Uma Nova e Verdadeira visão sobre
Cristo, Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem
CI1 - Nascimento em humildade e pobreza è
CI2 - Crescimento em sabedoria e perfeição è
CI3 - Antecipação da vida pública nas bodas de Canaã è
CI4 - Poder de fazer curas milagrosas è
CI5 - Poder de fazer milagres sobre a natureza è
CI6 - Ressuscita mortos è
CI7 - Poder de escapar ás ciladas è
CI8 - Poder de expulsar demónios è
CI9 - Inteligência superior è
CI10 - Conhecimento dos pecados e coisas ocultas è
CI11 - Última ceia e a Eucaristia è
CI12 - Sofrimento no horto è
CI13 - Resistência corporal e psicológica sobre-humanas è
CI14 - Ressurreição e Ascensão aos Céus è
Estranha faceta
esta a do homem, de não gostar das coisas simples…
Na estrutura
mental do homem, dito culto, dos dias de hoje, está inculcado o estigma do
sofisticado, do avançado e complexo, mas que ele controla.
É para muitos uma
vergonha ou no mínimo rebaixante ou desprestigiante aceitar e jogar com coisas
simples. E se por força das circunstâncias tem mesmo que aceitar certas coisas
simples, então há-de lhes dar um toque de complexidade, há-de intelectualizar
mais do que o necessário, para defender que aquilo que aceita, é uma verdade
complexa, não tão simples como parecia à primeira vista, e que depois do fruto
das suas cogitações e merecimentos, então sim se tornou coisa digna e credível,
e só por isso a aceita.
Em poucas
palavras, isto é o Orgulho a funcionar. Hoje sabemos que o Orgulho é o pai de
todos os pecados, entendendo aqui por pecado, tudo aquilo que nos afasta de
Deus.
Ora o nosso
inimigo, o demónio, é pai do orgulho. É formado em incuti-lo em todos nós, e
fá-lo com tal subtileza, que muitas vezes nem damos por isso. A isto se chama
enganar as pessoas. É fazê-las crer que estão certas e de que sabem o que estão
a fazer, e levá-las a fazer o que não devem.
Ora se por uma
questão de imagem as pessoas gostam de se armar naquilo que não são, de se
tornarem superiores, isto é o orgulho a trabalhar. E é por isso, que muitos
para se armarem em inteligentes e superiores, rejeitam as Grandes Verdades, que
na sua maioria esmagadora são simples, tão simples, que qualquer um de boa
vontade as pode atingir, aceitar e pôr em prática.
Ora na tentativa
de não passarem por simplórios, que para um orgulhoso é das maiores vergonhas
possíveis, rejeitam as grandes Verdades e vão cair no pólo oposto, crendo e
defendendo em coisas complicadíssimas, muitas vezes baboseiras imensas, e que
são complicadas, exactamente porque são falsas, e daí a dificuldade de
prová-las como verdadeiras. Assim, ficam felizes da vida, superficialmente,
mostrando-se melhores do que os outros aparentemente, mas estão errados e
induzem outros, orgulhosos, tíbios, tolos e desprevenidos, em erro.
É essencialmente
no campo dos desprevenidos que os erros granjeiam maiores aderentes, porque na
maioria das vezes estando de boa fé, são facilmente enganados, são presas
fáceis. E este engano começa logo a ser injectado nas crianças, na educação,
como convém a quem quer minar os alicerces de uma sociedade.
Na sequência
destes enganos, vem pois a destruição das Verdades e a sua substituição por
falsidades ou meias verdades, que se fazem passar por verdades.
Daqui à criação
dos mitos, é um passo. E por isso, hoje temos que as Grandes Verdades foram
abandonadas, porque simples, e o que se venera são os mitos, porque falsos.
Tudo isto incutido pelo orgulho e pela sua divulgação à escala planetária.
Temos pois na
sociedade actual, a veneração desmedida de todos e dos mais variados mitos, ou
falsos heróis, que em toda a história da humanidade se julgou possível criar.
Estes mitos são aberrações da verdade e de meias verdades, às quais vão buscar
semelhanças na linguagem, mas a qual deturpam por completo, afastando e
alienando todos os que dela se aproximam e tomam conhecimento. Para bom exemplo
disto, com espírito crítico, vejam-se os desenhos animados que passam nas
televisões, veja-se o estado em que está a nossa juventude em termos de
educação e relacionamento social e familiar, veja-se o estado em que está a
busca das pessoas, o relacionamento dentro do desporto, as relações dentro do
trabalho, etc. etc..
Tudo isto,
porquê? Porque se abandonou o que era simples e evidente, por uma questão de
orgulho, e se quis substituir por valores errados e falsos.
Mas então o que é
Verdadeiro e Simples?
A resposta só
pode ser uma:
- Jesus Cristo!
Em Jesus Cristo
podemos encontrar tudo aquilo que tanto nos encanta e que tantos buscamos nos
mitos de hoje, só que ainda multiplicado por mil e ainda por cima sendo
Verdadeiro. As qualidades de Jesus Cristo são reais, não são frutos da invenção
nem da imaginação do homem nem do demónio. Em Jesus Cristo, as suas facetas, que
a qualquer um são capazes de encantar, são Verdadeiras e Reais e Imutáveis.
Vamos analisar um
pouco, muito ao de leve a vida de Jesus Cristo relatada nos Evangelhos. E digo
muito ao de leve, porque nem sequer vamos ver todas as passagens que
ilustrariam este tema, mas também porque os relatos da vida de Jesus Cristo que
nos chegaram através dos Evangelhos, são muito reduzidos e poucos, curtos,
sucintos e descritos, quase que diria, telegraficamente.
21 E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez; as quais, se
fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os
livros que se escrevessem.
O homem é
composto por Espírito, Corpo e Alma.
O Espírito é
criado em primeiro lugar. Quando esse espírito incarna, ou seja, quando vem
habitar na carne, ou num corpo, é-lhe dado uma Alma, que faz a ligação entre o
Espírito e o Corpo. Esta Alma não mais morrerá, é eterna, tal como o Espírito.
Um dia mais tarde o Corpo ressuscitará e juntar-se-á no seu estado glorioso ao
Espírito e à Alma, e serão eternos.
É assim que está
ensinado na Religião Católica.
Com Jesus,
passou-se a mesma coisa, só que a grande diferença entre nós homens vulgares, é
que nós fomos criados, ou seja somos criaturas, enquanto que Jesus foi a
incarnação de Deus, foi o seu Espírito que tudo criou, ainda na Sua qualidade
de Verbo de Deus. Deus sempre existiu, e na sua existência se encontrava o seu
Verbo, ou Palavra, através da qual tudo foi criado no princípio do Mundo. Foi através
da Palavra de Deus que tudo foi criado.
1 No princípio criou Deus os céus e a terra
2 A terra era sem forma e vazia; e havia
trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das
águas.
3 Disse Deus: haja luz. E houve luz.
Foi este Verbo de
Deus que incarnou num corpo a quem foi dado o nome de Jesus, o Cristo ou
Salvador.
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o
Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
Foi este Deus
todo Poderoso que desceu à condição de homem. Se mais não disséssemos, tudo
estava dito, para quem quisesse se maravilhar com um homem, cujo espírito era o
próprio Deus. DEle tudo se podia esperar, dEle tudo era, foi e será possível.
Na nossa linguagem contemporânea, bem que podíamos dizer que o super-homem ao
pé dEle era bem menos que uma formiga. Este Deus feito homem tem todas as
características para maravilhar qualquer fanático em busca de maravilhas e de
fenómenos extraordinários. Na realidade, este Deus feito homem tem maravilhado
todos aqueles que têm tomado conhecimento e entrado na Sua intimidade.
Este homem que
maravilhou todos os que na sua época com Ele conviveram e que se tornou desde a
Sua humildade e poder o marco a partir do qual se começou a contar os anos do
nosso calendário. Ora isto não é coisa que aconteça todos os dias. Quer se
queira quer não, nós vivemos segundo o seu calendário, inclusive aqueles que
dizem não acreditar nEle.
Este homem para
além da Sua grandeza, qualidades e poder era também o mais belo de todos os
homens jamais criado, no passado, na Sua época e por todo o sempre.
Tu és o mais formoso dos filhos dos
homens;
CI1 - Nascimento em humildade e pobreza é
Para além de ser
Deus, o mais poderoso e mais belo dos filhos do homem, nasce no entanto no mais
humilde dos sítios, numa gruta, rodeado de animais domésticos, nem sequer numa
casa nasce, ou numa cama, mas sim numa manjedoura. Grande mistério. Dava para
início de um romance, e ninguém podia imaginar que era aquela criança que ia
dar início a uma época, a Cristã.
6 Enquanto estavam ali, chegou o tempo em
que ela havia de dar à luz,
7 e teve a seu filho primogénito;
envolveu-o em faixas e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para
eles na estalagem.
CI2 - Crescimento em sabedoria e perfeição é
Desta criança
pouco sabemos através do que nos ficou escrito dos Evangelhos, sabemos no
entanto que era o crescimento físico de uma criança humana, mas cujo espírito
era o de um Deus.
52 E crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça diante
de Deus e dos homens.
Ainda em criança,
durante 3 dias ausenta-se da presença de Sua Mãe e de Seu pai adoptivo, e vai
para o templo falar com os Doutores da Lei. Estes doutores da Lei eram os
homens mais cultos do seu tempo e no entanto todos deram do seu tempo para
estarem com Jesus, em conjunto, por isso a razão não devia ser para
brincadeiras, já que eram homens muito ocupados e não muito fáceis de ter
acesso, muito menos em conjunto. E falando com Jesus, ficaram espantados com a
Sua Sabedoria.
46 E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo,
sentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os.
47 E todos os que o ouviam se admiravam da
sua inteligência e das suas respostas
CI3 - Antecipação da vida pública nas bodas de Canaã é
Já homem feito,
nas vésperas de iniciar a Sua vida pública de milagres e pregação, vai a um
casamento, onde falta o vinho. Ele já era por demais conhecido, não existindo
no entanto relatos nos Evangelhos do porquê. Podemos no entanto imaginar que um
Deus feito homem, não deveria passar propriamente despercebido, e por isso,
quando o dono da casa se apercebe da falta do vinho, não se atreve a ir ter com
Ele, mas vai em vez disso ter com Sua Mãe, e pede-lhe ajuda. Ela sem hesitar,
diz aos servos para fazerem o que Seu Filho mandar. Perplexo perante o pedido
da Mãe, já que ainda não tinha chegado a Sua hora, Ele não hesita e faz o Seu
primeiro grande Milagre que nos é narrado nos Evangelhos. Com toda a certeza
muitos outros já se tinham verificado com a Sua intervenção, mas este é o
primeiro que nos chegou narrado.
3 E, tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles
não têm vinho.
4 Respondeu-lhes Jesus: Mulher, que tenho
eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora
5 Disse então sua mãe aos serventes: Fazei
tudo quanto ele vos disser.
6 Ora, estavam ali postas seis talhas de
pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três
medidas.
7 Ordenou-lhe Jesus: Enchei de água essas
talhas. E encheram-nas até em cima.
8 Então disse-lhes: Tirai agora, e levai ao
mestre-sala. E eles o fizeram.
9 Quando o mestre-sala provou a água
tornada em vinho, não sabendo donde era, se bem que o sabiam os serventes que tinham
tirado a água…
CI4 - Poder de fazer curas milagrosas é
Quando começou a
Sua vida pública de três anos, Jesus servia-se de sinais visíveis, os milagres,
para atrair a atenção dos seus contemporâneos para a Sua Vida, o Seu Amor e Sua
Pregação.
Entre os Milagres
mais frequentes, encontramos as curas de doenças incuráveis pela medicina do
homem. Todas as doenças incuráveis, Ele as curava com o simples Poder da Sua
Vontade, por vezes utilizando meios acessórios muito simples.
Agora paremos
para imaginar o que não seria o assistir em nossa vidas a todos esses Milagres
operados por Jesus. Se para ver alguns atrasados mentais a tocar música de pôr
surdo qualquer um, se enchem estádios, se para ver um programa de hipnotizadores
na TV, o país põe-se todo diante do televisor, o que não seria para ver Jesus
curar todos aqueles que Lhe eram apresentados…
40 Ao pôr do sol, todos os que tinham
enfermos de várias doenças lhos traziam; e ele punha as mãos sobre cada um deles
e os curava.
Os milagres de
cura de doenças que Jesus fez e nos ficaram relatados nos Evangelhos foram
muitos, e por alguma razão particular cada um deles, diferente dos outros nos
foram transmitidos.
As curas foram
muitas:
Leproso: S.
Mateus 8,2-4 S. Marcos 1,40-42 S. Lucas 5,12-13
Servo do
Centurião: S. Mateus 8,5-13 S. Lucas 7,1-10
Sogra de Pedro: S.
Mateus 8,14-15 S. Marcos 1,30-31 S. Lucas 4,38-39
Paralítico: S.
Mateus 9,2-7 S. Marcos 2,3-12 S. Lucas 5,18-25
Hemorrágica: S.
Mateus 9,20-22 S. Marcos 5,25-29 S. Lucas 8,43-48
Cegos: S.
Mateus 9,27-31
Mudo
endemoninhado: S. Mateus 9,32-33
Mão mirrada: S.
Mateus 12,10-13 S. Marcos 3,1-5 S. Lucas 6,6-10
Surdo-mudo
endemoninhado: S. Mateus 12,22 S. Lucas 11,14
Filha da
Cananeia: S. Mateus 15,21-28 S. Marcos 7,24-30
Menino
endemoninhado: S. Mateus 17,14-18 S. Marcos 9,17-29
S. Lucas
5,12-13
Cegos (Bartimeu):
S. Mateus 20,29-34 S. Marcos 10,46-52
S. Lucas
18,35-43
Surdo mudo: S.
Marcos 7,31-37
Cego de Betsaida:
S. Marcos 8,22-26
Paralítica: S.
Lucas 13,11-13
Hidrópico: S.
Lucas 14,1-4
Dez Leprosos: S.
Lucas 17,11-19
Servo do Sumo
Sacerdote: S. Lucas 22,50-51
Filho do oficial
do rei: S. João 4,46-54
Paralítico de
Betesda: S. João 5,1-9
Cego de nascença:
S. João 9,1-7
1 E passando Jesus, viu um homem cego de nascença.
2 Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi,
quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
3 Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus
pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus
4 Importa que façamos as obras daquele que
me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar.
5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do
mundo.
6 Dito isto, cuspiu no chão e com a saliva
fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego
7 e disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de
Siloé (que significa Enviado). E ele foi, lavou-se, e voltou vendo.
Milhares de
milagres operados por Jesus, meteram todas as regiões por onde passava em
polvorosa, movendo multidões atrás dEle, para se curarem e O ouvirem falar.
30 E vieram a ele grandes multidões,
trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e outros muitos, e lhos
puseram aos pés e Ele os curou
31 de modo que a multidão se admirou, vendo
mudos a falar, aleijados a ficar sãos, coxos a andar, cegos a ver; e
glorificaram Deus de Israel.
CI5 - Poder de fazer milagres sobre a natureza é
Mas Jesus não
fazia milagres só de curas, mas também mostrou que dominava a natureza com o
Seu Poder, dando verdadeiro testemunho da Sua Divindade, exercendo total
domínio sobre todas as coisas que tinha criado, enquanto Verbo de Deus.
Os milagres sobre
a Natureza foram:
Acalmando a
Tempestade: S. Mateus 8,23-27 S. Marcos 4,37-41
22 Ora, aconteceu certo dia que entrou num
barco com seus discípulos, e disse-lhes: Passemos à outra margem do lago. E
partiram
23 Enquanto navegavam, ele adormeceu; e
desceu uma tempestade de vento sobre o lago; e o barco se enchia de água, de sorte
que perigavam.
24 Chegando-se a ele, o despertaram,
dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo. E ele, levantando-se, repreendeu o
vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança.
25 Então lhes perguntou: Onde está a vossa
fé? Eles, atemorizados, admiraram-se, dizendo uns aos outros: Quem, pois, é
este, que até aos ventos e à água manda, e lhe obedecem?
Andando sobre o
Mar: S. Marcos 6,48-51 e S. João 6,19-21
25 À quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando sobre
o mar.
26 Os discípulos, porém, ao vê-lo andando
sobre o mar, assustaram-se e disseram: É um fantasma. E gritaram de medo.
27 Jesus, porém, imediatamente lhes falou,
dizendo: Tende ânimo; sou eu; não temais.
28 Respondeu-lhe Pedro: Senhor! se és tu,
manda-me ir ter contigo sobre as águas.
29 Disse-lhe ele: Vem. Pedro, descendo do
barco, e andando sobre as águas, foi ao encontro de Jesus.
30 Mas, sentindo o vento, teve medo; e,
começando a submergir, clamou: Senhor, salva-me.
31 Imediatamente estendeu Jesus a mão,
segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?
32 E logo que subiram para o barco, o vento
cessou.
33 Então os que estavam no barco
adoraram-no, dizendo: Verdadeiramente tu és Filho de Deus.
Alimentando 5.000
pessoas: S. Mateus 14, 15-21
S. Lucas
9,12-17 S. João 6,5-13
35 Estando a hora já muito adiantada,
aproximaram-se dele seus discípulos e disseram: O lugar é deserto, e a hora já
está muito adiantada
36 despede-os, para que vão aos sítios e às
aldeias, em redor, e comprem para si o que comer.
37 Ele, porém, lhes respondeu: Dai-lhes vós
de comer. Então eles lhe perguntaram: Havemos de ir comprar duzentos denários
pão e dar-lhes de comer
38 Ao que ele disse-lhes: Quantos pães
tendes? Ide ver. E, tendo-se informado, responderam: Cinco pães e dois peixes
39 Então lhes ordenou que a todos fizessem
reclinar-se, em grupos, sobre a relva verde.
40 E reclinaram-se em grupos de cem e de
cinquenta.
41 E tomando os cinco pães e os dois peixes,
e erguendo os olhos ao céu, os abençoou; partiu os pães e os entregava a seus
discípulos para lhos servirem; também repartiu os dois peixes por todos
42 E todos comeram e se fartaram.
43 Em seguida, recolheram doze cestos cheios
dos pedaços de pão e de peixe.
44 Ora, os que comeram os pães eram cinco
mil homens.
Alimentando 4.000
pessoas: S. Mateus 15,32-38 S. Marcos 8,1-9
A pesca
milagrosa: S. Lucas 5,4-11
Outra pesca
milagrosa: S. João 21,1-11
A Sua relação com
o dinheiro foi focada por diversas vezes, e tanto quanto sabemos nunca terá
tocado nenhuma vez no "vil metal", mas sendo ele necessário uma vez
para pagar os impostos em Cafarnaum, fez com que o dinheiro surgisse
milagrosamente dentro de um peixe.
24 Tendo eles chegado a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os
que cobravam as didracmas, e lhe perguntaram: O vosso mestre não paga as
didracmas
25 Disse ele: Sim. Ao entrar Pedro em casa,
Jesus se lhe antecipou, perguntando: Que te parece, Simão? De quem cobram os reis
da terra imposto ou tributo? dos seus filhos, ou dos alheios?
26 Quando ele respondeu: Dos alheios,
disse-lhe Jesus: Logo, são isentos os filhos.
27 Mas, para que não os escandalizemos, vai
ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir e, abrindo-lhe a boca,
encontrarás um estáter; toma-o, e dá-lho por mim e por ti.
CI6 - Ressuscita mortos é
Mas Jesus ainda
foi mais longe. Antes de Ele próprio vencer a Sua morte, ressuscitou em Sua
vida 3 contemporâneos. Poder-se-á imaginar o que é chegar um homem ao pé de
outro que esteja morto, e pelo seu poder e vontade, ressuscitá-lo? Foi isso que
Jesus fez por 3 vezes.
Ressurreição da
filha de Jairo: S. Mateus 9,18-19,23-25
S. Marcos
5,22-24.38-42 S. Lucas 8,41-42.49-56 S. João 6,19-21
Ressurreição do
filho da viúva de Naim: S. Lucas 7,11-15
Ressurreição de
Lázaro:
Ora,
estava enfermo um homem chamado Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua
irmã Marta.
E Maria, cujo irmão Lázaro se
achava enfermo, era a mesma que ungiu o Senhor com bálsamo, e lhe enxugou os
pés com os seus cabelos.
Mandaram, pois, as irmãs dizer
a Jesus: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.
Jesus, porém, ao ouvir isto,
disse: Esta enfermidade não é para a morte, mas para glória de Deus, para que o
Filho de Deus seja glorificado por ela
Ora, Jesus amava a Marta, e a
sua irmã, e a Lázaro.
Quando, pois, ouviu que estava
enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde se achava.
Depois disto, disse a seus
discípulos: Vamos outra vez para Judeia.
Disseram-lhe eles: Rabi, ainda
agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?
Respondeu Jesus: Não são doze
as horas do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo
mas se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz.
E, tendo assim falado,
acrescentou: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.
Disseram-lhe, pois, os
discípulos: Senhor, se dorme, ficará bom.
Mas Jesus falara da sua morte;
eles, porém, entenderam que falava do repouso do sono.
Então Jesus disse-lhes
claramente: Lázaro morreu;
e, por vossa causa, folgo de
que eu lá não estivesse, para que creiais; mas vamos ter com ele.
Disse, pois, Tomé, chamado
Dídimo, aos seus condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele.
Chegando pois Jesus,
encontrou-o já com quatro dias de sepultura.
Ora, Betânia distava de
Jerusalém cerca de quinze estádios.
E muitos dos judeus tinham
vindo visitar Marta e Maria, para as consolar acerca de seu irmão.
Marta, pois, ao saber que
Jesus chegava, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa.
Disse, pois, Marta a Jesus:
Senhor, se meu irmão não teria morrido.
E mesmo agora sei que tudo
quanto pedires a Deus, Deus to concederá.
Respondeu-lhe Jesus: Teu irmão
há de ressurgir.
Disse-lhe Marta: Sei que ele
há de ressurgir na ressurreição, no último dia
Declarou-lhe Jesus: Eu sou a
ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá.
E todo aquele que vive, e crê
em mim, jamais morrerá. Crês isto?
Respondeu-lhe Marta: Sim,
Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao
mundo.
Dito isto, retirou-se e foi
chamar em segredo a Maria, sua irmã, e disse-lhe: O Mestre está aí, e te chama.
Ela, ouvindo isto, levantou-se
depressa, e foi ter com ele.
Pois Jesus ainda não havia
entrado na aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.
Então os judeus que estavam
com Maria em casa e a consolavam, vendo-a levantar-se apressadamente e sair,
seguiram-na pensando que ia ao sepulcro para chorar ali.
Tendo, pois, Maria chegado ao
lugar onde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se-lhe aos pés e disse: Senhor, se
tu estiveras aqui, meu irmão não teria morrido.
Jesus, pois, quando a viu
chorar, e chorarem também os judeus que com ela vinham, comoveu-se em espírito,
e perturbou-se,
e perguntou: Onde o puseste?
Responderam-lhe: Senhor, vem e vê.
Jesus chorou
Disseram então os judeus: Vede
como o amava.
Mas alguns deles disseram: Não
podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também que este não morresse.
Jesus, pois, comovendo-se
outra vez, profundamente, foi ao sepulcro; era uma gruta, e tinha uma pedra
posta sobre ela.
Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta,
irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque está morto há quase
quatro dias.
Respondeu-lhe Jesus: Não te
disse que, se creres, verás a glória de Deus
Tiraram então a pedra. E
Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, graças te dou, porque me
ouviste.
Eu sabia que sempre me ouves;
mas por causa da multidão que está em redor é que assim falei, para que eles
creiam que tu me enviaste.
E, tendo dito isso, clamou em
alta voz: Lázaro, vem para fora!
Saiu o que estivera morto,
ligados os pés e as mãos com faixas, e o seu rosto envolto num lenço.
Disse-lhes Jesus: Desligai e deixai-o ir.
Muitos, pois, dentre os judeus
que tinham vindo visitar Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram
nele.
Mas alguns deles foram ter com
os fariseus e disseram-lhes o que Jesus tinha feito.
CI7 - Poder de escapar às ciladas é
Por diversas
vezes Jesus foi alvo dos ataques dos seus inimigos. A Verdade proclamada pela
boca de Jesus, por diversas vezes suscitou a raiva dos filhos do demónio, ou
seja, daqueles que fazem as suas vontades. A Verdade desperta sentimentos de
raiva, revolta e violência, em todos aqueles que não estão de coração aberto
para a receber.
Jesus, nestas
situações de conflito aberto, nunca usou da Sua Força, nunca usou as mesmas
armas que utilizavam contra Ele, mas sim com doçura, calma e inteligência e a
força da razão e da Sua Divindade, desapareceu de entre aqueles que lhe queriam
fazer mal.
28 Todos os que estavam na sinagoga, ao ouvirem estas coisas,
ficaram cheios de ira.
29 e, levantando-se, expulsaram-no da cidade
e o levaram até o despenhadeiro do monte em que a sua cidade estava edificada,
para dali o precipitarem.
30 Ele, porém, passando pelo meio deles,
seguiu o seu caminho.
CI8 - Poder de expulsar demónios é
Endemoninhado: S.
Lucas 4,33-37
23 Ora, estava na sinagoga um homem possesso dum espírito
imundo, o qual gritou:
24 Que temos nós contigo, Jesus, nazareno?
Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.
25 Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te,
e sai dele.
26 Então o espírito imundo, convulsionando-o
e clamando com grande voz, saiu dele.
27 E todos se maravilharam a ponto de perguntarem
entre si, dizendo: Que é isto? Uma nova doutrina com autoridade! Pois ele
ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!
28 E logo correu a sua fama por toda a
região da Galileia.
CI9 - Inteligência superior é
A Sua
inteligência desenvolveu-se desde criança de uma forma superior, podendo dizer
que foi o homem mais inteligente que alguma vez pisou a Terra, aliás não sendo
de esperara outra coisa de Deus que se faz homem. Para além da passagem já
transcrita de Jesus, ainda menino, entre os Doutores da Lei em Jerusalém, em
inúmeras passagens ficara-nos relatadas como Ele era capaz de calar e entubiar
os seus adversários, escribas e fariseus, anciãos e sacerdotes.
23 Tendo Jesus entrado no templo, e estando
a ensinar, aproximaram-se dele os principais sacerdotes e os anciãos do povo, e
perguntaram: Com que autoridade fazes tu estas coisas? e quem te deu tal
autoridade?
24 Respondeu-lhes Jesus: Eu também vos
perguntarei uma coisa; se ma disserdes, eu de igual modo vos direi com que
autoridade faço estas coisas.
25 O baptismo de João, donde era? Do céu ou
dos homens? Ao que eles arrazoavam entre si: Se dissermos: Do céu, ele nos
dirá:
Então por que não o crestes?
26 Mas, se dissermos: Dos homens, tememos o
povo; porque todos consideram João como profeta.
27 Responderam, pois, a Jesus: Não sabemos.
Disse-lhe ele: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.
CI10 - Conhecimento dos pecados e coisas ocultas é
O conhecimento
que Jesus tinha das coisas e das pessoas, não era superficial e exclusivamente
do visível , do sensível. Era-o também do cerne das coisas, do interior e do
que se passava nos corações das pessoas e o que lhes ia na mente. Afinal de
contas estamos a falar de quem tudo e todos tinha criado, por isso, nada lhe
escapava. Diversas passagens nos Evangelhos nos relatam mais esta das
maravilhas de Jesus. A mais conhecida, é talvez a da mulher adúltera que vai
ser apedrejada pelo povo, e os escribas e fariseus tentam arranjar pretextos
para matar Jesus. Jesus vendo no interior de cada um dos seus adversários,
começa a escrever os seus pecados na areia, e eles, que se aproximaram de Jesus
como lobos vorazes, um a um, metem o rabinho entre as pernas, como cachorrinhos
assustados, e fogem a sete pernas.
2 Pela manhã cedo voltou ao templo, e todo o povo vinha ter
com ele; e Jesus, sentando-se o ensinava.
3 Então os escribas e fariseus
trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; e pondo-a no meio,
4 disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi
apanhada em flagrante adultério.
5 Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais
sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
6 Isto diziam eles, tentando-o, para terem
de que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever no chão com o
dedo.
7 Mas, como insistissem em perguntar-lhe,
ergueu-se e disse-lhes: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro
lhe atire uma pedra.
8 E, tornando a inclinar-se, escrevia na
terra.
9 Quando ouviram isto foram saindo um a um,
a começar pelos mais velhos, até os últimos; ficou só Jesus, e a mulher ali em
pé.
10 Então, erguendo-se Jesus e não vendo a
ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus
acusadores? Ninguém te condenou?
11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E
disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais.
CI11 - Última ceia e a Eucaristia é
O Poder de Jesus,
nem sempre era imediatamente visível. Por não ser imediatamente visível, não
quer isso dizer que não fosse real e verdadeiro, simplesmente, nos Seus
desígnios, o tempo e a Fé deveriam actuar, para se vir então a confirmar de
facto o Seu Poder.
De todos os feitos
e milagres de Jesus, o maior até a actualidade, sinal também do Seu imenso amor
pela humanidade e por cada um de nós, foi sem dúvida a instituição da
Eucaristia.
A Eucaristia é o
Sacramento instituído por Jesus Cristo na Última Ceia, pelo qual Ele permanece,
realmente entre nós, em corpo e sangue. A sua presença na Eucaristia é tão real
como quando Ele viveu na Sua época na Galileia, Palestina e por todas as terras
por onde passou. Ali, na Eucaristia Ele está presente em Corpo, Sangue, Alma e
Divindade, só lhe faltando a Sua Glória, pois que com essa, não seria possível
ao homem se colocar diante dEle.
Esta realidade
profunda, que é objecto da Fé, pode no entanto ser facilitada pelo
aprofundamento do nosso ser.
Se raciocinarmos
um pouco, veremos que esta Maravilha da Eucaristia, de facto não é tão
misteriosa e inacreditável como à primeira vista nos pode parecer, não deixando
no entanto de ser o maior dos Milagres que Jesus fez e continua a fazer
quotidianamente na Terra.
Sabemos que o
homem é constituído por espírito, corpo e alma. O espírito vem habitar o corpo.
O espírito e o corpo ligam-se através da alma, o sopro de vida de Deus e
conjunto dos sentidos e capacidades da criatura. O corpo é constituído por
matéria. Esta matéria, é na mais crua das análises, nada mais nada menos,
aquilo que nós comemos diariamente. Nada existe no nosso corpo, que nós não
tenhamos ingerido e respirado no passado, ou seja, o pão, a carne ou a fruta e
a água que hoje comemos e bebemos. Deste corpo, que é o nosso, há parte que são
tão corpo como qualquer outra, tais como as unhas, os cabelos, os ossos, os
dentes, e que dada a sua inércia e aparente falta de vida, são tão corpo como
qualquer outra parte. Temos de ter consciência, que o nosso corpo está sempre
em permanente mutação, sendo o que é hoje, já não é o que era ontem nem o que
vai ser amanhã. No entanto, continua a ser o nosso corpo. Esta noção de que o
espírito habita um corpo, que não é mais do que um conjunto de compostos
físicos e químicos, uns mais pequenos, outros maiores, uns com uma forma e
outros com outra, uns bonito outros feios, uns novos outros velhos, uns
inteiros outros faltando-lhes órgãos e partes importantes, uns mexendo outros
paralisados, uns com mais produtos do que outros, uns doentes e outros sãos,
diferentes dimensões e diferentes pesos, o espírito em todos habita. Se
compararmos as dimensões do corpo humano e as de um pão, com a imensidão da
matéria que constitui o universo, a diferença de proporções pode-se dizer que é
igual, aliás, há pães maiores do que bebés recém nascidos. Quanto ao movimento
de um corpo, sabemos que descendo na escala dimensional da matéria, não vamos
encontrar razões para estabelecer distinção entre a efectiva ocupação de um
espírito na matéria, consoante um corpo tenha ou não movimento, ou seja mais ou
menos mexido do que outro. Não há matéria em movimento ou matéria estática, o
que há é diferentes sistemas relacionais referidos aos quais pode ou não haver
movimento, porque em movimento de facto está toda a matéria. E não podemos
dizer que o espírito só está na parte do corpo que mexe e não está na que não
mexe, porque só de pensar nisso seria uma aberração. O espírito está em todo o
corpo enquanto corpo e enquanto a vontade de Deus, independentemente do
movimento do todo ou das partes, e não está mais numa do que em outra parte. O
espírito é pois capaz de habitar na maior das diversidades de matéria, seja ela
pouca, seja ela pequena, seja ela com uma composição determinada ou qualquer
outra, seja leve ou pesada. O espírito está por conseguinte onde Deus quer que
esteja, ou fora da matéria, ou habitando numa pequena porção de matéria.
Tudo isto, para
afirmar que na realidade, o espírito é independente da matéria, e pode estar
presente em qualquer porção de matéria seja ela qual for, seja quais forem as
suas dimensões, seja qual for o seu estado de movimento, seja qual for a sua
forma ou idade, seja qual for a sua composição. Por Vontade de Deus, um
espírito pode estar em qualquer porção de matéria.
Foi Vontade de
Deus que Jesus permanecesse na Terra através da Eucaristia. A Este fenómeno ou
acontecimento de Jesus estar presente na Eucaristia, de Jesus transformar a
espécie do pão na Sua carne, é dado o nome de transubstanciação.
Esta
transubstanciação é possível por Vontade de Deus e é dado este poder aos seus
representantes na Terra, os sacerdotes. Esta instituição de poderes foi feita
na Última Ceia por Jesus ao seus Apóstolos.
19 E tomando um pão, havendo dado graças,
partiu-o e deu-o a eles, dizendo: Isto é o Meu corpo, que é dado por vós; fazei
isto em memória de Mim.
Estes Apóstolos,
por cadeia de transmissão de poderes, para os bispos e destes para os
sacerdotes, tudo através da hierarquia de poderes absolutos concedidos e
estabelecidos por Jesus Cristo a Pedro, e através de Pedro a toda a Sua Igreja.
18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
19 Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que
ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será
desligado nos céus.
Esta espantosa
prova de Amor dada por Jesus à humanidade e cada homem, este fabuloso e
espantoso milagre perpetrado ao longo dos séculos, em que um Deus quer
permanecer vivo e realmente presente entre o Seu Povo, é mantido para que as
almas aí encontrem alimento e não pereçam.
É ali na
Eucaristia que se pode consumar a união entre nós pobres criaturas e o nosso
Deus. Quantas vezes não temos nós tido ou esboçado o desejo de nos encontrarmos
com uma ou outra personalidade importantes do nosso planeta, por considerarmos
que ela em alguma medida são superiores ou interessantes, ou com elas pudermos
aprender algo, ou por simples desejo de com elas comunicarmos? Pois então,
tomemos consciência de que todas estas personalidades que tanto admiramos,
todas somadas não se podem sequer comparar a um cabelo de Jesus. Ele é o Rei
dos reis, Deus Filho todo poderoso, o mais belo dos filhos do homem, o mais
Santo, o mais puro, o mais humilde, o mais inteligente, o mais capaz. E é com
este Deus feito homem, que nos podemos encontrar, através do Sacramento da
Eucaristia, se estivermos em conformidade com as prescrições da Sua Igreja. Ali
podemos falar com Ele, estar com Ele, nos alimentarmos dEle.
53 Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Se não
comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis
vida em vós mesmos.
54 Quem come a minha carne e bebe o meu
sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
55 Porque a minha carne verdadeiramente é
comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida.
56 Quem come a minha carne e bebe o meu
sangue permanece em mim e eu nele.
57 Assim como o Pai, que vive, me enviou, e
eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim.
58 Este é o pão que desceu do céu; não é
como o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este
viverá para sempre.
59
Estas coisas falou Jesus quando ensinava na sinagoga em Cafarnaum.
CI12 - Sofrimento no horto é
Depois da Sua
última Ceia, Jesus tomou 3 Apóstolos consigo e foi para o Horto das Oliveiras para
se preparar para a Sua Paixão, para a qual já tinha preparado todos os que o
seguiam.
Para além da Sua
entrega total a Deus Pai, que o enviara para Salvação da humanidade, Jesus
continua dando provas do seu imenso amor pelo homem, muito em especial pelo
seus inimigos e perseguidores, pelos próprios que o foram prender. Aí no Horto
também dá provas do Seu imenso poder, quando afirma que é aquele que eles
procuram. Por momentos, afirmando ser aquele que eles foram para prender e que
Judas tinha denunciado e entregue por trinta moedas de prata, Jesus de alguma
forma deixa transparecer o seu poder e a Sua omnipotência, e todos os
presentes, homens duros, todos armados, uma autêntica turba de feras prontas
para despedaçar a sua vítima, são atirados ao chão. Devem ter momentaneamente
visto o poder de Jesus e recuaram cheios de medo, e caíram todos uns em cima
dos outros. Que cena!… Que espectáculo não deve ter sido. Se nos conseguíssemos
colocar naquele momento, tentarmos imaginar a tensão e o ambiente que se vivia
naquele exacto momento, toda aquela maltosa, de noite, com archotes, armas e
varapaus, uma turba em fúria e disposta a prender aquele que durante 3 anos
tinha escorregado entre as suas mãos, de repente irem todos pararem ao meio do
chão, tudo devido à majestade com que Jesus disse: Sou eu!
Se nos
conseguíssemos colocar em cada uma das cenas descritas do Evangelho, com Jesus
presente, a nossa admiração, o nosso espanto, o nosso deslumbramento seriam
sempre idênticos. Estaríamos na presença de Deus, feito homem sim, mas não
menos Deus por isso. A Sua presença, o Seu olhar, a Sua voz, a todos
deslumbrava e continua a deslumbrar.
3 Tendo, pois, Judas tomado a coorte e uns
guardas da parte dos principais sacerdotes e fariseus, chegou ali com lanternas
archotes e armas.
4 Sabendo, pois, Jesus tudo o que lhe havia
de suceder, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?
5 Responderam-lhe: A Jesus, o nazareno.
Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, também estava com eles.
6 Quando Jesus disse-lhes: Sou eu,
recuaram, e caíram por terra.
A seguir a esta
cena fabulosa, tendo Pedro sacado da espada que levara, impulsivo e destemido
como era, corta a orelha a Malco, um dos que fora prender Jesus. Jesus no seu
amor para com todos, incluindo os seus inimigos que o tinham ido prender,
cura-lhe a orelha. Quanto amor...!
50 Então um deles feriu o servo do sumo sacerdote, e
cortou-lhe a orelha direita.
51 Mas Jesus disse: Deixei-os. Basta. E
tocando-lhe a orelha, o curou.
CI13 - Resistência corporal e psicológica sobre-humanas é
Toda a vida de
Jesus foi uma vida dura de trabalho e missão. O Seu corpo estava habituado a
uma vida difícil, de trabalho e de canseiras. Toda a vida trabalhou, em
carpintaria e tudo o que era necessário para prover ao seu sustento e ao de Sua
Mãe Maria e de José seu pai adoptivo, depois de estar velhote e doente, e a
quem sempre ajudou em novo.
A Sua vida
pública nos três últimos anos de vida, foram de caminhadas constantes e de uma
alimentação muito parca e frugal.
Mas a sua força e
resistência provinham-lhe também do facto de ser o mais bem constituído e mais
perfeito ser que alguma vez pisou a Terra.
Esta resistência
e força ficaram bem patentes na forma como resistiu a tudo o que lhe fizeram
durante uma noite inteira de selvajaria, de brutalidades, de pancadaria, de
tortura, da flagelação, da coroação de espinhos, do carregamento da cruz até ao
Calvário, da Crucificação e da agonia de três horas pregado na cruz. Só a noite
em que esteve entregue à selvajaria dos guardas dos sumos sacerdotes, em que em
jejum teve de suportar tudo o que lhe fizeram dava para acabar com qualquer
comum dos mortais. Na Última Ceia de certeza que não terá comido muito e depois
de uma noite inteira sem dormir e em jejum, a ser espancado e torturado, dava
para desfazer qualquer um.
Depois dessa
noite de horror, ainda teve de sofrer a flagelação, que era feita por
brutamontes com chicotes de múltiplas tiras de couro com pontas de ferro, e que
estando bêbados, enganando-se na contagem, voltavam ao princípio… só de pensar
e de ver daria para derrubar qualquer um de nós. Mas Jesus suportou tudo sem
vacilar. Os presos que eram sujeitos à flagelação romana, de tal maneira
ficavam desfeitos e esfacelados, eram por norma sempre entregues à família para
poderem morrer em suas casas… Mas Jesus, em vez disso, ainda teve de carregar
uma cruz de madeira, de peso inimaginável, Calvário acima. Quanto horror.
E no último
momento de Sua vida terrena, depois de perder todo o sangue ao longo da Paixão,
consumou o seu último milagre. Bradou aos Céus. Esse brado, foi chamando Mãe,
mas o que é mais espantoso é ter largado esse brado, quando o era humanamente
impossível, pois a morte de cruz dava-se por asfixia. As longas horas que os
condenados passavam pendurado na cruz, no meio de indizíveis sofrimentos, fazia
com que começassem a se desencadear cãibras terríveis em todos os músculos do
tórax, de tal maneira que a dado momento os condenados morriam asfixiados sem
conseguir respirar. E isto sabia-o bem o centurião romano que estava próximo da
cruz a assistir à agonia e por isso se converteu e admitiu quem era
verdadeiramente Jesus.
44 Era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra
até a hora nona, pois o sol se escurecera
45 e rasgou-se ao meio o véu do santuário.
46 Jesus, clamando com grande voz, disse:
Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou.
47 Quando o centurião viu o que acontecera,
deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo.
48 E todas as multidões que presenciaram
este espectáculo, vendo o que havia acontecido, voltaram batendo no peito.
CI14 - Ressurreição e Ascensão aos Céus é
Após a Sua missão
de Salvar toda a humanidade para a possibilidade de ingressar na Vida Eterna e
no Paraíso Celestial, Jesus, Ressuscita de entre os mortos, como tinha
anunciado ao Apóstolos.
1 Mas já no primeiro dia da semana, bem de madrugada, foram
elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham.
2 E acharam a pedra revolvida do sepulcro.
3 Entrando, porém, não acharam o corpo do
Senhor Jesus.
4 E, estando elas perplexas a esse respeito,
eis que lhes apareceram dois varões em vestes resplandecentes
5 e ficando elas atemorizadas e abaixando o
rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais entre os mortos aquele
vive?
6 Ele não está aqui, mas ressuscitou.
Lembrai-vos de como vos falou, estando ainda na Galileia
7 dizendo: Importa que o Filho do homem
seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro
dia ressuscite.
8 Lembraram-se, então, das suas palavras
9 e, voltando do sepulcro, anunciaram todas
estas coisas aos onze e a todos os demais.
Depois Ascende
aos Céus de onde tinha vindo cumprir a Vontade do Pai.
50 Então os levou fora, até Betânia; e
levantando as mãos, os abençoou.
51 E aconteceu que, enquanto os abençoava, apartou-se
deles; e foi elevado ao céu.
52 E, depois de o adorarem, voltaram com
grande júbilo para Jerusalém
53 e
estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus
Todas estas
maravilhas que acabámos de recordar, fazem de Jesus não só o mais maravilhoso e
poderoso de todos os homens de que há história, mas como os Seus feitos
ultrapassam largamente todas as façanhas descritas por escritores de ficção
científica. No entanto, na busca do maravilhoso, o homem persegue as loucas
invenções de falsos heróis, criados para filmes e livros, que só existem na
imaginação de alguns, e desprezam o único e verdadeiro Deus feito homem, capaz
de todas as maravilhas que se possam enumerar. Os homens correm atrás dos
frutos da imaginação, muitas vezes pervertidas, correm atrás de miragens e
invenções falsas e oníricas, e desprezam Aquele que está vivo, Aquele que é
mais real do que qualquer outro, Aquele que criou todo o Universo e que a tudo
e todos supera.
Estranha
atitude, esta, a dos homens…
O Papa
Paulo VI um dia afirmou:
"ù Mais vale acreditar
numa mentira, do que não acreditar numa Verdade. Pois Deus, por termos
acreditado na mentira, há-de recompensar-nos pela nossa Fé, mas, por não termos
acreditado na Verdade, há-de pedir-nos contas da nossa incredulidade".
"ù Por isso, homem, este
é um tesouro que entrego à tua guarda!
Podes
condenar-te com ele nas mãos, ou, Salvar-te, se o depositares no teu Coração!
A
Escolha é tua…"