CRIAÇÃO DO UNIVERSO,
dos ANJOS e da HUMANIDADE
.
ÍNDICE
(●) As Sagradas Escrituras como
fonte de Sabedoria e Ciência ► Ponto
4
● O
Código da Bíblia desvendado
► Ponto 5
(●) Exemplos da credibilidade
das Sagradas Escrituras ► Ponto
6
● A
narrativa da Criação do mundo
► Ponto 7
● A
Terra é um planeta redondo
► Ponto 8
● A
Terra está suspensa no espaço
► Ponto 9
● O
Homem é constituído por espírito, alma e corpo ► Ponto
10
● A
existência de um Código oculto no Texto do Pentateuco ► Ponto
11
● As fontes para estabelecer uma
Cronologia da Criação ► Ponto 12
(●) Revelação Pública ► Ponto 13
(●) Revelação Privada ► Ponto
15
● Mística
Cidade de Deus - MCD
► Ponto 16
● Cadernos
de Maria Valtorta - C
► Ponto 17
(●) Catecismo da Igreja Católica
- CIC ► Ponto 18
● Determinação dos
pontos de conflito entre as duas Narrativas ► Ponto 19
● Amenização dos
conflitos entre as duas Narrativas ► Ponto 20
(●) As diferentes noções de “dia” ► Ponto 21
(●) As diferentes noções de “homem” ► Ponto 22
● Génesis Explicado -
As Etapas da Criação ► Ponto 23
● O Início da Criação ► Ponto 26
Início da Criação do Mundo / Terra e seus
animais
●
No
Jardim do Éden - Paraíso Terreal ► Ponto 33
Criação do Homem
● Não existem extraterrestres ► Ponto 34
● O Sétima Dia - Deus
descansou ► Ponto 35
● Deus entrega a Terra às suas criaturas ► Ponto 36
● Queda e Expulsão de Adão e Eva do Éden ► Ponto 37
● Aviltamento da Raça Humana ► Ponto 38
● Dilúvio Universal ► Ponto 39
● A Plenitude da Criação ► Ponto 40
● O Oitavo Dia - Novos
Céus e Nova Terra ► Ponto 41
● Gráfico da
Cronologia da História Humana ► Ponto 43
● PREFÁCIO ● ▲
Ponto 1
A
inevitabilidade de definir como foi criado o Universo, os Anjos e o Homem
É tal a confusão
sobre a Criação do Universo, dos Anjos e do Homem, mesmo nos meios Católicos, que
se torna imprescindível a súmula da Doutrina e das Revelações sobre este
assunto tão importante.
O que aqui vou expor sobre a Criação, não se
trata de uma opinião pessoal ou de quaisquer teorias com que se possa
simpatizar, mas sim o Ensinamento da Igreja Católica sobre o assunto. Para
ajudar na compreensão de tão grande mistério, introduzo o aprofundamento de
alguns conceitos, de modo a se ganhar a visão correcta e a Luz necessárias
sobre a Criação do Universo por parte de Deus.
A Criação
encontra-se Revelada no Livro do Génesis, mas contêm na sua narrativa alguns
pontos menos claros, como que encobertos por véus, que aos poucos e através dos
tempos têm vindo a ser removidos.
O conteúdo que aqui vai ser exposto, sobre as
Etapas da Criação, é tudo o que o Católico deve conhecer, acreditar, defender e
divulgar. Aqui está contida a Verdade do que nos foi Revelado sobre a Criação.
As duas fontes de
que o Homem dispõe para tomar conhecimento sobre a Criação do Mundo, que
engloba a Criação do Universo Cósmico, dos Anjos, dos Seres Vivos e da
Humanidade, sendo esta última encabeçada por Adão e Eva, são:
- Revelação
Divina e a
- Ciência.
Aprofundando as Fontes disponíveis, Revelação
Divina e Ciência, não encontramos contradições, mas sim complementaridade.
A confusão nasce de
uma deturpação introduzida pelo cientifismo, associada à falta de
conhecimento e de Fé nas Revelações Divinas.
Sobre o Cientifismo,
que é uma forma adulterada de ciência humana, falaremos adiante.
As Revelações
Divinas sobre a Criação, advêm, tal como toda a Doutrina da Igreja
Católica, da Revelação Pública contida nas Sagradas Escrituras e da Revelação
Privada contida nos textos dos Santos Padres e das Confidências feitas por
Deus e pela Virgem Maria, a videntes por Eles escolhidos.
As causas
da confusão existente sobre a Criação
A confusão que
existe sobre este tema, deriva de uma só fonte - os anjos caídos, ou demónios,
que povoam o inferno e a superfície da Terra, e que incansavelmente perturbam,
tentam e pretendem levar à condenação eterna toda a humanidade.
Como o objectivo
primordial dos demónios é o da condenação dos homens, têm de semear entre eles
a confusão, a ignorância, a divisão, os conflitos e guerras, falsas doutrinas,
o erro, a mentira e a deturpação da Verdade. Assim operando, fazem com que os
Homens percam a Fé em Deus, na Sua Obra, nos Seus Ensinamentos, nas Sua
Revelações, e fazendo como o que alcançou com Eva, consegue fazer cair o Homem
e levá-lo à condenação.
Como a Doutrina e
Revelação Divina estão bem conservadas dentro da Igreja católica, o demónio
adoptou uma forma privilegiada de enganar o Homem através da criação de falsas
doutrinas, falsas descobertas e falsas teorias, camuflando-as com a falsa
aparência de conquistas científicas. Operando assim, retira o Poder Criativo a
Deus, e afastando as Criaturas dos Ensinamentos Divinos, mais facilmente leva à
perdição das suas almas.
● INTRODUÇÃO ● ▲
Ponto 2
Fomos habituados desde os bancos da escola a ouvir
falar dos “homens” pré-históricos. Cedo começámos a aprender que na
Pré-história os “homens” vivam em cavernas, vestiam-se com peles e as suas
armas eram pesados cajados. Ouvimos falar das pinturas rupestres das grutas de
Altamira e de Lascaux. Ensinaram-nos que os “homens” pré-históricos foram
evoluindo aos poucos e poucos e por fim chegaram a ser aquilo que somos hoje em
dia. Era a partir do 3º ano dos liceus que, na cadeira de História Universal, recebíamos
as primeiras injecções de contra-informação e contra-cultura. Mas na nossa
inocência não demos por nada. Foi uma lavagem ao cérebro dos jovens, que teve
início naquele tempo, e se perpetua até os nossos dias.
Recuando às memórias que tenho daqueles
tempos, estou a falar de meados da década de 60 do século passado,
recordo que nos manuais que tínhamos da edições ASA, da autoria do Ferreira
Torres, se dizia, logo no primeiro parágrafo, que existiram muitos “outros
homens” e muitos outros povos, e que para narrar a sua história, o historiador
se servia da tradição, sob a forma de
contos ou lendas, e de documentos tais como obras de arte, instrumentos de
trabalho e de guerra, objectos de uso comum, textos oficiais e outros escritos.
Nestas fontes que eram enumeradas, não havia nenhuma alusão aos Textos
Sagrados da Bíblia, aos quais, durante todo o restante ensino da História,
só se fazia uma ligeira alusão, num quadro sinóptico das Raças, a Noé e à sua
descendência pós-diluviana. De Adão e Eva, nem sequer uma palavra, e
isto porque na realidade, não havia evidência histórico/científica que deles
falasse, a não ser a Bíblia, a qual não se devia ser referida, porque não se
enquadrava dentro dos parâmetros normalmente aceites pelos historiadores. Da
mesma forma que a Verdade e a Realidade foi distorcida sobre este assunto,
também a interpretação sobre muitos outros factos o foram, com um único
objectivo, o de divulgar uma determinada ideologia, subjacente ao poder de
dominação que se pretendia exercer sobre o povo.
Naquele tempo ainda não se falava abertamente
de Darwin
e da sua teoria do evolucionismo, apesar dele a ter formulado 100 anos
antes. A teoria do evolucionismo aplicada ao homem sempre foi contrária aos
ensinamentos da sã Doutrina da Igreja Católica. Graças ao facto de ainda estar,
então, em vigor a Concordata do Estado com a Igreja Católica, esta ainda
conseguia suster o avanço daquela maré negra, daquela mentira hedionda do
evolucionismo aplicado ao homem. Depois da revolução do 25 de Abril, com a
conquista do poder pela maçonaria republicana, a desinformação e descultura
arrebentaram a comporta que as sustinham, e invadiram todos os meios de
divulgação possíveis. O mesmo se passou noutros países, com ligeiros
desfasamentos no tempo, mas igualmente eficazes.
Havia no entanto um hiato malicioso inteligentemente
introduzido na matéria que era leccionada. Falava-se muito sumariamente das idades do
paleolítico, do neolítico e da idade dos metais, e depois dava-se um salto
acrobático para a civilização egípcia, largamente documentada, e á qual se
atribui uma datação que teria tido
início por volta de
Não admira que depois desta desinformação
total, as pessoas ficassem apáticas quanto à Narrativa Bíblica, a qual
nos fora intencionalmente sugerida como não sendo fonte fidedigna de
conhecimento. Após este período dos anos 60, veio com a “demo-cracia”
instaurada com a revolução de Abril de
Confirmava-se o chavão: «Quem controla a informação, detêm o poder nas suas
mãos».
Foi precisamente neste hiato de 2.000 anos
de história, que foi eclipsado nos compêndios escolares, no qual se deu a Criação
de Adão e Eva, e no qual se encontra o ponto de ruptura entre a
Narrativa Bíblica e a Narrativa Científica sobre a Criação do Homem.
Esta lacuna verificada no ensino da História é intencional, é mal intencionada, e visa objectivamente fazer
desaparecer da mente do estudante a noção de Deus e a Sua centralidade na
Processo da Criação.
E da mesma forma que esta omissão da Criação de Adão e Eva segundo
a Narrativa Bíblica é feita, cujo objectivo é o de afastar o pensamento do
homem de Deus, fala-se ostensivamente dos “homens” pré-históricos, dos “homens”
das cavernas, como se de homens se tratassem. De facto essas
criaturas não eram homens, mas sim hominídeos, uma espécie diferente
de seres vivos. E é com esta linguagem errónea que se introduz
sub-repticiamente a falsa teoria da descendência do homem dos hominídeos,
excluindo, assim, a verdade da Narrativa da Criação. E mais. Omite-se também o
facto de existirem hominídeos à data da Criação de Adão e Eva, e de que aquela
espécie de criaturas foi extinta com o Dilúvio Universal, subsistindo
exclusivamente a linhagem de Set até Noé
Ponto 3
(●) O Cientifismo ▲
O Cientifismo
é um conceito que eu criei para caracterizar o acto deliberado e consciente de
deturpação da ciência e dos métodos científicos.
Não podemos
confundir o cientifismo com cientificismo (ou cientismo), pois este último é um
termo forjado numa escola Francesa que aceita apenas a ciência empiricamente
verificável como fonte de explicação de tudo que existe. O cientificismo, ou
cientismo, é uma forma inocente do agir dos ateus, que não tem em si a intenção
dolosa de deturpar o conhecimento científico, fazendo dele a única forma válida
de aquisição de conhecimento.
O Cientifismo
é algo bem mais grave, pois actua de uma forma consciente para adulterar os
métodos de análise, a lógica e as conclusões da Ciência, com o objectivo de deturpar
a Realidade e a aquisição de conhecimento.
Enquanto a Ciência
busca a aquisição do conhecimento da Realidade, tal como ela o é de facto, sem
preconceitos nem deturpação da experimentação e dos métodos analíticos que usa,
servindo-se muitas vezes da formulação de teorias que ajudem a explicar os
factos verificados, não deixa de ter uma sã abertura de espírito para avaliar o
seu erro, de corrigir as teorias
existentes e de formular novas teorias para chegar à Verdade. A Ciência, pura e
sã, na qual militam homens de boa vontade e de coração puro, é fruto da
inteligência humana e, por isso, Dom de Deus.
Nesta acepção de Ciência,
não encontramos nunca contradição entre Fé e Ciência, pois que sendo esta
última Dom de Deus, não entra em contradição com a Obra do Criador.
Ambas, Fé e Ciência,
laboram em áreas idênticas, que é o desconhecido, e ambas têm como objectivo a
descoberta da Verdade. À partida, ambas partem do desconhecido para o
tornar conhecido. Ambas trabalham naquilo que os olhos não vêem e os sentidos
não alcançam. A Fé vai à frente neste sentido, pois mais facilmente
atinge a Verdade, sem necessitar de tanta pesquisa e análise, pois aceita o que
lhe é Revelado pela Sabedoria Divina, através das Sagradas Escrituras, dos
Ensinamentos da Igreja Católica, ou ainda através da Sabedoria infusa, da qual
Deus se serve amiúde.
O Cientifismo
é bem diferente, pois de forma dolosa, adultera o método científico e por
erros, falácias, sofismas e paralogismos, adultera as conclusões e não alcança
a Verdade, mas sim, conclui falsas realidades, levando ao engano e à
deterioração da condição humana. Neste sentido, o Cientifismo é uma falsa
ciência que visa enganar o Homem e deturpar a Realidade criada por Deus.
Enquanto que a
Ciência tem os seus limites, já a Fé não os tem, pois o campo da Fé é mais
vasto do que o da Ciência.
A Ciência
tem como fronteira a Realidade Material.
Enquanto que a Fé,
ultrapassa estas fronteiras da Realidade Material e abarca também a Realidade
Espiritual.
Enquanto
que a Ciência não alcança a Divindade, pois se limita à existência material, a
Fé, não tendo limites, leva-nos ao seio do próprio Deus, pois a Ele só se chega
através das Realidade Espirituais que por Ele nos são Reveladas.
Cadernos de 1943, de Maria Valtorta - 19
de Junho de 1943
Eu não condeno Ciência, antes Me agrada que o homem aprofunde com o
seu saber sobre os acontecimentos que tem acumulado e assim possa compreender e
admirar-Me cada vez mais nas Minhas Obras. Para isso lhes dei a inteligência,
devendo fazer uso dela para verem Deus na lei dos astros, na formação das
flores, na concepção dos seres, e não para violentar a vida ou negar o Criador.
Racionalismo, Humanismo, Filosofismo, a Teosofismo, Naturalismo,
Classicismo, Darwinismo, tendes escolas e doutrinas de todo o género e com
todas vos preocupais, por mais que a Verdade nelas esteja desnaturada ou
anulada. A única escola que não quereis seguir ou aprofundar é a do
Cristianismo. …
Mas pobres néscios! E que fareis com essas vossas escolinhas e
palavritas quando tiverdes de comparecer no Meu exame? Haveis apagado em vós a
luz infinita da verdadeira Ciência, e haveis querido iluminar as vossas almas
com os vossos substitutos de luz, à maneira de pobres loucos que pretenderam
apagar o Sol, fazendo outro novo com lanternas. Por mais que as nuvens ocultem
o Sol, ele sempre estará no firmamento. Assim também, ainda que com as vossas
doutrinas formeis nuvens que encubram o Saber e a Verdade, sempre estarão lá a
Verdade e o Saber, porque procedem de Mim que sou eterno.
O que o Cientifismo
pretende fazer, adulterando os métodos científicos, e ignorando ostensivamente
as fronteiras materiais que a Ciência tem, é induzir o Homem a falsas
conclusões não só sobre a realidade material, mas também sobre a realidade
espiritual, na qual não tem jurisdição e na qual a própria verdadeira Ciência
não se aventura.
Assim sendo, o Cientifismo
é uma impostura da Ciência que visa criar uma falsa realidade, material e
espiritual, e um falso Deus.
A melhor forma de
actuação que o Cientifismo arranjou foi o de definir falsas teorias
explicativas da Realidade, baseadas em análise insuficiente e deturpada,
tirando conclusões erradas e divulgando-as massivamente através da midia
escrita, filmes, documentários, noticiários e do ensino público obrigatório nas
escolas.
O Cientifismo
é uma arma poderosa usada pelo inferno para afastar a humanidade de Deus.
O Cientifismo
usa a táctica defendida por Voltaire e levada a cabo pela maçonaria:
“Mintam, mintam, mintam, mintam, mintam até a
mentira se tornar verdade”!
Paul
Siebertz - A verdadeira história da guerra civil - Página 273
«…
as lojas se serviam daquela arma que o “irmão” Voltaire preconizara como a mais
eficaz entre todas - a mentira sistematicamente divulgada e insistentemente
repetida.» ( …) Foi espalhando mentiras que as sociedades secretas conseguiram
sempre os seus êxitos. Chegaram a fazer da aplicação desse preceito voltairiano
uma ciência, narrando os factos de maneira oposta ao que na realidade se
passava. Aplica-se aqui o adágio inglês, segundo o qual “nada morre com tanta
dificuldade como a mentira».
É assim agora que os governos
democráticos, socialistas e laicos, governam contra Deus e contra o Povo.
Voltaire -
Oeuvres complètes - II, Página 153
«A mentira é um erro quando é culpa de um
mal, dizia Voltaire ao combater a Igreja, mas quando causa “algum bem” é uma
virtude. Deve-se portanto mentir como o diabo, não com precauções, mas
destemidamente, não uma vez só, mas sempre.
Menti, amigos, menti.»
É nesta área do Cientifismo
que pululam alguns cientistas e muitíssimos pseudo cientistas, que muitas das
vezes chegaram a conclusões e descobertas verdadeiras nos seus campos de acção,
mas extrapolando a área permitida de actuação da Ciência, extrapolaram os seus
estudos para outras áreas não autorizadas, semelhantes mas não idênticas, e
tiraram conclusões erradas, falsas e que bradam aos Céus.
O rei dos
cientistas, daqueles que tiraram conclusões erradas, por extrapolarem os seus
estudos para áreas não autorizadas pela sua diferente natureza, foi Darwin, o
tal da Evolução das Espécies. Tendo estabelecido a teoria da Evolução das
Espécies, que é verdadeira para o mundo animal irracional, extrapola abusivamente
as suas teses para o campo humano, e transforma o Homem, num animaleco que
provem da evolução do macaco. Fazendo este salto acrobático, falso e não
autorizado pela verdadeira Ciência, conclui uma aberração na qual ele se situa,
e que propaga, dizendo que o pai dele foi um macaco. Lá formula uma cláusula
esfarrapada, em que, a talho de foice, diz que só falta encontrar o elo que
comprove a sua teoria da proveniência do Homem do macaco. Como é evidente, esse
elo entre os hominídeos, ou homens das cavernas, e o Homem nunca será
encontrada, porque não existe. Esta versão da criação do homem é uma aberração
e fruto da falta de Fé, bem como da ignorância sobre matéria algo velada para a
humanidade.
Charles Darwin, cientista, e o maior
de entre os filhos de macaco
Não podemos negar a
importância e alcance dos estudos científicos de Darwin. Mas da mesma forma que
o fazemos com objectividade, temos também de concluir que no que toca à
conclusão de que o homem provem do macaco, e por não haver de facto prova
irrefutável do elo entre ambos, ele perdeu todo o mérito, por ter tentado dar
um passo maior que a perna. Ele transpôs os limites impostos pelo método
científico e caiu num erro crasso. Além do mais, contraria frontalmente o
Revelado por Deus nas Sagradas
Escrituras.
Atrás deste
cientista, vem uma corrente infindável de cientifistas e de artolas
pseudo-cientistas, clamar aos sete ventos, que o homem provem da evolução do
macaco. Como isto convém à maçonaria e ao inferno, aí vem os midia a servir de
amplificador deste terrível erro e hedionda mentira, ensinar com ares doutorais
que aquela mentira é uma verdade que a ciência confirma.
O campeão, dos
nossos tempos, destes palhaços cientifistas foi sem dúvida o realizador
daqueles magníficos programas de televisão, que todos amávamos ver na nossa
juventude - Carl Sagan.
Carl Sagan, cientifista, e o segundo
maior de entre os filhos de macaco
Atrás da força
incutida por este grande palhaço dos tempos modernos, vem uma maré negra de
cintifistas que defendem, a peso de ouro, que o homem descende do macaco e de
que a vida provem de uma bactéria e de um acidente material. Muitas outras
baboseiras não comprovadas cientificamente, a não ser por falaciosos cálculos
probabilísticos, afirmam também de que existem outros planetas habitados por
extraterrestres.
Podemos assim
concluir que esses cientifistas se congratulam de que os seus pais ancestrais
foram macacos.
Os filhos de macaco
Nós, os Católicos,
Graças a Deus, não aceitamos aquela paternidade e afirmamos com veemência, que
os nossos pais foram Adão e Eva, homem e mulher criados por Deus no Jardim do
Éden, há cerca de 6.000 anos atrás, e que em nada esta Verdade contradiz as
descobertas da Verdadeira Ciência Humana, como ficará sobejamente exposto neste
Dossier.
Quadro de Miguel Ângelo
ilustrando a Criação do Homem por Deus
Esta grande Verdade
da Criação de Adão e Eva tal como descrita no Génesis, baseando-se muito
especialmente na Fé Divina, não nega a Ciência, mas é sim por ela sustentada,
foi aceite por gigantes da ciência, que acreditaram em Deus e dEle se
aproximaram, porque, dentro da sua vida de pesquisa e procura da Verdade,
vislumbraram claramente o Poder e o Verbo de Deus.
Se pensarmos um
pouco, torna-se de facto muito difícil de imaginar Deus a criar o Homem à sua
imagem e semelhança, e a sua obra resultar num hominídeo, mais parecido com um
macacóide monstruoso do que com um ser humano, ou então, deixar ao acaso da
evolução determinar como seria o produto final.
Louis
Pasteur, o grande cientista químico e microbiólogo, que ficou
para a história por ser o pai da vacinação e do processo de pasteurização,
deixou-nos numa das suas famosas frases a seguinte verdade:
“Um pouco de ciência
afasta-nos de Deus, mas muita, aproxima-nos dEle”.
O grande cientista Louis
Pasteur
Albert
Einstein, o grande cientista que ficou para a
história pela Teoria da Relatividade, era um crente em Deus, e nalgumas das
suas muitas frases que ficaram famosas, disse:
“A diferença entre a
estupidez e a genialidade, é que a genialidade tem os seus limites”.
e
“Grandes espíritos
encontraram sempre violenta oposição de mentes medíocres”.
e
“Deus não joga com dados”.
e
“Ante Deus somos todos
igualmente sábios e igualmente tolos”.
O grande cientista Albert
Einstein
Max
Planck, o grande cientista que ficou para a história pelas
descobertas na física quântica, deixou-nos escrito:
“Para os crentes, Deus
está no princípio das coisas. Para os cientistas, no final de toda reflexão”.
O grande cientista Max
Planck
Georges
Lemaître, padre Jesuíta, o grande cientista
físico que ficou para a história pela formulação da teoria do Big Bang e de um
universo em expansão, deixou-nos escrito:
“Existem dois meios de se
alcançar a Verdade, eu decidi seguir ambos”.
“O cientista cristão vai
adiante livremente, com a segurança de que a sua investigação não pode entrar
em conflicto com a sua fé”.
O grande cientista
Georges Lemaître
Albert Einstein e Georges Lemaître
ficaram amigos e chegaram a trabalhar conjuntamente depois de tomarem
conhecimento do trabalho um do outro. Encontraram-se pela primeira vez na
corte, a convite dos reis da Bélgica.
Einstein e Georges
Lemaître na Bélgica
(●) As Sagradas Escrituras como fonte de Sabedoria
e Ciência ▲
Quando procuramos
informação rigorosa e fidedigna sobre qualquer coisa, naturalmente procuramos
quem a fez. É uma reacção natural e inteligente. Assim também deve ser com
relação ao Universo. Se queremos informação fidedigna sobre a sua criação,
devemos buscá-la nas Sagradas Escrituras, onde estão as Revelações feitas por
Aquele que tudo criou - Deus.
Esta é uma atitude
inteligente, e que devia ser natural e a mais frequente. Infelizmente, devido à
degradação cultural a que se chegou, pela constante demolição levada a cabo
pelo inimigo de Deus, o diabo, os homens dão mais credibilidade ao cientifismo
leccionado nas escolas, do que às grandes Verdades Reveladas por Deus nas
Sagradas Escrituras. Os professores ignorantes em determinadas matérias, acabam
por acreditar nas mentiras que ensinam. Isto é grave!
Se existimos, por
termos sido criados por Deus, na Sua mente Divina só o fomos para o servir e
amar, e para através dessa dedicação, partilharmos com Ele a Vida Eterna. Este
acto de Amor Divino, fez com que Ele nos criasse inteiramente livres, e como
tal, e prova disso, deu-nos o livre arbítrio, isto é, a capacidade de
optarmos pelo bem ou pelo mal, a capacidade de decidirmos por nós próprios de
seguir por este ou aquela caminho. Mas Deus não deixou ao acaso a nossa sorte,
tal como o dizia o Einstein (“Deus não joga aos dados”). Deus Revelou-nos
tudo o que é necessário para a nossa Salvação, isto é, para
chegarmos à partilha com Ele da Vida Eterna.
Tudo o que é
importante e significativo para a humanidade, está contido nas Sagradas
Escrituras, escritas pelos Profetas, e inspiradas pelo Espírito Santo. Lá está
contida toda a Verdade.
Nas Sagradas
Escrituras não há uma única mentira, nem nenhum erro ou engano. Nas Sagradas
Escrituras tudo contribui para a nossa Salvação Eterna e para uma boa vida aqui
na Terra, e que nos conduzirá à Vida que vem depois da morte corporal.
Com o passar do tempo
e à medida que as condições culturais se crispam, isto é, que nos afastam da
Verdade, Deus vai proporcionando ao homem
mais ajudas, Revelações e descobertas, que permitem ao Homem acreditar
com maior fiabilidade nas Sagradas Escrituras.
Foi isto que aconteceu
com a descoberta do Código da Bíblia, sobre o qual já escrevi no Capítulo II do
GPS.
Recordemo-lo.
Ponto 5
CII 4 - O Código
da Bíblia desvendado ▲
Grande Graça para a humanidade
Nos finais do
século passado veio a conhecimento público, uma espantosa descoberta feita
sobre a Bíblia, que a meu ver terá sido porventura a mais importante descoberta
científica deste último século, que ultrapassa todas as outras, pois segundo o
meu ponto de vista, certifica e comprova a inspiração do Espírito Santo de
todas as Sagradas Escrituras e a própria existência de Deus.
De que constou esta
espantosa descoberta?
A Bíblia contém
codificados, nomes, acontecimentos e datas da história da humanidade. Segundo é
dado a inferir, todos os acontecimentos e pessoas poderão estar codificados na
texto da Bíblia. Todos os testes que levaram a esta estrondosa descoberta,
incidiram sobre o Pentateuco, ou seja, sobre o texto dos primeiros 5 livros da
Bíblia.
Este Pentateuco,
que é o Thora dos judeus, foi pegado na sua versão original, escrito em
aramaico, introduzido em computador, sem espaços entre os caracteres que o
compõe, e iniciadas as buscas.
Todas as pesquisas
feitas tiveram resultado positivo, e abrangem acontecimentos até os nossos dias
e mesmo futuros.
Código da Bíblia descoberto por Michael Drosnin
As mesmas buscas
foram experimentadas, seguindo idênticas metodologias computacionais, noutros
livros, e não alcançaram nem sequer um resultado positivo.
Não entrando em
grande pormenor, o que o judeu descobriu, depois de elaborar um programa
específico de computador para analisar o texto aramaico, foi que era possível
descobrir nomes de celebridades com as suas datas de nascimento e morte,
através da justaposição de caracteres que se encontram equidistantes uns dos
outros. Esta equidistância é variável de pesquisa para pesquisa, mas sempre a
mesma para uma específica.
Ora adaptar a
narrativa de um processo histórico e documental, de tal maneira que contenha
ainda por cima uma codificação deste tipo, pressupõe uma inteligência
inimaginavelmente grande e poderosa, para além de, porventura, ter tido algumas
intervenções na própria história, para adequar a Sua narrativa a uma
codificação deste tipo.
Como é evidente,
isto só é possível a Deus.
Esta descoberta
deixou perfeitamente perplexos os cientistas americanos e mundiais que a
estudaram, e para a qual não existe contestação possível.
Esta maravilhosa descoberta, que é a prova
científica mais forte até hoje produzida, vem mostrar ao mundo, incluindo à
comunidade científica ateia, de que Deus existe! Sim, Deus existe e está
comprovado através desta descoberta! Além disto, fica também claramente comprovado
de que o Texto Sagrado é rigorosamente de Inspiração Divina.
Esta descoberta vem
documentada num livro que foi best seller em Portugal e em quase todo o mundo, "O
Código da Bíblia" de Michael Drosnin, um jornalista ateu, e que ficou
perplexo perante a sua própria pesquisa e descoberta.
O que dizem os
opositores da Bíblia perante tal descoberta?
Por mim, eu
reafirmo: A força da razão impõe-se ao cepticismo dos ateus. Por muito que se
conteste uma verdade, ela não deixa de o ser!
Nos tempos que
vivemos, esta descoberta, a que Newton dedicou grande parte da sua vida, sem
êxito, já que lhe faltava a potência de cálculo dos computadores, é uma grande
Graça concedida à humanidade racionalista da nossa época.
Esta é também mais
uma grande ajuda na construção de uma sólida confiança no Texto Bíblico das
Sagradas Escrituras.
No Capítulo II no
ponto 5 do GPS, continuei falando sobre este assunto.
CII 5 - A verdade está contida no
texto explícito da Bíblia, mas também nos segundos significados ocultos e
simbólicos
Quando Jesus andava
nas Suas pregações, falava muitas vezes por parábolas.
S. Mateus 13,3.13,34
3 E falou-lhes muitas coisas por
parábolas
34 Todas estas coisas falou Jesus às
multidões por parábolas, e sem parábolas nada lhes falava.
Contava casos, simples,
verdadeiros, que todos entendiam, que se podiam aplicar à vida do dia a dia,
mas que também se podiam aplicar a outras situações diferentes das nossas
vidas, mais complexas e importantes.
Assim, podemos
encontrar um primeiro significado nos textos Bíblicos, que é aquele que está
escrito, mas também um segundo significado e por vezes mesmo mais do que um
segundo, podem-se encontrar, terceiros e quartos significados. É exactamente no
entendimento destes vários significados ou linguagens, que intervém a acção do
Espírito Santo, sem o qual podemos ficar sem entender estas segundas
linguagens, ou então, interpretá-las mal.
S. Mateus 13,13
13 Por isso lhes falo por parábolas; porque eles,
vendo, não vêem; e ouvindo, não ouvem nem entendem.
Quem se disponha a
ler as Sagradas Escrituras, ter-se-á que colocar pois sob a acção do Espírito
Santo para poder entendê-las e delas tirar os ensinamentos que Deus tem
guardados para os Seus filhos.
Esta segunda
linguagem oculta da Bíblia é na realidade a mais importante de todas, mas,
atenção, a primeira linguagem é também verdadeira e aplicável à nossa vida
quotidiana.
Temos de estar
atentos aos católicos só de nome, que afirmam ser, mas na realidade o não são.
Estes falsos católicos, que até vão à Missa dominical, e aparentemente cumprem
os preceitos da Igreja, muitas vezes desdenham os primeiros significados ou a
primeira linguagem explícita das Sagradas Escrituras, e só se agarram às
segundas linguagens, cujo significado eles criam e inventam nas suas cabecinhas,
afirmando em discursos pseudo intelectuais que o que interessa são os
significados simbólicos contidos e ocultos da Bíblia. Actuando assim, muitos
deles cheios de boas intenções, na prática afirmam e pretendem transformar o
Texto Bíblico num chorrilho de mentiras, para satisfazer atrasados mentais e os
inimigos de Deus…. Grande erro este. Terrível engano em que incorrem, levando
muitos atrás. A primeira linguagem da Bíblia é também toda ela verdadeira. Se
assim não fosse, como Jesus diz que temos de ser como criancinhas simples e
humildes, aqueles a quem se destinam as Sagradas Escrituras, estariam a ser
constantemente enganados pelos textos que os deviam instruir na Sabedoria
Divina e no Caminho da Salvação.
Infelizmente, hoje
em dia, já se tornou muito comum ouvir dizer a altos responsáveis dentro da
própria Igreja que as segundas linguagens são as que interessam, mas atenção,
também esta afirmação é apostasia.
Estas afirmações
apóstatas, têm normalmente o seu ponto mais alto e assanhado, no que diz
respeito à Criação do Mundo e do Homem, porque esses apóstatas, que
preferem aceitar as últimas teorias e baboseiras sobre a Criação do Universo e
do Homem, na realidade não sabem sobre o que estão a falar, e a única coisa que
pretendem provar e mostrar aos outros tolos que neles acreditam, é de que leram
nalguma revista científica que afinal de contas a “nova teoria”, agora
descoberta, é que explica a Criação do Mundo. Na realidade, podemos constatar
que de 20 em 20 anos aparece uma “nova Teoria” a desdizer a anterior e
afirmando que a actual é que é a certa.
Não é mais do que o
orgulho a funcionar, querendo se mostrar mais espertos, cultos e sofisticados
do que os simples que acreditam no que Deus deixou escrito na Bíblia. Neste
grupo encontramos os sinistros Cientifistas. Querem eles tornar-se
participantes da obra da Criação, dando-se ares de terem descoberto o que Deus
fez, mas que para nos extasiar, tudo descreveu com palavras veladas e com meias
verdades, ou meias mentiras, ou seja, com mentiras. Desta forma, estes
pseudo-intelectuais, estes cientifistas, estatuem Deus como mentiroso, e eles,
como doutos e inteligentes… Que ridículo! É caso para dizer: "Perdoai-lhes
Senhor, porque não sabem o que fazem nem o que dizem"…
As almas simples e
que amam verdadeiramente a Deus, nem sequer levantam a questão de ser ou não
verdade a primeira linguagem da Bíblia, porque sabem que é assunto que não lhes
diz respeito, e sabem que Deus um dia os recompensará de terem acreditado
cegamente nas Suas Palavras.
Só esta Confiança e
Fé fortes, nos Salvarão dos perigos que nos cercam, muito em especial nesta
fase do Fim dos Tempos em que vivemos.
Cadernos
de 1944, de Maria Valtorta - 5 de Março
de 1944
… Não disse Eu?: «O que me
ama guardará a minha Palavra, Meu Pai o amará, viremos a ele e faremos morada».
A alma em estado de graça possui o amor e, possuindo o amor,
possui a Deus, quer dizer, o Pai que a conserva, o Filho que a ensina e o
Espírito que a ilumina. Possui, portanto, o conhecimento, a ciência e a
Sabedoria. Possui a Luz. …
Si decidísseis interrogar a vossa alma, ela vos diria que o
significado verdadeiro, exacto e tão amplo como a criação daquela palavra
«domine» é esta: Para que o Homem exerça seu domínio sobre tudo. Sobre a
totalidade de seus três estratos: o inferior, animal; o central, moral; e o
superior, espiritual. E os três vos conduza a um único fim: «possuir a Deus».
Possuir merecidamente com este férreo domínio, que mantém submissas todas as
forças do eu, pondo-as ao serviço deste único fim: merecer a posse de Deus.
Este retorno às origens, o de irmos beber as
águas límpidas das Sagradas Escrituras, depois de termos andado por terras
distantes, como o filho pródigo, é também uma das grandes descobertas que todos
temos de fazer.
(●) Exemplos da credibilidade
das Sagradas Escrituras ▲
A Verdade contida
nos Textos Bíblicos não pode ser contestada, sendo explicitamente estatuído na
Doutrina da Igreja Católica, na Encíclica “Dei Verbum”:
E assim como tudo quanto afirmam os
autores inspirados ou hagiógrafos deve ser tido como afirmado pelo Espírito
Santo, por isso mesmo se deve aceitar que os livros da Escritura ensinam com certeza,
fielmente e sem erro, a verdade que Deus, causa da nossa salvação, quis que
fosse consignada nas Sagradas Letras” (DV 11)
Os exemplos de que
as Sagradas Escrituras são fonte inesgotável de Sabedoria são incontáveis.
Quero citar
simplesmente alguns.
Ponto 7
● A narrativa da Criação do mundo ▲
O Génesis, segundo
os estudiosos Bíblicos, credíveis, foi escrito por Moisés cerca do ano
Este Livro Bíblico
que é o Primeiro do Pentateuco, o Torah dos judeus, foi inspirado por Deus a
Moisés, e lá se encontra, com a Terminologia Divina, o relato da Criação do
Mundo, com as suas diversas etapas.
Segundo o Livro do
Génesis a Criação do Mundo por Deus foi feita nos 6 dias da criação,
segundo a seguinte cronologia:
1º
►
“Faça-se a luz”.
2º
►
“Faça-se um firmamento entre as águas, e separe ele umas das
outras”.
3º
►
"Que as águas que estão debaixo dos céus se ajuntem num mesmo
lugar, e apareça o elemento árido."
“Produza a terra plantas,
ervas que contenham semente e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua
espécie e o fruto contenha a sua semente”.
4º
►
“Façam-se luzeiros no firmamento dos céus para separar o dia da
noite; sirvam eles de sinais e marquem o tempo, os dias e os anos, e
resplandeçam no firmamento dos céus para iluminar a terra”.
5º
►
“Pululem as águas de uma multidão de seres vivos, e voem aves
sobre a terra, debaixo do firmamento dos céus”.
“Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos,
e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra”.
6º
►
“Produza a terra seres vivos segundo a sua espécie: animais
domésticos, répteis e animais selvagens, segundo a sua espécie”.
“Façamos o homem à nossa
imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos
céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os
répteis que se arrastem sobre a terra”.
Esquema
da Criação do
Mundo em 6 dias, a começar
no canto superior esquerdo e rodando no sentido
horário
No decorrer do
século XX, com as grandes descobertas arqueológicas, com o desenvolvimento da astronomia,
os estudos paleontológicos e o desenvolvimento da datação pelo carbono
O ciclo completo da
formação do Universo segundo as teorias científicas dominantes, para as quais
muito contribuiu Darwin, é:
1
►
Inicialmente haveria um átomo com o máximo de energia e o mínimo de matéria,
que explodiu e formou um universo em expansão. Assim foram formadas as estrelas
e os planetas, entre os quais a Terra, com a sua constituição semelhante à
actual. Esta teoria foi formulada pelo padre jesuíta Georges Lemaître.
2
►
Surgiu a vida no período Arqueano, com o aparecimento dos Procariontes, que
eram formas unicelulares que continham DNA, que se foram evoluindo até a
formação dos peixes que habitavam as águas.
3
►
Estes peixes evoluindo se transformaram em répteis que passaram a viver em
terra seca. Paralelamente surgiu a vida vegetal.
4
►
Os répteis evoluíram até muitos deles se transformarem em aves.
5
►
As diversas espécies, sempre evoluindo, deram origem a todos os animais que
habitaram a Terra.
6
►
Por fim e no topo da evolução, surgiu a raça humana, que acabou por dominar o
planeta Terra e todos os animais que nela viviam.
É de notar que a concordância
da sequência da Narrativa Bíblica e a da Narrativa Científica é
absoluta. No entanto, a Narrativa Bíblica foi escrita 3.300 anos antes da
Científica.
Ponto 8
● A Terra é um planeta redondo ▲
Encontramos
realidades que são explicitamente afirmadas na Bíblia, e que só séculos mais
tarde vieram a ser confirmadas cientificamente.
Por exemplo,
podemos tomar o facto de que a Terra é redonda. Nós portugueses, estamos
intimamente ligados a esta "descoberta", com a viagem de
circum-navegação da Terra por Fernão de Magalhães.
Ora até a
Renascença, era aceite de que a Terra era uma plataforma plana e rígida, no
centro do Universo, e de tal maneira isto era aceite, que navegadores havia,
que tinham medo de se afastarem demasiado, não fossem se despenhar da Terra
abaixo.
No entanto, já por
volta do ano
Isaías 40,22
22 E Ele, o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para Ele como gafanhotos; é Ele o que estende
os céus como cortina, e o desenrola como tenda para nela habitar.
Esta realidade já se encontrava
definida no Texto Bíblico, 2.000 anos antes de Fernão Magalhães a ter
comprovado.
● A
Terra está suspensa no espaço ▲
O facto de que a
Terra se encontra suspensa no espaço, só depois de Sir Isaac Newton o ter comprovado
cientificamente, foi admitido pela comunidade internacional.
Até essa data, era
a visão Aristotélica que foi ensinada e aceite mundialmente. Aristóteles
afirmava de que era impossível a Terra estar suspensa no espaço vazio, mas de
que se encontravam encaixadas dentro de esferas sólidas transparentes, estando
a Terra na mais interior de todas.
No entanto, contra
tudo e contra todos, já o Texto Bíblico afirmava a verdade cerca do ano de
1.480 antes de Cristo, que a Terra estava suspensa no vazio.
Job 26,7
7 Ele estende o norte sobre o vazio; suspende
a terra sobre o nada.
Esta realidade já se
encontrava definida no Texto Bíblico, 3.200 anos antes de Newton a comprovar
cientificamente.
● O Homem
é constituído por espírito, alma e corpo ▲
A cada ser humano
corresponde um espírito que vem habitar o seu corpo material, formado no
momento da fertilização do óvulo, que se desenvolvendo, adquire uma identidade
própria, quando, passado um certo tempo, lhe é dada uma alma que lhe controle e
dê a vida terrena. O corpo morre, quando a alma o abandona.
1Tessalonicenses 5,23
23Que o Deus da paz vos santifique totalmente, e todo o vosso ser - espírito,
alma e corpo - se conserve irrepreensível para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo".
1Reis 17,21-22
21 Estendeu-se em seguida sobre o menino por três vezes, invocando de
novo o Senhor: Senhor, meu Deus, rogo-vos que a alma deste menino volte
a ele.
22 O Senhor ouviu a oração de Elias: a alma do menino voltou a
ele, e ele recuperou a vida.
Mensagem
de Nossa Senhora ao Padre Gobbi de 29 de Março de 1997:
...
Porque Meu Filho, que hoje jaz sem alma no sepulcro, é o
vosso único salvador…
Cadernos de 1944, de Maria Valtorta - 25 de Maio de 1944
Deus é tão bom que, e mesmo
que bem se queira desvelar em seus fulgores, não se esquece de que somos pobres
espíritos aprisionados, todavia, numa carne e debilitados, por consequência,
por este cativeiro. …
Vejo como o Pai, por amor a seu Filho, ao qual quer proporcionar o
maior número possível de seguidores, cria as almas. Oh que formosura! Elas saem
das mãos do Pai como fagulhas, como pétalas de luz, como pérolas globulares,
como não é possível descrever. É um contínuo fluir de novas almas... Formosas,
cheias de gozo por descerem a tomar um corpo, obedecendo ao seu Autor. Que
belas são ao sair de Deus! No vejo, não posso ver, estando no Paraíso, quanto
as turva a mancha original.
Cadernos de
Meu Anjo da Guarda
explica-me a diferença existente entre a separação da alma do corpo pela morte
e a momentânea separação do espírito do corpo e da alma, pelo êxtase ou o
rapto. Diz-me que, enquanto a saída da alma do corpo provoca a morte, a
contemplação extática, ou seja, a oração temporal do espírito fora das
barreiras dos sentidos e da matéria, não provoca a morte.
● A
existência de um Código oculto no Texto do Pentateuco ▲
Este facto, já
apresentado acima, é o toque final para comprovar a Sabedoria infalível contida
no Texto Bíblico.
Só Deus na Sua
infinita Sabedoria podia inspirar um texto que desse uma chave ou Código de
decifração de todos os acontecimentos mundiais futuros, tal como foi descoberto
por Michael Drosnin.
Folha de análise do Código da Bíblia
Assim sendo, na dúvida, devemos sempre
recorrer aos Ensinamentos Bíblicos para esclarecimento da Verdade!
● As fontes para estabelecer uma Cronologia da
Criação ● ▲
Ponto 12
São quatro as
Fontes fidedignas onde, sem margem para erro, podemos tomar conhecimento como
se deu a Criação do Universo com todas as suas criaturas, incluindo as
angélicas e as humanas. São elas:
1 - Revelação
Pública, a qual é aceite pela Igreja Católica como sendo de proveniência
Divina a Inspiração dos seus Textos. É matéria de Fé o seu conteúdo e sua
correcta interpretação deve ser feita à Luz do Espírito Santo e segundo o
estabelecido pela Santa Igreja Católica.
2 - Revelação
Privada, a qual é aceite pela Igreja Católica como sendo de proveniência
Divina, caso a caso, depois de analisada e aprovada pela Congregação da
Doutrina da Fé, mas não sendo matéria de Fé obrigatória, em muito auxilia a
compreensão da Revelação Pública, e sobre ela lança Luzes em auxílio de muitas
dúvidas suscitadas nas mentes daqueles que mais se debruçaram sobre
determinados temas.
3 - Tradição da
Igreja, é a autoridade e a acção contínua do Magistério da Igreja Católica,
que através dos apóstolos e da sucessão
apostólica (os Papas e os Bispos), transmite "tudo
aquilo que ela é e tudo quanto acredita", para todo o mundo
ininterruptamente desde o advento salvífico de Cristo até a
atcualidade. (conf. Dei Verbum, 1965)
4 - Ensinamentos
dos Santos Padres, que são os escritos, homilias, ensinamentos e
testemunhos dos Santos Padres ao longo da História da Igreja.
Pegando nestas
quatro Fontes, a Igreja Católica faz a súmula de toda a Sua Doutrina e
escreve o Catecismo da Igreja Católica. Quando for citada esta Obra,
referenciá-la-ei com as suas Iniciais CIC, e o seu texto será em estilo Times Itálico Negrito azul.
(●) Revelação Pública ▲
Bíblia em Aramaico
A Revelação Pública já está
concluída e aprovada pelo magistério da Igreja e encontra-se nas Sagradas
Escrituras, ou Bíblia, que consta de 73 livros, sendo o Antigo Testamento
composto por 27 e o Novo Testamento por 46.
Ponto 14
● Génesis
- Gn ▲
É no primeiro livro
do Antigo Testamento, o Génesis, onde se encontra a descrição de como Deus
operou a Criação do Universo, da Terra com a sua vida vegetal e animal, bem
como da raça humana. No entanto, com o desenvolvimento do conhecimento
científico verificado nos últimos séculos da história humana, aumentou a
curiosidade sobre determinados aspectos que não foram muito desenvolvidos há
3.300 anos atrás, quando Moisés cerca do ano
Quando for citada
esta Obra, referenciá-la-ei com as suas Iniciais Gn, e o seu texto será
em estilo Times Itálico Negrito azul.
(●) Revelação Privada ▲
Página da Maria Valtorta
Paralelamente ao
aumento do conhecimento científico, desenvolveram-se também as teorias
produzidas pela erva daninha do Cientifismo de que já falei, e com elas,
os ataques à Narrativa Bíblica. Foi por isso que Deus, na sua infinita
Misericórdia e Sabedoria resolveu ampliar a Revelação já contida nas Sagradas
Escrituras, e permitiu que dentro da Sua Igreja fossem escolhidos alguns de
Seus Filhos para receberem mais informação, e em maior detalhe, sobre pontos
que até então tinham ficado velados para as gerações passadas, menos ávidas de
tanto pormenor.
É assim que nasce
nova fonte de Revelação - A Revelação Privada. Esta, não sendo dogma de
Fé, em muito auxilia a compreensão da Revelação Pública, e sobre ela lança
Luzes em auxílio de muitas dúvidas suscitadas nas mentes daqueles que mais se
debruçaram sobre temas relacionados com a Criação e Estrutura do
Universo, assim como de todas as Criaturas de Deus.
É precisamente nas
vésperas das grandes conquistas científicas dos últimos dois séculos, que surge
a primeira das grandes obras que aborda o tema da Criação, associado de
uma forma poderosa ao desvendar dos mistérios relacionados com a Imaculada
Conceição da Virgem Maria, Mãe de Deus, e que se havia de tornar como a
Medianeira entre os Homens e Deus nos Últimos Tempos, para introduzi-los nos
Novos Céus e Nova Terra. Cerca de 275 anos depois, mais Revelações são feitas
sobre a Criação.
A primeira destas
obras é a Mística Cidade de Deus, escrita pela venerável Sor Maria de
Jesus de Agreda, nos finais do século XVII.
Quando for citada
esta Obra, referenciá-la-ei com as suas Iniciais MCD-Parte-Parágrafo, e
o seu texto será em estilo Times Itálico Negrito azul.
A segunda destas
obras são os Cadernos, escritos por Maria Valtorta, nos meados do século
XX.
Quando for citada
esta Obra, referenciá-la-ei com as suas Iniciais C-data, e o seu texto
será em estilo Times Itálico Negrito azul.
● Mística
Cidade de Deus - MCD ▲
Caracterização
da Obra e da Autora
Título: Mística
Cidade de Deus - Vida da Virgem Maria
Título Original:
Mística Ciudad de Dios - Vida de
la Virgen María
Autora: Venerável Sor Maria
de Jesus de Agreda
Sor Maria de Jesus de Agreda
Nacionalidade da Autora: Espanhola Estado civil: Freira e Madre Superiora
Conventual
Data de Nascimento: 2 de Abril de 1602 Data
da morte: 24 de Maio de 1665, com 63 anos
Corpo incorrupto de Maria de Jesus de Agreda
Ordem da Autora: Concepcionistas
Franciscanas, fundada por Santa Beatriz da Silva
Local em que foi escrita: Ágreda, Soria, Espanha Língua do texto original: Espanhol
Data em que foi escrita: Entre 1623 e 1647 Dimensão da obra: 1614 páginas
Folha do título original da obra
Mística Cidade de Deus
Outras Obras: Centenas de outras
importantes Obras
Apreciação da Igreja: A Obra foi Aprovada pela
Igreja Católica e pela Inquisição e teve acompanhamento de directores
espirituais Franciscanos durante toda a sua vida.
Site Oficial da Autora: http://mariadeagreda.org Tem todas as informações sobre a vida e
obras.
Notas: Foi
através da Aprovação da Igreja da obra “Mística Cidade de Deus”, dos casos
místicos que ocorreram na sua vida e da obediência total e absoluta
aos seus directores espirituais Franciscanos, que lhe valeram o título de Venerável
e a abertura do Processo de Beatificação que decorre.
A “Mística
Cidade de Deus” é uma espantosa Obra literária, de inspiração Divina, e que
considero estar no mesmo patamar de excelência da Obra de Maria Valtorta - “O
Evangelho como me foi revelado” (“O Poema do Homem Deus”), e que
considerei como o 7º Milagre
dos 8 Grandes Milagres
sobre a Terra.
Sor Maria de Jesus de Agreda e sua obra
Sor Maria de Jesus
de Agreda foi das figuras mais notáveis do século XVII e distinguiu-se pelas
suas Virtudes e atributos excepcionais de Santidade:
- Fenómenos
místicos de Êxtases e Levitações, testemunhados por quantos frequentavam o seu
convento.
- Obediência
absoluta aos seus directores espirituais, sacerdotes Franciscanos.
- Submissão total à
Hierarquia da Igreja Católica.
- Excelente
condução do convento em que foi Madre Superiora.
- Recebeu
Revelações Divinas e infindas Visões, todas elas monitorizadas pelos seus
directores espirituais.
- Dom da Escrita e
de Conhecimento.
- Intenso
relacionamento escrito e de aconselhamento com o Rei de Espanha Filipe IV, o
qual tinha por ela grande estima e admiração, seguindo seus múltiplos
conselhos, mesmo em matérias de estado.
- Enorme Amor e Admiração
de todos quantos a conheciam.
- Validação da sua
vida e obra pelo Tribunal da Inquisição.
A Mística Cidade
de Deus foi das três obras mais publicadas no século XVII em conjunto com
as de São Luís de Monfort e Santo Afonso Maria de Ligório.
A Mística Cidade
de Deus, em espanhol, está publicada num grosso volume de capa acolchoada
vermelha, impressa em papel tipo bíblia, e consta de 105 páginas
explicativas/introdutórias e mais 1509 páginas da obra propriamente dita. Está dividida
em 3 Partes que reiniciam a numeração a cada nova Parte, e 8 Livros. Cada Livro
está dividido em Capítulos. Cada Capítulo está dividido em Parágrafos numerados
sequencialmente do princípio ao fim de cada Parte. Para situar pois qualquer
trecho, bastará indicar a Parte e o Parágrafo.
A versão
espanhola está disponível. Li na íntegra e aconselho a sua leitura.
Há uma tradução
Brasileira da Obra completa. Não li esta tradução.
Há uma tradução
Portuguesa só do Livro 1. Li esta tradução e encontrei muitos erros
ortográficos e mesmo de tradução incorrecta de termos e palavras. Pode ser lida
sem perigo doutrinário, já que os erros encontrados não são graves, a não ser
em 3 passagens.
As passagens que
vou usar, neste Dossier sobre a Criação, são a versão portuguesa com
revisão da minha responsabilidade.
● Cadernos
de Maria Valtorta - C ▲
Caracterização da Obra e da
Autora
Título: Cadernos
(3 volumes de 1943, de 1944 e de
Título Original: Scritti di
Maria Valtorta Autora: Maria
Valtorta
Maria Valtorta no seu leito
Nacionalidade da Autora: Italiana Estado civil: Solteira
Data de Nascimento: 14 de Março de 1897 Data da morte: 12 de Outubro de 1961, com
64 anos
Ordem da Autora: Leiga e viveu 27 anos
acamada desde 1934 até a sua morte.
Local em que foi escrita: Luca - Toscana Língua do texto original: Italiano
Data em que foi escrita: Entre 1943 e 1950 Dimensão da obra: 2210 páginas
Outras Obras: O Evangelho como me foi
revelado (Poema do Homem Deus com 652 capítulos e cerca de 5.000 páginas). Os
Cadernos são uma espantosa Obra literária, de inspiração Divina, e que
considero estar no mesmo patamar de excelência de “O Evangelho como me foi
revelado” (“O Poema do Homem Deus”), e que considerei como o 7º Milagre dos 8 Grandes Milagres sobre a
Terra.
Apreciação da Igreja: Foi Aprovada a publicação
da Obra pelo papa Pio XII.
Site Oficial da Autora: http://www.mariavaltorta.com Tem informações sobre a vida e obras.
Site não Oficial da Autora: http://www.mariavaltorta.info Tem informações sobre as obras.
Site não Oficial da Autora: http://www.maria-valtorta.net/ Tem informações sobre a vida e obras bem
como sobre o seu Processo canónico.
Notas: Os
Cadernos são uma súmula de diversos temas revelados por Jesus a Maria
Valtorta.
Há uma Tradução
espanhola da obra, publicada em 3 volumes - Cuadernos de 1943, Cuadernos
de 1944 e Cuadernos de
As passagens que
vou usar, neste Dossier sobre a Criação, são a tradução portuguesa, de
minha responsabilidade, da versão espanhola, que li e da qual aconselho a
leitura.
(●) Catecismo da Igreja Católica ▲
Ao longo dos tempos
foram escritos diversos Catecismos, adaptados a cada geração humana.
Para efeitos deste
Dossier vou usar o último destes Catecismos mandado escrever pelo Papa João
Paulo II em 1992 através da Constituição
Apostólica «Fidei Depositum» - Catecismo da Igreja Católica - 1ª Edição.
Quando for citada
esta Obra, referenciá-la-ei com as suas Iniciais CICº, e o seu texto
será em estilo Times Itálico Negrito azul. Para
consultar o Catecismo on-line usar este Link
do Catecismo.
●
Determinação
dos pontos de conflito entre as duas Narrativas ● ▲
Ponto 19
Quando se lêem
ambas as Narrativas da Criação do Mundo, saltam à vista de imediato duas
grandes discrepâncias:
1ª Discrepância -
A diferença de duração do período completo da Criação, já que na Narrativa
Bíblica a formação do Mundo dura só 6 dias, e segundo a Ciência, que apresenta
as evidências provenientes da análise científica do cosmos, durou cerca de 13,7
biliões de anos.
2ª Discrepância -
A datação para o aparecimento do Homem também é um ponto conflituoso na
comparação das 2 Narrativas, já que na Bíblia o homem surge no 6º dia da
Criação, cerca de 6.000 anos atrás, ou seja, em
DISCREPÂNCIAS |
Narrativa Bíblica |
Narrativa Científica |
Noção em Conflito |
1ª - Duração da Criação |
6 dias |
5x1011 dias |
“dia” |
2ª - Aparecimento do homem |
|
|
“homem” |
Se analisarmos mais
profundamente ambas as Narrativas, acabamos por descobrir que as discrepância
são mais derivadas às diferentes conotações atribuídas aos termos usados, do
que propriamente a diferenças factuais da própria Criação.
Quanto à diferença
de duração da Criação temos que analisar o conceito de “dia”.
Quanto à diferença
da datação temos de analisar o conceito de “homem”.
É isso que farei a
seguir.
●
Amenização
dos conflitos entre as duas Narrativas ● ▲
Ponto 20
A verdade é que, ao
longo das nossas vidas, dedicámos muito pouco tempo à análise das Narrativas
que existem sobre a Criação.
Por um lado, a
Narrativa Bíblica aparece suavemente feita no Génesis, sem alvoroço, numa
linguagem muito simples, e não vêm à luz do dia grandes defensores da sua
veracidade, da sua objectividade. Ao passo que a Narrativa Científica, ela é
propagada com grandes ênfase em livros, documentários e programas da televisão,
com grande alarido e uma multitude de provas avassaladoras. E tal é o barulho
que é feito pelos evolucionistas e pseudo-cientistas, que na maior parte das
vezes limitamo-nos a encolher os ombros e deixamos passar a coisa sem dar
grande luta, tanto mais que não existem lá muitos argumentos para contrapor aos
científicos.
Se fizéssemos uma
sondagem, estou certo de que mesmo nos meios católicos, a versão científica
sairia a ganhar em credibilidade. Deixamos que a versão Bíblica exista numa
redoma de tolerância, e para a qual certamente deverá haver uma explicação
simbólica, e não nos preocupamos muito em defendê-la do ponto de vista da sua
existência real e objectiva, como se tivesse sido como de facto vem relatado no
Texto Sagrado.
Mas esta atitude
tem por base uma ignorância provocada conscientemente, ao longo de muitos anos
de desculturação e de desinformação, levadas sistematicamente a cabo, pelos
inimigos de Deus, pelos inimigos da Igreja e da Fé Cristã. Todo o ensino omisso
e mentiroso recebido desde os bancos da escola, provocou, nas nossas gerações,
um efeito de adormecimento, de torpor e apatia quanto ao tema da Criação.
Para
além desta acção diabólica desenvolvida ao longo dos tempos, temos ainda que
contar com o mistério que ainda envolve todos os assuntos relacionados com a
Criação do Homem.
C 1944 5-3 …Vos dou tudo, e
unicamente Me reservo este mistério da formação do homem.
Mas, se analisarmos
ambas as Narrativas, com confiança e uma Fé forte, o resultado pode ser
surpreendente.
(●)
As diferentes noções de “dia” ▲
Ponto 21
Uma das grandes controvérsias entre a
narrativa Bíblica e a Científica, nasce principalmente da discrepância que se
pode encontrar na datação atribuída às diversas etapas da Criação.
Como a linguagem
Científica é uma linguagem actual, temos de tentar perceber porque é que Deus
na sua Revelação feita no Livros do Génesis usou uma terminologia não rigorosa
e adequada aos tempos modernos em que se adquiriram os grandes conhecimentos
astronómicos sobre o cosmos.
A explicação
parece-me ser bastante simples, se considerarmos que o Génesis não foi escrito
para os homens pós era astronómica, mas sim para todos os homens de todas as
épocas e culturas. Mas também é certo que Deus deu ao Homem a inteligência
necessária para intuir tal facto, e poder perceber qual a escala temporal que
foi usada na terminologia Bíblica.
C 1943
16-9 E será então que chegará o Meu dia, grande
e terrível. Não o dia de vinte e quatro horas, pois o Meu tempo tem outra
medida. Chama-se «dia» porque é durante o dia que se trabalha …
Se aprofundarmos um
pouco este tema da escala temporal, chegamos inevitavelmente à necessidade de
definir o conceito de Dia, usado no Livro do
Génesis. Toda a narrativa da Criação centra-se numa cronologia feita Dia a Dia,
e que durou ao todo os 6 Dias da Criação. Ao sétimo Dia, Deus descansou.
Terra vista do espaço
Para nós, que
vivemos na Terra, o significado de Dia pode ter 3 interpretações:
1ª - Tempo de uma rotação completa da
Terra sobre o seu eixo - 24 horas.
2ª - Tempo médio durante o qual o Sol
ilumina o local geográfico em que nos encontramos - 12 horas
3ª - Tempo variável, consoante as estações
do ano e a localização geográfica, durante o qual o Sol ilumina o local
geográfico em que nos encontramos -
Já aqui encontramos
3 diferentes dimensões temporais distintas para a palavra Dia.
Mas se alargarmos o
conceito de Dia para os diferentes planetas do nosso sistema Solar, vamos ver
que ele varia consoante a velocidade de rotação de cada um dos planetas em
causa. E assim, o diferente significado de Dia passa de 3 para 12 diferentes
dimensões temporais.
Para sermos
absolutamente rigorosos, não deveríamos usar isoladamente o termo Dia,
mas sim consoante o planeta a que se refere, ou seja, Dia da Terra (24
horas), ou Dia de Vénus (5832 horas), ou Dia de Júpiter (10
horas), etc.
O que eu quero
dizer com isto, é que o conceito de Dia não é rígido, mas sim flexível,
e de tal maneira, que o Criador de todas
as coisas, tomou a liberdade de o usar da maneira que melhor entendeu e julgou
conveniente para melhor instruir todos os homens de todos os tempos, e não só
aquelas que andam com o relogiozinho na mão, a contar as horas, minutos e
segundos, com o intuito de depreciarem a Narrativa Bíblica, tentando transformá-la,
através do uso das habituais manigâncias cientifistas, numa história da
carochinha que só serve para ensinar nos bancos da escola e enganar as
criancinhas.
Dito isto, que é
uma interpretação lúcida e inteligente, perfeitamente consensual e justificada,
não venham os cientifistas apelar para rigor cientifista, querendo se agarrar
ao termo Dia usado na Narrativa Bíblica, como se de 24 horas se
tratasse, pois assim fazendo, só fazem figura de tolos.
O Dia usado
no Génesis, tem de ser lido como “Dia da Criação”, isto é, um ciclo
temporal, de dimensão não revelada, porque sem interesse para a Salvação
das almas, e suficiente para informar os Homens, de todas as épocas e culturas,
sobre como desenrolou a Criação o Mundo.
Pelo simples facto de se aceitar esta
interpretação temporal da palavra Dia, já harmonizámos 50% da
controvérsia existente entre as duas Narrativas - a Bíblica e a Científica.
No aprofundamento
do tema da Criação feito na Revelação Privada, e que Deus concedeu ao
homem, muitas outras aparentes
contradições desaparecerão, e nova Luz será lançada sobre pontos que muitos
ignoram.
Deus, que é um Deus
de Amor e Misericórdia, está praticando mais uma das obras de Misericórdia
Espiritual, tal como nos deixou consignado na Doutrina da Sua Igreja - Ensinar
os ignorantes.
(●) As diferentes noções de “homem” ▲
Ponto 22
A outra das grandes controvérsias entre a
Narrativa Bíblica e a Científica, nasce principalmente da discrepância que se pode
encontrar no significado atribuído ao termo “homem”, usado com significados
diferentes em ambas as Narrativas da Criação.
Sem querer entrar
em grandes detalhes científicos sobre a Classificação Biológica das Espécies,
com a qual nem sequer concordo inteiramente, quero ressaltar um parágrafo que
se encontra na Wikipédia e que reflecte bem que todas as teorias e
classificações ditas científicas têm muito de passageiro e discutível:
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Classificação_científica
A classificação
científica é, por isso, um campo em rápida mutação, com frequentes e profundas
alterações, em muitos casos quebrando conceitos há muito sedimentados. Nesta
matéria, mais importante do que conhecer a classificação de uma qualquer
espécie, importa antes conhecer a forma como o sistema se organiza. Até porque
aquilo que é hoje uma classificação aceite em pouco tempo pode ser outra bem
diferente.
Classificação Biológica
Segundo esta
Classificação Científica, nós Homens pertencemos à Espécie de Homo Sapiens. E podemos encontrar
este outro espantoso parágrafo na Wikipédia:
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Homo_sapiens
Os humanos anatomicamente modernos
originaram-se na África há cerca de 200 mil anos, atingindo o
comportamento moderno há cerca de 50 mil anos.
E digo que é espantoso, porque é
atribuída a origem dos “humanos” em África, e usam de uma tolerância de Datação
que vai dos 50.000 aos 200.000 anos. Ora nós sabemos, através dos estudo
Bíblicos e Históricos, que Adão e Eva foram Criados só há cerca de 6.000 anos. Por
isso, é bom ter presente o rigor que aqueles cavalheiros cientifistas usam nas
suas lucubrações sobre os humanos, em que 150.000 anos de diferença, para eles
é mato… Isto prova sem margem de erro, que aqueles cavalheiros cientifistas
sabem muito do que escrevem e do que lêem, mas não percebem nada da
Realidade concreta e objectiva da Criação dos seres vivos sobre a face da
Terra.
Quando queremos saber sobre os factos
concretos e objectivos da Criação, temos de nos reportar aos Ensinamentos
daquele que tudo Criou - Deus!
Abandonando
portanto a falível terminologia cientifista, prefiro usar a terminologia
Bíblica, e trabalhar sobre ela.
Para nos
entendermos, fica aqui o significado que atribuo à palavra homem/homens e
que passarei a referir com H grande.
►
Homens somos nós, actual humanidade, com as suas diferentes
Raças, e que descendemos de Adão e Eva, e não do macaco através da selecção das
espécies e segundo a teoria do evolucionismo de Darwin.
Assim sendo, julgo que
o uso abusivo da palavra homem, na Narrativa Cientifista, não é
inocente, mas mesmo sem entrar num processo de intenções, vemos que até esse
facto parece ter sido antecipado pela Narrativa Bíblica, e lá mesmo se possa
encontrar a explicação para deslindarmos o conflito existente.
Na Narrativa
Cientifista o termo “homem” é usado indistintamente para se referir quer ao
“homem das cavernas” quer ao “homem actual”. Acontece que o chamado “homem das
cavernas”, não era de facto um Homem, mas sim um hominídeo que viveu na
pré-história e que nunca soube escrever.
Na Narrativa
Bíblica, também é usado o termo homem e homens, com conotações
diferentes.
Gn 1,26 26 Então Deus disse: "Façamos o homem
à nossa imagem e semelhança”.
Na Narrativa
Bíblica está presente esta duplicidade de significados, e quando fala de ambas
as espécies, especifica melhor ainda. Quando se refere aos Homens, diz
os “filhos de Deus” e quando se refere aos hominídeos diz as “filhas
dos homens”. Quando se refere indistintamente a ambos, diz homens.
Gn 6,1-4
1 Quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes
nasceram filhas,
2 os filhos de Deus viram que as filhas dos homens
eram belas, e escolheram esposas entre elas.
Deus também se
refere aos hominídeos como sendo os brutos.
C1946
30-12 E o
homem, o homem actual, desatina com as linhas somáticas e os ângulos
zigomáticos. E, não querendo admitir um Criador ao serem excessivamente
soberbos para reconhecer o haver sido feito, admite a descendência dos brutos
para assim poder dizer: «Crescemos sós, evoluindo de animais a homens».
Vemos assim, que
dependendo do contexto, a palavra “homem” assume diferentes significados, e
daqui a confusão de muitos.
Esta confusão é
perniciosa quando se trata de especificar o aparecimento do “homem”, pois
fica-se sem saber a que significado recorrer, pois o significado é múltiplo.
É bom definirmos, agora, e
de uma vez por todas os seguintes pontos:
a) Existem duas espécies distintas de seres
- os hominídeos e os Homens.
b) O hominídeos são anteriores aos Homens.
O primeiro esqueleto de um hominídeo aparece há cerca de 60.000 anos, e os
hominídeos desaparecem com o Dilúvio Universal.
c) Os chamados “homens das cavernas” eram
hominídeos. Não eram Homens.
d) Os hominídeos nunca usaram escrita.
e) O Homem aparece há 6.000
anos, subsiste ao Dilúvio e chega a usar a escrita.
É esta diversidade
de significados da palavra “homem”, em abstracto, que torna difícil ao crente
do Texto Bíblico do Génesis poder afirmar com credibilidade que o Homem
surgiu só há 6.000 anos, quando existem as evidências da descoberta de
esqueletos de hominídeos com 60.000 anos. Mas na realidade, e feito o esclarecimento
de que os cientifistas se referem a hominídeos, e os crentes Bíblicos se
referem a Homens.
Podemos, pois, concluir que o Texto Bíblico e
os cientistas se referem a seres distintos, mas usando a mesma palavra -
“homem”.
- O Texto Bíblico
refere-se a Homens.
- O texto
científico refere-se a hominídeos.
Fica, assim, claro
que ambas as Narrativas não são contraditórias e podem ser consideradas ambas
verdadeiras e coexistirem pacificamente.
É caso para se
dizer: «A falar é que a gente se entende».
Tenho, no entanto,
dúvidas quanto ao porquê desta duplicidade de significados da palavra “homem”
permitida por Deus no Texto Sagrado. Será devido a insuficiência terminológica
da tradução? Ou será propositado, e no âmbito da daquele misteriosa frase de Jesus,
que podemos encontrar no Evangelho de São Mateus?
S. Mateus 13,13
13 Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e
ouvindo, não ouvem nem entendem.
Feito este
esclarecimento, é lançada nova Luz sobre a leitura dos textos
Bíblicos, e estes podem assumir uma nova interpretação, pois consoante o
contexto, consegue-se perceber agora, com uma certa facilidade, qual o
significado a atribuir à palavra “homem”.
Segundo estes conceitos agora estabelecidos,
podemos afirmar que o Homem é criado cerca de 54.000 anos depois dos
hominídeo, cujos primeiros esqueletos foram descobertos pelos cientistas, e
ambos coexistiram até o Dilúvio, como vamos ver nos capítulos seguintes.
● Génesis
Explicado -
As
Etapas da Criação ● ▲
Ponto 23
● Pré-Criação
▲
Antes de tudo
existir, já existia Deus.
CIC296 296. Acreditamos que
Deus não precisa de nada preexistente, nem de qualquer ajuda, para criar. A criação
tão pouco é uma emanação necessária da substância divina. Deus cria
livremente «do nada»:
«Que haveria de
extraordinário, se Deus tivesse tirado o mundo duma matéria preexistente? Um
artista humano, quando se lhe dá um material, faz dele o que quer. O poder de
Deus, porém, mostra-se precisamente quando parte do nada para fazer tudo o que
quer».
Antes de iniciar a
Criação, Deus giza na Sua Mente Divina o
Plano da Criação.
● Plano
da Criação ▲
É bom nos
apercebermos de como se sentiu Sor Maria de Jesus de Agreda ao tomar
conhecimento deste Plano da Criação, pois que a ela só lhe
interessava descobrir qual o lugar que ocupava a Virgem Santíssima em
toda Obra da Criação.
MCD-1-26 … Bendito sejais, Rei magnífico, porque Vos
dignastes mostrar a esta Vossa escrava e vil pequenino verme, grandes
sacramentos e altíssimos mistérios, erguendo a minha morada e mantendo o meu
espírito onde vi o que não serei capaz de dizer! Vi o Senhor e Criador de
todos; vi uma Alteza em Si Mesma, antes de criar qualquer outra coisa; ignoro a
forma como Se me mostrou, mas não o que vi e entendi. E sabe Sua Majestade, que
tudo compreende que, para falar de Sua Divindade, o meu pensamento fica
inebriado, a minha alma se perturba, as minhas capacidades se suspendem nas
suas operações e toda a parte superior da minha alma deixa a inferior deserta,
despede os sentidos e voa para Aquele que ama, desamparando a quem anima; e em
tais desalentos e desmaios amorosos, os meus olhos derramam lágrimas e
emudece-se-me a língua.
Oh! Altíssimo e
incompreensível Senhor meu, objecto infinito do meu entendimento, como me sinto
aniquilada à Vossa vista, porque sois sem medida e eterno, e o meu ser se confunde
com o pó e com dificuldade vejo o que sou! Como se atreve esta pequenez e
miséria a olhar para a Vossa magnificência e grande majestade? Animai, Senhor,
o meu ser, fortalecei a minha vista e dai alento ao meu pavor, a fim de que
possa referir o que vi e obedecer assim ao Vosso mandamento.
O que Deus
estabeleceu, Sor Maria dividiu em 6 Instantes, para nosso melhor entendimento.
MCD-1-33 E porque Sua Majestade quis dignar-Se
corresponder ao desejo que Lhe propus, de saber, eu, indigna, a ordem que teve
ou a que nós devemos entender, na sua determinação de criar todas as coisas (e
eu pedia-o, para saber o lugar que na mente divina teve a Mãe de Deus e Rainha
nossa) direi, como puder, o que se me respondeu e manifestou e a ordem que
entendi nestas ideias em Deus, reduzindo-o a instantes; com efeito, sem isto
não se pode acomodar à nossa capacidade o conhecimento desta ciência divina,
que aqui se chama já ciência de visão, a que pertencem as ideias ou imagens das
criaturas que decretou criar e tem em Sua mente idealizadas, conhecendo-as
infinitamente melhor do que nós as vemos e conhecemos agora.
1º Instante ►
MCD-1-35
O primeiro instante é aquele em que conheceu Deus os Seus divinos
atributos e perfeições, com a propensão e inefável inclinação para comunicar-Se
fora de Si; e este foi o primeiro conhecimento de ser Deus comunicativo ad
extra, contemplando Sua Alteza a condição de Suas infinitas perfeições, a
virtude e eficácia que em si tinham para realizar magníficas obras. Viu que tão
suma bondade, era convenientíssimo, na sua equidade, e como devido e forçoso,
comunicar-se, para operar segundo a Sua inclinação comunicativa e exercer Sua
liberalidade e misericórdia, distribuindo fora de Si, com magnificência, a
plenitude de Seus infinitos tesouros, encerrados na divindade. …
2º Instante ►
MCD-1-38
O segundo instante foi outorgar e decretar esta comunicação da
divindade com a razão e motivos de que fosse para maior glória ad extra e exaltação de Sua Majestade com a manifestação da Sua grandeza.
E esta Sua exaltação própria olhou-a Deus, neste instante, como verdadeiro fim
de comunicar-Se e dar-Se a conhecer, com a liberalidade de derramar Seus
atributos e usar de Sua omnipotência, para ser conhecido, louvado e
glorificado.
3º Instante ►
MCD-1-39 O terceiro instante foi conhecer e determinar a ordem e disposição
ou o modo desta comunicação, da forma que se conseguisse o mais glorioso fim de
realizar tão árdua determinação: a ordem que deveria haver nos objectos e o
modo e diferença de lhes comunicar a divindade e atributos, de forma que essa
espécie de movimento do Senhor tivesse honesta razão e proporcionados objectos
e que entre eles existisse a mais formosa e admirável disposição, harmonia e
subordinação. Neste instante se determinou, em primeiro lugar, que o Verbo
Divino tomasse carne e Se fizesse visível, e se decretou a perfeição e
compostura da humanidade santíssima de Cristo nosso Senhor e ficou construída
na mente divina; e, em segundo lugar, para os demais, à sua imitação,
idealizando a mente divina a harmonia da natureza humana, com seu adorno e
compostura de corpo orgânico e alma para ele, com suas potências ou capacidades
de conhecer e gozar do seu Criador, discernindo entre o bem o mal, com vontade
livre, para amar o próprio Senhor.
40 - E esta união
hipostática (coexistência das 2 naturezas em Jesus
- divina e humana) da segunda pessoa da Santíssima Trindade
com a natureza humana, entendi que era como que forçoso fosse a primeira obra e
objecto onde primeiro se manifestasse o entendimento e vontade divina ad
extra por altíssimas razões que não poderei explicar.
…
E por estas e outras
razões que não posso explicar, só no Verbo humanado se pôde satisfazer ou
corresponder à dignidade das obras de Deus; com Ele, havia formosíssima ordem,
na natureza, e sem Ele não a teria havido.
4º Instante ►
MCD-1-41-45
41 - O quarto instante foi decretar os dons e graças que se
deveriam dar à humanidade de Cristo Senhor nosso, unida à divindade. Aqui, deu
o Altíssimo largas à Sua liberal omnipotência e atributos, para enriquecer
aquela humanidade santíssima e alma de Cristo com a abundância de dons e
graças, na plenitude e grau possível.
…
42 - A este mesmo
instante, como consequência e em segundo lugar, pertence o decreto e
predestinação da Mãe do Verbo humanado; de facto, aqui, entendi que foi
ordenada esta criatura, antes que houvesse outro decreto de criar qualquer
outra. E assim, foi primeiro que todas concebida na mente divina, tal como
pertencia e convinha à dignidade, excelência e dons da humanidade de Seu Filho
Santíssimo; e para Ela se encaminhou logo, imediatamente, com Ele, todo o
ímpeto do rio da divindade e seus atributos, tanto quanto era capaz de
recebê-lo uma pura criatura e como convinha à dignidade de Mãe.
43 - Na inteligência que
tive de tão altos mistérios e decretos, confesso que me arrebatou a admiração,
levando-me para fora de mim própria; e conhecendo esta santíssima e puríssima
criatura, formada e criada na mente divina desde ab initio e antes de
todos os séculos, com verdadeiro alvoroço e júbilo de espírito enalteço o
Todo-Poderoso pelo admirável e misterioso decreto que teve de criar-nos tão
pura, grande, mística e divina criatura, mais para ser admirada com o louvor de
todas as demais do que para ser descrita por qualquer que fosse;
…
Muito se conhece, mas
ignora-se muito mais ainda, porque este livro selado não foi aberto. Fico
verdadeiramente suspensa, no conhecimento deste sacrário de Deus e reconheço o
seu Autor como bem mais admirável na sua formação do que em tudo o mais que foi
criado, bem inferior a esta Senhora; embora a diversidade de criaturas
manifeste com admiração o poder de seu Criador, só nesta Rainha de todas elas
se encerram e contêm mais tesouros do que em todas juntas, e a variedade e
preço de Suas riquezas engrandecem o Autor sobre todas as criaturas juntas.
45 - Neste instante, a
nosso entender, foi prometido ao Verbo, como por um contrato, a santidade,
perfeição e dons de graça e glória que iria ter Aquela que havia de ser Sua Mãe;
e a protecção, amparo e defesa que se iria ter com esta verdadeira cidade de
Deus, em quem contemplou Sua Majestade as graças e merecimentos que por si
mesma iria adquirir esta Senhora e os frutos que iria granjear para Seu povo com
o amor e reconhecimento que daria a Sua Majestade.
Neste mesmo instante, e
como em terceiro e último lugar, determinou Deus criar lugar e morada onde
habitassem e vivessem o Verbo humanado e Sua Mãe; e, em primeiro lugar,
para eles e só por eles criou o céu e a Terra com seus astros e elementos e o
que neles se contém; e a segunda intenção e decreto foi para que os membros de
que viesse a ser cabeça e vassalos de quem fosse rei; com providência real se
dispôs e previu de antemão tudo quanto era necessário e conveniente.
5º Instante ►
MCD-1-46-47 46 - E passo ao quinto
instante, embora já tenha descoberto o que procurava. Neste quinto instante,
foi determinada a criação da natureza angélica que, por ser mais excelente
e de acordo, pelo seu ser espiritual, com a divindade, foi primeiro prevista e
decretada a sua criação e disposição admirável em nove coros e três
hierarquias.
…
47 - A este instante
pertence a predestinação dos bons e condenação dos maus Anjos; nele viu e
conheceu Deus, com Sua infinita ciência, todas as obras de uns e de outros, na
sua devida ordem, para predestinar com Sua livre vontade e liberal misericórdia
os que Lhe iriam obedecer e reverenciar e para condenar com Sua justiça os que
se iriam levantar contra Sua Majestade, em soberba e desobediência, por seu
desordenado amor próprio. E ao mesmo instante pertence a determinação de
criar o céu empíreo, onde se manifestasse a Sua glória e nela premiasse os
bons, e a terra e tudo o mais para as outras criaturas, e no centro ou mais
profundo dela, o inferno, para castigo dos Anjos maus.
6º Instante ►
MCD-1-48
48 - No sexto instante, foi determinado criar povo e uma
verdadeira multidão de homens para Cristo, já antes predeterminado na mente
e vontade divina, e a cuja imagem e semelhança se decretou a formação do homem,
para que o Verbo humanado tivesse irmãos semelhantes e inferiores e povo de Sua
mesma natureza, de quem fosse cabeça. Neste instante se decretou a ordem da
criação de toda a descendência humana, que começasse de um só homem e de uma só
mulher e deles se propagasse até à Virgem e Seu Filho, pela ordem que foi
concebido.
● O
Início da Criação ▲
Vou usar uma narrativa
seguindo a cronologia Bíblica, comparando-a paralelamente com a equivalente
etapa Científica.
Temos de ter
presente que o Génesis foi escrito por Moisés cerca de
A Criação
desenrolou-se em cumprimento dos comandos dados pelo Verbo de Deus, isto é,
pela Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, pelo Filho de Deus Pai, que
encarnou e se fez homem, tal como o afirmou São João no início do seu
evangelho:
João 1,1-3
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo
era Deus.
2 Ele estava no princípio junto de Deus.
3 Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito.
Assim, teremos:
● 1º DIA
DA CRIAÇÃO ►
Gn 1,1-5 1 No princípio, Deus criou os céus e a terra. 2A terra era informe e vazia. As trevas cobriam o abismo, e o
Espírito de Deus movia-Se sobre a superfície das águas.
3 Deus disse: "Faça-se a luz!" E a luz foi feita.
4 Deus viu que a luz era boa e separou a luz
das trevas.
5 Deus chamou dia à luz e às trevas, noite.
Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o primeiro dia.
Temos na Etapa Científica
1 Æ Inicialmente haveria um
átomo com o máximo de energia e o mínimo de matéria, que explodiu e formou um
universo em expansão. Assim foram formadas as estrelas e os planetas, entre os
quais a Terra, com a sua constituição semelhante à actual. Esta teoria foi
formulada pelo padre jesuíta Georges Lemaître.
Cosmos
Hoje em dia, se pegarmos
na frase “Faça-se a luz”, de
imediato relacionamos a palavra luz
com energia. Se falamos de energia, de
imediato nos vem à cabeça a relação estabelecida na teoria da Relatividade por
Einstein entre energia e matéria (E=mc2), que tem
como constante a velocidade da luz,
e assim, fica estabelecida de imediato uma relação concordante entre as
narrativas Bíblica e Científica.
Mas a partir do século
XVII ficámos a saber mais através da Revelação Privada feita a Sor Maria de
Jesus de Agreda.
Pelo Plano da Criação que
foi gizado na Mente Divina, e que vimos acima, descobrimos qual foi a sucessão
dos Actos Criativos de Deus, tendo por objectivo principal o da Encarnação do Verbo Divino e de Sua Mãe (4º Instante).
MCD-1-56 56 - … e ambos foram
conjuntamente ordenados imediatamente depois de Deus e antes de todas as outras
criaturas. E foi a mais admirável ordenação que já se fez ou alguma vez se
fará: a primeira e a mais admirável imagem da mente de Deus, depois da eterna
geração, foi a de Cristo e logo a seguir a de Sua Mãe. (Provérbios
Capítulo 8 - Desde o princípio, antes que criasse coisa alguma. Desde a
eternidade fui constituída, desde as origens, antes que a terra fosse criada. Ainda não havia os
abismos e eu já havia sido concebida.)
MCD-1-76 76 - … mas quero também
que os mortais reconheçam o Verbo Incarnado como sua cabeça e causa final da
criação de todo o restante da natureza humana, porque Ele foi, depois de Minha
própria benignidade, o principal motivo que tive para dar existência às
criaturas; e assim, deve ser reverenciado, não só porque redimiu a descendência
humana, mas também por ter sido a causa da sua criação.
Foi também neste 1º Dia da Criação que, para
que tal fosse exequível, deveria haver uma multidão de Anjos (5º
Instante) para os servirem.
MCD-1-81 81 - … E para que a ordem fosse
também perfeitíssima, antes de criar criaturas intelectuais e racionais, formou
o Céu para os Anjos e homens, e a terra, onde primeiro os mortais iriam ser
viadores; …
MCD-1-82 82 - Da terra, diz Moisés que estava vazia e o
mesmo não diz do Céu, porque neste criou os Anjos, no instante em que diz
Moisés: "Disse Deus; faça-se a luz
e a luz foi feita"; com
efeito, não fala apenas da luz material, mas também das luzes angélicas ou
intelectuais.
MCD-1-122 122 - … O primeiro dia, que corresponde ao
domingo, foram criados os Anjos e foram-lhes dadas leis e preceitos a que
deviam obedecer; e os maus desobedeceram e trespassaram os mandatos do Senhor;
…
Anjos no espaço
Seria também necessário um local onde vivessem
as criaturas que seriam feitas à Sua imagem e semelhança (6º
Instante).
Juntamente com a criação
da Terra, foi criado o inferno no seu centro, para onde iriam os condenados que
se revoltassem contra os decretos
Divinos e o próprio Deus.
MCD-1-82 82 - … E criou Deus, com o céu empíreo da
terra, juntamente, para formar o seu centro, o inferno; com efeito, no instante
em que foi criada, por divina disposição, ficaram no meio deste globo cavernas
muito profundas e amplas, capazes de constituir o inferno, limbo e purgatório;
e no inferno, ao mesmo tempo, foi criado fogo material e as demais coisas que
agora ali servem de pena aos condenados.
Após a sua existência, os
Anjos conheceram-se.
MCD-1-83 83 - Foram os Anjos criados no Céu empíreo e
em graça, para que com ela houvesse o merecimento do prémio da glória; com
efeito, embora estivessem no lugar dela, não se lhes havia ainda mostrado a
divindade face a face e com claro conhecimento, até que, com a graça, o viessem
a merecer os que foram obedientes à vontade divina. E, deste modo, estes Anjos
santos, como aliás os apóstatas, permaneceram muito pouco tempo no primeiro
estado de viadores; …
MCD-1-87 87 - …
determinou a Divina Providência manifestar-lhes, imediatamente depois da
sua criação, o fim para que os tinha criado com natureza tão elevada e
excelente.
MCD-1-85 85 - Resta saber o motivo que tiveram Lúcifer e
seus confederados no seu pecado (que é justamente o que agora tentarei investigar)
e pelo qual tomaram a decisão da sua desobediência e queda. …
E segundo o mau afecto que
então teve, Lúcifer caiu em desordenadíssimo amor próprio e nasceu-lhe o
ver-se com maiores dons e formosura de natureza e graças que os outros Anjos
inferiores. Neste conhecimento, deteve-se demasiado; e o agrado que sentiu de
si mesmo fê-lo retardar e esmorecer no agradecimento que devia a Deus, como
causa única de tudo quanto tinha recebido. E voltando a contemplar-se a si
mesmo, de novo sentiu um extraordinário agrado pela sua formosura e graças,
atribuiu-as a si próprio e amou-as como suas; e este desordenado afecto
próprio, não só o fez erguer-se com aquilo que tinha recebido de bem superior
virtude, mas também o levou a invejar e cobiçar outros dons e excelências
alheias que não tinha. E porque não as pôde conseguir, concebeu um mortal ódio
e indignação contra Deus, que do nada o tinha criado, e contra todas as Suas
criaturas.
Depois de terem sido
criados os Anjos, foi-lhes também dado conhecimento da posterior criação da
natureza humana, da qual se revestiria o Verbo de Deus. Nesta Natureza Humana
seria Criada uma Criatura Puríssima, que seria Mãe do Verbo Divino, da qual
procederia a Sua carne, e à qual se teriam de sujeitar.
MCD-1-88 88 - Em segundo lugar, lhes manifestou Deus
que iria criar uma natureza humana e criatura racionais inferiores, para que
amassem, temessem e reverenciassem a Deus, como seu Autor e bem eterno, e que
Ele Mesmo iria favorecer muito esta natureza; e que a segunda pessoa da própria
Santíssima Trindade Se iria humanizar e fazer-Se homem, elevando a natureza
humana à união hipostática e pessoa divina e que a esse suposto homem e Deus
teriam de reconhecer como chefe, não apenas enquanto Deus, mas simultaneamente
enquanto homem e teriam de O reverenciar e adorar; e que os próprios Anjos
teriam de ser Seus inferiores em dignidade e graças e Seus servos. E deu-lhes
entendimento da conveniência e equidade, justiça e razão que nisto havia,
porque a aceitação dos merecimentos previstos desse Homem e Deus lhes tinha
merecido a eles mesmos a graça que possuíam e a glória que iriam possuir; e que
para Sua própria glória tinham sido criados, tanto eles como todas as criaturas
o seriam, porque a todas iria ser superior; e todas as que fossem capazes de
conhecer e gozar de Deus, iriam ser povo e membros dessa cabeça, para
reconhecê-Lo e reverenciá-Lo. E logo os Santos Anjos receberam o mandato de se
submeter a tudo isto.
MCD-1-89 89 - … mas Lúcifer, com soberba e inveja,
resistiu e incitou os Anjos, seus sequazes, a que fizessem o mesmo, como de
facto o fizeram, seguindo-o a ele e desobedecendo ao divino mandato.
MCD-1-90 90 - … Mas sucedeu nisto um outro mistério: que
quando se lhes propôs a todos os Anjos que teriam de obedecer ao Verbo Humanado,
se lhes deu um outro preceito: que teriam de ter juntamente por superiora uma
mulher, em cujas entranhas tomaria carne humana este Unigénito do Pai; e que
esta mulher iria ser sua Rainha e Rainha de todas as criaturas e que Ela Mesma
Se havia de assinalar e avantajar a todas, angélicas e humanas, nos dons de
graça e glória. Os bons Anjos, por obedecerem a este preceito do Senhor,
aumentaram e engrandeceram a sua humildade e com ela o acolheram e louvaram o
poder e sacramentos do Altíssimo; mas Lúcifer e seus correligionários, com este
preceito e mistério, cresceram ainda mais em soberba e presunção; e com
desordenado furor mais se lhe tornou apetecível a excelência de ser chefe de
toda a descendência humana e ordens angélicas e que, se teria de ser mediante a
união hipostática, então, fosse com ele mesmo.
MCD-1-91 91 - E quanto ao ser inferior à Mãe do Verbo
Humanado e Senhora Nossa, resistiu-lhe com horrendas blasfémias, convertendo-se
em ofensiva indignação contra o Autor de tão grandes maravilhas; …
MCD-1-93 93 - Realizou neste momento o Todo-Poderoso
outro mistério maravilhoso: tendo-lhes manifestado, por inteligência, a todos
os Anjos, o grande sacramento da união hipostática, mostrou-lhes a Virgem
Santíssima por um sinal ou espécie, a jeito das nossas visões imaginárias,
segundo o nosso modo de entender. E assim lhes deu a conhecer e representou a
natureza humana pura numa mulher perfeitíssima, em quem o braço poderoso do
Altíssimo iria ser mais admirável do que em todas as demais criaturas, porque
nEla depositava as graças e dons de Sua dextra, em grau superior e eminente.
Este sinal e visão da Rainha do Céu e Mãe do Verbo humanado foi notória e
manifesta a todos os Anjos, bons e maus. Os bons, à sua vista, ficaram
extasiados de admiração e em cânticos de louvor e, a partir de então, começaram
a defender a honra de Deus Humanado e Sua Mãe Santíssima, armados com este
ardente zelo e com o escudo invencível daquele sinal. E, pelo contrário, o
dragão e seus aliados conceberam um implacável furor e sanha contra Cristo e
Sua Mãe Santíssima; …
● 2º DIA DA CRIAÇÃO ► Gn 1,6 6 Faça-se um firmamento entre as águas, e
separe ele umas das outras.
Temos na Etapa Científica
2 Æ Surgiu a vida no período Arqueano,
com o aparecimento dos Procariontes, que eram formas unicelulares que continham
DNA, que se foram evoluindo até a formação dos peixes que habitavam as águas.
Como as etapas da narrativa Bíblica e Científica não coincidem em duração,
tomei a liberdade de juntá-las pelas respectivas numerações, e não por
conteúdos.
Até
aqui também não surge nada de contraditório entre as narrativas, pois se
processa um suceder de acontecimentos que em nenhum dos casos podem ser
contestados, e por isso, compete-nos aceitá-los porque não existem provas em
contrário.
Microrganismos
Foi também neste 2º Dia da Criação que, após a revolta dos anjos
rebeldes, liderados por Lúcifer, se deu a expulsão dos Anjos caídos e foram
lançados no inferno.
MCD-1-104 104 - … com efeito, os Anjos eram estrelas e,
se perseverassem, luziriam depois com os demais Anjos e justos, como o Sol, em
perpétuas eternidades (Dn 12,3); mas lançou-as sobre a terra (Jui 1,6) o
castigo merecido, para sua desdita, até ao centro dela, que é o inferno, onde
carecerão eternamente de luz e de alegria.
MCD-1-106 106 - … E foi admirável, esta batalha, porque
se pelejava com os entendimentos, e vontades. …
MCD-1-109 109 - É difícil reduzir a palavras aquilo que se
passou em tão memorável batalha, por haver tanta distância entre os fracos
raciocínios materiais e a natureza e operações de tais e tantos espíritos
angélicos. Mas os maus não prevaleceram, porque a injustiça, mentira,
ignorância e malícia não podem prevalecer contra a equidade, verdade, luz e
bondade; nem estas virtudes podem ser vencidas pelos vícios; e por isto diz o
evangelista que "não prevaleceram
e não houve mais lugar no Céu para eles". Com os pecados que
cometeram estes ingratos Anjos, se tornaram indignos da eterna visão e
companhia do Senhor e a Sua memória apagou-se-lhes na mente, em que antes de
cair estavam como que gravados pelos dons de graça que lhes tinha dado; e, como
foram privados do direito que tinham aos lugares que lhes estavam marcados, se
tivessem obedecido, este mesmo direito passou para os homens e para eles se
destinaram, ficando tão limpos os vestígios dos Anjos apóstatas, que jamais
haverá no Céu lugar para eles. …
MCD-1-110 110 - O
santo Príncipe Miguel expulsou Lúcifer do Céu com essa invencível palavra: "Quem como Deus?", que foi
tão eficaz, que conseguiu derrubar esse poderoso gigante e todos os seus
exércitos e lançá-lo, com sua horrível ignomínia, no inferior da terra,
começando, com sua infelicidade e castigo, a ter novos nomes de dragão,
serpente, diabo e Satanás, que o próprio santo Arcanjo lhe pôs na batalha; e
todos eles testemunham a sua iniquidade e malícia. E privado, por esta mesma
iniquidade e malícia, da felicidade e honra que desmerecia, foi também privado
dos nomes e títulos honrosos e adquiriu os que declaram a sua ignomínia; e a
intenção maldosa que propôs e ordenou a seus correligionários, que enganassem e
pervertessem a todos os que no mundo vivessem, manifesta bem a sua iniquidade.
MCD-1-122 122 - Durante toda a primeira semana de que o
Génesis faz menção, em que Deus Se ocupou da criação do mundo e suas criaturas,
Lúcifer e os demónios ocuparam-se em se unir o mais possível para inventar
maldades contra o Verbo que Se devia humanizar e contra a Mulher de que Ele
devia nascer. …
… e por divina providência e disposição sucederam todas as coisas
que acima foram ditas, até ao segundo dia de manhã, correspondente a
segunda-feira, em que Lúcifer e seu exército foram expulsos e lançados no
inferno. A este espaço de tempo corresponderam esses intervalos dos Anjos: da
sua criação, das suas obras, batalha e queda ou glorificação. …
Inferno nas cavernas do centro da Terra
Mal deram entrada no
inferno, os anjos caídos deram início a um conciliábulo que durou até o 5º Dia
da Criação, que foi o que antecedeu a criação de Adão e Eva.
MCD-1-122 122 - … No momento em que Lúcifer e sua gente
chegaram ao inferno, fizeram um concílio, reunindo-se todos nele, que durou até
ao dia que corresponde a quinta-feira de manhã;
Sucederam-se os restantes Dias da Criação…
● 3º DIA DA CRIAÇÃO ► Gn 1,9-11 9 Que as águas que estão debaixo dos céus se ajuntem
num mesmo lugar, e apareça o elemento árido.
10 Deus chamou ao elemento árido TERRA, e ao
ajuntamento das águas MAR. E Deus viu que isso era bom.
11 Produza a terra plantas, ervas que contenham semente e árvores frutíferas
que dêem fruto segundo a sua espécie e o fruto contenha a sua semente.
Temos na Etapa Científica
3 Æ Estes peixes evoluindo se
transformaram em répteis que passaram a viver em terra seca. Paralelamente
surgiu a vida vegetal.
Até aqui também não surge
nada de contraditório entre as narrativas, pois se processa um suceder de
acontecimentos que em nenhum dos casos podem ser contestados, e por isso,
compete-nos aceitá-los porque não existem provas em contrário. Como as etapas
da narrativa Bíblica e Científica não coincidem em duração, tomei a liberdade
de juntá-las pelas respectivas numerações e não por conteúdos.
Continuou durante este 3º
Dia da Criação o conciliábulo infernal.
Conciliábulo infernal
MCD-1-122 122 - … e nestes momentos pôs Lúcifer em acção
toda a sua sabedoria e diabólica malícia no sentido de combinar com os demónios
e dirigir como mais ofenderiam a Deus e se vingariam do castigo que lhes tinha
sido dado; e aquilo que em suma resolveram foi que a maior vingança e agravo
contra Deus, como conheciam que Deus devia amar tão ternamente os homens, seria
impedir os efeitos desse amor, enganando, persuadindo e, tanto quanto lhes
fosse possível, forçando os mesmos homens, de forma a que perdessem a amizade e
graça de Deus e Lhe fossem ingratos e rebeldes à Sua vontade.
● 4º DIA DA CRIAÇÃO ► Gn 1,14-15 14Façam-se luzeiros no firmamento dos céus
para separar o dia da noite; sirvam eles de sinais e marquem o tempo, os dias e
os anos, 15e resplandeçam no firmamento dos céus para
iluminar a terra.
Temos na Etapa Científica
4 Æ Os répteis evoluíram até
muitos deles se transformarem em aves.
Até aqui também não surge
nada de contraditório entre as narrativas, pois se processa um suceder de
acontecimentos que em nenhum dos casos podem ser contestados, e por isso,
compete-nos aceitá-los porque não existem provas em contrário. Como as etapas
da narrativa Bíblica e Científica não coincidem em duração, tomei a liberdade
de juntá-las pelas respectivas numerações e não por conteúdos.
Estrelas e planetas no firmamento
Continuou durante este 4º
Dia da Criação o conciliábulo infernal, que durou até o 5º Dia da Criação.
MCD-1-122 122 - … e nestes momentos pôs Lúcifer em acção
toda a sua sabedoria e diabólica malícia no sentido de combinar com os demónios
e dirigir como mais ofenderiam a Deus e se vingariam do castigo que lhes tinha
sido dado; e aquilo que em suma resolveram foi que a maior vingança e agravo
contra Deus, como conheciam que Deus devia amar tão ternamente os homens, seria
impedir os efeitos desse amor, enganando, persuadindo e, tanto quanto lhes
fosse possível, forçando os mesmos homens, de forma a que perdessem a amizade e
graça de Deus e Lhe fossem ingratos e rebeldes à Sua vontade.
● 5º DIA
DA CRIAÇÃO ►
Gn 1,20-22 20 Pululem as águas de uma multidão de seres
vivos, e voem aves sobre a terra, debaixo do firmamento dos céus.
21 Deus criou os monstros marinhos e toda a multidão de seres vivos
que enchem as águas, segundo a sua espécie, e todas as aves segundo a sua
espécie. E Deus viu que isso era bom.
22 E Deus os abençoou: Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, e
enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra.
Em
todos os animais criados por Deus foi insuflada uma alma, tal com o foi com
Adão, e que o fez passar de um ser inanimado de barro a um ser vivente, tal
como verremos no 6º Dia da Criação.
Eclesiastes
3,19 19Porque o destino dos
filhos dos homens e o destino dos brutos é o mesmo: um mesmo fim os espera. A
morte de um é a morte do outro. A ambos foi dado o mesmo sopro, e a vantagem do
homem sobre o bruto é nula, porque tudo é vaidade.
MCD-2-475 475
- … a eminentíssima Senhora deu
ao mundo o Unigénito do Pai (Lc 2,7) e seu, nosso Salvador Jesus, Deus e homem
verdadeiro. Era a meia-noite de um domingo, no ano cinco mil cento e noventa e
nove (5.199) desde a criação do mundo, como ensina a Igreja romana. Este
cômputo é certo e verdadeiro, conforme me foi declarado.
Temos na Etapa Científica
5 Æ As diversas espécies,
sempre evoluindo, deram origem a todos os animais que habitaram a Terra.
Até aqui também não surge
nada de contraditório entre as narrativas, pois se processa um suceder de
acontecimentos que em nenhum dos casos podem ser contestados, e por isso,
compete-nos aceitá-los porque não existem provas em contrário. Como as etapas
da narrativa Bíblica e Científica não coincidem em duração, tomei a liberdade
de juntá-las pelas respectivas numerações e não por conteúdos.
Aves e peixes
Foi neste 5º Dia da
Criação que terminou o conciliábulo infernal.
MCD-1-123
123 - Nisto, dizia Lúcifer,
temos de trabalhar, servindo-nos de todas as nossas forças, cuidado e ciência;
submeteremos as criaturas humanas à nossa lei e vontade, para as destruir; … (seguiu-se
aqui a descrição de todas as manhas que o demónio iria usar para condenar a
humanidade.)
… sepultá-los-ei neste
fogo eterno e nos lugares de maiores tormentos aqueles que mais se ligarem a
mim. Este será o meu reino e o prémio o que darei a meus servos.
MCD-1-124
124 - … Não há língua humana
que possa explicar a malícia e furor deste primeiro conciliábulo que Lúcifer
fez no inferno contra a descendência humana, que ainda não existia, senão
porque teria de existir. Ali se inventaram todos os vícios e pecados do mundo,
dali saíram a mentira, as seitas e erros, e toda a iniquidade teve ali a sua
origem, naquele caos e reunião abominável; e a seu príncipe servem todos
quantos procedem com maldade.
Ponto 32 ▲
● 6º DIA DA CRIAÇÃO ► Gn 1,24-25
24 Produza a terra seres vivos segundo a sua espécie: animais
domésticos, répteis e animais selvagens, segundo a sua espécie. E assim se fez.
25 Deus fez os animais selvagens segundo a sua espécie, os animais
domésticos igualmente, e da mesma forma todos os animais, que se arrastam sobre
a terra. E Deus viu que isso era bom.
● O
Jardim do Éden - Paraíso Terreal ▲
Criação
do Homem
Gn 1,26-31 26 Então Deus disse: "Façamos o homem à
nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves
dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os
répteis que se arrastem sobre a terra.
27 Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o
homem e a mulher.
28 Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos,
enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos
céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra."
29 Deus disse: "Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente
sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua
semente, para que vos sirvam de alimento.
30 E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus, a tudo o
que se arrasta sobre a terra, e em que haja sopro de vida, eu dou toda erva
verde por alimento." E assim se fez.
31 Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o
sexto dia.
Gn 2,7-8 7 O Senhor Deus formou, pois, o homem do
barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou
um ser vivente.
8 Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, do lado do
oriente, e colocou nele o homem que havia criado.
Temos na Etapa Científica
6 Æ Por fim e no topo da
evolução, surgiu a raça humana, que acabou por dominar o planeta Terra e todos
os animais que nela viviam.
Este 6º Dia da Criação é o ponto alto de toda a Criação.
Aqui surge a grande
divergência entre a Narrativa Bíblica e a Narrativa cientifista, já que a Narrativa Científica se cala sobre este assunto tão misterioso, e sobre o
qual não existem provas nem teorias científicas válidas que resistam a qualquer
tipo de tentativa de comprovação séria ou de reprodução. Bem pelo contrário, a
Ciência confirma a não existência de ligação entre as espécies hominídeas e a raça
humana, o elo que poderia justificar as teorias cientifistas da evolução, e que
tantos inimigos de Deus têm tentado forjar e encobrir a sua ausência.
Fica bem claro que
o ponto Alto de toda a Criação é a Criação do primeiro homem a quem Deus chamou
Adão. De tal maneira isto é verdade, que salta à vista o facto de Deus
pormenorizar de como fez o primeiro Homem, Adão, acrescentando à narrativa que
já tinha sido feita no capítulo 1, os versículos 7 e 8 do capítulo 2 do
Génesis:
Gn 2,7-8
7 O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e
inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente.
8 Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, do lado do
oriente, e colocou nele o homem que havia criado.
Se traduzirmos com
termos actuais estes dois versículos, teremos:
7 Deus formou o
homem a partir dos elementos inertes já existentes na Terra, e dando-lhe uma
alma, ela transformou, aquele copo inerte do homem, num ser vivo, a partir
desse momento.
8 Antes de Deus
criar o homem, plantou um Jardim a que deu o nome de Éden, e para lá levou o
homem, que tinha acabado de criar.
Adão e Eva no Paraíso
Terreal antes do pecado original
Porque o homem foi
o único a ser criado à imagem e semelhança de Deus, tem uma coisa que os outros
viventes não têm, e que é um Espírito.
De facto é a alma
que dá vida ao corpo, e é por isso definida como o sopro da vida. Quando a alma
abandona o corpo, ele morre. A alma, a partir do momento que é criada, torna-se
imortal e faz a união entre o espírito e o corpo de cada homem, e controla toda
a evolução e metabolismo celular. É a alma que coordena todo o organismo vivo.
Se analisarmos em
pormenor estes dois versículos, veremos que se integram harmoniosamente em toda
a Doutrina da Igreja Católica no que diz respeito à constituição do homem, tal
como São Paulo no-lo transmitiu:
1Tessalonicenses 5,23
Que o Deus da paz vos
santifique totalmente, e todo o vosso ser - espírito, alma e corpo - se
conserve irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Também se vê
claramente através desta Narrativa Bíblica, que Adão, cujo nome aparece
só em Gn 3,20, mas não nos foi relatada a sua atribuição, foi um ser vivente
criado à parte dos outros seres vivos que anteriormente tinham já sido criados.
O Éden foi um local
especial criado por Deus para que fosse habitado por Adão. Adão foi criado fora
do Éden e levado para lá, como que segunda terra criada dentro de outra terra.
Esta interpretação é-nos dada pela passagem do Livro dos Provérbios, e pela sua
exegese feita na Mística Cidade de Deus.
Prov 8,26
26 Ainda Ele não tinha criado a terra, nem
os campos nem o primeiro pó da terra.
MCD-1-63
63 - "Ainda Ele não tinha criado a terra nem os campos nem o primeiro
pó da terra”. Antes de formar outra terra, a segunda - que por isso
repete duas vezes a terra - que foi a do paraíso terreal, aonde o primeiro
homem foi levado, depois de ser criado da terra primeira do campo Damasceno;
antes desta segunda terra, onde pecou o homem, …
O Éden tinha
características especiais em relação ao resto do território em que foi
inserido, pois nele, além de árvores de frutos bons, foram plantadas duas
árvores únicas, a
árvore da vida, e a árvore da ciência do bem e do mal,
as quais estando ao alcance de Adão e Eva, os frutos da árvore da ciência do bem e do mal
não podiam ser comidos.
Gn 2,9 9 O Senhor Deus fez brotar da terra toda sorte de árvores, de aspecto
agradável, e de frutos bons para comer; e a árvore da vida no meio do jardim, e
a árvore da ciência do bem e do mal.
Gn 2,16-17
16 Deu-lhe este preceito: «Podes comer do fruto de todas as árvores do
jardim; 17 mas não comas do fruto da árvore da
ciência do bem e do mal; porque no dia em que dele comeres, morrerás
indubitavelmente.»
Quando Adão chegou
ao jardim do Éden, Deus viu que seria bom lhe dar uma companheira, e por isso,
criou a Eva, a partir de uma costela de Adão, e que já foi criada dentro do Éden,
e não do material da terra, mas sim do homem. E Adão deu-lhe o nome de Eva, que
significa mãe de todos os viventes.
Gn 2,9 9 O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe
uma auxiliar semelhante a ele.”
Gn 2,21-23
21 Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto
ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar.
22 E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma
mulher, e levou-a para junto do homem.
23 Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de
minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.
Adão e Eva, os
nossos pais, os primeiros da raça humana, foram criados perfeitos, lindíssimos
e imortais, á imagem de Jesus e de Sua Mãe, que ainda não existindo
materialmente, já existiam na Mente Divina desde que ainda nada havia sido
criado, e serviram de Modelos a Adão e Eva.
MCD-1-135
135 - … Olhava o Altíssimo para Seu Filho Unigénito
humanado e para Sua Mãe Santíssima, como modelos que tinha formado com a
grandeza de Sua Sabedoria e Poder, para que Lhe servissem como que de
originais, pelos quais ia copiando toda a descendência humana; e para que,
assimilando-a a estas duas imagens de Sua divindade, todos os demais saíssem
também, mediante estes dois modelos, semelhantes a Deus. Criou também as coisas
materiais necessárias à vida humana, mas com tal sabedoria, que também algumas
delas servissem de símbolos que representassem, de algum modo, os dois objectos
que Ele principalmente contemplava: Cristo e Maria.
MCD-1-137
137 - No sexto dia da
criação, formou (Gn 1,27) e criou Adão como tendo uns trinta e três anos, a
mesma idade que Cristo havia de ter, no momento da Sua morte; e tão parecido a
Sua humanidade santíssima, que no corpo com dificuldade se diferençavam, e na
alma também o assimilou à Sua; e de Adão formou Eva, tão semelhante a Nossa
Senhora, que A imitava em todas as Suas feições e pessoa. Contemplava o Senhor
com sumo agrado e benevolência estes dois retratos dos originais que havia de
criar a seu tempo; e por eles lhes lançou muitas bênçãos, como para entreter-Se
com eles e seus descendentes, enquanto chegava o dia em que havia de formar
Cristo e Maria.
Apesar da Criação do Homem se ter
desenrolado, tal como descrito no Génesis, ainda temos a explicação de Jesus a
Maria Valtorta sobre este assunto tão delicado e simultaneamente evidente. Pela
excepcional importância que atribuo a este tema, apresento na íntegra esta
revelação que Jesus fez em de 30 de Dezembro de 1946.
C1946 30-12
Oiço a notícia de que numa
caverna encontraram esqueletos de homem-macaco. Fico pensativa dizendo: «Como
podem assegurar tal coisa? Terão havido homens brutos. Também agora se dão
rostos e corpos simiescos. Quando muito
os homens primitivos tinham um esqueleto distinto do nosso». E me vem outro
pensamento: «Mas já podem diferir em beleza? Não me cabe na cabeça que os
primeiros homens, sendo más próximos ao exemplar perfeito que Deus criou e que,
certamente, era belíssimo além de fortíssimo, fossem mais brutos que nós». E
dá-me que pensar como pôde ser que a beleza da obra criadora mais perfeita
tivesse chegado a aviltar-se tanto, até o ponto de dar azo aos cientistas de
negar que o homem tivesse sido criado homem por Deus e assegurar que
seja o resultado da evolução do macaco.
Me fala Jesus e diz:
«Busca a chave no capítulo 6 do Génesis. Lê-o». Leio-o e Jesus
pergunta-me: «Entendeste-lo?».
«Não, Senhor, o que entendo é que os homens se corromperam em
seguida e nada mais. Não sei que relação possa ter esse capítulo com o
homem-macaco».
Jesus sorri e me responde:
«Não és a única que não entende, pois não o entendem os sábios, os
cientistas, os crentes nem os ateus. Está atenta. E começa a escrever: «E
havendo começado os homens a multiplicar-se sobre a Terra e havendo os filhos
de Deus, o filhos de Set, tido filhas e visto que as filhas dos homens (filhas
de Caim) eram formosas, desposaram-se com as que, de entre todas, mais lhes
agradaram... Assim pois, uma vez que os filhos de Deus se uniram com as filhas
dos homens e estas deram à luz, delas saíram aqueles homens potentes e famosos
durante séculos». Esses homens que pela potência de seu esqueleto chamam a
atenção dos vossos cientistas, os quais deduzem daí que o homem, no começo dos
tempos, era mais alto e forte que o é actualmente, e da estrutura do seu crânio
deduzem que o homem deriva do macaca. Quer dizer, os sabidos erros dos homens
ante os mistérios da criação.
Ainda não o entendeste. Vou explicar-te melhor.
Se a desobediência à ordem de Deus e as consequências da mesma
puderam inocular o mal nos inocentes com todas as suas diversas manifestações
de luxúria, gula, ira, inveja, orgulho e ganância; e, a não tardar, a
inoculação frutificou em fratricídio provocado pelo orgulho, a ira, a inveja e
a ganância, que decadência mais profundo e mais profundo domínio de Satanás teria provocado este
segundo pecado?
Adão e Eva faltaram ao primeiro dos mandamentos dados por Deus ao
Homem. Implícito estava o mandamento de obediência dado aos dois: "Comei
de tudo, mas desta árvore, não". A obediência é amor. Se eles tivessem
obedecido sem ceder a qualquer pressão do Mal feita ao seu espírito, à sua
mente, à sua carne e ao seu coração, teriam amado Deus «com todo o seu coração,
com toda a sua alma e com toda a sua força», tal como muito tempo depois foi
explicitamente ordenado pelo Senhor. Não o fizeram e foram castigados. Mas não
pecaram na outra vertente do amor: na do seu próximo, já que não chegaram a
maldizer Caim, mas choraram igualmente sobre o morto na carne e sobre o morto no
espírito, reconhecendo a justiça da dor permitida por Deus ao serem eles quem o
criaram com o seu pecado, correspondendo-lhes, portanto, serem os primeiros a
experimentá-la em todas as suas facetas. Assim pois, continuaram sendo filhos
de Deus junto com seus descendentes que vieram depois dessa dor.
Caim pecou contra o amor de Deus e contra o amor do próximo.
Infringiu por completo o amor; Deus o amaldiçoou e Caim não se arrependeu. Por
isso ele e seus próprios filhos não foram senão filhos do animal chamado homem.
Se o primeiro pecado de Adão
produziu tal decadência no homem, que grau de decadência não teria produzido o
segundo, que foi acompanhado pela maldição de Deus? Que variedade de formas de
pecar não haveriam brotado do coração do homem-animal, ao estar privado de
Deus, e que virulência haveria alcançado depois que Caim, não só escutou o
conselho do Maldito como o abraçou como a seu dono querido, assassinando por
ordem do mesmo?
O partir de um ramo, daquele ramo envenenado pela possessão
diabólica, não se deteve, mas evoluiu de mil maneiras. Quando Satanás toma
posse, inocula a corrupção em todos os ramos. Quando Satanás é rei, o súbdito
se converte num satanás. Um satanás com todos os deboches de Satanás. Um
satanás que vai contra a lei divina e humana. Um satanás que viola até as
normas mais elementares e instintivas do viver como homens dotados de alma,
chegando a embrutecer-se com os pecados mais lúbricos do homem-animal.
Onde não está Deus está Satanás. Onde o homem já não tem a alma
viva, ali aparece o homem-animal. O bruto ama os brutos. A luxúria carnal, e
mais que carnal, ao estar aferrada e acicatada por Satanás, desata-lhe a avidez
por todas as uniões, apresentando-lhe como belo e sedutor o que na realidade é
horrendo e desordenado como um incubo. O lícito não o satisfaz por parecer-lhe
muto pouco e demasiado honesto e, fora de si pela luxúria, busca o ilícito, o
degradante e bestial.
Aqueles que já não eram filhos de Deus, por quanto com seu pai e
como ele se afastaram de Deus para acolher a Satanás, se abalançaram ao
ilícito, degradante e bestial, chegando a ter monstros por filhos e filhas.
São os monstros que agora chamam a atenção dos vossos cientistas
induzindo-os em erro. Os monstros que, por o poderio de suas formas, sua
selvagem beleza e seu ardor bestial, frutos da união de Caim com os brutos e
dos brutíssimos filhos de Caim com as feras, seduziram os filhos de Deus, quer
dizer, os descendentes de Set por Enós, Quenán, Mahalalel, Yéred, Henoc de
Yéred, - não confundir com o Henoc de Caim - Matusalén, Lamek e Noé, pai de
Sem, Cam e Jafet.
Foi então quando Deus, para impedir que o ramo dos filhos de Deus
se corrompessem do todo com o dos filhos dos homens, mandou o dilúvio universal
para sufocar debaixo do peso das águas a libido dos homens e para destruir os
monstros engendrados pela luxúria dos sem Deus, insaciáveis na sua sensualidade
ao serem abrasados pelo fogo de Satanás.
E o homem, o homem actual, desatina com as linhas somáticas e os
ângulos zigomáticos. E, não querendo admitir um Criador ao serem excessivamente
soberbos para reconhecer o haver sido feito, admite a descendência dos brutos
para assim poder dizer: «Crescemos sós, evoluindo de animais a homens». O homem
se degrada, se auto degrada por não querer humilhar-se diante Deus. E desce.
Vai descendo! Nos tempos da primeira corrupção teve o aspecto de animal. Agora
tem esse aspecto na mente e no coração e a sua alma, por força de sua cada vez
mais profunda união com o mal, tomou em demasia o rosto de Satanás.
Escreve este ditado no livro. O ponto que nos ocupa tê-lo-ia
desenvolvido mais amplamente, segundo te indiquei no lugar do teu exílio» para rebater as teorias culposas de tantos
pseudo-sábios. Haveria desvendado grandes mistérios para que o homem os
conhecesse agora que os tempos alcançaram a sua plenitude. Não é tempo já de
contentar as gentes com fábulazitas. Debaixo da metáfora das antigas histórias
ressoa a verdade, chave de todos os mistérios do universo que Eu havia explicado
através de meu pequeno e paciente João e assim o homem havia extraído do
conhecimento da verdade a força necessária para ressurgir do abismo e
colocar-se ao nível do inimigo na última batalha que há-de preceder o fim de um
mundo que, a despeito de todas as ajudas de Deus, não quer ser um pré-paraíso,
mas sim prefere converter-se num pré-inferno.
Os pais de Darwin a passearem
em Kent, sua terra natal
Assim se cumpriram os 6 Dias da Criação, cujo
ponto alto foi o da Criação de Adão e Eva, nossos pais, de quem descendeu toda
a raça humana, única existente em todo o Universo.
● Não
existem extraterrestres ▲
É na Terra que
foram criadas todas as criaturas corporais e as únicas que vivem em todo o
Universo. Existem no entanto milhares de outros planetas, habitados pelas almas
espirituais das criaturas humanas que já faleceram, e que aguardam a
ressurreição dos seus corpos, que se há-de dar para o Juízo Universal.
Os seres que
habitam esses outros planetas, não são extraterrestres como erradamente alguns
pensam, e erradamente atribuem essa afirmação a Maria Valtorta.
C1943 22-8
Seria um Deus Criador bem
pequeno e limitado se não tivesse criado mais mundo habitado além da Terra! Com
uma batida do Meu querer suscitei mundos e mais mundos do nada e os projectei,
como poeira luminosa, pela imensidade do firmamento.
A Terra, aquela que tão ufanos estais, não é senão uma das poeiras,
e não o maior, dos que giram pelo infinito. Mas sim o corrompido. Vidas e mais
vidas pululam em milhões de mundos que são a delícia da vossa vista nas noites
serenas, e a perfeição de Deus vos descobrirá as maravilhas desses mundos
quando puderdes ver com a vista intelectual do espírito unido a Deus.
O que Jesus revelou
aqui a Maria Valtorta é que de facto existem outros planetas em que existe
vida. Não fala de outras raças e muito menos de extraterrestres. Jesus
afirma de que existe vida noutros mundos, isto é, as almas espirituais, ou
espíritos, nos quais se incluem certamente Anjos, e que são criaturas vivas e
imortais. Os espíritos e as almas, que formam uma unidade após terem vivido
encarnados na Terra, dos seres humanos, depois de morrerem, e se tiverem
merecido a vida eterna, vão para os Céus, onde existem muitas moradas na casa
do Pai. Essas moradas poderão também certamente ser os milhões de planetas de
que fala a Maria Valtorta.
Outros planetas celestes
João 14,2
Na casa de meu Pai há muitas
moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar.
O facto de haver planetas,
que fazem parte integrante dos Céus, preparados para aqueles que mereceram a
vida eterna, e habitados pelas almas dos seres vivos que não se condenaram ao
inferno, foi também testemunhado pela Fanny Moisseieva no livro que escreveu
sobre o seu sonho letárgico de nove dias.
Em 1928, deu-se um
caso extraordinário e milagroso, com uma russa de nome Fanny Moisseieva, que
tendo sido hospitalizada, veio a ser dada como morta, por não ter sinais
vitais, e só não foi enterrada viva, porque um médico seu amigo não autorizou,
pois havia uma coisa que não era normal: a temperatura do seu corpo não tinha
baixado para a temperatura ambiente, mas mantivera-se na temperatura de um
corpo vivo.
Neste estado
permaneceu durante 9 dias, ao fim dos quais recuperou daquele sono letárgico, e
veio a escrever um espantoso e maravilhoso livro sobre o que se tinha passado
consigo durante aquele milagroso período.
Este livro tem uma
tradução Espanhola com prefácio do grande divulgador de Mensagens Divinas, em
Espanha, F. Sánchez Ventura. A editora é a Editorial Circulo, de Zaragoza e o
título do Livro é "Mi sueño letargico de nueve dias".
Neste maravilhoso
livro, Moisseieva é levada a visitar, os Céus, o Purgatório, o Inferno,
e ainda tem a visão do Fim do Mundo, da Vinda Gloriosa de Jesus e do Juízo
Universal, e deles faz a descrição.
Sobre a sua visita
aos Céus, deixou-nos escrita seguinte passagem.
Fanny Moisseieva - "Mi
sueño letargico de nueve dias"
O PARAÍSO
- Parte 1
I
… Ouvi uma voz, não sei donde, que falou:
Levanta-te, desperta-te Fanny, e olha ao redor atentamente e escreverás o que
vês. Nada excepto o Senhor, conhece cada homem, mas chegou o tempo de despertar
os corações que estão afogados no pecado. Tu foste escolhida e designada para
isto, e o que tens visto não pode ser revelado por um sonho comum. Para ti tem
sido revelado o eterno mistério. …
… Agora
te mostrarei – disse meu companheiro – os outros planetas nos
quais talvez, um dia viverão eternamente as almas daqueles que na terra foram
de outras religiões, mas viveram uma vida recta, e acreditaram num único
Deus. E naquele mesmo instante nos encontramos sobre estes planetas sobre
os quais me ia falando meu companheiro. Eram formosos por sua cor e me fiquei
admirada por sua paisagem. Mas meu companheiro me disse que sua beleza era
muito inferior ao brilho do paraíso dos cristãos. Como me havia indicado meu
companheiro, estavam por hora desertos e somente o canto dos pássaros rompia o
grande silêncio, enquanto uma vez por outra coros de anjos voavam por cima
cantando hinos ao Criador. Agora chegamos aos mundos onde estão as almas dos
cristãos.
II
Durante o voo eu admirava distintos e maravilhosos
aspectos da vida celeste. Na passagem encontrávamos grandes e luminosos cometas
de cauda flamejante. Alguns tinham três caudas e iam voando pelo espaço
infinito, deixando em sua passagem estrelas douradas. No fundo céu via as
estrelas que de repente se separavam de sua rota e se precipitavam no infinito,
sozinhas ou em grupos de milhares, formando como que um nuvem de ouro
cintilante. Às vezes, em meio a estes mundos, passavam velozes esferas ardentes
que deslumbravam a vista. Todo este espectáculo era tão grandioso e
inconcebível que eu percebi que tudo aquilo era ainda e apenas uma pequeníssima
gota do imenso mar do criado, e quão perfeito e Omnipotente é Deus, Criador e
Senhor do Universo.
E dirigindo-se a mim, meu companheiro disse: Não existe na Terra nenhum mistério que seja comparável em
grandeza ao do além túmulo. O homem pode subjugar as forças da natureza, porém
não poderá nunca saber o mistério do além. E indicando-me o Céu falou: Vês
estes pontos luminosos? São planetas sobre os quais existe uma vida eterna, porém estão separados da terra por um
espaço inacessível. Depois, continuando nosso voo, fomos
chegando a um planeta que fazia tempo brilhava entre os outros, similar em
forma à Terra, porém de dimensão menor. Quando chegamos, observei que o solo de
uma cor diferente da terra: era pardo e roxo claro.
Eu me assombrei também pelo imenso número de rios
que cortavam a planície em todas as direcções. Havia também lagos, porém a
natureza em geral se diferenciava da terrena. Até o ar era
diferente, porque eu respirava mais livremente. Tudo ao redor era festa de
cores. A água dos rios e dos lagos era azul turquesa e não pelo reflexo do Céu,
mas sim pela própria faculdade. No horizonte se erguiam montanhas altíssimas de
uma cor violeta escuro. Nos achegamos aos bem-aventurados que estavam ali.
Eles contavam a um novo hóspede do paraíso,
chegado fazia pouco tempo, a grandeza e a Glória do Senhor, sua Majestade; a
sabedoria que concede a eles, a liberdade que gozam ali, onde não se lhes opõe
nenhuma barreira nem espaço; sua clarividência, pela qual eles experimentam
grandes satisfações. Passa o tempo, os séculos se sucedem, porém nenhum teme
esta carreira, e ninguém tem qualquer inimigo. E nos dias de festa nossa alma espera a reunião como seus entes
queridos e não pede outra coisa.
Calaram-se, e então ressoou um hino sagrado. Eu
olhava cheia de admiração a estes bons seres, almas sensíveis que rezavam e
conheceram na Terra a piedade e souberam apreciar o trabalho dos homens. Sobre
isso me falou meu companheiro quando lhe perguntei por quais caminhos terrenos
se pode chegar a este reino.
Subimos até bem alto para admirar o panorama do
vale, e um espectáculo grandioso se nos apresentou. Amplas extensões de prados,
adornados de esplêndidas flores e árvores curvadas até o chão pelo peso de
frutos dourados. Do alto descia um claro raio de luz sobre a floresta de
folhagem murmurante. Era o mais esplêndido bosque que eu já vira, e dava frutos
que não são vistos na terra, alguns dos quais tinham um aroma como de vinho
perfumado. Detive-me ali por longo tempo, fascinada por aquele espectáculo
maravilhoso, e enquanto meus olhos apreciavam tudo, a natureza parecia
dizer: tudo isso é dom eterno para
os justos.
“Agora
que vês o reino do além – me disse meu companheiro – é bom que saibas que as almas dos justos às
vezes podem descer à terra porém invisíveis a todos. E isso sucede em dias de
festa, quando se lhes concede ir a visitar os seus amigos e sua tumba vazia.
Mas apenas seus queridos tenham abandonado a Terra, esta se volta aos justos,
completamente indiferente aos que deixou.
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Mais]
●
Meu sonho Letárgico de 9 dias ►
No Jornal Folha de São
Paulo, do dia 14/11/95, foi publicado na página 1-14 (Caderno de Ciências) uma
matéria sobre extraterrestres, retirada da revista New Cientist.
Entre outras coisas a matéria diz o seguinte:
"Muitos
cientistas aceitam a visão de Frank Tipler, da Universidade Tulane (EUA),
segundo a qual seres humanos são a primeira inteligência da Via Láctea. Para
Tipler, sociedades mais avançadas que fizessem viagens interestelares levariam
cerca de 1 milhão de anos para colonizar a galáxia, se viajassem a velocidades
menores que a da luz. Como a galáxia existe há cerca de 10 bilhões de anos e
não há evidências aceitas por cientistas de ETs, não é difícil concluir que os
seres humanos estão sozinhos na Via Láctea".
Não existem seres extraterrestres
Viajando à
velocidade da luz (300.000km/s), para atravessar a Via Láctea seriam
necessários 100 mil anos, e, para se chegar à galáxia mais próxima, Andrómeda,
seriam necessários dois milhões de anos-luz.
Assim, fica claro
para os cientistas que, para os extraterrestres chegarem até a nós, caso
existissem, teriam que se mover à velocidade da luz. Como isto é impossível,
segundo a Teoria da Relatividade de Einstein, fica difícil acreditar em
extra-terrestres, embora a questão continue aberta para os cientifistas. Pura
fantasia para fazer filmes de ficção científica e ganhar dinheiro.
● O Sétima Dia - Deus descansou ▲
Assim que foram criados
os Anjos, o Universo, os vegetais e animais da Terra, e Adão e Eva, Deus
descansou e deixou seguir a Natureza com as Leis que lhe ditou.
● Deus entrega a Terra às suas criaturas ▲
É
neste Sétimo Dia da Criação, para nós este longo Dia, em que vive o
homem após a criação de Adão e Eva. Por Amor, Deus estipulou não intervir na história
da humanidade, salvo raras excepções, e a essas intervenções, chamamos nós de
Milagres.
Desde que Lúcifer e
os outros anjos caídos tinham sido expulsos do Céu, lançados no inferno e dado
início ao seu conciliábulo, aguardavam a criação daqueles que também tinham
estado na origem da sua rebeldia, revolta e expulsão do Céu, isto é, aguardavam
a o aparecimento de Jesus e Sua Mãe, a quem deviam servir e venerar.
Aguardavam-nos com ansiedade, para poderem atacá-los e provocar a sua ruína.
Quando viram Adão e Eva, julgaram serem eles os tão aguardados alvos do seu
ódio, e que haviam de atacar.
MCD-1-138 138 - … logo a invejada
serpente se despertou contra eles, com quem estava á espera da sua criação,
embora Lúcifer não pudesse ver a formação de Adão e Eva como viu todas as
outras coisas no instante em que foram criadas, porque o Senhor não lhe quis
revelar a obra da criação do homem nem tão pouco a formação de Eva da costela;
tudo isto lho ocultou Sua Majestade por algum tempo, até que estivessem os dois
juntos. Mas quando o demónio viu a compostura admirável da natureza humana,
acima de todas as demais criaturas, a formosura das almas e mesmo dos corpos de
Adão e Eva, e conheceu o paternal amor com que o Senhor os olhava e como os
fazia donos e senhores de toda a criação e lhes dava esperanças de vida eterna,
foi então que mais se enfureceu e cresceu o ódio deste dragão e não há língua
que possa exprimir a alteração com que se revoltou aquele animal feroz, pondo
em acção a sua inveja, de forma a tirar-lhes a vida; e, tal como um leão, ele
mesmo o faria, se não conhecesse que o impedia uma força muito superior; mas
imaginava e projectava a forma de os derrubar da graça do Altíssimo e de os
virar contra Ele.
MCD-1-139 139 - E aqui mesmo se enganou
Lúcifer; com efeito, o Senhor, misteriosamente, dado que desde o início lhe
havia manifestado que o Verbo iria fazer-Se homem, no seio de Maria Santíssima,
e não lhe declarando onde e quando, acabou por lhe ocultar a criação de Adão e
a formação de Eva, para que logo começasse a sentir essa ignorância do mistério
e tempo da Incarnação. E como sua ira e desvelo estavam particularmente
preparados contra Cristo e Maria, suspeitou que Adão tinha saído de Eva e que
ela seria a Mãe e ele era o Verbo humanado. E o impedia, a fim de que os não
ofendesse ou prejudicasse na vida. Mas como por outro lado conheceu logo os
preceitos que o próprio Deus lhes deu (estes não se lhe ocultaram, porque ouviu
as conversas que Adão e Eva tinham sobre o assunto), ia lentamente saindo da
dúvida e foi escutando ou espiando os encontros dos dois primeiros pais e
saudando as suas inclinações naturais, começando logo, como faminto leão, a
rodeá-los (1 Ped 5,8) e tentar entrar neles, pelas inclinações que conhecia em
cada um deles. Mas, até que se desenganou de todo, vacilava sempre entre o ódio
a Cristo e Maria e o temor de por Eles ser vencido; e temia ainda mais a
confusão de que o vencesse a Rainha do Céu, por ser pura criatura e não Deus.
MCD-1-140 140 - E não atacou primeiro
o homem mas sim a mulher, porque a viu de natureza mais delicada e débil, e
mesmo porque contra ela ia com mais certeza de que não seria Cristo; e porque
contra ela tinha uma grande indignação, desde o sinal que tinha visto no céu e
a ameaça que o próprio Deus lhe tinha feito com essa mulher. Tudo isto o
arrastou e virou primeiro contra Eva e não contra Adão. E atirou-lhe com muitos
pensamentos ou fortes e desordenadas imaginações, antes de se lhe manifestar,
para a ver algo perturbada e disposta ou prevenida.
● Queda e Expulsão de Adão e Eva do Éden ▲
Foi por isto que a
serpente, nome também atribuído a Lúcifer nas Sagradas Escrituras, tentou Eva
para comer o fruto da árvore do bem e do mal. Julgava Lúcifer ter chegado o tão
almejado momento de se vingar, pois julgou que Adão e Eva eram aquelas
criaturas que ele aguardava serem criadas, para poder atacar e derrubar.
A Árvore do Bem e do Mal no Éden
Gn 3,6
3 Mas do fruto da árvore que está no meio do
jardim, Deus disse: Vós não comereis dele, nem o tocareis, para que não
morrais.
4 Oh, não! – tornou a serpente – vós não
morrereis!
5 Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele
comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e
do mal.
Tendo Lúcifer
conseguido que Adão e Eva pecassem, foi com enorme contentamento que celebraram
tal vitória.
MCD-1-141 141 - Quando Lúcifer viu a queda dos dois e
que a formosura interior da graça e justiça original se tinha convertido na
fealdade do pecado, foi incrível o alvoroço e triunfo que mostrou aos seus
demónios.
Tendo comido o
fruto proibido da árvore do bem e do mal, viram que estavam nus e esconderam-se
com vergonha do Senhor Deus, que depois de falar com eles os expulsou do Éden.
Assim, tendo os nossos pais desobedecido contra Deus, perderam também as
prerrogativas e os dons que lhes tinham sido dados, nomeadamente o da
imortalidade. E tal como Deus lhes tinha dito, eles morreram, não naquele
momento, mas passaram a ser mortais, e foi através deles introduzido na raça
humana a noção de bem e de mal, cabendo ao homem o livre arbítrio de optar por
um ou por outro.
A expulsão de Adão e Eva do Paraíso
Gn 3,16-20 16 Disse também à mulher: Multiplicarei os
sofrimentos de teu parto; darás à luz com dores, teus desejos te impelirão para
o teu marido e tu estarás sob o seu domínio.
17 E disse em seguida ao homem: Porque ouviste
a voz de tua mulher e comeste do fruto da árvore que eu te havia proibido
comer, maldita seja a terra por tua causa. Tirarás dela com trabalhos penosos o
teu sustento todos os dias de tua vida.
18 Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e tu
comerás a erva da terra.
19 Comerás o teu pão com o suor do teu rosto,
até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te hás de
tornar.
Aquela árvore
do bem e do mal continha alguma propriedade muito importante para ter
causado tamanho dano nos nossos pais, e que deles herdámos. Com a terminologia
actual, teria porventura causado alguma mutação genética, que tendo assumido o
nome de pecado original, se tem propagado de geração em geração, não só a nível
material mas também anímico…?
C1944 5-3 … Vos diria que Deus proibiu o conhecimento do Bem e do Mal
porque o Bem o havia entregado ás suas criaturas gratuitamente, o Mal não
queria que o conhecêsseis por ser fruto doce ao paladar mas que, uma vez que
penetra com o seu jugo no sangue, produz uma febre que mata e uma sede tão
ardente que, quanto mais se bebe o seu jugo enganoso, más sede se sente dele.
Vós objectareis: «Então porquê criá-lo?»
Porquê! Porque o Mal é uma força que nasce por si só, como nascem certos males
monstruosos no corpo mais são.
Lúcifer era um anjo, o mais formoso dos
anjos, espírito perfeito, inferior unicamente a Deus. No entanto, no seu ser
luminoso nasceu um fumo de soberba que ele não dissipou, antes, acolheu,
incubando-o. E desta incubação nasceu o Mal. Isto ocorreu antes de que
existisse o homem. Deus precipitou para fora do Paraíso este maldito incubador
do Mal, a este violador do Paraíso. Mas ele transformou-se no eterno Incubador
do Mal e, ao não poder já contaminar o
Paraíso, contaminou a Terra.
Aquela árvore metafórica está para
demonstrar esta verdade, Deus disse ao Homem e à Mulher: «Conheceis todas as
leis e mistérios da criação. mas não queirais usurpar-Me o direito de ser o
Criador do homem. Para propagar a espécie humana será bastante o Meu Amor que
circulará em vós e, sem libido nos sentidos, o simples pulsar da caridade
suscitará os novos Adãos da estirpe. Vos dou tudo, e unicamente me reservo
este mistério da formação do homem.
Satanás se propôs arrebatar do Homem esta
virgindade intelectual e assim, com a sua língua de serpente, lisonjeou e
acariciou os membros e os olhos de Eva, suscitando nela sensações e subtilezas
não experimentadas anteriormente porque a Malícia não os havia intoxicado. E
ela «viu»; e, uma vez que viu, quis provar. A carne havia-se despertado.
Oh, se tivesse chamado a Deus! Si se
tivesse apressado a dizer-Lhe: «Pai! Encontro-me doente. A Serpente me
acariciou e a perturbação penetrou em mim». O Pai a teria purificado e curado com
seu alento já que, o mesmo que lhe infundiu a vida, podia infundir-lhe
novamente a inocência desmemoriando-a do tóxico da serpente e, ainda mais,
infundindo nela repugnância pela Serpente, como sucede naqueles que, havendo
sofrido de um mal, una vez curados do mesmo, fica-lhes uma repugnância
instintiva dele.
Mas Eva não acorre ao Pai. Eva volta-se
para a Serpente. Aquela sensação é-lhe doce. «Vendo que o fruto da árvore era
bom de comer, bonito à vista e de agradável aspecto, colheu-o e comeu dele».
E «compreendeu». Começou então a malícia a
roer-lhe as entranhas e viu com novos olhos e ouviu com outros ouvidos os
costumes e vozes dos animais, desejando-os com ânsia louca.
Iniciou sozinha o pecado e o levou a termo
com o companheiro. E aqui o porquê de pesar sobre a mulher maior condenação.
Ela foi a causadora de que o homem chegasse a rebelar-se contra Deus e
conhecesse a luxúria e a morte. E ela foi também a causa de que não tenha
sabido dominar os seus três reinos: o do espírito, ao permitir que este
desobedecesse a Deus; o moral, ao permitir que a dominassem as paixões; e o de
a carne, aviltando-a com a submissão às leis instintivas dos brutos.
Mas de igual
importância era também a árvore da vida, pois Deus mandou Querubins armados guardá-la,
de tal maneira que nenhuma criatura tivesse a ela acesso. O fruto da árvore da
vida traria de novo ao homem a imortalidade original. Mas essa Vida ficou fora
do alcance do homem até à vinda de Jesus Cristo, que trouxe de novo à raça
humana a Vida, através da Sua Ressurreição.
Gn 3,22-24 22
E o Senhor
Deus disse: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do
mal. Agora, pois, cuidemos que ele não estenda a sua mão e tome também do fruto
da árvore da vida, e o coma, e viva eternamente.
23 O Senhor Deus expulsou-o do jardim do
Éden, para que ele cultivasse a terra donde tinha sido tirado.
24 E expulsou-o; e colocou ao oriente do
jardim do Éden querubins armados de uma espada flamejante, para guardar o
caminho da árvore da vida.
● Aviltamento da Raça Humana ▲
Quando Adão e
Eva foram expulsos do Éden, viram-se confrontados com uma terra agreste e
perigosa, povoada de animais ferozes e hominídeos agressivos. Estes hominídeos
de que falo, e que estavam fora do Jardim Terreal, ou Paraíso Terrestre, são os
mesmos monstros e amacacados dos quais os cientifistas nos atribuem a
descendência. São os homens das cavernas.
Adão e Eva tiveram
dois filhos, Caim e Abel, tendo este último sido morto por Caim. Caim, como
castigo, foi expulso da terra onde viviam, e teve medo que os hominídeos,
que habitavam a terra para onde ia, o matassem. Mas para evitar tal, Deus
determinou um severo castigo a quem o matasse e pôs nele um sinal para que tal
não pudesse suceder.
Gn 3,14-15 14 Eis que me expulsais agora deste lugar, e eu devo ocultar-me longe
de vossa face, tornando-me um peregrino errante sobre a terra. O primeiro
que me encontrar, matar-me-á.
15 E o Senhor respondeu-lhe: Não! Mas aquele que matar Caim será
punido sete vezes. O Senhor pôs em Caim um sinal, para que, se alguém o
encontrasse, não o matasse.
Este
facto agora narrado, comprova de que havia paralelamente uma raça de hominídeos
contemporâneos a Adão e Eva e à sua descendência.
Foi no meio desta
raça de hominídeos que Caim encontrou a sua mulher e procriaram Henoc.
Gn 3,17 17 Caim conheceu sua mulher.
Ela concebeu e deu à luz Henoc. E construiu uma cidade, à qual pôs o nome de
seu filho Henoc.
Depois deste
fratricídio, Adão e Eva tiveram novamente muitos filhos e filhas, dos quais o
primeiro se chamou Set. E foram estes muitos filhos e filhas que geraram a raça
a humana, de forma que não nos foi revelada.
Gn 5,3 3 Adão viveu cento e trinta anos: e gerou um filho à sua semelhança,
à sua imagem, e deu-lhe o nome de Set.
4 Depois de haver gerado
Set, Adão viveu oitocentos anos e gerou filhos e filhas.
Gn 5,6-7 6 Set viveu cento e cinco anos, e depois
gerou Enos.
7 E depois do nascimento de Enos, viveu ainda oitocentos e sete
anos e gerou filhos e filhas.
Uma coisa é certa,
a raça humana, descendente de Adão, de Eva e de seu filho Set, cruzaram a sua
descendência com os descendentes de Caim e de hominídeos. Aos descendentes de
Adão e Eva e de Set chamou a Sagrada Escritura de
filhos de Deus. E às
descendentes de Caim e dos hominídeos, chamou de
filhas dos homens.
Gn 6,1-4 1 Quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes
nasceram filhas,
2 os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram
belas, e escolheram esposas entre elas.
3 O senhor então disse: Meu espírito não permanecerá para sempre no
homem, porque todo ele é carne, e a duração de sua vida será de cento e vinte
anos.
4 Naquele tempo viviam gigantes na terra, como também daí por diante,
quando os filhos de Deus se uniam às filhas dos homens e elas geravam filhos.
Estes são os heróis, tão afamados nos tempos antigos.
Usando esta
terminologia, houve uma linhagem constituída só por Filhos de Deus, na qual não
houve cruzamento com as filhas dos homens, que foi a de Set, passando por Noé
até chegar a Jesus Cristo.
MCD-1-145 145 - E avançando cada vez
mais o mundo, para que o Verbo descesse do Eterno Pai e Se revestisse da nossa
mortalidade, elegeu e preparou um povo segregado e nobilíssimo e o mais
admirável que nem antes nem depois houve; e, neste mesmo povo, uma descendência
ilustre e santa, de onde viesse a descender, segundo a carne humana.
● Dilúvio
Universal ▲
Tendo havido no entanto o cruzamento dos
“filhos de Deus” com as filhas dos homens, ou seja, com os brutos, a raça que habitava
a Terra deteriorou-se, e a maldade imperava. Para impedir a propagação deste
mal que dominava a Terra, Deus mandou o Dilúvio para acabar com a mistura
obscena da descendência de Caim com os brutos.
O Dilúvio Universal e a Arca de Noé
Gn 6,5-7 5 O Senhor viu que a maldade dos homens era grande na terra, e que
todos os pensamentos de seu coração estavam continuamente voltados para o mal.
6 O Senhor arrependeu-se de ter criado o homem na terra, e teve o
coração ferido de íntima dor.
7 E disse: Exterminarei da superfície da terra o homem que criei, e
com ele os animais, os répteis e as aves dos céus, porque eu me arrependo de os
haver criado.
C1946 30-12 … Foi então quando Deus,
para impedir que o ramo dos filhos de Deus se corrompessem do todo com o
dos filhos dos homens, mandou o dilúvio universal para sufocar
debaixo do peso das águas a libido dos homens e para destruir os monstros
engendrados pela luxúria dos sem Deus, insaciáveis na sua sensualidade ao serem
abrasados pelo fogo de Satanás.
Ao Dilúvio universal subsistiu unicamente a linhagem dos filhos
de Deus, através da família de Noé, bem como as espécies animais que foram
levados na Arca.
Gn 6,13-22 13 Então Deus disse a Noé:
“Eis chegado o fim de toda a criatura diante de mim, pois eles encheram a terra
de violência. Vou exterminá-los juntamente com a terra.
14 Faze para ti uma arca de madeira resinosa: dividi-la-ás em
compartimentos e a untarás de betume por dentro e por fora.
15 E eis como a farás: seu comprimento será de trezentos côvados, sua
largura de cinquenta côvados, e sua altura de trinta.
16 Farás no cimo da arca uma abertura com a dimensão dum côvado. Porás
a porta da arca a um lado, e construirás três andares de compartimentos.
17 Eis que vou fazer cair o dilúvio sobre a terra, uma inundação que
exterminará todo ser que tenha sopro de vida debaixo do céu. Tudo que está
sobre a terra morrerá.
18 Mas farei aliança contigo: entrarás na arca com teus filhos, tua
mulher e as mulheres de teus filhos.
19 De tudo o que vive, de cada espécie de animais, farás entrar na
arca dois, macho e fêmea, para que vivam contigo.
20 De cada espécie de aves, e de cada espécie de quadrúpedes, e de
cada espécie de animais que se arrastam sobre a terra, entrará um casal
contigo, para que lhes possas conservar a vida.
21 Tomarás também contigo de todas as coisas para comer, e
armazená-las-ás para que te sirvam de alimento, a ti e aos animais.”
22 Noé obedeceu, e fez tudo o que o Senhor lhe tinha ordenado.
Gn 7,4
4 Dentro de sete dias farei chover sobre a terra durante quarenta dias
e quarenta noites, e exterminarei da superfície da terra todos os seres que eu
fiz.”
Gn 7,19
19 As águas engrossaram prodigiosamente sobre a terra, e cobriram
todos os altos montes que existem debaixo dos céus;
Gn 7,23
23 Assim foram exterminados todos os seres que se encontravam sobre a
face da terra, desde os homens até os quadrúpedes, tanto os répteis como as
aves dos céus, tudo foi exterminado da terra. Só Noé ficou e o que se
encontrava com ele na arca.
Gn 9,1
1 Deus abençoou Noé e seus filhos: “Sede fecundos, disse-lhes ele,
multiplicai-vos e enchei a terra”.
A descendência de Noé e os animais
É esta descendência pós-diluviana de Noé que, passando por Abraão,
chega a Maria e José, ambos da casa de David, e que estiveram na origem da
geração de Jesus.
● A
Plenitude da Criação ▲
Com a chegada à Criação da Virgem Maria e a
Encarnação do Verbo Divino - Jesus, atingiu-se a Plenitude da Criação, que
foram Os que serviram de Modelo na Criação de Adão e Eva.
A Virgem Maria e o Verbo Encarnado
MCD-1-51 51 - Muito breve e balbuciante sou neste capítulo, porque se
poderiam ter feito com ele muitos livros; mas calo porque não sei falar e sou mulher
ignorante e porque a minha intenção foi apenas declarar como a Virgem Mãe foi
idealizada e prevista ante saecula, na Mente Divina (Ecl 24,14)”.
MCD-1-52 52
- … remeteu-me para o capítulo 8 dos
Provérbios, onde me deu conhecimento deste mistério, como nesse capítulo se
encerra, e primeiro foi-me declarado o texto, tal como ele soa e que é o
seguinte:
53 -
Prov
8,22-31 22 O Senhor
possuiu-me, como primícia das Suas obras, desde o princípio, antes que criasse
coisa alguma. 23 Desde a
eternidade fui constituída, desde as origens, antes que a terra fosse criada,
24
ainda não havia
os abismos e eu já tinha sido concebida; 25 ainda as fontes das águas não tinham assentado os montes
sobre as suas bases; antes de haver outeiros, eu já tinha nascido.
26
Ainda
Ele não tinha criado a terra, nem os
campos nem o primeiro pó da terra.
27 Quando Ele preparava os céus, eu estava presente; 28 quando colocava uma abóbada sobre a
superfície do abismo, quando firmava as nuvens, lá no alto, quando equilibrava
as fontes do abismo, 29 quando fixava o seu termo ao mar, para que as águas não ultrapassem
os seus limites; quando assentou os fundamentos da terra, 30 eu estava com Ele compondo todas as coisas,
e eram meus prazeres diários o deleitar-me continuamente diante d'Ele, brincando
sobre o globo de Sua terra, e achando as minhas delícias junto dos filhos dos
homens. (Prov 8, 22-31).
MCD-1-54 54 - Até aqui, a passagem dos Provérbios,
cujo entendimento me deu o Altíssimo. E primeiro entendi que fala das ideias
ou decreto que teve em Sua mente divina, antes de criar o mundo; e que, à
letra, fala da pessoa do Verbo humanado e de Sua Mãe Santíssima, e
misticamente, dos santos Anjos e Profetas; com efeito, antes de fazer decreto
ou formar ideias para criar o resto das criaturas materiais, teve-as e se
decretou a humanidade santíssima de Cristo e de Sua Mãe puríssima; …
MCD-1-63 63 - Ainda Ele não tinha
criado a terra nem os campos nem o primeiro pó da terra. Antes de formar outra
terra, a segunda - que por isso repete duas vezes a terra - que foi a do
paraíso terreal, aonde o primeiro homem foi levado, depois de ser criado da
terra primeira do campo Damasceno; antes desta segunda terra, onde pecou o
homem, foi determinado criar a humanidade do Verbo e a matéria de que se havia
de formar, que era a Virgem; com efeito, Deus de antemão A haveria de prevenir,
para que não tivesse parte no pecado, nem a ele estivesse sujeita.
Este
Sétimo Dia da Criação, aquele em que Deus descansou, continuou e tem sido ele em
que nós continuamos a viver.
Nas
Revelações feitas à mística italiana, alma vítima, e Serva de Deus Luísa
Piccarreta, Jesus disse:
Revelação de 29
de Janeiro de 1919
”Filha bem-amada, Eu quero
fazer-te conhecer a ordem da Minha Providência.
A cada ciclo de 2.000 anos, Eu renovei o
mundo.
Após os primeiros 2.000
anos Eu renovei-o com o Dilúvio.
Após os segundos 2.000 anos, os bons e os
santos eles mesmos viveram dos frutos da Minha Humanidade, e por momentos eles beneficiaram
também da alegria da Minha Divindade.
Agora estamos chegados ao
fim dos terceiros 2.000 anos e haverá um terceiro renovamento. Eis o porquê de
toda esta confusão.
É por esta confusão que o
terceiro renovamento se prepara.
No decurso do segundo
período Eu manifestei o que a Minha Humanidade operava e sofria, mas muito
pouco vos foi desvendado sobre a acção da Minha Divindade.
Agora, no terceiro renovamento, após que a Terra tenha sido
purgada, e que a maioria da presente geração será destruída, Eu serei ainda
mais generoso para com as criaturas humanas.
Eu levarei a cabo o renovamento, manifestando o que a Minha
Divindade fazia dentro da Minha Humanidade, como agia a Minha Divina Vontade
com a Minha Vontade Humana, como tudo em Mim estava ligado, como tudo estava
feito e refeito por Mim, como mesmo o último pensamento da último criatura
estava refeito e selado pela Minha Divina Vontade”.
Esta “purga e renovamento” que se dará na Terra, serão os tão
aguardados Novos Céus e Nova Terra.
● O Oitavo
Dia - Novos Céus e Nova Terra ▲
Os Novos Céus e Nova Terra chegarão quando os lugares dos anjos caídos
tiverem sido preenchidos por almas humanas que alcançaram a Salvação.
S. Luís de Monfort, "Tratado da Verdadeira Devoção à
Santíssima Virgem", 28
28. No Céu, Maria impera aos Anjos e aos
Bem-Aventurados. Como recompensa da sua profunda humildade, Deus deu-Lhe o poder e o encargo de encher de santos os tronos
vazios, donde os anjos apóstatas caíram por orgulho.
O
Oitavo Dia da Criação, será certamente o dos Novos Céus e Nova Terra. Toda a
Terra será renovada e os homens passarão a viver nos seus Corpos Glorificados à
semelhança do Corpo Ressuscitado de Jesus Cristo. Os Novos Céus e Nova Terra
serão para sempre, como o estatui as seguintes passagens do Catecismo, e em que
simultaneamente estatui dogmaticamente a falsidade herética do Milenarismo.
EXTRACTO DO
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
VI. A esperança dos Novos Céus e Nova Terra
1042 No fim dos tempos, o Reino
de Deus chegará à sua plenitude. Depois do Juízo final, os justos reinarão para
sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o próprio Universo será
renovado. …
Novos Céus e Nova Terra
Estamos nas vésperas do Fim do Mundo! A Vinda Gloriosa de
Jesus está iminente! A Humanidade e os homens estão prestes a ser julgados no
Juízo Final. A separação do trigo e do joio vai começar! Depois… serão
- Os Benditos do Pai para
a direita, para o Paraíso Celeste, e …
- os malditos, para o fogo
eterno!
●
CONCLUSÕES ● ▲
Ponto 42
A leitura destes textos retirados da Revelação Pública e Privada
da Santa Amada Igreja Católica levam-nos consensualmente a tirar as seguintes
Conclusões:
Ponto 43
1 ► As Sagradas
Escrituras Bíblicas são o Testemunho de toda a Verdade e devem ser a Fonte e
Guia de toda a Ciência. Tudo o que lá está é importante e tudo o que lá falta é
supérfluo.
2 ► A
Ciência confirma as diversas Etapas da Criação descritas no Génesis.
3 ► Os Dias
da Criação não são dias de 24 horas, mas sim tempos de duração não determinada
em que Deus operou as etapas da Criação. Da mesma forma temos de olhar para a
idade dos nossos ancestrais e intuir que o número de anos que lhes são
atribuídos, correspondem à unidade que na altura era mais utilizada, e que era
o ciclo lunar. Se substituirmos o número de anos por número de meses, as suas
idades são perfeitamente aceitáveis. Daqui nasceu a perplexidade quanto às
idades que lhes são atribuídas na Bíblia.
4 ► A
Criação deu-se como descrito no Génesis e seguiu o Plano da Criação
estabelecido previamente por Deus.
5 ► Os
Anjos foram criados no 1º dia da Criação.
6 ► Houve
uma revolta de alguns Anjos liderados por Lúcifer, e que foram expulsos do
Paraíso Celeste e precipitados no inferno, que se encontra no centro da Terra.
7 ► O Éden
foi um jardim criado por Deus, a partir do 5º Dia da Criação, depois da Terra
ter sido Criada e se ter desenvolvido ao longo de séculos. Segundo a Mística
Cidade de Deus, foi no ano
8 ► Adão
foi criado do barro da terra, isto é, de elementos já existentes, e depois
foi-lhe insuflada a Alma, o sopro da Vida, e se tornou um ser vivente. Da mesma
forma foram criados os animais e os vegetais, aos quais Deus também lhes
insuflou o sopro da vida, isto é, uma Alma, que controla todo o seu
desenvolvimento e actividade celular. O facto dos animais terem Alma foi
confirmado pelo Papa João Paulo II e pelo Papa Francisco. A Alma é a partícula
de Deus presente em toda a criatura viva. As Almas diferem em complexidade de
espécie para espécie, mas todas elas são imortais. Quando a Alma se separa do
Corpo, este morre. Quando o Espirito se separa do Corpo e da Alma, dá-se o
êxtase. Todos os seres vivos após a sua morte terrena vão para um dos muitos
Céus existentes no Paraíso, tal como Jesus disse que “em casa de Meu Pai
existem muitas moradas”. Isto foi
confirmado pela Fanny Moisseieva e pela Santa Faustina Kovalska quando
visitaram o Paraíso em Espírito. Alma e Espírito não são a mesma coisa, mas
ambos são de natureza espiritual.
9 ► Eva foi
criada de uma costela de Adão, e dada a ele como companheira.
10 ► No meio
do Éden havia 2 Árvores - A Árvore do Bem e do Mal, e a Árvore da Vida. A Adão
e Eva foi-lhes proibido comer do fruto da Árvore do Bem e do Mal.
11 ► Depois
de se tornarem mortais, não comeram do fruto da Árvore da Vida, que lhes daria
de novo a imortalidade, porque ela ficou guardada por Querubins armados.
12 ► Por
influência de Lúcifer, a serpente, Eva foi tentada e sucumbiu, indo depois
tentar Adão, que igualmente sucumbiu. Ambos sucumbiram e comeram do fruto da
Árvore do Bem e do Mal.
13 ► Adão e
Eva foram expulsos do Éden. Um Querubim ficou a guardar a Árvore da Vida.
14 ► Ao fruto
da Árvore da Vida, nenhuma criatura teve acesso.
15 ► Antes
de Adão e Eva já haviam os hominídeos, ou os brutos, os homens das cavernas.
16 ► Adão e
Eva não descendem do macaco nem da sua evolução, como o pretendem os
evolucionistas.
17 ► Adão e
Eva foram criados à semelhança de Jesus e da Virgem Maria. Corporalmente eram
de enorme beleza e praticamente idênticos.
18 ► Os
descendentes de Adão e Eva tiveram filhos do cruzamento com os hominídeos, mas
esta linhagem de brutos foi destruída no Dilúvio Universal.
19 ► A
actual humanidade descende exclusivamente dos “filhos de Deus”, isto é, uma
linhagem pura e separada do cruzamento com os brutos hominídeos.
20 ► Não
existem seres extraterrestres.
21 ► Existem
outros planetas habitados por almas que já foram encarnadas, mas entre os quais
existe uma barreira intransponível com a Terra.
22 ► Um
filão de filhos do diabo (os tais “filhos de macaco”), criaram o cientifismo,
que é uma deturpação da Ciência, e dentro dela produziram falsas teorias sobre
a Criação do Homem.
23 ► As Sagradas
Escrituras contêm o Guião de toda a Ciência, e no Amor
Divino reside toda a Sabedoria, à qual deve o Homem ir buscar toda a
Verdade!
http://www.amen-etm.org/Criacao.htm