

 O sepultamento de Nossa Senhora 

 A Ressurreição de Nossa Senhora 

 A Assunção de Nossa Senhora 

 Alguns quadros mais conhecidos da Assunção de Nossa Senhora 

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 A morte de Nossa Senhora 

É frequente ouvir-se falar da dormição de Nossa Senhora, como sendo uma afirmação de quem sabe das coisas e como uma atitude culta e informada. Isto fica-se a dever, em parte, ao facto de que a morte de Nossa Senhora não foi realçada nas Sagradas Escrituras. Desta forma, fica aberta a porta à dúvida, que só será totalmente esclarecida 1700 anos depois. A confirmação que nos chega, depois de a conhecermos, é perfeitamente plausível, e aceitamo-la de bom grado.

Ao longo da leitura da Mística Cidade de Deus vamos aprendendo que a Virgem Maria sempre esteve ao lado de Jesus até aos trinta anos de idade, quando começou a Sua vida pública. A partir desse momento, a sua ligação continuou sendo permanente, mas só a um nível espiritual, e todos os momentos difíceis pelos quais Jesus passou, também a Virgem Maria com Ele os partilhou, inclusive, as privações, os sofrimentos e a própria morte.

Afirmam também a morte de Nossa Senhora, os Padre da Igreja, os Santos da Igreja e os Papas.

As duas Revelações Privadas que descrevem a morte de Nossa Senhora com mais detalhe, são a da Mística Cidade de Deus da Madre Maria de Jesus de Agreda e a obra da Catherine Emmerich. Esta última tem diversas contradições com o revelado à Madre Maria de Jesus de Agreda, e não aconselho a sua leitura. Também Maria Valtorta e Santa Brígida abordaram este tema da morte de Nossa Senhora.

Na obra de Maria de Jesus de Agreda

O Livro V da Mística Cidade de Deus fala-nos exactamente disso:

Contém a perfeição com que Maria Santíssima copiava e imitava as operações da alma de Seu Filho amadíssimo e como a informava da Lei da Graça, artigos da fé, sacramentos e Dez Mandamentos e a prontidão e alteza com que a observava;

Não fugiu à regra a vontade que Ela expressou á Santíssima Trindade de passar também pela morte corporal, tal como o Seu Filho passara.

Mística Cidade de Deus, Tomo 4, Capítulo 19, Número 740, Pág. 382

MCD-3-740 740 - Prostrou-Se a prudentíssima Mãe diante de Seu Filho, e com alegre semblante respondeu: Meu Filho e Senhor, suplico-Vos que Vossa Mãe e serva entre na vida pela porta comum da morte natural, como os demais filhos de Adão. Vós que sois Meu verdadeiro meu Deus, a padecestes sem obrigação de morrer; justo é que, tendo procurado Vos seguir na vida, vos acompanhe também no morrer. Aprovou Cristo, nosso Salvador o sacrifício e vontade de Sua Mãe Santíssima, e disse que se cumprisse o que Ela desejava. 

 

Mística Cidade de Deus, Tomo 4, Capítulo 19, Número 741, Pág. 383

MCD-3-741 741 - Quando os Anjos principiaram a música, Maria Santíssima reclinou-se no leito, a túnica ficou-Lhe como que unida ao corpo, as mãos juntas, o olhar fixo em Seu Filho Santíssimo e toda abrasada na chama de seu divino amor. Quando os Anjos chegaram àqueles versos do capítulo II dos Cânticos (v. 10): Levanta-Te, apressa-Te, Minha amiga, pomba Minha, formosa Minha e vem, que o Inverno já passou, etc... A estas palavras, Ela pronunciou aquelas de Seu Filho na cruz: Em tuas mãos, Senhor, encomendo Meu espírito (Lc 23, 46). Cerrou os virginais olhos e expirou. A enfermidade que Lhe tirou a vida foi o Amor, sem qualquer outro achaque ou acidente. 

 

A Virgem Maria morreu, com “setenta anos menos vinte e cinco ou seis dias” de idade, no dia 13 de Agosto, de uma sexta feira às três horas da tarde, tal como Jesus, como acima descrito, e foi sepultada, tendo permanecido no túmulo o mesmo tempo que Jesus esteve no Santo Sepulcro. A Assunção ao Céu foi no dia 15 de Agosto, tal como celebrado pela Igreja Católica.

Se fizermos as contas ao nascimento de Nossa Senhora no dia 5 de Agosto, como foi revelado por Ela em Medjugorje, então teria “70 anos mais 8 dias”.

Mística Cidade de Deus, Tomo 4, Capítulo 19, Número 742, Pág. 383

MCD-3-742 742 - Aquela alma puríssima passou de Seu virginal corpo à destra e trono de Seu Filho Santíssimo onde, num instante, foi colocada com imensa glória. Começou-se a ouvir que a música dos Anjos ia se afastando na região do ar, porque a procissão dos Anjos e santos, acompanhando seu Rei e Rainha, encaminhou-se para o Céu empíreo. O sagrado corpo de Maria Santíssima que fora templo e sacrário de Deus vivo, ficou cheio de luz e resplendor, desprendendo tão admirável fragrância, que encheu a todos os circunstantes de suavidade interior e exterior. Os mil Anjos custódios de Maria Santíssima ficaram guardando o precioso tesouro de Seu virginal corpo. Os Apóstolos e discípulos, entre lágrimas de dor e alegria, pelas maravilhas que presenciaram, permaneceram absortos por algum tempo e, em seguida, cantaram muitos hinos e salmos em honra da falecida Senhora. O glorioso trânsito da grande Rainha do mundo verificou-se a treze de Agosto, sexta-feira às três horas da tarde, como o de Seu Filho Santíssimo. Contava setenta anos de idade, menos os vinte e seis dias que vão de treze de Agosto em que morreu, até oito de Setembro em que nasceu, e no qual completaria os setenta anos. Depois da morte de Cristo nosso Salvador, a divina Mãe viveu no mundo vinte e um anos, quatro meses e dezenove dias, sendo o ano cinquenta e cinco de seu virginal parto. É fácil fazer o cálculo: Quando Cristo nosso Salvador nasceu, a Virgem Mãe tinha quinze anos, três meses e dezessete dias. O Senhor viveu trinta e três anos e três meses. Ao tempo de Sua Sagrada Paixão estava Maria Santíssima com quarenta e oito anos, seis meses e dezessete dias. Acrescentando a estes os outros vinte e um anos, quatro meses e dezenove dias, fazem os setenta anos menos vinte e cinco ou seis dias.

Com a morte da Virgem Maria ocorreram grandes maravilhas e prodígios

Mística Cidade de Deus, Tomo 4, Capítulo 19, Número 743, Pág. 384

MCD-3-743 743 - Grandes maravilhas e prodígios sucederam na preciosa morte da Rainha. O Sol eclipsou-se, como disse acima , e em sinal de luto escondeu sua luz por algumas horas. À casa do Cenáculo acorreram muitas aves de diversa espécies e, com tristes gorjeios, estiveram algum tempo se lamentando e provocando o pranto de quem as ouvia. Jerusalém inteira se comoveu e, admirados, vinham muitos confessando em alta voz o poder de Deus e a grandeza de Suas obras. Outros ficavam atónitos e fora de si. Os Apóstolos e discípulos, com outros fiéis, se desfaziam em lágrimas. Acorreram muitos enfermos e todos foram curados. Saíram do Purgatório as almas que lá estavam. O maior prodígio foi o seguinte: na mesma hora de Maria Santíssima, expiraram três pessoas; um homem em Jerusalém e duas mulheres vizinhas do Cenáculo. Morreram em pecado, sem penitência e iam ser condenadas. A dulcíssima Mãe, porém, pediu misericórdia para eles no tribunal de Cristo. Alcançou que fossem restituídos à vida que então modificaram, de modo a viver na Graça e se salvaram. Este privilégio não se estendeu a outros que naquele dia morreram no mundo, mas só àqueles três que se verificaram à mesma hora em Jerusalém. O que sucedeu no Céu e quão festivo foi este dia na Jerusalém triunfante descreverei noutro capítulo, para não o misturar com o luto dos mortais.

Mística Cidade de Deus, Tomo 4, Capítulo 22, Número 780, Pág. 1481

MCD-3-780 780 - ... o trânsito de nossa Rainha ocorreu a treze de Agosto. Sua ressurreição, assunção e coroação sucedeu no domingo, dia quinze, no qual é celebrada na santa Igreja.

...

esta maravilha sucedeu no ano cinquenta e cinco do Senhor...

Na obra de Maria Valtorta

A morte da Virgem Maria também foi testemunhada pelas visões de Maria Valtorta, as quais imortalizou na sua obra “Evangelho como ele me foi revelado”, escrita entre 1944 e 1951, portanto, quase até a sua morte. As suas últimas narrativas denotam um profundo cansaço e uma certa falta de rigor, se comparadas com cenas descritas em anos anteriores.

Na visão que Maria Valtorta tem dos diálogos entre a Virgem Maria e São João Evangelista, vamos encontrar este, desfeito em lágrimas, por a Virgem Mãe lhe ter comunicado que estava chegando a hora da Sua partida desta Terra. Ele não queria de maneira nenhuma aceitar esta dura realidade, e foi assim que Maria Valtorta relata a sua visão:

O “Evangelho como ele me foi revelado”, de Maria Valtorta, Versão Brasileira, Volume 10, Capítulo 649, Pág. 479

479 - … (João) “Não! Não! Não digas isso. Tu não podes, não deves morrer. O Teu corpo imaculado não pode morrer, como o dos pecadores.”

(Virgem Maria) “Tu está errado João. O meu filho morreu. Eu também morrerei. Não conhecerei o que é doença, o que é agonia, nem o espasmo da morte. Mas morrer, eu morrerei.”

O “Evangelho como ele me foi revelado”, de Maria Valtorta, Versão Brasileira, Volume 10, Capítulo 649, Pág. 489

489 - … (João) “A esses tais, eu poderei dizer, jurando por coisas mais excelsas, que não só o Cristo tornou a viver, pelo seu próprio poder divino, mas que, também sua Mãe, três dias depois da morte, se é que se pode chamar de morte aquela morte, recebeu de novo a vida e, com a carne unida à sua alma, tomou posse da sua eterna morada no Céu ao lado de seu Filho.”

 

Na obra de Santa Brígida

 

Também Santa Brígida nos relata, nas suas visões, a morte da Virgem Maria:

“Revelações Celestiais de Santa Brígida”, Livro 6, Revelação 47, Edição espanhola de 1901, exemplar raro que se encontra na Cartuxa de Évora.

Asunción de la Virgen María, con notable revelación sobre el fin del mundo.

Revelación 47

Dice la Virgen a la Santa: Como cierto día, transcurridos algunos años después de la Ascensión demi Hijo, estuviese yo muy ansiosa con el deseo de ir a estar con Él, vi un ángel resplandecientecomo antes había visto otros, el cual me dijo: Tu Hijo, que es nuestro Dios y Señor, me envía aanunciarte que ya es tiempo de que vayas a él corporalmente, para recibir la corona que te estápreparada. Y yo le respondí: ¿Sabes tú acaso el día y hora en que he de salir de este mundo? Y mecontestó el ángel: Vendrán los amigos de tu Hijo, quienes darán sepultura a tu cuerpo. En seguidadesapareció el ángel, y yo me preparé para mi tránsito, visitando según mi costumbre todos loslugares donde mi Hijo había padecido.

Hallábase un día suspenso mi ánimo en la admiración del amor de Dios, y en aquellacontemplación llenóse mi alma de tanto júbilo, que apenas podía caber en sí, y con semejanteconsideración salió de mi cuerpo. Pero qué cosas y cuán magníficas vió entonces mi alma, y concuánta gloria la honraron el Padre, el Hijo y el Espíritu Santo, y por cuánta muchedumbre deángeles fué elevada al cielo, ni tú podrías comprenderlo, ni yo te lo quiero decir, antes que seseparen tu alma y tu cuerpo, aun cuando algo de todo esto te manifesté en aquella oracióncotidiana que te inspiró mi Hijo. Los que conmigo estaban en la casa en el momento de yo expirar, conocieron bien por eldesacostumbrado esplendor, que notaron, que alguna cosa de Dios pasaba entonces conmigo. Vinieron los amigos de mi Hijo enviados por disposición divina, y enterraron mi cuerpo en elvalle de Josafat, y los acompañaron infinitos ángeles como los átomos del sol; pero los espíritus malignos no se atrevieron a acercarse. A los pocos días de estar mi cuerpo sepultado en la tierra, subió al cielo con muchedumbre de ángeles. Y este intervalo de tiempo no es sin grandísimomisterio, porque en la hora séptima será la resurrección de los cuerpos, y en la hora octava secompletará la bienaventuranza de las almas y de los cuerpos.

 

Nos escrito de São João Damasceno

São João Damasceno também na sua terceira homilia sobre a Assumpção da Virgem Maria, foi eloquente quanto à morte de Nossa Senhora.

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Sepultamento da Virgem Maria - Ícone "St. Michael" Kostenetz”

Antologia dos Santos Padres. Homilias de São João Damasceno. Edições Paulinas 1979 - Cirilio Folch Gomes

“Aquele que, de sua transcendência super-essencial e imaterial, desceu ao seio virginal para ser concebido e se encarnar, sem deixar o seio do Pai; aquele que através da Paixão marchou voluntariamente para a morte, conquistando pela morte a imortalidade e voltando ao Pai; como não pôde ele atrair ao Pai sua Mãe segundo a carne? Como não elevaria da Terra ao Céu aquela que fora um verdadeiro Céu sobre a Terra?

Mas então? Morreu a fonte da vida, a Mãe de meu Senhor? Sim, era preciso que o ser formado da terra à terra voltasse, para dali subir ao Céu, recebendo o dom da vida perfeita e pura a partir da terra, após ter-lhe entregue seu corpo. Era preciso que, como o ouro no crisol, a carne rejeitasse o peso da mortalidade e se tornasse, pela morte, incorruptível, pura, e assim ressuscitasse do túmulo.

Aproxima-te, ó Mãe, de teu Filho, aproxima-te e participa do poder régio daquele que, nascido de ti, contigo viveu na pobreza! Ascende, ó Soberana, ascende! Já não vale a ordem dada a Moisés: “Sobe e morre…” (Dn 31, 48) Morre, sim, mas eleva-te pela própria morte!

Entrega tua alma às mãos de teu Filho e devolve à terra o que é da terra, pois mesmo isso será carregado por ti.

Eis a Virgem, filha de Adão e Mãe de Deus: por causa de Adão entrega seu corpo à terra, mas por causa de seu Filho eleva a alma aos tabernáculos celestes! Santificada seja a Cidade santa, que acolhe mais essa bênção eterna! Que os anjos precedam a passagem da divina morada e preparem seu túmulo, que o fulgor do Espírito a decore! Preparai aromas para embalsamar o corpo imaculado e repleto de delicioso perfume! Desça uma onda pura a fim de aurir a bênção da fonte imaculada da bênção! Alegre-se a terra de receber o corpo e exulte o espaço pela ascensão do espírito! …

Tal é, depois de outros dois, o terceiro discurso que compus acerca de tua partida, ó Mãe de Deus, em honra e amor da Trindade, cuja cooperadora foste, por benevolência do Pai e por virtude do Espírito, quando recebeste o Verbo sem princípio, a Sabedoria omnipotente, a Força de Deus. Aceita, pois, minha boa vontade, maior do que minha capacidade, e dá-me a salvação, a libertação das paixões da alma, o alívio das doenças dos corpos, a salvação das dificuldades, a vida de paz, a luz do Espírito. Inflama nosso amor por teu Filho, regula nossa conduta sobre o que lhe apraz, a fim de que, na posse da bem-aventurança do alto, e vendo-te refulgir com a glória de teu Filho, façamos ressoar hinos sagrados, na eterna alegria, na assembleia dos que celebram, em festa digna do Espírito, aquele que por ti opera nossa salvação, o Cristo Filho de Deus e nosso Deus, a quem pertence a glória e o poder, com o Pai sem princípio e o Espírito Santo e vivificador, agora e sempre pelos séculos. Amen.”

 

Nos escrito de São João Paulo II

 

O Papa João Paulo II também foi eloquente quanto à morte de Nossa Senhora na Audiência Geral de 25 de Junho de 1997.

Audiência Geral das Quartas-feiras 25 de Junho de 1997 - Papa João Paulo II - nº 3/4

A dormição da Mãe de Deus

Caríssimos Irmãos e Irmãs, …

3. É verdade que na Revelação a morte se apresenta como castigo do pecado. Todavia, o facto de a Igreja proclamar Maria liberta do pecado original por singular privilégio divino não induz a concluir que Ela recebeu também a imortalidade corporal. A Mãe não é superior ao Filho, que assumiu a morte, dando-lhe novo significado e transformando-a em instrumento de salvação.

Empenhada na obra redentora e associada à oferta salvífica de Cristo, Maria pôde compartilhar o sofrimento e a morte em vista da redenção da humanidade. Também para Ela vale quanto Severo de Antioquia afirma a propósito de Cristo: «Sem uma morte preliminar, como poderia ter lugar a ressurreição?» (Antijulianistica, Beirute 1931, 194 s.). Para ser partícipe da ressurreição de Cristo, Maria devia compartilhar antes de mais a Sua morte.

4. O Novo Testamento não oferece qualquer notícia sobre as circunstâncias da morte de Maria. Este silêncio induz a supor que esta se tenha verificado normalmente, sem qualquer pormenor digno de menção. Se assim não tivesse sido, como poderia a notícia permanecer escondida aos contemporâneos e, de alguma forma, não chegar até nós?

Quanto aos motivos da morte de Maria, não parecem fundadas as opiniões que lhe quereriam excluir causas naturais. Mais importante é a busca da atitude espiritual da Virgem no momento da sua despedida deste mundo. A este propósito, São Francisco de Sales considera que a morte de Maria se tenha verificado como efeito de um transporte de amor. Ele fala de um morrer «no amor, por causa do amor e por amor», chegando por isso a afirmar que a Mãe de Deus morreu de amor pelo seu filho Jesus (Traité de l'Amour de Dieu, Lib. 7, c. XIII-XIV).

Qualquer que tenha sido o facto orgânico e biológico que, sob o aspecto físico, causou a cessação da vida do corpo, pode-se dizer que a passagem desta vida à outra constituiu para Maria uma maturação da graça na glória, de tal forma que jamais como nesse caso a morte pôde ser concebida como uma «dormição».

 

 

 O sepultamento de Nossa Senhora 

Retirado da Mística Cidade de Deus, Tomo 4, do CAPÍTULO 20,  Nº 747 a 755

 

MCD-3-748 748 - Os santos Apóstolos, a quem principalmente incumbia este cuidado, trataram logo de providenciar conveniente sepultura ao corpo Santíssimo de Sua Rainha e Senhora. Destinaram-Lhe, no vale de Josafá, um sepulcro novo que a providência de seu Filho Santíssimo ali prevenira. Lembraram-se os Apóstolos de que o corpo deificado do Senhor fora ungido com ungentos preciosos e aromáticos (Jo 19, 40), conforme o costume dos judeus, e envolvido no santo lençol ou sudário. Pareceu-lhes que se deveria fazer o mesmo com o corpo virginal de Sua Mãe Santíssima, e então não pensaram outra coisa. Chamaram as duas jovens que serviam a Rainha, as herdeiras de suas túnicas e lhe ordenaram ungir, com grande reverência e recato, o corpo da Mãe de Deus, e o envolver no lençol, para colocá-lo no féretro. As moças entraram, com grande veneração e temor, no oratório onde a venerável falecida jazia em Sua tarimba, mas detiveram-se ofuscadas por extraordinário resplendor que lhes impedia de ver o corpo, e até o lugar em que se encontrava.

  

MCD-3-749 749 - Saíram do oratório, com maior temor e reverência do que ao entrar, e com não pequena e admirada comoção, contaram aos Apóstolos o que lhes sucedera. Estes concluíram, não sem inspiração do Céu, que aquela sagrada arca do Testamento não deveria ser tocada, nem tratada pela ordem comum, São Pedro e São João entraram no oratório, viram o resplendor, ouvindo ao mesmo tempo, a música celestial dos Anjos que cantavam: Deus Te salve, Maria, cheia de graça, o Senhor é Contigo. Outros acrescentavam: Virgem antes do parto, no parto e depois do parto. Desde este dia, muitos fiéis da primitiva Igreja ficaram com devoção a esse elogio da Mãe de Deus: por tradição, transmitiu-se, daquela época até nós, com a aprovação da Santa Igreja. São Pedro e São João ficaram, por momentos, suspensos de admiração pelo que viram e ouviram sobre o sagrado corpo de Sua Rainha. Para saber o que deviam fazer, puseram-se de joelhos em oração, pedindo ao Senhor que lhes manifestasse Sua vontade. Logo ouviram uma voz lhes dizendo: Não se descubra, nem se toque no sagrado corpo.

 

MCD-3-750 750 - Com esta voz lhes foi-lhes dada inteligência da vontada Divina, e logo trouxeram umas andas ou féretro, e apesar do resplendor, chegaram-se à tarimba onde estava e os mesmos dois Apóstolos com admirável reverência, pegando nas dobras da túnica que caíam nos lados, sem a descompor ergueram o sagrado e virginal tesouro e o colocaram no féretro, na mesma posição em que estava na tarimba. Não lhe sentiram o peso, nem o tacto percebeu mais do que a túnica, e quase imperceptivelmente. No féretro, a luz se moderou e todos puderam ver a beleza do virgíneo rosto e mãos, dispondo assim o Senhor, para consolação dos presentes. No mais, Sua omnipotência não permitiu que daquele divino tálamo de Sua habitação, fosse visto por alguém quer na vida, quer na morte a não ser o que era forçoso para a vivência humana: Sua honestíssima face para ser conhecida, e as mãos com que trabalhava.

  

MCD-3-751 751 - Tal foi a atenção e cuidado pela honestidade de Sua Bem-Aventurada Mãe, que neste ponto, não zelou tanto de Seu corpo deificado, como do corpo da puríssima Virgem. Na Concepção Imaculada, sem pecado, a fez semelhante a Si próprio, e também em o nascimento, quanto a não perceber o modo comum e natural de nascer. Preservou-A de tentações e pensamentos impuros. No recato de Seu corpo virginal, porém, fez por Ela, como mulher, o que não fez Consigo como homem e Redentor do mundo, por meio do sacrifício de Sua Paixão. A puríssima Senhora também em vida, lhe pedia a Graça de, em Sua morte ninguém ver Seu corpo. Assim aconteceu. Os Apóstolos providenciaram o sepultamento. Por Sua iniciativa e pela devoção dos fiéis, que eram muitos em Jerusalém, acenderam numerosas luzes. Permanecendo acesas aquele dia e mais dois, nenhuma se apagou, nem consumiu o combustível.

  

MCD-3-752 752 - Para que este prodígio, e muitos outros que o divino poder operou nesta ocasião, fossem mais notórios ao mundo, o Senhor moveu os moradores da cidade a concorrer ao enterro de Sua Mãe Santíssima. Quase ninguém de Jerusalém, tanto judeus como gentios, deixou de ir presenciar o singular espectáculo. Os Apóstolos levantaram o sagrado corpo e tabernáculo de Deus, levando sobre os ombros de novos sacerdotes da lei evangélica, o propiciatório dos divinos oráculos e favores. Em procissão, partiram do Cenáculo para sair da cidade ao Vale de Josafá. Este era o acompanhamento visível dos habitantes de Jerusalém, mas além dele, havia o invisível dos cortesãos do Céu. Em primeiro lugar, iam os mil Anjos da Rainha, continuando Sua música celestial, ouvida pelos Apóstolos, discípulos e outros muitos, a qual durou três dias, com grande suavidade. Desceram também das alturas, outras legiões de Anjos com os antigos pais e profetas, entre os quais se destacavam São Joaquim, Santa Ana, São José, Santa Isabel e o Baptista. Além destes, vinham ainda muitos outros santos, que nosso Salvador Jesus enviou do Céu, para assistirem às exéquias de Sua Bem-Aventurada Mãe.

  

MCD-3-753 753 - Com estes acompanhamentos, o invisível do Céu e o visível da Terra, conduziram o sagrado corpo. Durante o caminho, operaram-se grandes milagres, que para referi-los seria necessário me alongar muito. Todos os numerosos doentes que acorriam, foram perfeitamente curados das mais diversas enfermidades. Muitos endemoninhados foram libertados, sem que os demónios esperassem o corpo se aproximar de suas vítimas. Maiores foram as maravilhas na conversão de muitos judeus e gentios, pois por amor de Sua Mãe Santíssima, abriram-se os tesouros da divina misericórdia. Muitas almas vieram ao conhecimento de Cristo, nosso bem, e em alta voz o confessavam por verdadeiro Deus e Redentor do mundo, pedindo o Baptismo. Durante dias, tiveram os Apóstolos e discípulos que trabalhar na catequese e Baptismo dos que, então, se converteram à Santa Fé. Conduzindo o sagrado corpo, os Apóstolos sentiram admiráveis afeitos de Luz e consolação divina, Graça em que os discípulos também participaram. A multidão sentindo a fragrância, ouvindo a música e vendo os outros prodígios, estava como atónita. Todos proclamavam a grandeza e o poder de Deus naquela criatura, e em testemunho de Sua Fé, batiam no peito com dolorosa compunção.

 

MCD-3-754 754 - Chegaram ao lugar do sepulcro no vale de Josafá. São Pedro e São João que tinham tirado o celestial tesouro da tarimba ao féretro, tiraram-no deste com a mesma reverência e facilidade. Colocaram-no no sepulcro e cobriram-no com uma toalha, em tudo agindo mais as mãos dos Anjos do que as dos Apóstolos. Fecharam o sepulcro com uma lousa, conforme o costume, e os cortesãos do Céu voltaram para lá. Ficaram os mil Anjos custódios da Rainha, continuando a guardar Seu sagrado corpo e a entoar a música celestial. A multidão se dispersou e os Apóstolos e discípulos, entre lágrimas, voltaram ao Cenáculo. Em toda a casa persistiu, por um ano inteiro, o perfume suavíssimo do corpo da grande Rainha, e em seu oratório durou muitos anos. Aquele santuário se tornou em Jerusalém, como o refúgio para todos os trabalhos e necessidades dos que ali procuravam socorro. Todos o encontravam milagrosamente, tanto nas enfermidades, como em outras tribulações e calamidades. Os pecados de Jerusalém e de seus habitantes mereceram, entre outros castigos, serem privados deste benefício tão estimável, depois de alguns anos que continuaram estas maravilhas.

  

MCD-3-755 755 - No Cenáculo, determinaram os apóstolos que, alguns deles e dos discípulos, velassem o santo sepulcro de Sua Rainha, enquanto durasse a música celeste, pois todos aguardavam pelo fim deste prodígio. Neste acordo, alguns foram cuidar dos trabalhos da Igreja, em catequizar e baptizar os convertidos, enquanto outros voltaram ao sepulcro, e todos o visitaram naqueles três dias. São Pedro e São João estiveram ali mais do que os outros, e ainda que iam ao Cenáculo algumas vezes, logo voltavam onde estava seu tesouro e coração. Nem os animais irracionais faltaram às exéquias da Senhora da criação. Quando seu sagrado corpo chegou perto do sepulcro, acorreram voando inumeráveis passarinhos e outras aves, e dos montes saíram muitos animais e feras em direção ao sepulcro. Uns com tristes cantos, outros gemendo e uivando com movimentos de dor, mostravam a amargura que sentiam pela perda comum a todos. Só alguns judeus incrédulos, mais duros que as pedras e mais cruéis que as feras, não mostraram este sentimento na morte de Sua Co-Redentora, como também não a sentiram na de seu Redentor e Mestre.

 

Doutrina - MCD-3-757 757 - Nestas almas, os vícios do mundo causam horror ao próprio Céu, porque a soberba, a presunção, a altivez, a imortificação, a ira, a cobiça, a imundice da consciência e outras fealdades, obrigam o Senhor e os Santos a afastarem os olhos de tal monstruosidade, e a sentirem maior indignação e ofensa, do que pelos pecados de outras pessoas.

 

 A Ressurreição de Nossa Senhora 

Retirado da Mística Cidade de Deus, Tomo 4, do CAPÍTULO 21,  Nº 763 a 773

MCD-3-763 763 - Este decreto do Verbo humanado foi aprovado pelo Pai e o Espírito Santo. A alma santíssima de Maria foi elevada à destra de seu Filho e Deus verdadeiro e colocada no mesmo trono real da Santíssima Trindade, onde nem homens, nem Anjos, nem Serafins chegaram, ou chegarão jamais, por toda a eternidade. Esta é a mais alta e excelente preeminência de nossa Rainha e Senhora: estar no mesmo trono das divinas Pessoas, e ter lugar de Imperatriz, quando os demais o tem de servos e ministros do sumo Rei.

MCD-3-765 765 - No terceiro dia em que a alma de Maria Santíssima gozava desta glória para nunca mais deixá-la, o Senhor manifestou aos santos Sua vontade Divina, de que Ela voltasse ao mundo e ressuscitasse seu sagrado corpo. Em corpo e alma seria elevada, outra vez, à destra de seu Filho Santíssimo, sem esperar a Ressurreição geral dos mortos.

MCD-3-766 766 - … Ao império de Cristo, a alma puríssima da Rainha entrou no virginal corpo, informou-o e ressuscitou-o. Deu-lhe nova vida, imortal e gloriosa, comunicando-lhe os quatro dotes de claridade, impassibilidade, agilidade e subtileza, correspondentes à glória da alma, da qual se derivam aos corpos.

MCD-3-767 767 - Com estes dotes gloriosos saiu Maria Santíssima, em corpo e alma, do sepulcro, sem remover a pedra que o fechava, ficando a túnica e toalha estendidas na forma em que cobriam Seu sagrado corpo. Por ser impossível descrever seu brilho e beleza, não me detenho nisso.

 

 A Assunção de Nossa Senhora 

Retirado da Mística Cidade de Deus, Tomo 4, do CAPÍTULO 21,  Nº 761 a 774

MCD-3-761 761 - Sendo assim inefável a glória de qualquer dos santos, ainda que seja o menor, que diremos da glória de Maria Santíssima? Entre os santos é a Santíssima, e só Ela tem mais semelhança com seu Filho, do que todos os santos juntos. Sua Graça e glória excede a todos, como A Imperatriz a Seus vassalos. Esta verdade se pode e deve crer, mas na vida mortal é impossível entendê-la, ou explicar a mínima parte dela. A desproporção e pequenez de nossos termos e raciocínios, mais podem obscurecê-la do que demonstrá-la. Esforcemo-nos agora, não por compreendê-la, mas sim por merecer contemplá-la na glória, onde, na segundo as nossas obras alcançaremos mais ou menos este gozo que esperamos.

 MCD-3-762 762 - Entrou no Céu empíreo nosso Redentor Jesus, conduzindo à Sua direita a alma puríssima de Sua Mãe. Só Ela, entre todos os mortais, não teve matéria para o juízo particular, nem se lhe pediu contas. Assim Lhe foi concedido, quando a fizeram isenta da culpa comum, eleita Rainha dispensada das Leis a que estão sujeitos os filhos de Adão. Pela mesma razão, no Juízo Universal não será julgada como os outros, mas virá à direita de seu Filho Santíssimo, participando no julgamento de todas as criaturas. No primeiro instante de Sua Conceição, foi aurora claríssima e refulgente, retocada com os raios do sol da Divindade, acima das luzes dos mais ardentes Serafins. Depois, elevou-se até tocar a própria Divindade, ao se tornar Mãe do Verbo encarnado, Cristo. Era, portanto, consequente, que por toda a eternidade fosse Sua companheira, com a maior semelhança possível entre Filho e Mãe; Ele Deus e Homem, e Ela pura criatura. Com este título, o Redentor apresentou-A diante do trono da Divindade. Na presença de todos os Bem-Aventurados, atentos a esta maravilha, a Humanidade santíssima disse ao Eterno Pai: Meu Eterno Pai, minha Mãe amantíssima, vossa Filha querida e Esposa mimoseada do Espírito Santo, vem receber a posse da coroa e glória que lhe preparámos, como recompensa de Seus méritos. Nasceu entre os filhos de Adão, como rosa entre espinhos, intacta, pura e formosa digna de que a recebamos em Nossas mãos e no lugar onde não chegou nenhuma de nossas criaturas, nem podem chegar os concebidos em pecado. E A nossa escolhida, única e singular, a quem demos graça e participação em Nossas perfeições, ultrapassando a norma comum às outras criaturas; nEla depositamos os tesouros e dons de Nossa incompreensível divindade, e Ela, com a máxima fidelidade, os guardou e fez lucrar os talentos que Lhe demos; nunca se afastou de Nossa vontade, achou Graça (Lc 1, 30) e complacência a Nossos olhos. Meu Pai, rectíssimo é o tribunal de Vossa misericórdia e Justiça, e nele se pagam os serviços de nossos amigos, com superabundante recompensa. Justo é que à minha Mãe se dê o prémio de Mãe; e se em toda Sua vida e obras foi semelhante a Mim, no grau possível à pura criatura, também o há de ser na glória; tenha lugar no trono de Nossa Majestade para que, onde está a santidade por essência, esteja também a máxima santidade por participação.

MCD-3-763 763 - Este decreto do Verbo humanado foi aprovado pelo Pai e o Espírito Santo. A alma santíssima de Maria foi elevada à destra de seu Filho e Deus verdadeiro e colocada no mesmo trono real da Santíssima Trindade, onde nem homens, nem Anjos, nem Serafins chegaram, ou chegarão jamais, por toda a eternidade. Esta é a mais alta e excelente preeminência de nossa Rainha e Senhora: estar no mesmo trono das divinas Pessoas, e ter lugar de Imperatriz, quando os demais o tem de servos e ministros do sumo Rei.

MCD-3-765 765 - No terceiro dia em que a alma de Maria Santíssima gozava desta glória para nunca mais deixá-la, o Senhor manifestou aos santos Sua vontade Divina, de que Ela voltasse ao mundo e ressuscitasse seu sagrado corpo. Em corpo e alma seria elevada, outra vez, à destra de seu Filho Santíssimo, sem esperar a Ressurreição geral dos mortos.

MCD-3-766 766 - … Ao império de Cristo, a alma puríssima da Rainha entrou no virginal corpo, informou-o e ressuscitou-o. Deu-lhe nova vida, imortal e gloriosa, comunicando-lhe os quatro dotes de claridade, impassibilidade, agilidade e subtileza, correspondentes à glória da alma, da qual se derivam aos corpos.

MCD-3-767 767 - Com estes dotes gloriosos saiu Maria Santíssima, em corpo e alma, do sepulcro, sem remover a pedra que o fechava, ficando a túnica e toalha estendidas na forma em que cobriam Seu sagrado corpo. Por ser impossível descrever seu brilho e beleza, não me detenho nisso.

MCD-3-768 768 - Logo se formou soleníssima procissão que, do sepulcro pela região do ar, ao som de celestial música, foi subindo para o Céu empíreo. Era a mesma hora em que ressuscitou Cristo, nosso Salvador, no Domingo imediato, depois da meia-noite. Por este motivo, fora alguns Apóstolos que velavam o sagrado sepulcro, ninguém percebeu o que acontecera. A procissão dos Anjos e santos entrou no Céu. No fim dela, vinham Cristo, nosso Salvador tendo à direita a Rainha vestida de ouro, como diz David (SI 44, 10), e tão formosa, que foi a admiração da corte celeste. Todos se voltaram para contemplá-lA e bendizê-lA com jubilosos cânticos de louvor.

MCD-3-769 769 - Com esta glória, chegou Maria Santíssima, em corpo e alma, ao trono real da Santíssima Trindade, onde foi recebida pelas três divinas Pessoas, em amplexo indissolúvel. O eterno Pai lhe disse: Sobe mais alto que todas as criaturas, Minha escolhida, Minha filha e Minha pomba. O Verbo humanado: Minha Mãe, de quem recebi a natureza humana e o retorno de minhas obras que perfeitamente imitaste, recebe agora de Minha mão a recompensa que mereceste. O Espírito Santo: Minha amantíssima Esposa, entra no gozo eterno correspondente a teu fidelíssimo Amor, e goza sem receios, pois já passou o Inverno do padecer (Ct 2, 11) e chegaste à posse eterna de nossos abraços. Ali ficou Maria Santíssima absorta entre as Divinas Pessoas, mergulhada naquele pélago interminável e abissal da Divindade, enquanto os santos se enchiam de admiração e novo gozo acidental. No capítulo seguinte direi o que puder, das outras maravilhas que sucederam nesta obra do Omnipotente.

MCD-3-772 772 - Esta é a maior dor e infelicidade sem igual e sem remédio. Aflige-te, lamenta e chora sem consolo, sobre a ruína de tantas almas compradas com o sangue de Meu Filho Santíssimo. Asseguro-te, caríssima, que se os homens não desmerecessem, a caridade me inclinaria do Céu e da glória a bradar-lhes com voz que pudesse ser ouvida em toda a Terra: Homens mortais e iludidos, que fazeis, como viveis? Por ventura sabeis o que é ver Deus face a face e participar de Sua companhia e eterna glória? Em que pensais? Quem assim vos perturbou e fascinou o juízo? Que buscais, se perdeis este verdadeiro bem e felicidade, fora da qual não existe outra? O sofrimento é breve, a glória infinita, o castigo eterno.

MCD-3-773 773 - … Além disto, quero que não te atinja outro erro, comum entre os homens, quando dizem: é preciso garantir apenas a salvação, pois estando na glória, não importa seja ela pouca ou muita. [es herejía de los universalistas o “misericordiosos” afirmar que hay salvación universal de todos los hombres y negar existencia del infierno] Esta ignorância, minha filha, não garante mas arrisca a Salvação porque procede de grande estultice e pouco amor a Deus. Quem pretende assim negociar com Ele, desobriga-O e será deixado no perigo de vir a perder tudo. No bem, a fraqueza humana sempre faz menos do que deseja. Se o desejo não for grande faz muito pouco, e se deseja pouco, arrisca-se a nada fazer e a perder tudo.

 

 Alguns quadros mais conhecidos da Assunção de Nossa Senhora 

A partir do Link seguinte, pode fazer o Download de alguns dos mais emblemáticos quadros sobre a Assunção de Nossa Senhora aos Céus:

Aqui Pode fazer o Download dos quadros, quer em formato DOC ou PDF.

 

www.amen-etm.org/Assuncao.htm   

http://www.amen-etm.org/ExercitoTerrestredeMaria_ficheiros/image007.jpg