SANTO PADRE PIO DE PIETRELCINA
Autoria do Irmão João Busaco - 2020
ÍNDICE
1 – O princípio
2 – As lutas com o demónio
3 – Vários dons extraordinários
4 – Primeira bilocação
5 – Santa Missa
6 – Os estigmas invisíveis
7 – A transverberação do coração
8 – Os estigmas de Jesus
9 – Dez anos de isolamento
10 – Mártir do sacramento da
Misericórdia (confissão)
11 – Como era a confissão com S. Pio?
12 – O anjo da guarda de S. Pio
13 – O seu inimigo (o demónio) volta
a atacar
14 – S. Pio e as almas do Purgatório
15 – No final da sua vida
16 – O carisma da bilocação
17 – Os perfumes de S. Pio
18 – O carisma deconhecer o interior
das pessoas
19 – O carisma da ierognosia
20 – O carisma da levitação
21 – S. Pio de Pietrelcina e o
rosário
22 – Os três mistérios da morte de S.
Pio
23 – S. Pio profetizou a sua própria morte
24 – Última Santa Missa
24 – Esteve 3 dias no Purgatório. Sua glória
25 – Apanhava do demónio
1 - O Inicio de suas experiências extraordinárias.
Do diário do Padre Agostinho, o qual foi um dos diretores
espirituais do Padre Pio, soube que o Padre Pio, desde 1892 quando tinha apenas
cinco anos, viveu já suas primeiras experiências místicas espirituais. Os
êxtases e as aparições foram freqüentes, e já começava a sua luta contra o
demônio, que também tornou-se freqüentemente visível, de modo obsessivo e
assustador. Mas para ele pareciam serem
absolutamente normais pensando que fosse um acontecimento comum a todos, não
falava sobre eles.
Foi um menino muito sensível e espiritual, calado, diferente
e tímido, muitos dizem que a tão pouca idade já mostrava sinais de uma profunda
espiritualidade. Era piedoso, permanecia longas horas na Igreja depois da
missa. Pedia ao sacristão para que lhe permitisse visitar ao Senhor na
Eucaristia, nos momentos nos quais a Igreja permanecia fechada.
As aparições eram do Anjo da Guarda, do Senhor, de Maria, e
até outros; os demônios, geralmente, apareciam sob formas bestiais, pavorosas e
ameaçadoras. Esse tormento, embora significativo, da aparição dos demônios e o
conforto das aparições divinas foi uma característica quase cotidiana para
Padre Pio, pelo menos até o desaparecimento dos estigmas.
Mas seu pai, percebendo sua inteligência e seu desejo,
forçou-o a estudar. Aos quinze anos havia terminado o terceiro colegial; já
havia decidido ser sacerdote e, tinha decidido também entrar nos “frades com
barba”, porque era admirador do bom frade Camillo, um irmão de longa barba
negra, que andava pedindo esmolas.
Mas como havia amadurecido aquela decisão? Aqui começamos a
entrar na via extraordinária pela qual o Senhor conduziu Padre Pio. O amor à
oração, somando ao amor à penitência ajudaram, tanto que ainda pequeno, algumas
vezes sua mãe o surpreendeu enquanto se flagelava.
2 – As lutas com o demónio
O demônio após ter sido expulso do paraíso
por São Miguel e seu anjos e sendo precipitado na terra (Apocalipse 12, 7-12)
continua existindo; o seu papel ativo, não pertence ao passado e nem é uma
fantasia popular. O diabo continua ativo hoje mais do que nunca, induzindo os
homens ao pecado e a perdição.
Baudelaire afirmava justamente que a principal atividade de
Satanás, nos tempos de hoje é fazer com que as pessoas não acreditem na sua
real existência e assim não rezem e nem peçam a proteção do alto. Com o caminho
livre o inimigo
faz desastres na humanidade sem ser percebido e combatido.
Mas Deus na sua infinita Misericórdia fez com que ele se mostrasse ao mundo
revelando suas táticas de ataque sobre o homem como aconteceu com o padre Pio e
outros santos.
Pe. Pio travou “duros combates” em toda sua vida, mostrando a
humanidade o poder dado por Jesus aos sacerdotes em seu ministério sacerdotal
sobre o inimigo, principalmente no sacramento da Confissão, na Santa Missa, nos
exorcismos libertando as pessoas do inimigo. Tais batalhas foram brigas
sangrentas, como foi escrito em muitas cartas que Pe. Pio enviava aos seus
diretores espirituais.
As lutas entre Padre Pio e Satanás ficaram mais duras quando
Padre Pio livrou as almas possuídas pelo Diabo. Mais de uma vez, falou ao Padre
Tarcísio de Cervinara que, antes de ser exorcizado, o Diabo gritava:
"Padre Pio você nos dá mais preocupação que São Miguel" e também:
"Padre Pio, não aliene as almas de nós e nós não o molestaremos".
"O diabo submeteu Padre Pio à tentações em todos os
sentidos.
Padre Agostino confirmou que o diabo apareceu a ele de
diferentes formas: "O diabo apareceu como meninas jovens que dançavam
nuas, em forma de crucifixo, como um jovem amigo dos monges, como o Pai
Espiritual, como o Padre Provincial, como Papa Pio X, como o Anjo da Guarda,
como São Francisco e como Nossa Senhora. O diabo também apareceu nas suas
formas horríveis, com um exército de espíritos infernais. Às vezes não havia
nenhuma aparição, mas Padre Pio estava ferido, ele era torturado com barulhos
ensurdecedores, cuspido etc. Padre Pio teve sucesso livrando-se destas
agressões ao invocar o nome de Jesus.
Uma noite de verão em que ele não conseguia dormir por
causa do grande calor ouviu o barulho dos passos de alguém, que no quarto
vizinho, caminhava para lá e para cá. "O pobre Anastásio não pode dormir
como eu.", pensou Pe. Pio. " Quero chamá-lo, pois, pelo menos
conversamos um pouco ". Ele foi até a janela e chamou o confrade mas sua
voz permaneceu presa na garganta: no parapeito da janela vizinha, um monstruoso
cão se apoiava. Assim contava o próprio Pe. Pio: “Vi horrorizado entrar pela
porta um enorme cão feroz de cuja boca saia muita fumaça. Eu caí de bruços na
cama e ouvi o que ele dizia: “é este, é este!”. Ainda naquela posição vi a fera
pular sobre o parapeito da janela e de lá lançar-se sobre o telhado da frente
para em seguida desaparecer.
https://padrepauloricardo.org/episodios/por-que-padre-pio-apanhava-do-demonio
https://padrepauloricardo.org/blog/a-assombrosa-luta-epica-entre-o-padre-pio-e-satanas
Por alguns pontos deste vídeo
compreende-se porque ele foi parar ao Purgatório (entre os minutos 9.10 a 11.20
https://www.youtube.com/watch?v=J5Tf74lBLac
3 – Vários Dons extraordinários:
Discernimento extraordinário: É a capacidade de ler os
corações e as consciências dos penitentes.
Profecia: Pode anunciar eventos do futuro.
Curas: Curas milagrosas pelo poder da oração.
Bilocação: Estar em dois lugares ao mesmo tempo.
Perfume: O sangue de seus estigmas tinha fragrância de
flores.
Ierognosia: Padre Pio tinha poderes para reconhecer se um homem era um Padre e se os
objetos que lhe apresentavam já tinham sido abençoados.
Estigmas: Recebeu os estigmas no dia 20 de setembro,
1918 e os levou até sua morte 50 anos depois (23 de setembro, 1968).
Os médicos que observaram os estigmas do padre Pio não
puderam fazer cicatrizar suas chagas nem dar explicação delas. Calcularam que
perdia um copo de sangue diário, mas suas chagas nunca se infectaram.
O padre Pio dizia que eram um presente de Deus e uma
oportunidade para lutar, para ser mais e mais como Jesus Cristo Crucificado.
4 - Primeira bilocação.
Em 1905, apenas dois anos depois de haver entrado ao
Seminário, o frade Pio experimenta pela primeira vez a bilocação.
Rezando acompanhado de outro frade no coro, uma noite
fria de janeiro, ao redor das 11:00h da noite, se encontrou a si mesmo muito
longe, em uma casa muito elegante na qual um pai de família agonizava no mesmo
momento que sua filha nascia.
Nossa Santíssima Mãe se lhe apareceu ao frade Pio
dizendo-lhe: "Encomendo esta criatura a teus cuidados; é uma pedra
preciosa sem polir. Trabalha nela, lustrai-la, fazei-la brilhar o mais
possível, porque um dia quero adornar com ela".
Ao que ele respondeu:
" Como pode ser isto possível se sou um pobre
estudante, e todavia nem sequer sei se terei a fortuna de chegar a ser
sacerdote? E se não chegar a ser sacerdote, como poderei ocupar-me desta menina
estando tão longe?".
A Virgem lhe respondeu:
"Não duvides. Será ela quem virá a ti, mas a
conhecerás de antemão na Basílica de São Pedro".
Imediatamente se encontrou de novo no coro onde havia
estado rezando minutos antes.
Dezoito anos mais tarde esta menina se apresentou na
basílica de São Pedro, agoniada e buscando a um sacerdote com quem pudesse
confessar-se e receber direção espiritual.
Já era tarde e a basílica ia fechar, olhou ao seu
redor e viu a um frade entrar no confessionário e fechar a porta. A jovem se
aproximou e começou a compartilhar seus problemas. O sacerdote absolveu seus
pecados e lhe deu a benção. A jovem
em agradecimento quis beijar-lhe a mão, mas ao abrir o
confessionário só encontrou uma cadeira vazia.
Um ano depois, a jovem foi em peregrinação a São
Giovanni Rotondo. Padre Pio caminhava por entre os peregrinos e ao ver a jovem
entre eles, a chamou dizendo:
"Eu te conheço, tu nascente no dia em que teu pai
morreu", a jovem, surpreendida, esperou largo tempo para poder se
confessar com o padre e acalmar suas inquietudes.
Padre Pio lhe recebe no confessionário com estas
palavras:
"Mi filha, tens vindo finalmente; estou esperando
tantos anos por ti!".
A jovem ainda mais surpreendida lhe disse que ele
estava equivocado, sendo esta a primeira vez que ela visitava São Giovanni.
Ao que padre Pio respondeu:
"Tu me conheces, viste a mim no ano passado na
basílica de São Pedro".
A jovem se converteu em sua filha espiritual,
obedecendo sempre a seus conselhos. Se casou e formou uma sólida e exemplar
família cristã.
5 - Santa Missa
Pequena Igreja de Sant’Anna. Era neste lugar que
celebrava a Missa, que poderia durar quatro horas e que, por sua extensão, era
propositalmente evitada por muitos. Foi o primeiro e principal lugar
freqüentado por Padre Pio, que aos poucos começamos a compreender.
A Missa de Padre Pio, todos corriam para poderem
assisti-la; ela não era seme- lhante a nenhuma outra Missa; diferente de todas.
Dom
Giuseppe Orlando, alguém que sempre voltava lá, já preso ao lugar, disse poucas
palavras: “A sua Santa Missa é um mistério incompreensível”. À luz daquilo que
é dado como verdade, podemos afirmar que com a sua ordenação sacerdotal, a
Missa de Padre Pio era verdadeiramente um reviver da Paixão de Cristo.
O Santo Sacrifício da Missa Celebrada por Padre Pio.
Uma recordação da primeira Missa, escrita pelo próprio
Padre Pio:
“Jesus, meu suspiro e minha vida, hoje que tremendo te
elevo
em um mistério de amor,
contigo eu seja caminho para o mundo,
verdadeira vida e sacerdote santo para Ti, vítima
perfeita”.
Havia na Missa celebrada por Padre Pio, qualquer coisa
de particular, deveria ser o centro da força que atraía a San Giovani Rotondo.
Dizia e repetia muitas vezes; significa que certos aspectos da Missa do padre
“colheram” todos de maneira definitiva.
“Fazei isto em memória de mim”.
É bem claro que quando se fala da Missa de Padre Pio,
não se menciona o essencial do sacrifício eucarístico, igual em todas as Missas
celebradas por qualquer sacerdote. Poderá se elevar rápida ou lentamente;
poderá haver a impressão de
menor devoção; as pessoas iam com muito gosto, tendo a
impressão de que era celebrada uma melhor que a outra. Muitos sacerdotes haviam
recebido esta recomendação: “Celebra a sua Missa como se fosse a última”;
outras vezes disse: “Veja como um sacerdote celebra a Missa e saberá como ele
é”.
Podemos
notar observações superficiais, mas na realidade continham muita verdade, com
profundidade. A essência da Missa é sempre a mesma porque o sacerdote principal
é Cristo; mas também o sacerdote coloca algo de si, às vezes, até muito de si.
Assim como quem assiste; são tantas as maneiras de participar do Divino
Sacrifício. Pode-se dizer: “Estive na Missa”; há quem participe com todo o seu
empenho, que se oferece em união á Vítima Divina.
A Missa celebrada ou ouvida pode ser o espelho do
nosso relacionamento com Jesus, do amor por ele, da consciência que temos, da
intimidade alcançada, da dedicação á qual nos empenhamos.
Na celebração padre Pio se coloca a experimentar tudo:
seu amor a Deus Crucifi- cado, ao Deus amor, ao Deus Vítima pelos pecadores, ao
Deus Salvador, ao Deus que se deu para que participássemos de Sua obra de
redenção.
Deveríamos pensar em toda a vida de Padre Pio.
As suas longas meditações, quase ininterruptas, da
Paixão de Cristo, companhadas de muitas lágrimas; seu horror pelo pecado, seu
amor por Jesus, a oferta de doar-se como vítima pelos pecadores, pelas almas do
purgatório, pela Igreja e pelo mundo. E deveríamos fazer presente com o Senhor,
que havia se associado àquele Seu ministro na obra de redenção: a luta contra
Satanás, as trevas da fé, a progressiva participação na Paixão, culminante nos
estigmas visíveis.
Não
causaria espanto se a celebração da Missa de Padre Pio parecesse um verdadeiro
e próprio reviver da Paixão de Cristo. Quando saía do altar, com aquela sua
pisada dolorida, parecia mesmo sair de seu Calvário. As palavras que
pronunciava eram litúrgicas; e as pessoas respondiam em coro, algo muito raro
atualmente. Também se percebia um esforço dos que estavam presente de
participarem no que pudessem.
Todos os olhos ficavam fixos naquele rosto que de vez
em quando se contraía com visível sofrimento, entretanto, também eram notáveis
os esforços do padre para não deixar transparecer; as lágrimas que lhe
ofuscavam a visão e que ele enxugava com um lenço passado pelas mãos com
algumas voltas, fingindo enxugar o suor;
aquele ato de bater no peito na meã culpa, no Agnus
Dei com grande convicção, que não se entendia como podia doar-se tanto, dando a
impressão de que não teria forças para levantar-se. E as longas pausas, com os
olhos fixos e carregados de lágrimas, quando parecia que não iria continuar.
A Missa do Padre Pio foi assim definida: “Um
verdadeiro espetáculo sobrenatural”. Certamente era assim composta, pois não
havia nada de teatral.
Mas por que então as pessoas vinham de todos os cantos
do mundo? Era um local descômodo num horário fora do habitual, para assistir
aquela Missa que não terminava mais, quando findava, desejava que se
prolongasse para sempre?
Não resta dúvida de que o Santo Padre Pio revivia a
Paixão de Jesus.
Sabemos de santos e santas, também estigmatizados, que
na sexta-feira da Semana Santa reviviam a Paixão; Como Santa Verônica Guiliani,
Santa Gemma Galgani, Teresa Newman, a venerável Alexandria Maria da Costa...
Mas nenhum deles a viveu na Missa.
O Santo
Padre Pio é, até hoje, o único sacerdote estigmatizado. E este reviver da
Paixão de sacerdote durante a Missa, supõe-se que houvesse um propósito
específico para que os fiéis fossem, inconscientemente, conduzidos.
Não era um mistério particular a Missa do Santo Padre
Pio; o verdadeiro mistério, que compreendemos muito pouco, é a própria Santa
Missa! É um Sacrifício, é a memória dolorosa da Cruz, a imolação de Jesus que
se oferece ao Pai como vítima por nós e que se dá a nós como sinal de vida
eterna.
As pessoas, vendo o Santo Padre Pio celebrar, se
esforçavam em tentar compreender o verdadeiro significado da Missa. Tantos
sacerdotes e fiéis diziam que entenderam a Missa somente após tê-la assistido e
celebrada por Padre Pio.
Perguntado sobre o entender a Santa Missa, respondeu:
“Filho meu, como posso entendê-la? A Missa é infinita
como Jesus...” E acrescentou: “O mundo pode até estar só, mas não pode ficar
sem a Santa Missa”. Pois, aquilo que se entendesse na alma durante a Santa
Missa é tudo, e somente, obra do Espírito Santo.
Pessoas que vinham por curiosidade, choravam como
crianças, homens que não acreditavam e, diante aquele Sacrifício Salvífico,
sentiam suas dúvidas desaparecerem; tantos resistentes que se perdoavam e
perdoavam os outros, resistentes a mudar de vida e que durante aquela Missa
amadureciam em uma
decisão radical de conversão. Muitas jovens e rapazes
que durante aquele Sacrifício viram sucumbir todas as suas indecisões,
doando-se a Deus completamente, na vida sacerdotal ou religiosa.
Um bispo disse com muita convicção: “Para saber quem é
Padre Pio, não precisa de nada; basta assistir à sua Santa Missa”.
Cada Missa era uma agonia. Mas era uma
chuva de graças, freqüentemente extraordinárias. Não era preciso explicação:
dava para ver que aquilo era um Sacrifício; o Sacrifício de Jesus unia-se ao
sacrifício do celebrante, que por sua vez, esforçava-se para unir-se aos
presentes.
Numa ocasião perguntaram-lhe se a Santíssima Virgem
Maria estava presente durante a Santa Missa, ao qual ele respondeu:
"Sim, Ela Se coloca ao lado, mas eu posso vê-La, que alegria. Ela está sempre
presente. Como poderia ser que a Mãe de Jesus, presente no Calvário ao pé da
cruz, que ofereceu a seu filho como vítima pela salvação de nossas almas, não
esteja presente no calvário místico do altar?”
A Missa de Padre Pio trouxe somente benefícios:
principalmente aos fiéis que com tanta facilidade deixam a Missa ou ouvem-na
distraidamente; útil aos sacerdotes que algumas vezes a terminam com tanta
pressa
E continua o Mistério, o que é o Santo Sacrifício da
Missa?
Santa Missa
No princípio da sua vida sacerdotal a Santa Missa chegava
a durar mais de 4 horas. Teve que pedir ajuda para não estar no altar o dia
inteiro. Com o passar do tempo foi diminuindo o tempo de duração e finalmente
por pressão popular e da parte dos superiores chegou aos 30 minutos, isto já
nos anos 60 e um pouco antes da sua morte. E ele comentava: “Se dependesse de
mim estaria no altar durante o dia inteiro.
Última
Missa de S. Pio
https://www.youtube.com/watch?v=AVVLBA6eoNs
6 - Os Estigmas invisíveis.
Durante seu primeiro ano de ministério sacerdotal, em
1910, enquanto rezava embaixo do olmo, Padre Pio recebeu os estigmas
invisíveis. Em recordação a este fato é que se construiu naquele local uma
capela.
Em uma carta que escreve a seu diretor espiritual os
descreve assim: "Em meio das mãos apareceu uma mancha vermelha, do tamanho
de um centavo, acompanhada de uma intensa dor. Também sob dois pés sinto
dor".
Estas dores na mãos e nos pés do padre Pio, são os
primeiros indícios dos estigmas que foram invisíveis até o ano de 1918. Uma vez
a dor que o padre Pio
experimentou foi tão aguda, que sacudiu as mãos, as
quais sentia que lhe queimavam.
Este tempo em seu povoado natal foi um período de
grandes combates espirituais com o demônio, mas também de grandes consolos
através de êxtase e fenômenos místicos, tanto interiores como exteriores,
espirituais e físicos.
O demônio aparecia-lhe de distintas maneiras. Algumas
vezes até na aparência de animais, de mulheres bailando danças impuras, de
carcereiros que o açoitavam e inclusive sob a aparência de Cristo Crucificado,
de seu Anjo da Guarda, São Francisco de Assis, a Virgem Maria, também sob a
aparência de seu diretor espiritual, seu provincial, etc... Mas depois destes
assaltos do demônio, era consolado com êxtases e aparições de Jesus, a
santíssima Virgem Maria, seu Anjo da Guarda, São Francisco e outros santos.
No dia 12 de Agosto de 1912 experimentou pela primeira
vez a "chaga do amor". O padre Pio escreveu a seu diretor espiritual
explicando-lhe o sucedido:
"Estava na Igreja fazendo minha ação de graças
depois da Santa Missa, quando de repente senti meu coração ferido por um dardo
de fogo fervendo em chamas e eu pensei que ia morrer".
Suportou o impacto da perfuração do coração e quase
que uma vez por semana era submetido à flagelação e à coroação de espinhos. Se
durante sua infância e novamente nos anos preparatórios ao sacerdócio, sua
meditação constante era a Paixão do Senhor, que o fazia derramar muitas
lágrimas, agora, não se tratava somente de meditar o sofrimento de Cristo, mas
de vivê-lo na própria carne. E esse era apenas o início!
Por sete anos, padre Pio permanece fora do Convento,
em Pietrelcina.
Naturalmente, esta vida estava em contraste com a
regra franciscana e alguns irmãos frades se queixaram disto. Foi então quando o
Superior Geral da Ordem pediu a Sagrada Congregação dos Religiosos a
exclaustração do Padre Pio. Foi um golpe muito duro para ele e em um êxtase se
queixou com São Francisco de Assis.
A Congregação dos Religiosos não escutou a solicitação
do Superior Geral e concedeu que o padre Pio continuasse vivendo fora do
convento, até que estivesse completamente restabelecida sua saúde.
Poder celebrar a Missa na Igrejinha de Sant’Anna,
ainda que o enfraquecimento aparente era tal, a ponto de ter de conseguir
permissão para celebrar a Missa de Maria ou aquela dos falecidos.
A prática de seus deveres, a memória de sua missão
substituíam o esforço do dever cumprido. Foram anos caracterizados por um
cotidiano em que se alternavam as visões diabólicas e os estados de doçura. Resistiu
a tudo isso até 17 de Fevereiro de 1916.
7 - A Transverberação do Coração.
De 5 a 7 de agosto de 1918, Padre Pio soube quase
ininterruptamente, o que aquele fenómeno chamado misticamente de transverbação.
A transverberação é uma graça extraordinária que
alguns santos como Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz tem recebido.
O coração da pessoa escolhida por Deus é traspassado
por uma flecha misteriosa ou experimentado como um dardo que ao penetrar deixa
atrás de si uma ferida de amor que queima enquanto a alma é elevada aos níveis
mais altos da contemplação do amor e da dor.
O padre Pio recebeu esta graça extraordinária no dia 5
de agosto de 1918.
Em grande simplicidade, o padre narrou a seu diretor
espiritual o sucedido:
"Eu estava escutando as confissões dos jovens a
noite do dia 5 de agosto quando, de repente, me assustei grandemente ao ver com
os olhos de minha mente a um visitante celestial que se apareceu frente a mim.
Em sua mão levava algo que parecia como uma lança larga de ferro, com uma ponta
muito aguda. Parecia que saia fogo da ponta. Vi a pessoa fundir a lança
violentamente em minha alma. Apenas pude queixar-me e senti como que se
morresse. Disse ao menino que saísse do confessionário, porque me sentia muito
enfermo e não tinha forças para continuar. Este martírio durou sem interrupção
até a manhã do dia 7 de agosto.
Desde esse dia sinto uma grande aflição e uma ferida
em minha alma que está sempre aberta e me causa agonia.
Em 9 de Agosto de 1912, assim escreveu a padre
Agostino:
“Sinto
pois, meu padre, que o Amor me vencerá finalmente; a alma corre o risco de
dividir-se do corpo pela razão que não posso amar Jesus o suficiente na terra.
Sim, minha alma está ferida de amor por Jesus; sou doente de amor; experimento
continuamente a dor de amar, aquele ardor que queima e não se consome.
Sugeri-me, se autoriza, o remédio para a atual estado de minha alma.
Aqui está uma fraca imagem daquilo que Jesus opera em
mim. À maneira que uma torrente arrasta bruscamente na profundidade do mar
todos que encontra em seu curso, assim a minha alma é aprofundada no oceano,
sem demora, reencontrando o amor de Jesus, sem mérito algum meu e sem me dar
razão, seduz para dentro de Si todo o Seu tesouro”.
Em 12
de Agosto deste mesmo ano:
“Estava
na Igreja para fazer o agradecimento pela Missa quando, de repente, senti o
coração ser ferido por um dardo de fogo, vivo e ardente, que pensei matar-me.
Me faltam as palavras corretas para fazê-lo compreender a intensidade daquela
chama: estou bastante impotente para poder expressar-me. Acredita? A alma,
vítima desta consolação, ficou muda. Parecia que uma força invisível
submergisse toda naquele fogo... Meu Deus, que fogo!... Um segundo, minha alma
já havia sido separada do corpo... Andava com Jesus” (Ep I).
8 - Os estigmas de Jesus
Foram bem tristes os primeiros meses de 1918. A guerra
e a (gripe) “espanhola” haviam matado muitos da população e do convento.
O padre Pio teve as cinco chagas de Cristo crucificado
que levou em seu corpo visivelmente durante 50 anos. Um pouco mais de um mês
depois de haver tido o coração transpassado, o padre Pio recebe os sinais,
agora visíveis, da Paixão de Cristo. O padre descreve este fenômeno e graça
espiritual a seu diretor por obediência:
"Era sexta feira, manhã do dia 20 de Setembro de
1918. (Festa dos Estigmas de São Francisco)
Eu estava no coro fazendo a oração de ação de graças
da Missa e senti pouco a pouco que me elevava a uma oração sempre mais suave,
de pronto uma grande luz me deslumbrou e me apareceu Cristo que sangrava por
todas as partes.
De seu corpo chagado saíam raios de luz que mais bem
pareciam flechas que me feriam os pés, as mãos e o costado. Quando voltei a
mim, me encontrei no sozinho e com chagas. As mãos, os pés e o costado
sangravam e me doíam até fazerem perder todas as forças para levantar-me. Me
sentia morrer, e haveria morrido se o Senhor não houvesse vindo a sustentar-me
o coração que sentia palpitar fortemente em meu peito.
Me arrastei até a cela. Me recostei e rezei, olhei
outra vez minhas chagas e chorei, elevando hinos de agradecimento a Deus".
Os estigmas do padre Pio eram feridas profundas no
centro das mãos, dos pés e o costado esquerdo. Tinha mãos e pés literalmente
traspassados e lhe saia sangue vivo de ambos lados, fazendo do padre Pio o
primeiro sacerdote estigmatizado na história da Igreja.
O provincial dos Capuchinos de Foggia convidou ao
Professor Romanelli, médico e diretor de um prestigioso hospital, para que
estudasse o caso e desse seu parecer. O Doutor Romanelli não teve a menor
dúvida do caráter sobrenatural do fenômeno.
Pouco depois a Cúria Geral dos Capuchinos em Roma
enviou a São Gionanni Rotondo outro especialista, o professor Giorgio Festa.
Suas conclusões foram que "os estigmas do padre Pio tinham uma origem que
os conhecimentos científicos
estavam muito longes de explicar. A razão de sua
existência estão além da ciência humana".
A notícia de que o padre Pio tinha os estigmas se
estendeu rapidamente. Muito rápido, milhões de pessoas acudiam a São Giovanni
Rotondo para vê-lo, beijar suas mãos, confessar-se com ele e assistir a suas
longas Missas.
Tinha para si a dor e a humilhação, cuidava de
esconder ainda mais as feridas e as dores que causavam para evitar o fanatismo
do povo.
Uma grande celebridade em matéria de psicologia
experimental, o padre Agustim Gemelli, franciscano, doutor em medicina,
fundador da Universidade Católica de Milão e grande amigo do Papa Pio XI, foi visitar
ao padre Pio, mas como não levava permissão por escrito para examinar suas
chagas, este recusou a mostrá-las.
O padre Gemelli saiu de São Giovanni com a idéia de
que os estigmas eram falsos, de natureza neurótica e publicou seu pensamento em
um artigo publicado em uma revista muito popular. O Santo Ofício se valeu da
opinião deste grande psicólogo e fez público um decreto no qual declarava a
pouca constância na sobrenaturalidade dos fatos.
Sobre os Estigmas, o Padre Gabriele Amorth esclarece:
( Padre Gabriele Amorth era o exorcista oficial do
vaticano. )
As pessoas eram desconcertadas: se o Senhor havia
usado em Padre Pio aqueles sinais visíveis da Paixão, não seria um grande
convite correr a ele, como modelo de imitação de Cristo?
Naquele
ano, eu escrevia todas as semanas na Famiglia Cristiana (Família Cristã). O
diretor, meu confrade, Pe. Zelli, sabia que eu era um assíduo de Padre Pio.
Disse-me: “É hora de falar claro. Escreva um amigo equilibrado e bem
fundamentado; o publicarei nas duas primeiras páginas, as mais qualificadas da
revista”.
Assim
escrevi meu artigo, que foi publicado em 23 de novembro de 1958, com o título
bastante provocativo:
“Em resumo, duvidamos ou não acreditamos em Padre
Pio?”
Não se
pode negar, a principio, a possibilidade do estigma.
Na história da Igreja encontramos cerca de 340 pessoas
que o haviam recebido; umas oitenta dessas são canonizadas, às quais não há
dúvidas de sua bondade e sinceridade quanto ao tema. Tenta-se entender porque
Deus manda estes males,
que significado têm. Provavelmente para recordar aos
homens o valor redentor da dor e convidar-los a meditar a Paixão do Salvador.
Mas não se pode negar que, o sujeito que a carrega, pode nos mostrar um
confirmação plena da imagem de Jesus. Talvez este aspecto, que é claro para
nós, passe despercebido em Padre Pio.
Para
Padre Pio os estigmas são qualquer coisa que não suas; não se referem a ele,
são somente valores para recordar o sofrimento do Senhor. Conseqüentemente deixa-se
beijar, como se deveria uma imagem sacra; direi que nele há uma grande
veneração.
Na
realidade são uma imagem do Crucificado não esculpida na madeira ou reproduzida
em uma tela, mais impressa em sua carne viva.
A
Igreja se pronuncia abertamente pela verdadeira história e características
sobrenaturais do estigma de São Francisco, que havia sido o primeiro a receber
de Deus aquele sinal de dor, semelhante ao de Jesus Cristo. Tem sido
precisamente assim – especialmente nos últimos anos – os critérios de base
sobre os quais torna-se possível reconhecer ao menos a presença de um estigma
verdadeiro, ou seja, baseado em características sobrenaturais.
Na teoria, os princípios são claros; mas na prática,
sim, precisa-se proceder com muita cautela neste assunto, ao aplicar esses
princípios, especialmente quando se trata de uma pessoa viva.
Apesar
de tudo, acreditamos que, com relação ao Padre Pio, possa ser dado um parecer.
Outros ilustres teólogos já se pronunciaram a respeito: todos nós nos rendemos
à evidência de que não se trata de um “novo acontecimento”, para o qual é
apropriado duvidar, mas trata-se de uma pessoa conhecidíssima, controladíssima,
com setenta e um anos (Padre Pio nasceu em 25 de março de 1887) e que há
quarenta anos carrega o estigma; conseqüentemente já há uma prova de tempo que,
de modo não definitivo, legitima um julgamento a título pessoal.
Só o
fato que Padre Pio tenha o estigma, não é discutível. São testes médicos
precisos e publicados; é uma verdade verificável em qualquer momento.
Vejamos antes se podemos pensar que a origem de tais
feridas é sobrenatural. Os critérios nos quais deve se basear são estes cinco:
1.
O estigma deve
ser verdadeiro e adequado á ferida, importantes modificações do tecidos e
localizado onde eram as feridas de Cristo (aproximadamente,
tratando-se de ferida
mística não importa se, até o detalhe secundário, respeita a verdade histórica
comum na crença; o que quero dizer é que não importa se as feridas são no pulso
ou na palma da mão, se a ferida é natural quando encontrada, diferentemente, em
qualquer outra parte do corpo.
2. Deve aparecer instantaneamente; em geral causa dor
aguda no dia, que recorda a Paixão do Senhor, como na Sexta-feira e na Semana
Santa. Ao contrário: a dor pela ferida natural depende da situação atmosférica;
portanto não há nenhum respeito pelo calendário litúrgico.
3. No verdadeiro estigma há ausência de fatos
supurativos: nenhuma podridão, nenhum odor fétido, etc. Quando as lesões
naturais prolongadas não são desinfetadas, dão origem a supurações e podem
causar gangrena.
4. Os estigmas são acompanhados de contínua
hemorragia. Não são como outras feridas.
5. Os estigmas permanecem inalterados, imunes a todo
tratamento médico; não se alteram por remédio terapêutico nem por tratamentos;
duram até muitos anos. As outras feridas, medicadas, cicatrizam-se.
A ferida de Padre Pio responde a todos esses
requisitos.
É verdade que muitos médicos racionalistas haviam
tentado demonstrar por vias naturais (sugestionamento, histerismo, fixação,
etc.) a estigmatização. Mas foram sues testes que negaram, através de exames
feitos, a inexistência de fatos sobrenaturais: todos os argumentos não são
reconhecidos cientificamente. Muitos deles, tratando de forma patológica a
situação, tentaram demonstrar tratar-se de pessoa histérica ou anormal (como
realmente acontece quando se trata de coisas como esta).
O contrário ocorre, porém, em tipos como Padre Pio,
pleno de bom senso e de sã atividade, demonstrando ótimas condições
psicológicas. Assim narra um jovem médico americano que disse ao padre:
“Eu não acredito nos seus estigmas; eles só aparecem
porque você pensava muito fixamente no estigma de Cristo”.
E o bom frei lhe respondeu com um sorriso bondoso:
“Muito bem, filho; pensa intensamente ser um boi; verá
que te nascerão chifres”. Uma boa resposta para persuadir naquele
doutorzinho.
Se a situação é tão clara, porque a Igreja não se
pronuncia?
Porque há um outro motivo.
O Senhor dá esta graça a alguém que pratica a heróica
virtude e que, sozinho, também recebe outros dons sobrenaturais, como êxtase,
bilocação, etc.
Notemos bem: se os estigmas são uma prova de
santidade, a Igreja espera ver a santidade como prova do estigma. E a santidade
não consiste num dom especial de Deus, que poderia dar a qualquer um a vantagem
da fidelidade; mas este é um exercício de virtude em grau heróico e com
perseverança. Conseqüentemente, somente depois da morte se pode ter controle:
enquanto estamos vivos, corremos todos os riscos de cair a qualquer momento,
qualquer que seja de nosso grau de união com Deus.
É por
isso que a Igreja não se pronuncia.
Mas isso não quer dizer que não possamos ter convicção
sobre o Padre Pio: sobre isso nós temos todos os direitos. É permitido admirar
nele os prodígios da graça, como é permitido “não crer”; não é nenhum pecado!
Mas ainda nesse juízo pessoal não devemos seguir o capricho ou os rumores.
O Evangelho sugere esta regra: “Pelos frutos se
conhece a planta; se os frutos são bons, a planta é boa”. Que seja assim o
juízo que façamos, observando a paciência de Padre Pio, sua caridade, sua
aceitação da dor, sua vida santa dedicada somente em fazer o bem.
Não há quem não conheça historias de conversões,
retornos à Igreja, vidas transformadas pelo encontro com o padre. São fatos que
não podemos tratar com indiferença; como as curas, etc. Também nos sentimos
irritados pelo excessivo entusiasmo de uns ou fanatismo de outros.
O Papa
Pio XI fez uma certa visita ao padre e fez parecer ser contra. Mas não foi uma
opinião oficial e muito menos irrevogável. Foi uma opinião como tantas,
expressa por um médico que fez o exame de outro médico. Com todo o respeito
pela categoria, Pio XI era desconhecedor dessas coisas. Ao contrário, se sabe
que
no dia da beatificação de Santa Teresa de Lisieux
Padre Pio foi visto presente em São Pedro (mesmo estando em San Giovanni
Rotondo); um outro monsenhor testemunhou o fato, contou ao Papa, acrescentando
que também D. Orione havia visto. E o Papa respondeu: “Se Dom Orione também o
viu, sim, acredito”.
Na
conclusão: porque somos livres, pensemos também com nossa cabeça. Mas usando o
raciocínio razoável que deve sempre caracterizar um homem. É absurdo, depois de
tantos anos de provas e tantos testemunhos importante, negar os fatos e jogar
um parecer inventado em um homem como Padre Pio. É um homem de Deus, um “grande
Sacerdote”, no pleno exercício do ministério em que há repercussão mundial.
Ninguém
pode se contentar com isso, perceba que são reconhecidos nele outros carismas
sobrenaturais e o apreço de um instrumento do Senhor pela graça extraordinária;
relembre da Missa de fé que acontece em San Giovanni Rotondo, nas elevadas
personalidades eclesiásticas e civis que se voltaram a ele, e se sentirá em boa
companhia”.
9 - Dez anos de
isolamento (1923-1933).
Demasiadamente esquecidas são as criaturas humanas,
com muitos defeitos humanos. Um desses defeitos é o fanatismo. O encontramos
continuamente em torno de pessoas que, por motivos diversos, causam entusiasmo.
O encontramos ao redor de Jesus e de muitos santos; o
encontramos perto de atores ou políticos, de cantores ou de esportistas. Não se
pode destruir o homem pelos defeitos dele; não se pode suprimir um movimento
porque tem indícios de desordem. Pior ainda quando, para punir os exaltados,
culpam um inocente. Sim, acredito em cortar o mal pela raiz; foi como Jesus
sugeriu quando referiu-se a isso (na noite em que foi entregue): “Persigam o
pastor e o rebanho será destruído” (cf. Mt 26,31).
Já começaram em junho de 1922, quando seu pai
espiritual, padre Benedetto, proibiu Padre Pio de todos os contatos, verbais ou
escritos. Devemos reconhecer que padre Benedetto foi por doze anos, de 1910 a
1922, um ótimo diretor espiritual, sábio e prudente.
As medidas contra o padre eram feitas
progressivamente, sempre mais e mais pesadas. Ordenava a transferência de Padre
Pio e proibia que celebrasse qualquer Missa em público. Foi concedido celebrar
em particular, aos internos do convento e, sobretudo, proibiram-no de
confessar.
Quando, uns dias depois, padre Raffaele teve a
dolorosa incumbência de comunicar-lhe sobre o decreto do Santo Oficio, Padre
Pio respondeu humildemente: “Seja feita a vontade de Deus”. Por outros dois
anos, viveu como um encarcerado (esta era a sua impressão).
Como conseqüência, o padre Pio passou 10 anos, de 1923
a 1933 asilado completamente do mundo exterior, entre a paredes de sua cela.
Durante estes anos não apenas sofria as dores da Paixão do Senhor em seu corpo,
também sentia em sua alma a dor do isolamento e o peso da suspeita.
Sua humildade, obediência e caridade não diminuíram
nunca.
10 - O Mártir do Sacramento da Misericórdia. (A
Confissão.)
O Papa Pio XII perguntou ao bispo de Manfredonia,
durante a visita ad limina em abril de 1947.
- “Que faz o Padre Pio?”.
- “Sua Santidade! Ele remove os pecados do mundo”.
Assim mostrou bem qual era a principal atividade
apostólica do frei estigmatizado. Aquela revelação de 1903 prenunciou a
grandiosíssima Missão a que estava reservado ao jovem Francesco, na época,
ingressante no convento.
Ordenado sacerdote em 1910. Demorou três anos antes de
obter permissão para confessar; ao que normalmente é concedido logo após a
ordenação.
O superior provincial temia por sua saúde física e
também era duvidoso que Padre Pio tivesse o conhecimento necessário de teologia
moral, pois havia estudado com irregularidades devido aos seus problemas de
saúde.
Após a permissão, viveu no confessionário até a manhã
de sua morte, a maior parte do seu tempo. Para se ter uma idéia, em 16 de
novembro de 1919 escreveu a seu pai espiritual: “Foram mais de 19 horas de
trabalho que vou sustentando, sem um pouco de descanso. Enquanto escrevo, já
passa um minuto da meia-noite”.
Viveu bravamente, lutando para todos e por todos,
contra Satanás, para salvar as almas. Tanto que há muitos escritos sobre o
método de confessar de Padre (se é que pode chamar de método), contando
histórias incríveis de conversões, de soluções dadas mais tarde ou de tudo
negado.
Para Padre Pio, confessar era uma fadiga imensa; não
só pela aversão que sentia contra os pecados que ofendiam a Deus, mas também
por sua luta interior que não o havia mais deixado. Por toda a sua vida
sentiu-se um grande pecador e havia um “prego perfurando-lhe a cabeça e o
coração”: o medo de não estar na Graça de Deus.
Como era firme para guiar a alma, ao mesmo era
inseguro e temeroso. Mas ele também, homem como todos os outros, sofria pelo
peso de suas fraquezas, o que lhe rendia histórias. Um caso típico que contou
ao padre Benedetto em 1917, quando um dia lhe aconteceu que, cansado da fadiga:
“sem que eu queira, me transformo em uma pessoa sem paciência. Este é um
espinho que traspassa meu coração”.
Quando
Padre Pio deixava o altar, parecia que saía do Calvário; quando entrava no
confessionário, também sofria muitíssimo pela sua indignação, pelo temor de sua
incapacidade. Não o tempo todo, mas próprio dos períodos de confissão,
sobretudo ali, que o Senhor lhe concedia um grandioso carisma, aquele de
escutar a consciência, de ver interior (dos penitentes).
Nesse longo tempo o Padre Pio iniciava seus dias
despertando-se a noite, muito antes da aurora, se dedicava a oração e com
grande fervor aproveitando a solidão e silêncio da noite. Visitava diariamente
por longas horas a Jesus Sacramentado, preparando-se à Santa Missa, e daí
sempre tirou as forças necessárias, para seu grande Missão com as almas,
levando-as até Deus no Sacramento da Confissão.
Grandes multidões, de todas as nacionalidades,
passaram por seu confessionário. Alguns deviam esperar duas semanas para
conseguir confessar-se com ele. As conversões foram inumeráveis. Diariamente
recebia centenas de cartas de fiéis, que pediam seu conselho iluminado e sua
direção espiritual, a qual tem sempre significado um retorno a serenidade, a
paz espiritual e ao colóquio com Deus.
Quem participava na celebração Eucarística do padre
Pio não podia ficar tranqüilo em seu pecado. Depois da Santa missa, o padre Pio
se sentava no confessionário por longas horas, dando-lhe preferência aos
homens, pois ele dizia que eram os que mais necessitavam da confissão.
Satanás foi além de todos os limites da provocação com
Padre Pio; até lhe disse que era um penitente.
Este é o testemunho do Padre
Pio: “Um dia, enquanto eu estava ouvindo confissões, um homem veio para o
confessionário onde eu estava. Ele era alto, esbelto, vestido com refinamento,
era cortês e amável. Começou a confessar seus pecados, que eram de todo tipo:
contra Deus, contra os homens e contra a moral. Todos os pecados eram
aberrantes! Eu fiquei desorientado com todos os pecados que ele me contou, e
respondi: “ eu lhe trago a Palavra de Deus, o exemplo da Igreja e a moral dos
Santos". Mas o penitente enigmático se opôs às minhas palavras
justificando, com habilidade extrema e cortesia, todo o tipo de pecado. Ele
desabafou todas as ações pecadoras e tentou me fazer entender normal, natural e
humanamente compreensível todas as ações pecadoras. E isto não só para os
pecados que eram horríveis contra Deus, Nossa Senhora e os Santos. Ele foi
firme na argumentação dos pecados morais tão sujos e repugnantes. As respostas
que me deu, com fineza qualificada e malícia, me surpreenderam. Eu me
perguntei: Quem ele é? De que mundo ele vem? E eu tentei olhar bem para ele,
ler algo na face dele. Ao mesmo tempo me concentrei em cada palavra dele para
dar-lhe o juízo correto que merecia. Mas de repente através de uma luz interna
vívida e brilhante eu reconheci claramente que era ele.Com tom definido e
imperioso lhe falei:"Diga, Viva Jesus para
sempre, Viva Maria eternamente" Assim que pronunciei estes doces e
poderosos nomes, o Satanás desapareceu imediatamente dentro de um zigue-zague
de fogo deixando um fedor insuportável."
Dom Pierino conta:
"Um dia, Padre Pio estava no confessionário, coberto por duas cortinas. As
cortinas do confessionário não estavam fechadas e eu tive oportunidade de ver o
Padre Pio. Os homens, enquanto se preparavam, se posicionaram em uma fila
única. Do lugar onde eu estava lia o Breviário e, às vezes, erguia o olhar para
ver o Padre. Pela porta pequena da igreja, entrou um homem. Ele era bonito, com
olhos pequenos e pretos, cabelo grisalho, com uma jaqueta escura e calças compridas.
Eu não quis me distrair e continuei recitando o breviário, mas uma voz interna
me falou: Pare e olhe! "Eu parei e olhei para Padre Pio. Aquele homem
parou em frente do confessionário. E depois que o penitente anterior foi embora
desapareceu imediatamente entre as cortinas. Estava em pé, de frente para o
Padre Pio. Então eu não vi mais aquele homem de cabelo grisalho. Depois que
alguns minutos o vi penetrando no chão. No confessionário, na cadeira onde
Padre Pio estava sentado, vi Jesus em seu lugar. Ele era loiro, jovem e bonito
e ele parecia fixo naquele homem que penetrou o chão. Então vi Padre Pio surgir
novamente. Ele voltou a tomar seu assento, era semelhante a Jesus. Pude então
ver claramente o Padre Pio. E imediatamente ouvi sua voz: Se apressem! Ninguém
notou este acontecimento e todos permanecemos onde estávamos"
11 - Como era a confissão com o Santo Padre Pio?
Padre Pio tinha o Carisma de Conhecer o interior das
pessoas a consciência.
“Aquelas a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a
quem os retiverdes, ser-lhe-ão retidos”. (Jo 20,23)
Essas palavras de Jesus eram bem impressas no coração
de Padre Pio, unicamente pela percepção de ter de ser ministro da Misericórdia
Divina. Mas sabia se podia absolver ou não absolver, segundo a disposição do
penitente.
Era severo com os curiosos, hipócritas e mentirosos, e
amoroso e compassivo com os verdadeiramente arrependidos.
Seu confessionário não era uma máquina de absolvições,
mas um lugar de conversas. Queria que o arrependimento por todos os pecados,
quer mortais ou veniais, fosse verdadeiro. Nisto era clara sua percepção de
absoluta santidade de Deus, da necessidade que a alma chegasse ao Juízo,
purificada nesta Terra, além de estado de Graça, porque sabia bem como são
grandes as penas do Purgatório.
Ficaram conhecidos vários casos de pessoas que,
confessando, acusavam-se assim:
-“Padre, eu cometi pecadinhos usuais, as besteiras de
sempre....”.
E ele, irredutível:
- “Pecadinhos? Besteira ofender a Deus? Vá embora”, e
naquele momento não havia nada a ser feito.
Suas
confissões são como atos de anúncio e de salvação, de dor e de glória, de
reprimenda e de amor.
Atesta uma carta de Foggia, em 23 de agosto de 1916:
“Deveria saber que não me deixaria um momento livre: um turbilhão de
almas sedentas de Jesus me desabam, antes mesmo de colocar as mãos nos bolsos”
(Ep. I).
Ele se
prodigaliza com a evidente certeza que o confessionário é um tribunal de
Misericórdia Divina, mas ao mesmo tempo a sofrida função da caridade
sacerdotal.
Para um penitente, disse:
“Não vê
como está escuro? Vá colocar as coisas no lugar, muda de vida e depois volta
que eu te confesso”.
Padre
Tarcisio, presenciou a cena, ficou abatido por aquela resposta, mas Padre Pio
lhe disse:
“Se tu
soubesses como essas situações ferem primeiro o meu coração! Mas se fosse
assim, muitos não se converteriam a Deus...”.
Muitas
vezes repetia:
“Gerei-lhe no amor e na dor”. Eu posso também golpear os meus filhos,
mas choro por todos os que me procuram! Quero carregá-los sem resistência, como
uma pipa”.
Levava ao coração dos penitentes, esperança e
fidelidade no perdão divino. Escreveu:
“Você
não tem tempo de amar o Senhor? Não O ama ainda? Não deseja amá-Lo para sempre?
Não tenha medo por isso! Mesmo admitindo que você tenha
cometido todos os pecados deste mundo, Jesus te
repete: ‘são-te perdoados muitos pecados, porque muito você amou”’ (Ep.III).
E mais
uma vez:
“Tenho
como certo que Deus pode regenerar tudo em uma criatura concebida no pecado e
que carrega a carga hereditária permanente de Adão: mas não pode,
absolutamente, rejeitar o desejo sincero de amá-Lo” (Ep. IV).
Uma alma que lhe pedisse o que fosse no
confessionário, respondia:
“O trono deve ser a maestria de Deus”.
A um jovem que chorava, Padre Pio perguntou:
- “Por que chora?”.
Respondeu:
- “Porque não me deu absolvição”.
Com carinho,
Padre Pio consolou-o:
- “Filho, é assim, a absolvição não te foi negada para
mandá-lo ao inferno, mas ao paraíso”.
O cardeal Lercaro, durante o Congresso Eucarístico
diocesano de Trapani, em 1969, celebrando o padre, disse:
“O
confessionário era para ele um manancial de sofrimento interior, espiritual: a
sua paixão. O pecado pesava sobre ele, o pecado que ele escutava, contestava e
reprovava, por chamar a si aquela misericórdia de Deus; o pecado, que em nome
de Deus perdoava, era uma ferida em sua alma... Ele unia seu sofrimento ao de
Cristo para que a culpa dos irmãos fossem perdoadas”.
A sede de almas o fazia rezar também longas noites de
vigília. Um confrade é testemunha de sua súplica:
“Jesus,
Maria, piedade!”; “Oh, Jesus, te recomendo aquela alma, deve convertê-la,
salvá-la...Se tiver que castigar os homens, castiga-me, ficarei feliz...
Ofereço-me por inteiro a Ti, por todos eles”.
Padre Pio costumava dizer:
“Se
soubessem quanto custa uma alma! As almas não foram dadas de presente: foram
compradas! Vocês ignoram aquilo o que custaram a Jesus. Ora, precisam pagar-Lhe
sempre com a mesma moeda?”.
Escreveu ao padre Benedeto em 3 de junho de 1919:
“Todo o
tempo é curto para libertar os irmãos das garras de Satanás. Bendito
seja Deus... A maior caridade é aquela de tirar as
almas de Satanás e ganha-las a Cristo. E neste ponto, sigo assiduamente, de
noite e de dia... vi esplêndidas conversões” (Ep.I).
E tinha um verdadeiro propósito. Muitos de nós se
confessa com rapidez, quase como um hábito. Com ele isso não era possível.
Uma vez um jovem disse:
-“Sabe? Tive que voltar três vezes para que Padre Pio
me desse a absolvição. Eu não entendi porque me mandava ir embora; eu parecia
ser sincero, arrependido. Na terceira vez havia em mim uma certa decisão para
corrigir-me de um defeito. Sem que dissesse nada, o padre foi breve e me
liberou”.
Ele podia fazer coisas assim porque se demorava muito,
mas nem a todos era possível. Em algumas Missas, se alguém, após ter se
confessado, precisasse de confessar novamente, deveria esperar passar ao menos
sete dias. Sim, porque muitos voltavam a San Giovanni até serem
absolvidos.
Este é um facto que merece um aprofundamento maior.
Muitas vezes seus confrades faziam observações a este respeito,
recomendando-lhe que desse alguma indulgência. Mas ele respondia: “O faço para
o bem dele; não acredita que eu sofro também? Mas se tu soubesses como ficam
depois, como não sossegam!”.
Há,
casos de pessoas que partiram de San Giovanni Rotondo revoltados contra o Padre
Pio por não terem obtido a absolvição, decididas a não voltarem mais. Mas
depois entendiam, logo em seguida, e sentiam um desejo quase irresistível de
retornar.
Padre Pio amava o pecador, mas era intransigente com o
pecado. Eram típicas certas frases suas: “Asseguro, tu vais para o inferno”;
“Quando deixarás de fazer porcarias?”; “Não sabes que é pecado mortal? Vai
embora!”. A multidão implorava, insistia, mas era difícil que mudasse de
opinião daquela vez. Não guardava a fisionomia de ninguém: rico ou pobre,
bonito ou feio, ele guardava as almas. Todos em fila, iguais, fosse um ministro
ou um operário.
Muitos haviam dito:
“Que semelhança deve ter como o juízo de Deus, com as
almas todas descobertas”. Um fator humano também contribuía: com a freqüência
espera longa, de dias ou mesmo de semanas, havia a necessidade de serem breves,
pelo grande fluxo, de
modo que as pessoas preparassem bem o que iriam dizer.
Era o momento de pensar, passar e repassar o próprio discurso.
Se
sabia, e diziam, que ele era dulcíssimo quando alguém estava realmente
arrependido; prático em guiar as almas dizendo algum elogio; paciente, logo
após a confissão, ainda escutava. Certamente, trabalhava muito com a Graça de
Deus para predispor as almas, para fazê-las compreender a gravidade do pecado.
Do
Padre Pio confessor ficou impresso o gesto solene como qual dava a bênção
pronunciando as palavras de absolvição. Todos os sacerdotes absolvem; mas a
absolvição através de Padre Pio trazia uma paz que era um verdadeiro dom de
Deus. Muitas vezes, com um pequeno gesto.
Um
sacerdote entendia ver, enquanto Padre Pio levantava a mão, uma pequena gota de
sangue que se acendia no meio da chaga; ele percebeu um grande significado;
deve ter sentido o quanto custava ao padre as confissões.
12 - O Anjo da Guarda de S. Pio.
Como
seus tantos filhos Espirituais faziam para se comunicar com Padre Pio?
Havia os métodos normais: confessar-se ou ser recebido
no parlatório lhe falava alguma coisa enquanto passava, escreviam-lhe cartas,
mandavam recados através de algum frei que o encontrasse com mais freqüência...
Mas também havia um outro método, que muitos haviam
experimentado; é um método mais rápido do que um telegrama ou um fax nos dias
de hoje, que naquela época não existia: o recurso do próprio anjo da guarda.
Era uma experiência para quando não se pudesse aproximar do padre, ou pela
distância ou pela multidão de pessoas, muitos se voltavam com fé ao anjo da
guarda de Padre Pio ou ao seu próprio anjo da guarda e a mensagem chegava
pontualmente.
Tinha em Roma um confessor capuchinho, Padre Pio da
Mondregañez, espanhol. Ele desejava muito encontrar-se com Padre Pio, mas não
havia tido permissão. Ao sair para voltar a Roma fez a seguinte oração:
“Se é verdade, como se diz, que o nosso anjo da guarda
conhece Padre Pio e leva até ele nossas mensagens, diga-lhe que ao estar na
Itália meridional irei me encontrar com ele”.
No mesmo dia, o superior do convento lhe propôs:
“Antes de retornar a Roma, quer ir até San Giovanni
Rotondo?”.
Aceitou com alegria e no dia seguinte já segiu viagem.
Quando esteve com Padre Pio, no final do encontro disse-lhe: “Padre, já esteve
com o meu anjo da guarda?”. E Padre Pio: “Sim, ele veio uma vez, de Consenza”.
Padre Pio tinha a missão de recordar,
instantaneamente, todos os mistérios da fé: a paixão redentora do Senhor e a
Sua misericórdia; a existência do paraíso, do inferno, do purgatório; e também
a existência dos anjos, em particular, dos nossos anjos da guarda que nos
auxiliam as vinte e quatro horas do dia, com uma solicitude extraordinária e a
quem nós deixamos de lembrar.
13 - Seu inimigo (o demónio) Volta a atacar.
Padre Pio foi bastante amado, mas sabia bem os
verdadeiros inimigos eram os demônios; inimigos do padre e inimigos de qualquer
ser humano.
No mundo globalizado de hoje, muitos não acreditam,
que esses espíritos agem ocultamente. É uma realidade terrível que São Paulo
exprime assim:
“Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais
resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que
temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes
deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) no
ares” (Ef 6,11-12).
A indicação que São Paulo fala dos demônios é muito
precisa, porque os chama com o nome de sua ordem de classificação. Esta talvez
tenha sido uma das missões de Padre Pio: uma luta evidente, para ele visível,
contra o verdadeiro e oculto inimigo; o terrível inimigo de todos.
Para tentar desviar o Padre Pio da missão que Deus lhe
tinha confiado, o demônio lhe aparecia algumas vezes em forma de um gato negro
e selvagem, ou de animais repugnantes: era clara a intenção de incutir o
terror. Outras vezes aparecia na forma de jovens moças nuas e provocativas, que
dançavam de modo obsceno; era clara a intenção de tentar o jovem sacerdote na
sua castidade.
Mas o maior perigo era quando o demônio tentava
enganar Padre Pio aparecendo de forma sacra (o Senhor, a Virgem, o anjo da
guarda, São Francisco,...),
principalmente na forma de pessoas as quais era
submisso (o superior da casa, o superior provincial, seu diretor
espiritual...).
Para este último caso Padre Pio havia preparado um
método de discernimento que depois sugeriu a alguns de seus filhos espirituais
e que encontramos já em Santa Teresa d’Ávila, mesmo que Padre Pio não tenha
lido os escritos da santa carmelita. O que fazer para distinguir?
Quando aparecia verdadeiramente o Senhor, a Virgem, o
anjo da guarda, o padre havia notado que uma rápida sensação de temor, de
espanto; mas depois, terminada a aparição sentia uma grande paz.
Quando, ao contrário, era o maligno que se apresentava
em uma aparência sacra, o padre sentia uma alegria imediata, atrativa; mas
depois ele tinha a impressão amarga, uma grande sensação de tristeza.
Talvez possamos dizer com certeza que a maior luta de
Padre Pio com o demônio acontecia quando procurava salvar as almas, seja na
confissão, seja quando rezava por todos os seus filhos.
Na luta contra a ação extraordinária do demônio, Padre
Pio tinha um particular poder e um particular discernimento, como vemos em
tantos santos e santas, por serem exorcistas e não como faziam o exorcismo.
Muitas vezes encontrou pessoas possessas pelo demônio e o comportamento do
padre variava de caso a caso.
Padre Pio sempre obedeceu as autoridades
eclesiásticas, também a custo de um heróico sofrimento, sempre com estima e
amor. A luta de toda a sua vida foi ininterruptamente conduzida contra o inimigo
de Deus de das almas, o demónio.
Ele viu o demónio em múltiplas formas e levou dele
muitas pancadas, por ter sido permitidas para recordar ao mundo incrédulo de
hoje sobre essa presença diabólica. Os fatos externos, visíveis e dolorosos de
Padre Pio dão uma pequena idéia dos acontecimentos ocultados, da gravidade do
pecado, contra tudo aquilo que devemos lutar.
Seu dia a dia se desenrolava com o ritmo monótono e
árduo de sempre. As várias proibições não atingiram o movimento dos fiéis, que
encontravam em Padre Pio um confessor, um padre educador, aquele que sabia
corrigir as vidas desencaminhadas e levá-las a Deus. Não era percebido o seu
sofrimento, mesmo que estivesse continuamente batendo.
Os tempos tenebrosos não fizeram Padre Pio perder o afetuoso
contato com os seus filhos espirituais e nem o bom senso de humor, que se
manifestava sempre nos momentos de recreação com os confrades, aos quais se
juntavam também alguns de seus filhos espirituais mais ativos.
14 - S. Pio e as Almas do purgatório.
Numa tarde o padre Pio estava em um quarto, localizado
na parte baixa do convento, destinado para casa de hóspedes. Ele estava só e
descansando sobre o sofá, quando de repente, apareceu um homem envolto em uma
capa preta.
O padre Pio, surpreso, ergueu-se e perguntou para o
homem quem ele era e o que ele queria. O estranho respondeu que era uma alma do
Purgatório. "Eu sou Pietro Di Mauro". Disse-lhe então:
"Eu morri em um incêndio neste convento, em 18 de
setembro 1908. Na realidade este convento, depois da desapropriação dos bens
eclesiásticos, tinha sido transformado em uma casa de repouso para anciões. Eu
morri entre as chamas quando eu estava dormindo, em meu colchão feito de palha,
exatamente neste quarto. Eu venho do Purgatório: O bom Deus, deixou-me vir até
aqui e lhe pedir que celebre para mim a santa missa da amanhã de manhã para o
meu descanso eterno. Graças a esta Missa eu poderei entrar no Paraíso".
- Padre Pio falou para o homem que ele teria a missa
santa para a sua alma..
O Padre Pio contou: "Eu, queria leva-lo até a
porta do convento para me despedir quando repentinamente para minha surpresa
ele desapareceu. Eu seguramente percebi que havia falado com uma pessoa morta,
na realidade, tenho que admitir que eu reentrei no convento bastante amedrontado.
O Padre Superior do convento, Monsenhor Paolino de
Casacalenda, notou meu nervosismo, e então contei-lhe o que havia acontecido .
Ai então lhe pedí a permissão para celebrar a Santa Missa da manhã seguinte em
voto daquela alma necessitada.
Alguns dias depois, Padre Paolino, despertado pela
curiosidade foi até o escritório de registro de óbitos da comunidade de St.
Giovanni Rotondo, e pediu a permissão para consultar o livro de registro de
óbitos do ano de 1908. Após a consulta ele pode então verificar que a história
do Santo Padre Pío era verdadeira, pois no registro relacionado às mortes do
mês de setembro, Padre Paolino achou o nome, o apelido e a razão da morte: No dia 18 de setembro de
1908, no incêndio da casa de repouso morreu o Sr. Pietro Di Mauro.
Padre Pio contou a seguinte história ao Padre
Anastásio.
"Uma tarde, enquanto eu estava rezando só, eu
ouvi o sussurro de um terno, e eu vi um monge jovem que se mexeu próximo ao
altar. Parecia que o monge jovem estava espanando os candelabros e regando os
vasos das flores.
Eu pensei que ele era o Padre Leone que estava
reestruturando o altar e como era a hora do jantar, eu fui próximo a ele e lhe
falei: Padre Leone, vá jantar, não está na hora de espanar e consertar o altar.
Mas uma voz que não era a voz do padre Leone
me respondeu: Eu não sou o Padre Leone.
-Então perguntei: Quem é você?
A voz então respondeu
- "Eu sou um irmão seu que fez o noviciado aqui.
Minha missão era que eu limpasse o altar durante o ano do noviciado. Desgraçadamente
eu durante todo esse tempo eu não reverenciei a Jesus Sacramentado Deus todo
Poderoso, todas as vezes que passava em frente ao altar. Causando grande
aflição ao sacramento santo, por causa da minha irreverência. Por este descuido
sério, eu ainda estou no Purgatório. Agora, Deus, com a sua bondade infinita,
enviou-me aqui para que você estabeleça o dia em que eu passarei a desfrutar o
Paraíso. É para você cuidar de mim".
Eu creio ter sido generoso com àquela alma de
sofrimento e assim exclamei: "você estará a manhã pela manhã ao Paraíso,
quando eu celebrar a Santa Missa".
Aquela alma chorou e disse: "Cruel de mim, que
malvado eu fui”.
Então ele chorou e desapareceu.
Aquela exclamação me produziu uma ferida no coração,
que eu senti e sentirei a vida inteira.
Na realidade eu teria podido enviar aquela alma
imediatamente ao Céu, mas eu o condenei a permanecer outro noturno nas chamas
do Purgatório.
15 - No final de sua vida.
Desde novembro de 1966 o padre foi obrigado a celebrar
a Missa sentado. A sua Missa deveria ser mais breve do que antes, pela sua
evidente situação, desde quando foi obrigado à cadeira, parecia que não seria
uma vez.
o declínio físico era evidente. Não causaria espanto
quando alguém veio a saber que ele afirmava com precisão, falando a uma
sobrinha sua: “Daqui dois anos não existirei mais, porque estarei morto”.
O que não cessaram mais foram suas lutas com Satanás,
o “gigante” visto na infância e contra o qual sempre combateu e sempre venceu.
Ainda suportava as feridas daqueles combates.
No dia 6 de julho de 1964 houve um grande barulho
vindo da sua cela; os frades entraram no quarto e encontraram Padre Pio caído,
ferido no supercílio; foi necessário suturar a ferida com pontos. O demônio
havia batido sua cabeça no chão; o inchaço é bastante visível numa fotografia
do Padre Pio tirada naquela ocasião.
Padre
Pio não tinha medo da morte; pois em várias ocasiões entendeu-a como uma
libertação.
Em 22 de Setembro, domingo a Igreja estava decorada
para festa dos cinqüenta anos dos Estigmas; e na sua hora de costume, às 5
horas, Padre Pio começou a celebrar a sua última Missa. Após ainda deu o seu
“último adeus aos seus filhos”, por volta das 10h30, na janela do coro .
Passado
um pouco da meia-noite, quando já se podia realizara a celebração Eucarística
do novo dia, pediu ao padre Pellegrini para celebrar a Missa. Havia se
confessado e renovado seus votos religiosos. Faleceu serenamente às 2h30 da
segunda-feira, 23 de Setembro de 1968,
Examinaram seu corpo e constataram que os estigmas haviam desaparecido
completamente, sem deixar nenhuma marca ou cicatriz; deste fato foram
registrados documentos por escrito e documentação fotográfica.
Para a
ciência restará sempre um mistério de como os estigmas apareceram e também
desapareceram misteriosamente, como duraram por mais de cinqüenta anos. Estava
concluída a missão que o Senhor lhe havia confiado.
16 - O Carisma da Bilocação.
A Bilocação pode ser definida como a presença
simultânea de uma pessoa em dois lugares diferentes. Muitos Santos da Igreja
católica tiveram o carisma da bilocação. Padre Pio teve este carisma, na
realidade várias testemunhas oculares o viram em lugares diferentes em
bilocação. Existem muitos casos.
Um General Italiano do Exército cujo nome era Cadorna, depois da derrota
de Feltro de Caporetto estava em tal condição de depressão que decidiu
suicidar-se. Uma noite ele foi para o seu quarto e ordenou à empregada dele que
não permitisse que ninguém entrasse. Ele pegou sua arma de uma gaveta e
apontou-a para sua cabeça, mas de repente ele ouviu uma voz: "Oh General,
por que você quer fazer tal coisa estúpida?" A voz e a presença do monge
deixaram o general mudo. Ele desejou saber como era possível que um monge tivesse
entrado no quarto dele. Ele pediu explicações à empregada dele, mas ela
respondeu que não tinha visto ninguém entrando no quarto dele. Alguns anos
depois, soube-se de uma notícia em um jornal de um monge que fez milagres na
área de Gargano. Ele foi secretamente lá, mas se surpreendeu quando padre Pio
lhe falou: “Oi General, você corre um grande risco esta noite, não o faça!”.
Sra. Maria era a
filha espiritual de padre Pio, ela disse: "Uma vez, durante a noite, eu
estava rezando com meu irmão quando de repente ele se sentiu adormecido. Ele se
levantou imediatamente por ter recebido um tapa. Ele percebeu que a mão que o
bateu estava coberta com uma luva. Ele pensou que era padre Pio e no dia
seguinte perguntou para padre Pio se ele tinha dado-lhe um tapa. Padre Pio
respondeu: ”Este é o jeito certo de se rezar?” Com um tapa, padre Pio o
levantou chamando sua atenção para a oração.
17 - Os Perfumes do Padre Pio.
A osmogenesia, é um carisma possuído por alguns
Santos. Tal carisma, em algumas circunstâncias, permitiu percebe-se à distância
perfumes particulares. Tais perfumes são definidos como odores de santidade. O
Padre Pio chegou a manifestar tal carisma e estes fenômenos foram tão
freqüentes que as pessoas comuns ficaram
admiradas e definiram este fenômeno como “Os Perfumes de Padre Pio”. O perfume
emanava de seu corpo e também dos objetos que ele tocava e também de suas
vestes. Em outras ocasiões, o perfume fora percebido nos lugares onde ele
passava.
Um dia, o médico de
costume, retirou do tórax do Padre Pio um, curativo composto de bandagens
(gases) que foram utilizadas para estancar o sangue. O médico guardou os
curativos em um estojo, para ser levado a um determinado laboratório localizado
em Roma, para que fossem analisados por meio de testes laboratoriais. Durante a
viagem, um Oficial e outras pessoas que estavam na mesma viagem, sentiram o
perfume que era emanado do Padre Pio. Nenhuma daquelas pessoas sabiam que o médico
possuía em seu bolso os curativos, contendo o sangue do Padre Pio. O médico
conservou aqueles curativos no seu estojo, e o estranho perfume impregnou por
longo tempo o estojo, tanto que os pacientes que foram visitados pediram
explicações a respeito de tal perfume.
Um homem contou:
"... um dia eu decidi seguir o sugestão da minha esposa para ir no Padre
Pio. Eu não estava participando da igreja por um vinte e cinco anos,
precisamente no dia de meu matrimônio. Eu sentia a necessidade de me confessar,
mas assim que eu estive próximo a Padre Pio, ele me falou bruscamente sem olhar
para mim: "Vá embora! " - Eu respondi: "Eu estou aqui para me
confessar, e me dê a absolvição" - eu lhe falei asperamente, mas ele
respondeu asperamente: "Vá embora, eu disse." e eu fui embora. Eu sai
da pequena Igreja e fui para o hotel. Minha esposa que tinha me visto sair da
Igreja daquele modo, me encontrou no hotel e perguntou: o que aconteceu? O que
você está fazendo? " - Ela queria saber. "Eu vou arrumar a mala e ir
embora", eu respondi. Mas naquele momento senti uma nuvem de perfume. Era
um intenso perfume, maravilhoso. Eu estava confuso. Eu me tranquilizei no
momento e eu
sentia dentro de mim um grande vontade de ver o Padre
Pio. Eu voltei para vê-lo mais tarde, mas antes de falar com ele, eu examinei
minha consciência cuidadosamente. Amavelmente Padre Pio me deu boas-vindas e me
deu a absolvição."
Uma senhora contou:
- Meu marido acidentou-se com o seu carro e foi transportado para o hospital em
Taranto, com perigo de perder a vida. Os doutores disseram que não tiveram
nenhuma chance para salvá-lo. Normalmente, quando eu vinha visita-lo, eu parava
e rezava na frente a um monumento de Padre Pio, no jardim do hospital. Um dia,
o "Santo" fez-me cheirar um perfume de maravilhoso de lírios e me fez
entender que minhas súplicas tinham sido ouvidas. Daquele momento as condições
de meu marido melhoraram e ele começou a recuperar-se completamente.
Um advogado que era
devoto de Padre Pio contou: - "Uma vez eu estava numa velha igreja do
convento escutando a Santa Missa do Padre Pio, e no momento da consagração do
pão, eu fui distraído pensando em outra coisa. Eu era a única pessoa que se
levantou no meio da multidão que estava ajoelhada. De repente eu senti um odor
penetrante de violetas que me fizeram volte à realidade e dando uma olhada ao
redor de mim, eu também ajoelhei sem pensar no estranho perfume. Como sempre,
depois da missa, eu fui cumprimentar
Padre Pio que me deu boas-vindas dizendo: "Você
estava um pouco desorientado hoje? "- "Sim, eu estava Padre; Minha
mente se ausentou hoje mas felizmente seu perfume me acordou" – Ele disse:
"Para você o perfume é necessário, para você os tapas são
necessários."
Depois da conversão,
um balconista Siciliano quis confessar-se com o Padre Pio. Estando com o Santo
Pio, num gesto fraterno, ele segurou a sua mão direita por alguns instantes,
porém, o suficiente para marcá-lo por toda a vida, pois um perfume único e indescritível o envolveu. Chegando em
Foggia (Itália), notou que sua mão direita tinha um perfume que sua mão
esquerda não possuía, era o mesmo perfume que ele sentiu quando estava próximo do Padre Pio. O perfume não
desaparecia nem sequer se ele lavasse as mãos. Considerando que, Padre Pio
tinha dado a ele uma penitência durante dois meses, o balconista poderia sentir
o mesmo perfume que subia de sua mão para seu peito e nariz. O perfume era tão intenso que ele se
sentia inebriado. Com o passar do tempo, e à medida que era cumprida a
penitência, o perfume começava a desaparecer, fazendo com que o penitente
tentasse de todas as formas voltar a senti-lo em seu corpo, sem qualquer
resultado, por fim, quando a penitência terminou, o perfume sumiu, porém
naquele homem, ficou a certeza de ter acontecido uma experiência viva da
misericórdia de Deus em sua vida, através deste fraterno encontro com o Santo
Padre Pio.
18 - O Carisma de Conhecer o interior das pessoas.
Muitos Santos da Igreja católica possuíram o carisma
que lhes permitia saber coisas distantes, ver o futuro ou ver e sentir a
distância, enquanto usando os dons e as habilidades intelectuais normais deles.
Padre Pio teve o carisma do conhecimento do interior sobrenatural e ele poderia
olhar de fato em uma pessoa e alcançar as partes mais secretas da alma. Muitos
testemunhos existem neste carisma de padre Pio.
O filho espiritual
do Pe. Pio que morou em Roma, enquanto estando junto com alguns amigos, omitiu
por vergonha fazer o que ele normalmente faria, quando passa-se por de uma
Igreja, uma reverência pequena, o sinal da cruz em consideração a Jesus. De
repente ele ouviu a voz de Pe. Pio que disse: “Covarde!” Depois que alguns dias
que ele foi para St. Giovanni Rotondo, lhe foi reprovado por Pe. Pio:
"Tenha cuidado - Pe. Pio disse”este tempo eu só o adverti, mas da próxima
vez eu lhe darei um tapa”
Um dia, ao
pôr-do-sol, Pe. Pio estava no jardim do convento. Ele estava conversando
agradavelmente com alguns de seus filhos espirituais, quando ele percebeu por
não ter com ele o lenço. Então ele se dirigiu a um dos presentes e lhe falou:
“Por favor, aqui esta a chave de minha cela, vai lá e tráz o lenço.” O homem
foi para a cela, mas, além do lenço, ele levou uma das meio luvas de Pe. Pio e
a pôs no bolso dele. Na realidade ele não pôde deixar a chance fosse perdida,
de levar uma relíquia! Mas quando voltou para o jardim e deu o lenço, Pe. Pio
lhe falou: “Obrigado, mas agora você retorne na minha cela e ponha novamente na
gaveta a meia luva que pôs em seu bolso.”
Um homem era um bom
católico, e ele era estimado e apreciado nos ambientes da Igreja. Uma vez ele
foi confessar-se a Pe. Pio. Considerando que ele quis justificar o seu pecado,
ele começou falando sobre uma "crise espiritual". De fato ele viveu
no pecado. Na realidade depois de casado, ele vinha negligenciando sua esposa,
tentando superar a crise junto com outra mulher. Infelizmente ele não pôde
imaginar ficar um confessor "anormal" na frente. Na realidade Pe. Pio
se levantou de repente e gritou: “... mas que tipo de crise espiritual! Você é
um mentiroso e Deus está bravo com você. Vá embora!”
Uma senhora que era da Inglaterra foi para o confessionário, mas Pe. Pio
fechou a janela do confessional: "Eu não estou disponível para você."
Por que Pe. Pio não a quis confessar? Aquela mulher regressava todos os dias
durantes duas semanas. Durante estas semanas ela tentou ser escutada por Pe.
Pio no confessionário. Finalmente Pe. Pio a confessou. Então perguntou para Pe.
Pio, por qual razão ele a tinha feito esperar todo aquelo tempo, Pe. Pio
respondeu: "E você? Quanto tempo você deixou nosso Deus esperar? Você
deveria desejar saber como
o Jesus poderia o dar-lhe boas-vindas, depois que você
cometesse tantos sacrilégios. Você comeu sua oração durante anos, ao lado de
seu marido e sua mãe, você recebeu a
Sagrada comunhão em pecado mortal." A mulher, ficou atordoada, e recebeu a
absolvição chorando. Quando, alguns dias depois ela partiu para a Inglaterra,
ela estava muito contente.
Um sacerdote contou,
um facto ocorrido com um dos seus confrades, que veio de muito longe para se
confessar com o Padre Pio. Ele teve que esperar muitas horas em Bolonha. Depois
da confissão, o Padre Pio lhe perguntou: "Meu Filho, lembra daquilo?"
– “Não, Padre!” – “Vamos, pense um pouco...” - Este examinou sua consciência,
porém não encontrou nada. Então o Padre Pio lhe disse com extrema doçura: “Meu
filho, ontem quando você chegou às 5:00 da manhã em Bolonha, as Igrejas ainda estavam
fechadas. Porém, você invés de esperar, resolveu ir para um hotel descansar um
pouco antes da Missa. Deitou na cama e dormiu tão profundamente que só veio
despertar as 3:00 da tarde. Àquela hora, era muito tarde para celebrar a missa.
Eu sei, que você não fez por maldade, porém foi uma negligência que feriu a
nosso Deus”.
19 - O Carisma da Ierognosia.
Padre Pio tinha poderes para reconhecer se um homem
era um Padre e se os objetos que lhe apresentavam já tinham sido abençoados. .
O fenômeno de "ierognosia" estava entre
tantos outros carismas que o Padre Pio possuía.
Um dia um cavalheiro
que usava jaqueta amarra e arqueja, estava na sacristia junto com outros homens
que esperavam pela chegada do Padre Pio. Ele estava na primeira fila. Quando
Frei Pio o notou, lhe disse:
"Irmão, você tem vindo "disfarçado", mas você não tem por que
se envergonhar de vir para me ver. Na próxima vez você pode voltar
vestido como padre que é.
Às vezes, quando lhe
foram mostrados a Frei Pio alguns
objetos como coroas do Rosário ou
imagens sagradas com o pedido de que as abençoasse, ele devolveu alguns
dos objetos ao solicitante com a
declaração precisa: "Isto já foi abençoado". E era verdade.
20 - O Carisma da Levitação.
A levitação pode ser definida como o fenômeno no qual
uma pessoa se eleva da terra e fica suspenso no ar e também pode ter o poder de
elevar objetos. Tal fenômeno, obviamente é um dom dado por Deus aos místicos da
Santa Igreja católica. San. Joseph de Copertino, por exemplo, era famoso pelo
dom de levitação e também como ele, Padre Pio de Pietrelcina tinha tais dons.
Padre Pio era visto freqüentemente por seus irmãos enquanto ele se elevava do
chão, durante a sua oração.
Cartas de S. Pio ao Seu conselheiro espiritual.
Carta para Padre
Agostino, de 18 de Janeiro de 1912. – "... O Barba Azul não quer ser
derrotado." Ele chegou a mim assumindo todas as formas. Durante vários
dias, vem visitar-me com seus espíritos infernais armados com bastões de ferros
e pedras. O pior é que eles vêm com os seus próprios semblantes. Várias vezes eles me tiraram da cama e me
arrastaram pelo quarto. Mas Jesus, Nossa Senhora, o Anjo da Guarda, São José e
São Francisco estão freqüentemente comigo." (PADRE PIO DA PIETRELCINA:
Epistolario I° (1910-1922) a cura di Melchiorre da Pobladura e Alessandro da
Ripabottoni - Edizioni "Padre Pio da Pietrelcina" Convento S.Maria
delle Grazie San Giovanni Rotondo - FG)
Carta para Padre
Agostino datada de 18 de novembro de 1912 - "O inimigo não quer deixar-me
só, bate-me continuamente. Ele tenta envenenar minha vida com as armadilhas
infernais. Ele se perturba muito porque eu lhe conto estes fatos. Ele me sugere
não lhe contar os fatos que acontecem entre ele e eu. Ele me pede que narre as
visitas boas que recebo; na realidade ele diz que você gosta de só destas
histórias. O pastor esteve informado da batalha que eu travo com estes demônios
e com referência às cartas, ele me sugeriu ir até ele abrir a carta assim que
tivesse chegado. E quando abri a carta
junto do pastor, achamos a carta suja de tinta. Era a vingança do diabo!
"__Eu não posso acreditar que você me tenha enviado a carta suja porque
você sabe que eu não enxergo bem." No princípio nós não pudemos ler a
carta, mas depois de sobrepor o Crucifixo à carta , tivemos sucesso na leitura,
até mesmo não sendo capazes de ler letras pequenas. (PADRE PIO DA PIETRELCINA:
Epistolario I° (1910-1922) a cura di Melchiorre da Pobladura e Alessandro da
Ripabottoni - Edizioni "Padre Pio da Pietrelcina" Convento S.Maria
delle Grazie San Giovanni Rotondo - FG).
Carta para Padre
Agostino de 13 de Fevereiro de 1913... "Agora, vinte e dois dias passados
desde que Jesus permitiu aos diabos descarregarem a raiva deles em mim, meu
corpo, meu Padre, é todo marcado pelos golpes que recebi, até o presente, dos
nossos inimigos. Várias vezes, tiraram minha camisa e me golpearam de forma
brutal"... (PADRE PIO DA
PIETRELCINA: Epistolario I° (1910-1922) a cura di Melchiorre da Pobladura e
Alessandro da Ripabottoni - Edizioni "Padre Pio da Pietrelcina"
Convento S.Maria delle Grazie San
Carta para Padre
Agostino datada 12 de Março de 1913: "
... Meu padre, escute as reclamações de nosso doce
Jesus:
É reembolsado "meu amor para os homens com tanta
ingratidão! Essas pessoas teriam Me ofendido se Eu os tivesse amado menos. Meu
padre não queira os agüentar mais. Eu gostaria de deixar de amá-los, mas... (E
aqui o Jesus manteve silencioso e, logo depois me disse) mas meu coração é
feito por amor! Os homens cansados não fazem qualquer esforço para ganhar das
tentações. Mas também estes homens desfrutam as suas injustiças.
As alas que eu mais amo são as que quando sofrem uma
tentação e quando elas não têm êxito resistido, me invocam pedindo ajuda e eu
me presto e as fortifico em suas tentações.
As almas fracas se desanimam e desesperam-se. As almas
fortes que confiam em Jesus, me chamam eu venho para relaxá-los. Eles me deixam
só durante a noite e pela manhã na igreja.
Eles não levam ao cuidado o sacramento do altar; eles não falam mais
deste sacramento de amor; e também as pessoas que falam deste sacramento, falam
com tanta indiferença e frieza. De meu Coração foi esquecido; ninguém leva ao
cuidado o Meu amor; Eu sempre Sou entristecido.
Minha casa tornou-se um teatro de obras para muitas
pessoas; até mesmo Meus padres que eu sempre protegi cuidadosamente, que eu
amei como aluno de meu olho; eles deveriam confortar Meu coração cheio de
amargura; eles deveriam Me ajudar na redenção das almas, em troca. Quem
acreditaria nisto? Eu recebo ingratidão deles. Eu vejo, meu Filho, muito eles
que... (Aqui ele parou, e soluça apertado a garganta, ele chorou) que debaixo
de falsa semelhança eles me traem com comunhões sacrílegas, enquanto estampando
na luz as forças que eu lhes dou continuamente..."
(PADRE PIO DA PIETRELCINA: Epistolario I° (1910-1922)
a cura di Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni - Edizioni
"Padre Pio da Pietrelcina" Convento S.Maria delle Grazie San Giovanni
Rotondo - FG)
Carta para Padre
Benedetto de 18 de Março de 1913...
"Os diabos não deixam de me golpear e me derrubam da cama. Eles
removem minha camisa para me bateram. Mas agora eles já não me assustam mais.
Jesus me ama, me levanta e me coloca na cama..." (PADRE PIO DA
PIETRELCINA: Epistolario I° (1910-1922) a cura di Melchiorre da Pobladura e
Alessandro da Ripabottoni - Edizioni "Padre Pio da Pietrelcina"
Convento S.Maria delle Grazie San Giovanni Rotondo - FG)
Carta para o Padre
Agostino datada de 7 de Abril de 1913:
"Meu querido Padre, eu ainda estava na cama na
sexta-feira pela manhã, quando Jesus apareceu diante de mim. Ele se encontrava
golpeado e desfigurado.
Ele mostrou-me uma grande multidão de padres entre os
quais, dignitários eclesiásticos indiferentes que estavam celebrando e vestindo
suas sagradas túnicas.
Quando eu vi o meu Jesus nestas condições, senti um
grande sofrimento, em seguida perguntei-lhe porque tanto sofrimento. Ele não me
respondeu. Porém mostrou-me os sacerdotes que eu deveria castigar. Pouco depois
o Senhor estava tristissimo ao olhar estes sacerdotes, e eu notei com grande
horror as enormes lágrimas que emanavam do seu santo rosto. Jesus saiu daquela
multidão de padres e com uma grande expressão de desgosto em seu olhar,
chorou': "Açougueiros! " Então eu me pergunto!:
"Minha Criança, não creia que minha agonia foi de
três horas, não; de fato eu estarei em agonia até o fim do mundo por causa das
almas que eu amo.
Durante o tempo da agonia, minha criança, ninguém pode
dormir. Minha alma está procurando alguma gota de piedade humana, mas eles me
deixam só debaixo do peso da indiferença. A ingratidão é a mais severa agonia
para mim. Eles correspondem mal a meu amor! O tormento maior para mim é que
cresçam nas pessoas o desprezo a
indiferença e a incredulidade.
Quantas vezes minha ira fez-me golpeá-los através de raios, mas eu fui parado pelos
anjos e as almas que me amam....
Escreva a seu padre e o narre o que você viu e eu te
oriento esta manhã. Mande que mostre tua carta ao padre provinciano... " O
Jesus continuou falando mas eu nunca posso revelar o que ele disse.."
(PADRE PIO DA PIETRELCINA: Epistolario I° (1910-1922)
a cura di Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni - Edizioni
"Padre Pio da Pietrelcina" Convento S.Maria delle Grazie San Giovanni
Rotondo - FG)
21 -
S. PIO DE PIETRELCINA E O ROSÁRIO
Comentários:
Antes
de ler o artigo que vai a seguir, é preciso ter em conta os seguintes factores:
1) Li
num livro que alguém fez a pergunta ao santo e ele respondeu com um número
muito maior do que vai abaixo. Fica a pergunta: S. Pio foi sacerdote durante 58
anos. Será que ele rezava muitos mais rosários no início do sacerdócio e que
foi diminuindo, por este motivo mais aquele (canço, doença...) até à hora
da sua morte?
2) Em
Portugal, por exemplo, um rosário corresponde a três terços. Mas em Itália,
um rosário corresponde a um terço. A mesma coisa em países como o Brasil,
Espanha, Estados Unidos... A história que vai a seguir vale pelo facto de ele
ter o dia totalmente ocupado e não se consegue perceber como ele rezava tantos
terços ao mesmo tempo que outras coisas. Aliás, o artigo fala disso. Já li dois
casos de pessoas que rezavam 40 terços ao dia, mas um deles era um
polícia que enquanto passeava ia rezando terços. S. Pio estava sempre ocupado
e, apesar disso rezava muitos terços
3) Quanto
ao tempo: li algures que ele rezava um terço em 10 minutos, mas conseguia rezar
bem.
Irmão
João
Segue-se
o artigo:
O
Pe. Michelangelo da Cavallara perguntou-lhe (ao santo) uma tarde: “Diga-me a
verdade, quantos Rosários é que rezou hoje?” “Não posso mentir-te, rezei trinta
e dois, trinta e três rosários e, se calhar, mais algum.” “ Eu sabia que ele
não estava a mentir, mas como é que ele fazia?”, pensava o Pe. Michelangelo. A
Santa Missa, as confissões, uma palavra de conversa, a visita ao santíssimo
Sacramento à tarde…
E,
dirigindo-se ao Pe. Agostinho, contou-lhe acerca dos “trinta e dois/trinta e
três rosários” do pe. Pio. Mas, nessa altura, o problema complicou-se: o Pe.
Agostinho, director espiritual do Pe. Pio, respondeu-lhe: “E tens que saber que
são Rosários completos!!!” e desatou ás gargalhadas, divertido ao ver o sábio
Pe. Michelangelo completamente transtornado. Mas este não cedeu e insistiu:
“Mas como é que ele consegue?” respondeu-lhe o Pe. Agostinho: “Tu queres saber
como é que ele consegue; mas antes explica-me o que é um místico e depois eu te
explicarei como é que o Padre Pio consegue rezar tantos Rosários”.
As
testemunhas deste prodígio não são poucas. Por exemplo o Pe. Tarcísio de
Cervinara; as filhas espirituais do Padre Pio, Cleonice Morcaldi e Elena
Bandini; alguns confrades e outros filhos e filhas espirituais do Padre. É
óbvio que as confidências eram reservadas às almas que estavam mais perto do
seu coração.
Quanto
ao tempo necessário para rezar tantos terços diáriamente, a resposta é simples:
o Padre afirmava que podia fazer três coisas ao mesmo termpo. Ele, portanto,
rezava, confessava, e dava uma volta ao mundo, e tudo ao mesmo tempo…!
TESTEMUNHO
Este é o
testemunho do Frei Paolo Covino, capuchinho que ministrou, na noite do dia 22
de setembro de 1968, os últimos sacramentos ao Padre Pio.
Frei Paolo era um dos melhores
amigos do santo. Morreu em 2012, com 94 anos de idade, 70 deles como sacerdote.
Frei Paolo afirmou:
“Eram em média 2500 Ave Marias
por dia!”
“Padre Pio estava sempre com o
rosário nas mãos, sua arma mais poderosa contra o inimigo. Ele rezava entre 15
e 20 Rosários (com 150 Ave Marias cada) COMPLETOS por dia.”
22 – Os
3 mistérios da morte de S. Pio
Cidade do Vaticano
Para falar do centenário dos estigmas de Padre Pio, um dos temas
atuais nestes últimos dias, e dos três grandes mistérios deste
santo, Debora Donnini entrevistou Stefano
Campanella diretor de Tele Radio Padre Pio.
Como Padre Pio viveu os estigmas?
Tudo começa a partir do momento em que Padre Pio foi ordenado sacerdote
em 10 de agosto de 1910. Naquela ocasião, ele preparou uma pequena imagem de
lembrança na qual ele escreveu na mão que queria ser como Jesus: um sacerdote
santo e uma vítima perfeita. Então, de suas cartas, descobrimos que ele havia
feito várias vezes a oferta de si mesmo ao Senhor para obter a conversão dos
pecadores e a purificação das almas no Purgatório. Poucas semanas após essa
oferta de si mesmo, o Senhor lhe respondeu a Pietrelcina, exatamente no
distrito de Piana Romana que será visitado pelo Papa, enquanto rezava sob um
olmo, através do dom dos estigmas.
Então, como ele estava confuso com esses sinais visíveis, ele pediu ao
Senhor para que os sinais visíveis desaparecessem e deixassem apenas a dor. Isso
aconteceu por alguns anos. Então, em 20 de setembro de 1918, os estigmas
voltaram a se tornar visíveis e permaneceram ao longo de sua vida; desapareceu
gradualmente nos últimos meses antes da sua morte. Quando foi a realizada
inspecção no corpo de Padre Pio, imediatamente após sua morte, o médico
assistente, que também era o prefeito de Pietrelcina, Professor Sala, observou
que os estigmas haviam desaparecidos completamente sem deixar nenhum traço de
cicatriz. Isto, de acordo com a ciência, é chamado de absurdo fisiopatológico.
Quanto aos estigmas do padre Pio, tanto São João Paulo II quanto Bento
XVI se concentraram nesse aspecto, falando precisamente da oferta de si mesmo
que Padre Pio fez em semelhança à Cristo. Algumas vozes no passado, no entanto,
expressaram perplexidade. Você teve a oportunidade de estudar a questão
completamente. Que ideia foi feita?
Devo dizer com um pouco de lamentação que as vozes que expressaram
perplexidade sobre a autenticidade dos estigmas do padre Pio, foram
caracterizadas pela falta de consciência de tudo o que era o aprofundamento que
a Igreja queria fazer para verificar a confiabilidade do fenômeno. Em 1919,
três médicos vieram ver os estigmas do Padre Pio, por ordem dos principais
superiores da ordem e também do Santo Ofício, que produziu três relatórios; Um
segundo relatório datado de 1925 foi feito por um dos três médicos.
De todos esses relatórios surge a autenticidade do fenômeno. Dois dos
três médicos o chamavam de fenômeno cientificamente inexplicável; O terceiro, o
professor Amico Bignami da Universidade La Sapienza de Roma, pediu um
experimento: envolvendo as mãos do Padre Pio por oito dias, impedindo-o de usar
qualquer substância para manter os estigmas vivos. Ele garantiu que depois de
oito dias eles seriam curados. Este experimento foi realizado graças
a três frades que enfaixaram as mãos e os pés de Padre Pio; Após oito
dias, os estigmas estavam sangrando mais do que antes.
O senhor acabou de publicar um livro: "Os Três Mistérios do Padre
Pio", no qual se concentra em três circunstâncias muito particulares
relacionadas à morte de São Pio de Pietrelcina ...
O primeiro mistério, através de uma série de testemunhos, alguns dos
quais inéditos, consegui reconstruir antes de tudo que Padre Pio conhecia o
momento exato de sua morte.
O segundo mistério, no entanto, do qual não há vestígio de novidade,
embora tenha sido publicado apenas na Positio do julgamento em um único livro,
diz respeito à possibilidade de ter concedido a uma de suas filhas espirituais
de testemunhar a sua morte, apesar de não estar fisicamente no convento, porque
quando Padre Pio morreu, estava no seu claustro.
O terceiro mistério diz respeito ao desaparecimento dos estigmas sem
deixar cicatrizes, porque cada ferida - dizem os médicos - quando é produzida,
desencadeia automaticamente um processo de reconstrução com tecido cicatricial.
Em vez disso, quando a inspeção foi realizada no corpo de Padre Pio após sua
morte, descobriu-se que seus estigmas - atestados em sua autenticidade por três
médicos - haviam desaparecido, sem cicatrizes.