Aparições e Mensagem da Virgem Maria em Fátima

aos

Três Pastorinhos - Lúcia, Francisco e Jacinta

 

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As 8 Grandes Aparições de Nossa Senhora

Aparição

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4ª Aparição

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5ª Aparição

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5ª Aparição

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1917

59 anos depois

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Fatima

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ÍNDICE

Relato das Aparições e Mensagem

Caracterização dos videntes e das Aparições

Principais Objectivos

Resumo Histórico

      Aparição de Nossa Senhora na Ortiga

     Aparição do Anjo de Portugal [1]Loca   [2]Arneiro   [3]Loca 

     Aparição de Nossa Senhora de Fátima [1]C.Iria   [2]C.Iria   [3]C.Iria   [4]Valinhos   [5]C.Iria   [6]C.Iria 

Mais Aparições e Visões que a Irmã Lúcia teve

     Aparição de Nossa Senhora em Fátima, pela sétima vez, a 15 de Junho de 1921

     Aparição de Nossa Senhora em Pontevedra a 10 de Dezembro de 1925

     Aparição de Jesus em Pontevedra a 15 de Fevereiro de 1926

     Aparição de Jesus em Tuy a 17 de Dezembro de 1927 

     Visão da Santíssima Trindade em Tuy a 13 de Junho de 1929

     Aparição de 3 de Janeiro de 1944 e a Autorização para a Irmã Lúcia escrever o conteúdo do Terceiro Segredo

     Outras Visitas ao longo da vida

Cronologia

Advertências da Virgem Maria

Pedidos da Virgem Maria

Milagres de Fátima

As mentiras e os erros sobre Fátima

A mentira de que o Terceiro Segredo de Fátima não foi revelado na totalidade

A mentira de uma falsa entrevista à Irmã Lúcia

A mentira do ex-padre Malachi Martin sobre um falso segredo de Fátima 

Os Erros dentro do Santuário de Fátima 

 

Relato das Aparições e Mensagem

 

Nome da Aparição: Aparições de Fátima     Cidade: Cova da Iria - Fátima    País: Portugal

 

Nome da vidente: Lúcia de Jesus               Data de nascimento: 28 de Março de 1907          Data do falecimento: 13 de Fevereiro de 2005

Idade à data da Aparição:  10 anos       Estado civil: Solteira            Vocação: Pastorinha

 

Nome do vidente: Francisco Marto                         Data de nascimento: 11 de Junho de 1908 Data do falecimento: 4 de Abril de 1919

Idade à data da Aparição:  9 anos         Estado civil: Solteiro            Vocação: Pastorinho

 

Nome da vidente: Jacinta Marto                  Data de nascimento: 11 de Março de 1910          Data do falecimento: 20 de Fevereiro de 1920

Idade à data da Aparição:  7 anos         Estado civil: Solteira            Vocação: Pastorinho

 

http://4.bp.blogspot.com/_7eMrf2BFwoc/SxmkgekXIfI/AAAAAAAAAbo/ZYEsNpZiINk/s400/pastorinhos.jpg

 

Tipo de Fenómeno: Aparições + Mensagem + Pedidos + Milagres

Número de Aparições: 6 Aparições da Virgem Maria. Em 1916 apareceu-lhes o Anjo de Portugal 3 vezes.

Quem visita os videntes: Senhora do Rosário (de Fátima, a Virgem Maria)

Início dos fenómenos: 13 de Maio de 1917                  Fim dos fenómenos: 13 de Outubro de 1917     

Estado do Processo Canónico: Aprovado pela Igreja Católica - Constat de Spiritualitatis

Site Oficial:       http://www.fatima.pt/

 

Principais Objectivos: 

- Pedidos de Oração e Penitência pela conversão dos Pecadores.

- Emenda de vida.

- Oração pela Paz e pelo fim da guerra.

- Construção de uma capela em Sua honra naquele local.

- Rezar o Terço todos os dias.

- Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria.

- A Devoção dos cinco primeiros Sábados em desagravo do Imaculado Coração de Maria.

- Advertir da existência do Inferno, através do 1º Segredo.

- Estabelecer no mundo a Devoção ao Imaculado Coração de Maria, forma de escapar do inferno, através do 2º Segredo.

- Advertir o mundo para os perigos de sistemas políticos totalitaristas e déspotas, como o comunismo e o fascismo.

- Profetizar para o Fim dos Tempos através do 3º Segredo.

 

Resumo Histórico

 

X X

A 13 de Maio de 1917, três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima. Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos. 

Imagem de Nossa Senhora de Fatima da Capelinha-1

Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos pendia um terço branco. 

A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a Aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas presas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém. 

Na última Aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a "Senhora do Rosário" e que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o Milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o Sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se sobre a Terra.

Na sua despedida de Fátima, a caminho do Porto e da vida religiosa, Nossa Senhora aparece à Lúcia, a 15 de Junho de 1921.

Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha no Convento de Pontevedra, e no Convento de Tuy, pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de Julho de 1917.

Anos mais tarde, a Irmã Lúcia conta ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, tinha aparecido um Anjo aos três videntes, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência.  

No entanto, penso que se pode remontar mais ainda atrás no tempo, à Aparição de Nossa Senhora da Ortiga,  para ver onde começaram as Aparições de Fátima. Cerca de 2 séculos antes, no século XVIII, no lugar da Ortiga, a Virgem Maria apareceu a uma pastorinha muda e fez um grande Milagre, pois foi pela boca dessa criança que foi veiculado o pedido de Nossa Senhora para lhe ser construída uma Capela naquele local. Nesse local encontra-se hoje em dia o Santuário de Nossa Senhora da Ortiga, em torno do qual existe uma grande veneração e é local de peregrinação diária de quantos residem na região.

 

Nossa Senhora da Ortiga Esta Aparição nunca foi averiguada pela Igreja, mas no entanto, foi ela que inculcou uma grande devoção em toda aquela região a Nossa Senhora, pois o Milagre operado na rapariguinha muda espalhou-se por toda a região, chegando mesmo ao Vaticano, e permaneceu até os dias dos 3 Pastorinhos de Fátima serem visitados pela Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

De tal maneira esta Aparição e Milagre de Nossa Senhora da Ortiga foram importantes, que o Papa Pio VII indulgenciou para sempre esta Capela, com uma Indulgência Plenária, em 14 de Agosto de 1801, a quem a visitasse na Festa ali celebrada no primeiro Domingo de Julho de cada ano e nos 2 dias subsequentes. Apareceu por altura da Aparição uma imagem em madeira de Nossa Senhora com o menino ao colo, que é a mesma ainda hoje venerada e se encontra, nos dias de Festa, coberta dos cordões de ouro e pedras preciosas, dadas pelos milagrados ao longo dos anos.

 

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AS APARIÇÕES DO ANJO DE PORTUGAL EM 1916

 

1ª Aparição - Na Loca do Cabeço

Loca do cabecçoO Anjo disse: “Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam. Orai assim: Os Corações de Jesus e de Maria estão atentos à voz das vossas súplicas”.
Relata a Irmã Lúcia: “A atmosfera do sobrenatural que nos envolveu era tão intensa que quase não dávamos conta da própria existência, por um grande espaço de tempo, permanecendo na posição em que nos tinha deixado, repetindo sempre a mesma oração. A presença de Deus sentia-se tão intensa e íntima, que nem mesmo entre nós nos atrevíamos a falar. No dia seguinte, sentíamos o espírito ainda envolvido por essa atmosfera que só muito lentamente foi desaparecendo.
Nesta Aparição, nenhum pensou em falar, nem em recomendar o segredo. Ela de si o impôs. Era tão íntima que não era fácil pronunciar sobre ela a menor palavra. Fez-nos, talvez, também, maior impressão, por ser a primeira assim manifesta” (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).

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2ª Aparição – No Poço do Arneiro - Aljustrel - no terreno da casa da Lúcia

“Que fazeis? Orai, orai muito. Os Corações Santíssimos de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente, ao Altíssimo, orações e sacrifícios”.
“Como nos havemos de sacrificar?”
“De tudo que puderdes, oferecei a Deus sacrifício em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e súplica pela conversão dos pecadores. Atraí assim, sobre a vossa Pátria, a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo, aceitai e suportai, com submissão, o sofrimento que o Senhor vos enviar” (in Segunda Memória da Irmã Lúcia).

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3ª Aparição – Na Loca do Cabeço

1ª Aparição - Loca do Cabeço“Estando, pois, aí, apareceu-nos pela terceira vez, trazendo na mão um cálix e sobre ele uma Hóstia, da qual caíam, dentro do cálix, algumas gotas de sangue. Deixando o cálix e a Hóstia suspensos no ar, prostrou-se em terra e repetiu três vezes a oração: “Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”.
“Depois, levantando-se, tomou de novo na mão o cálix e a Hóstia e deu-me a Hóstia a mim e o que continha o cálix deu-o a beber à Jacinta e ao Francisco, dizendo, ao mesmo tempo: Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus” (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).

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DESCRIÇÃO E DIÁLOGOS DAS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

- Texto oficial das Aparições de Fátima, em que se apresenta o Diálogo entre Nossa Senhora e a Irmã Lúcia.

Para um aprofundamento das Aparições de Fátima, aconselho vivamente a leitura do livro escrito pela própria Irmã Lúcia - “Apelos da Mensagem de Fátima”

1ª APARIÇÃO - Cova da Iria

13 de Maio de 1917

DIÁLOGO COMPLETO COM A LÚCIA

Fatima1

Brincavam os três pastorinhos na Cova da Iria, uma pequena propriedade pertencente aos pais de Lúcia, localizada a 2,5 km de Fátima, quando por volta do meio-dia e depois de rezarem o terço, observaram dois clarões como se fossem relâmpagos. Com receio de começar a chover, reuniram o rebanho e decidiram ir-se embora, mas no caminho e logo abaixo, outro clarão teria iluminado o espaço. Nesse instante, teriam visto em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), "era uma Senhora vestida de branco e mais brilhante que o Sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente", descreve Lúcia. "A sua face, indescritivelmente bela não era nem triste, nem alegre, mas séria, com ar de suave censura. As mãos juntas, como a rezar, apoiadas no peito e voltadas para cima. Da mão direita pendia um rosário. As vestes pareciam feitas só de luz. A túnica era branca e branco o manto, orlado de ouro que cobria a cabeça da Virgem e lhe descia até aos pés. Não se Lhe viam os cabelos nem as orelhas." Os traços da fisionomia Lúcia nunca pôde descrevê-los, pois a sua formosura não cabe em palavras humanas. Os videntes estavam tão pertos de Nossa Senhora - a um metro de distância, mais ou menos - que ficavam dentro da luz que A cercava, ou que Ela espargia. O colóquio inicia-se da seguinte maneira:

Nota Prévia: O “vossemecê” que a Lúcia utiliza quando se dirige a Nossa Senhora, era um termo muito usado e respeitoso na época. Provinha da designação - Vossa Mercê.

NOSSA SENHORA: «Não tenhais medo. Eu não vos faço mal».

Lúcia: Donde é vossemecê?

NOSSA SENHORA: «Sou do Céu».

Lúcia: E que é que vossemecê me quer?

NOSSA SENHORA: «Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois, voltarei ainda aqui uma sétima vez».

(Sobre esta sétima vez, ver a Aparição particular de 21 de Junho de 1921, mais adiante)

Lúcia: E eu também vou para o Céu?

NOSSA SENHORA: «Sim, vais».

Lúcia: E a Jacinta?

NOSSA SENHORA: «Também».

Lúcia: E o Francisco?

NOSSA SENHORA: «Também, mas tem que rezar muitos terços».

Lúcia: A Maria das Neves já está no Céu?

NOSSA SENHORA: «Sim, está».

Lúcia: E a Amélia?

NOSSA SENHORA: «Estará no Purgatório até ao fim do mundo». Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores?»

Lúcia: Sim, queremos.

NOSSA SENHORA: «Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto. Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra». (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).

“Em seguida começou a elevar-se serenamente em direção ao nascente até desaparecer na imensidade da distância. A luz que A circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros".

 

2ª APARIÇÃO - Cova da Iria

13 de Junho de 1917

DIÁLOGO COMPLETO COM A LÚCIA

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Neste dia compareceram no local cerca de 50 pessoas curiosas pelos fatos entretanto revelados pelos pastorinhos. Por volta do meio-dia, os videntes notaram novamente um clarão, a que chamavam relâmpago, mas que não era propriamente tal, mas sim o reflexo de uma luz que se aproximava. Alguns dos espectadores notaram que a luz do sol se obscureceu durante os minutos que se seguiram ao início do colóquio, outros afirmaram que o topo da azinheira, coberto de rebentos, pareceu curvar-se como sob um peso, um momento antes da Lúcia falar. Durante a troca de palavras entre Lúcia e a aparição alguns ouviram um sussurro como se fosse o zumbido de uma abelha.

Lúcia: Vocemecê que me quer?

NOSSA SENHORA: «Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem; que rezeis o terço todos os dias e que aprendais a ler. Depois direi o que quero».

Lúcia pediu a cura de um doente.

NOSSA SENHORA: «Se se converter curar-se-á durante o ano».

Lúcia: Queria pedir-lhe para nos levar para o Céu

NOSSA SENHORA: «Sim, a Jacinta e o Francisco levo-os em breve, mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-Se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração A quem a abraçar prometo a salvação, e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o Seu trono».

Lúcia: Fico cá sozinha?

NOSSA SENHORA: «Não, filha. E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O Meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus». (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).

"Foi no momento que disse estas últimas palavras que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa. Nela nos víamos como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco pareciam estar na parte dessa luz que se elevava para o céu e eu na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora estava um coração cercado de espinhos que parecia estarem-lhe cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade que queria reparação. Quando se desvaneceu esta visão, a Senhora, envolta ainda na luz que d'Ela irradiava, elevou-se da arvorezinha sem esforço, suavemente na direção do leste até desaparecer de todo."
Algumas pessoas mais próximas notaram que os rebentos do topo da azinheira estavam tombados na mesma direção, como se as vestes da Senhora os tivessem arrastado. Só algumas horas mais tarde retomaram a posição natural.

 

3ª APARIÇÃO - Cova da Iria

13 de Julho de 1917

DIÁLOGO COMPLETO COM A LÚCIA

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Ao dar-se a terceira aparição, uma nuvenzinha acizentada pairou sobre a azinheira, o sol ofuscou-se, uma aragem fresca soprou sobre a serra, embora se estivesse em pleno Verão. O Sr. Manuel Marto, pai da Jacinta e do Francisco, diz que também ouviu um sussurro, como o de moscas num cântaro vazio. Os videntes viram o reflexo da costumada luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.

Lúcia: Vocemecê que me quer?

NOSSA SENHORA: «Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem; que continuem a rezar o terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra porque só Ela lhes poderá valer».

Lúcia: Queria pedir-Lhe para nos dizer quem é; para fazer um milagre com que todos acreditem que Vocemecê nos aparece.

NOSSA SENHORA: «Continuem a vir aqui todos os meses. Em Outubro direi quem sou, o que quero e farei um milagre que todos hão-de ver para acreditarem».

Lúcia: Tenho aqui por pedido, se Vocemecê melhora um aleijadinho da Moita.

NOSSA SENHORA: «Melhorá-lo-ei ou dar-lhe-ei meios de se governar: Que reze sempre o terço com a família».

Lúcia: Tenho aqui por pedido se Vocemecê melhora uma mulher de Pedrógao.

NOSSA SENHORA: «Que reze o terço, dentro de um ano curar-se-à».

Lúcia: E se melhora um homem de Atouguia ou o leva para o Céu, o mais depressa melhor . . .

NOSSA SENHORA: «Levo, mas não tenham pressa, Eu bem sei quando o hei-de vir buscar».

Lúcia: E se converte uma mulher de Fátima e seus filhos.

NOSSA SENHORA: «Dentro de um ano converter-se-ão».

Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes e em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria».

Ao dizer estas últimas palavras, abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. O reflexo de luz que delas expediam pareceu penetrar a terra.

(Nossa Senhora mostra agora o inferno aos pastorinhos, que foi o 1º Segredo de Fátima)

Bem o segredo consta de três coisas distintas, duas das quais vou revelar.  

A primeira foi pois a vista do inferno! 

http://2.bp.blogspot.com/_Tm4prX3VjUo/SD7TeU4AsYI/AAAAAAAAAVg/u43idZ3cpzw/s400/Inferno.jpgNossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fôgo que parcia estar debaixo da terra. Mergulhados em êsse fôgo os demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronziadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que d'elas mesmas saiam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faulhas em os grandes incêndios sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dôr e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demónios destinguiam-se por formas horríveis e ascrosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa bôa Mãe do Céu; que antes nos tinha prevenido com a promeça de nos levar para o Céu (na primeira aparição) se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor. 

(Este Texto acima, é o exacto escrito na época pela Lúcia, como tal, contêm diferenças ortográficas).

Em seguida, levantamos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza: 

 (Este texto a seguir foi o 2º Segredo de Fátima)

NOSSA SENHORA: «Vistes o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz.

A guerra vai acabar. Mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração e a Comunhão Reparadora dos primeiros Sábados. Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz. Se não, espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal conservar-se-á sempre o dogma da fé . . .

Isto não o digais a ninguém. Ao Francisco, sim, podeis dizê-lo.

(Nossa Senhora revela o 3º Segredo de Fátima).

Escrevo em acto de obediência a Vós Deus meu, que mo mandais por meio de sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe. 

Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fôgo em a mão esquerda; ao centilar, despedia chamas que parcia iam encendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos n'uma luz emensa que é Deus: "algo semelhante a como se vêem as pessoas n'um espelho quando lhe passam por diante" um Bispo vestido de Branco "tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre". Varios outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fôra de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dôr e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de juelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam varios tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e varias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, n'êles recolhiam o sangue dos Martires e com êle regavam as almas que se aproximavam de Deus. 

(Este Texto acima, é o exacto escrito na época pela Lúcia, como tal, contêm diferenças ortográficas).

Assassinato do Papa Joao Paulo II - 3º Segredo de Fatima

Terminada esta visão, disse Nossa Senhora:

 NOSSA SENHORA: « Isto não o digais a ninguém. Ao Francisco sim, podeis dizê-lo. Quando rezardes o terço dizei depois de cada mistério: Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem». (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).

Lúcia: Vocemecê não me quer mais nada?

NOSSA SENHORA: «Não, hoje não te quero mais nada».

E como de costume, começou a elevar-Se em direção ao nascente, até desaparecer na imensa distância do firmamento." Ouviu-se então um trovão, indicando que a Aparição cessara.

 Para ler mais sobre o Três Segredos de Fátima

 Para desmascarar a mentira de que o Terceiro Segredo não foi totalmente revelado

 

4ª. APARIÇÃO – Valinhos

19 de Agosto de 1917

DIÁLOGO COMPLETO COM A LÚCIA

valinhos1 

No dia 13 de Agosto, quando deveria dar-se a quarta aparição, os videntes não puderam ir à Cova da Iria, pois foram raptados pelo administrador de Ourém, que à força quis arrancar-lhes o segredo. No entanto, as crianças permaneceram inabaláveis e nada revelaram. Nesse dia, juntou-se uma grande multidão que aguardava pela aparição. Por volta do meio-dia, ouviu-se um trovão, ao qual se seguiu o relâmpago, tendo os espectadores notado uma pequena nuvem branca que pairou alguns minutos sobre a azinheira. Observaram-se também fenômenos de coloração, de diversas cores, nos rostos das pessoas, das roupas, das árvores e do chão.
No dia 19 de Agosto de 1917, Lúcia estava com Francisco e seu irmão João no lugar dos Valinhos, uma propriedade de um dos seus tios e que dista uns 500 metros de Aljustrel. Pelas 4 horas da tarde, começaram a produzir-se as alterações atmosféricas que precederam as aparições anteriores, uma súbita diminuição da temperatura e um esmorecimento do Sol. Lúcia, sentindo que alguma coisa de sobrenatural se aproximava e os envolvia, pediu ao primo João para chamar rápidamente a Jacinta, a qual chegou a tempo de ver Nossa Senhora que - anunciada, como das outras vezes, por um reflexo de luz - apareceu sobre uma azinheira, um pouco maior que a da Cova da Iria.

Lúcia: Que é que Vocemecê me quer?

NOSSA SENHORA: «Quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13; que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês farei o milagre para que todos acreditem».

Lúcia: Que é que Vocemecê quer que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova da Iria?

NOSSA SENHORA: «Façam dois andores: um leva-o tu com a Jacinta e mais duas meninas, vestidas de branco; o outro que o leve o Francisco com mais três meninos. O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário, e o que sobrar é para a ajuda de uma capela que hão-de mandar fazer».

Lúcia: Queria pedir-1he a cura de alguns doentes.

NOSSA SENHORA: «Sim, alguns curarei durante o ano».

Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno, por não haver quem se sacrifique e peça por elas». (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).

E, como de costume, começou a elevar-Se em direção ao nascente." Os videntes cortaram ramos da árvore sobre a qual Nossa Senhora lhes tinha aparecido e levaram-nos para casa. Os ramos exalavam um perfume singularmente suave.

 

5ª APARIÇÃO - Cova da Iria

13 de Setembro de 1917

DIÁLOGO COMPLETO COM A LÚCIA

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Como das outras vezes, uma série de fenômenos atmosféricos foram observados pelos circunstantes, cujo número foi calculado entre 15 e 20 000 pessoas: o súbito refrescar da atmosfera, o empalidecer do Sol até ao ponto de se verem as estrelas, uma espécie de chuva como que de pétalas irisadas ou flocos de neve que desapareciam antes de pousarem na terra. Em particular, foi notado desta vez um globo luminoso que se movia lenta e majestosamente pelo céu, do nascente para o poente e, no fim da aparição, em sentido contrário. Os videntes notaram, como de costume, o reflexo de uma luz e, a seguir, Nossa Senhora sobre a azinheira.

NOSSA SENHORA: «Continuem a reza o terço, para alcançarem o fim da guerra. Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, S. José com O Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda. Trazei-a só durante o dia».

Lúcia: Têm-me pedido para lhe pedir muitas coisas: A cura de alguns doentes, de um surdo mudo.

NOSSA SENHORA: «Sim, alguns curarei, outros não. Em Outubro farei o milagre para que todos acreditem».

"E começando a elevar-Se, desapareceu como de costume”.

 

6ª APARIÇÃO - Cova da Iria

13 de Outubro de 1917

DIÁLOGO COMPLETO COM A LÚCIA

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Nesta última Aparição, a 13 de Outubro de 1917, segundo os jornais da época, estavam presentes cerca de 70.000 pessoas.

Devido ao fato de os pastorinhos terem revelado que a Virgem Maria iria fazer um milagre neste dia para que todos acreditassem, estavam presentes na Cova da Iria cerca de 50 mil pessoas, segundo os relatos da época. Chovia com abundância e a multidão aguardava as três crianças nos terrenos enlameados da serra. Lúcia assim descreve estes acontecimentos na Memória IV: "Saímos de casa bastante cedo, contando com as demoras do caminho. O povo era em massa. A chuva, torrencial. Minha mãe, temendo que fosse aquele o último dia da minha vida, com o coração retalhado pela incerteza do que iria acontecer, quis acompanhar-me. Pelo caminho, as cenas do mês passado, mais numerosas e comovedoras. Nem a lamaceira dos caminhos impedia essa gente de se ajoelhar na atitude mais humilde e suplicante. Chegados à Cova de Iria, junto da carrasqueira, levada por um movimento interior, pedi ao povo que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o terço. Pouco depois, vimos o reflexo da luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.

Lúcia: Que é que Vossemecê me quer?

NOSSA SENHORA: «Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra; que sou a Senhora do Rosário; que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas.»

Lúcia: Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores.

NOSSA SENHORA: «Uns sim, outros não. E preciso que se emendem, que peçam perdão pelos seus pecados.

Não ofendam mais a Nosso Senhor, que já está muito ofendido».

“E abrindo as mãos, fê-las reflectir no sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projectar-se no Sol” (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).

 

Depois da Aparição, todos os presentes observaram o Milagre do Sol, prometido às três crianças em Julho e Setembro, enquanto os Pastorinhos tinham Visões.

 

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Nesta fotografia pode-se ver um ponto negro, que estava bem no centro do Sol e que foi motivado 

pela sua rápida rotação, além de que a sua posição na linha do horizonte, era  impossível, já que

esta fotografia foi tirada às 12:30.

Tendo chovido bastante durante a Aparição, depois do Milagre do Sol, todos estavam enxutos.

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 Este grandioso Milagre do Sol foi testemunhado por crentes e descrentes e foi noticiado nos jornais da época por jornalistas cépticos, mas que tendo visto, certificaram-no.

 

http://www.aveluz.com/fatima/aparic9.gifAs Visões dos Pastorinhos

  Neste momento, Lúcia diz para a multidão olhar para o Sol, levada por um movimento interior que a isso a impeliu. "Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, S. José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul." Era a Sagrada Família. "S. José com o Menino pareciam abençoar o Mundo com uns gestos que faziam com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta Aparição, vi Nosso Senhor acabrunhado de dor a caminho do Calvário e Nossa Senhora que me dava a ideia de ser Nossa Senhora das Dores." Lúcia via apenas a parte superior do corpo de Nosso Senhor e Nossa Senhora não tinha a espada no peito. "Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que S. José. Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora, em forma semelhante a Nossa Senhora do Carmo, com o Menino Jesus ao colo."


Descrição do Milagre do Sol

Enquanto os três pastorinhos eram agraciados com estas visões (apenas Lúcia viu os três quadros, Jacinta e Francisco viram somente o primeiro), a multidão presente observou o chamado O Milagre do Sol. A chuva que caía cessou, as nuvens entreabriram-se deixando ver o Sol, assemelhando-se a um disco de prata fosca, podia fitar-se sem dificuldade sem cegar. A imensa bola começou a girar vertiginosamente sobre si mesma como uma roda de fogo. Depois, os seus bordos tornaram-se escarlates e deslizou no céu, como um redemoinho, espargindo chamas vermelhas de fogo. Essa luz reflectia-se no solo, nas árvores, nas próprias faces das pessoas e nas roupas, tomando tonalidades brilhantes e diferentes cores. Animado três vezes por um movimento louco, o globo de fogo pareceu tremer, sacudir-se e precipitar-se em ziguezague sobre a multidão aterrorizada. Tudo durou uns dez minutos. Finalmente, o Sol voltou em ziguezague para o seu lugar e ficou novamente tranquilo e brilhante. Muitas pessoas notaram que as suas roupas, ensopadas pela chuva, tinham secado subitamente. Tal fenómeno foi testemunhado por milhares de pessoas, até mesmo por outras que estavam a quilômetros do lugar das aparições. O relato foi publicado na imprensa por diversos jornalistas que ali se deslocaram e que foram também eles, testemunhas do Milagre.

Fora o fim das Aparições de Fátima.

 

Esta fotografia foi tirada no fim da Aparição do 13 de Outubro

 

MAIS APARIÇÕES E VISÕES QUE A IRMÃ LÚCIA TEVE  

Aparição de Nossa Senhora em Fátima, pela sétima vez, a 15 de Junho de 1921

Recordo a promessa feita por Nossa Senhora na 1ª Aparição na Cova da Iria, a 13 de Maio de 1917, de que voltaria ainda uma sétima vez.

NOSSA SENHORA: «Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois, voltarei ainda aqui uma sétima vez».

Apresento a descrição feita pela própria Irmã Lúcia na Obra “O Meu Caminho” pág. 10 e que foi transcrita para a obra publicada pelo Carmelo de Coimbra, “Um Caminho sob o olhar de Maria” pág. 121 e 122, no dia da sua partida para o Porto, para ingressar na vida religiosa:

“ Foi o dia l5 de Junho de 1921, viste a minha luta, a indecisão e o arrependimento do sim que antes tinha dado, a incerteza do que iria encontrar, a resolução de voltar atrás. O conhecimento do que deixava, e a saudade a desgarrar-me o coração!

Neste momento Lúcia não tinha ninguém a quem pedir conselho, e o Céu veio em seu auxílio. A Virgem Mãe que lhe tinha prometido nunca a abandonar, neste momento de tanta angústia, veio trazer a paz à sua alma, cumprindo assim a promessa feita em 13 de Maio de 1917, de voltar ali uma sétima vez.

Voltemos à sua oração:

- Assim solícita, mais uma vez desceste à Terra, e foi então que senti a Tua mão amiga e maternal tocar-me no ombro; levantei o olhar e vi-Te, eras Tu, a Mãe Bendita a dar-me a Mão e a indicar-me o caminho; os Teus lábios descerraram-se e o doce timbre da Tua voz restituiu a Luz e a Paz à minha alma:

NOSSA SENHORA: "Aqui estou pela sétima vez. Vai, segue o caminho por onde o Senhor Bispo te quiser levar, essa é a vontade de Deus."

Repeti então o meu Sim, agora bem mais consciente do que no do dia 13 de Maio de 1917.”

 

 

 

Aparição de Nossa Senhora em Pontevedra a 10 de Dezembro de 1925

O pedido inicial da Devoção dos Cinco Primeiros Sábados do mês, foi feito por Nossa Senhora na 3ª Aparição de Fátima a 13 de Julho de 1917, integrada no texto do Segundo Segredo de Fátima.

2º SEGREDO DE FÁTIMA - Dado a 13 de Julho de 1917

1 Para a impedir 2 virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração 3 e a comunhão reparadora nos primeiros Sábados. 

O pedido reforçado desta Devoção foi feito por Nossa Senhora a 10 de Dezembro de 1925, em Pontevedra, Espanha, no convento onde a irmã Lúcia se encontrava a viver.

Nossa Senhora disse então:

“Olha, minha filha, o meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e diz que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos os que, no Primeiro Sábado de cinco meses seguidos, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem companhia durante quinze minutos, meditando nos 15 mistérios do Rosário com o fim de me desagravar”.

Nossa Senhora mostrou o Seu Coração rodeado de espinhos, que significam os nossos pecados. Pediu que fizéssemos actos de desagravo para Lhos tirar, com a devoção reparadora dos cinco Primeiros Sábados. Em recompensa, promete-nos "Todas as Graças necessárias para a Salvação”.

 

http://www.amen-etm.org/Rezar_ficheiros/image114.jpg

Coração Imaculado de Maria

rodeado de espinhos

 

 

Aparição de Jesus em Pontevedra a 15 de Fevereiro de 1926

O Menino Jesus nos dois anos seguintes, 15 de Fevereiro de 1926 e 17 de Dezembro de 1927, também em Pontevedra, insiste com a irmã Lúcia para que se propague a Devoção aos Primeiros Cinco Sábados do mês, aliada à Consagração da Rússia. Lúcia escreveu:

“Da prática da devoção dos Primeiros Sábados, unida à consagração ao Imaculado Coração de Maria, depende a guerra ou a Paz do mundo”.

No dia 15, andava eu muito ocupada com o meu ofício e quase nem disso me lembrava. E indo eu deitar um apanhador de lixo fora do quintal, onde, alguns meses atrasados, tinha encontrado uma criança, à qual tinha perguntado se ela sabia a Avé-Maria e, respondendo-me que sim, lhe mandei que a dissesse para eu ouvir. Mas, como ela não se resolvia a dizê-la só, disse-a eu, com ela, três vezes; ao fim das três Ave Marias, pedi-lhe que a dissesse só. Mas, como ela se calou e não foi capaz de dizer só, a Avé-Maria, perguntei-lhe se ela sabia qual era a Igreja de Santa Maria. Respondeu-me que sim. Disse-lhe que fosse lá todos os dias e que dissesse assim: Oh minha Mãe do Céu, dai-me o Vosso Menino Jesus! Ensinei-lhe isto e vim-me embora.

No dia 15-2-1926, voltando eu lá, como é de costume, encontrei ali uma criança que me parecia ser a mesma e perguntei-lhe então:

- Tens pedido o Menino Jesus à Mãe do Céu?

A criança volta-se para mim e diz:

- E tu tens espalhado pelo mundo, a quilo que a Mãe do Céu te pediu?

E, nisto, transforma-se num Menino resplandecente. Conhecendo então, que era Jesus disse:

- Meu Jesus! Vós bem sabeis o que o meu Confessor me disse na carta que Vos li. Dizia que era preciso que aquela visão se repetisse, que houvesse factos para que ela fosse acreditada, e a Madre Superiora, só, a espalhar este facto, nada podia.

- É verdade que a Madre Superiora só, nada pode; mas, com a Minha Graça pode tudo. E basta que o teu Confessor te dê licença e a tua Superiora o diga para que seja acreditado, até sem se saber a quem foi revelado.

- Mas o meu Confessor dizia na carta que esta devoção não fazia falta no mundo, porque já havia muitas almas que Vos recebiam aos primeiros Sábados em honra de Nossa Senhora e dos 15 Mistérios do Rosário.

- É verdade minha filha, que muitas almas os começam mas poucas os acabam e as que os terminam é com o fim de receberem as graças que aí estão prometidas; e me agradam mais as que fizerem os 5 com fervor e com o fim de desagravar o Coração da Tua Mãe do Céu, que as que fizerem os 15, tíbios e indiferentes. 

A Vidente pediu um esclarecimento - se algumas pessoas não puderem confessar-se no Sábado, será válida a confissão de oito dias? Ao que Jesus respondeu:

- Sim, pode ser de muitos mais ainda, contanto que quando Me receberem, estejam em graça e tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria.

Perguntei ainda: Meu Jesus, e os que se esquecerem de formar essa intenção?

Ao que Jesus respondeu:

- Podem formá-la na outra confissão seguinte aproveitando a primeira ocasião que tiverem de se confessar.

 

 

 

Aparição de Jesus em Tuy a 17 de Dezembro de 1927 

Foi já em Tuy, para onde foi viver a partir de 20 de Julho de 1926, que a 17 de Dezembro de 1927, que Lúcia recebe de Jesus a ordem de escrever o que lhe era pedido sobre a Devoção ao Imaculado Coração de Maria, e que pôs por escrito, por ordem do director espiritual, Padre José Aparício da Silva.

 

 

Visão da Santíssima Trindade em Tuy a 13 de Junho de 1929

É em Tuy, no dia 13 de Junho de 1929, que a Irmã Lúcia tem a visão da Santíssima Trindade e do Imaculado Coração de Maria, com o seu Coração cercado de espinhos, como nas Aparições de Junho e de Julho de 1917.

No dia 13 de Julho de 1917, Nossa Senhora tinha prometido vir pedir a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração. Passados doze anos, no dia 13 de Julho de 1929, numa noite de adoração a sós, diante do Santíssimo Sacramento, apenas iluminada pela luz trémula da lamparina do Sacrário, a Pastorinha de Fátima, vê de repente que a capela se ilumina com uma Luz que já lhe é familiar.

Vejamos a descrição que Lúcia fez desta Visão:

“Eu tinha pedido  e obtido licença das minhas Superioras e Confessor para fazer a Hora-Santa das 11 à meia-noite, de quintas para sextas-feiras.

Estando uma noite só, ajoelhei-me entre a balustrada, no meio da capela, a rezar, prostrada, as Orações do Anjo. Sentindo-me cansada, ergui-me e continuei a rezá-las com os braços em cruz. A única luz era a da lâmpada.

De repente iluminou-se toda a Capela com uma luz sobrenatural, e sobre o Altar apareceu uma Cruz de luz que chegava até ao tecto. Em uma luz mais clara, via-se, na parte superior da cruz, uma face de homem com corpo até à cinta. Sobre o peito uma pomba também de luz e, pregado na cruz, o corpo de outro homem. Um pouco abaixo da cinta, suspenso no ar, via-se um cálix e uma hóstia grande, sobre a qual caíam algumas gotas de sangue que corriam pelas faces do Crucificado e duma ferida do peito. Escorregando pela Hóstia, essas gotas caíam dentro do Cálix.

Sob o braço direito da cruz estava Nossa Senhora. (era Nossa Senhora de Fátima com o Seu Imaculado Coração… na mão esquerda,… sem espada, nem rosas, mas com uma Coroa de espinhos e chamas…), com o Seu Imaculado Coração na mão... Sob o braço esquerdo, umas letras grandes, como se fossem de água cristalina, que corresse para cima do Altar, formavam estas palavras:

«Graça e Misericórdia».

Compreendi que me era mostrado o mistério da Santíssima Trindade e recebi luzes sobre este mistério que não me é permitido revelar.

Depois Nossa Senhora disse-me:

- É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do Mundo, a Consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio. São tantas as almas que a justiça de Deus condena por pecados contra Mim cometidos que venho pedir reparação: sacrifica-te por esta intenção e ora.

Visao da Irma Lucia em Tuy-Portugues

Visão da Santíssima Trindade em Tuy

A este propósito da Consagração, numa carta de 24 de Junho de 1987, a Lúcia revela que Nossa Senhora, não deixando de ver e temer o perigo iminente, lhe confidenciou mais tarde, por meio duma comunicação íntima ao seu coração, o que temia para o mundo.

Nossa Senhora disse-me queixando-se:

“Não quiseram atender ao Meu pedido!... Como o rei de França, arrepender-se-ão e fá-la-ão, mas será tarde. A Rússia terá já espalhado os seus erros pelo mundo, provocando guerras, perseguições à Igreja: o Santo Padre terá muito que sofrer.”

 

 

Aparição de 3 de Janeiro de 1944 e a Autorização para a Irmã Lúcia escrever o conteúdo do Terceiro Segredo

Em 15 de Setembro de 1943, estando doente no convento de Tuy, a Irmã Lúcia recebe a visita do Bispo de Leiria, que lhe ordena que escreva o Terceiro Segredo recebido nas Aparições de Fátima. Ela fica muito preocupada, e daí em diante, por várias vezes tenta cumprir a ordem recebida, mas as mãos não lhe obedecem, passando a viver num autêntico pesadelo.

A Irmã Lúcia deixou narrados estes episódios e que foram publicados pelo Carmelo de Coimbra em 2013:

Extracto do livro “Um caminho sob o olhar de Maria”, publicado pelo Carmelo de Coimbra em 2013

- Enquanto que esperava a resposta, no dia 3-1-1944, ajoelhei-me junto da cama que, por vezes me serve de mesa para escrever e, de novo fiz a experiência, sem nada conseguir; o que mais me impressionava era que no mesmo momento escrevia sem dificuldade qualquer outra coisa. Pedi então a Nossa Senhora que me fizesse conhecer qual era a Vontade de Deus. E dirigi-me para a capela, eram as 4 h da tarde, hora a que costumava ir fazer a visita ao Santíssimo, por ser a hora a que ordinariamente está mais só, e não sei porquê, mas gosto de me encontrar a sós com Jesus no Sacrário.

Aí ajoelhei-me no meio, junto ao degrau da mesa da Comunhão e pedi a Jesus que me fizesse conhecer qual era a Sua Vontade. Habituada como estava, a crer que as ordens dos Superiores são a expressão certa da Vontade de Deus, não podia crer que esta o não fosse. E perplexa, meio absorta, sob o peso duma nuvem escura que parecia pairar sobre mim, com o rosto entre as mãos, esperava, sem saber como, uma resposta. Senti então, que uma mão amiga, carinhosa e maternal me toca no ombro, levanto o olhar e vejo a querida Mãe do Céu.

«Não temas, quis Deus provar a tua obediência, Fé e humildade, está em paz e escreve o que te mandam, não porém o que te é dado entender do seu significado. Depois de escrito, encerra-o um envelope, fecha-o e lacra-o e escreve por fora, que só pode ser aberto em 1960, pelo Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa ou pelo Sr. Bispo e Leiria».

E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N'Ele vi e ouvi, - A ponta da lança como chama que se desprende toca o eixo da Terra, - Ela estremece: montanhas, cidades vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar, é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz que dizia: - No tempo, uma só Fé, um só Baptismo, uma só lgreja, Santa, Católica, Apostólica. Na eternidade, o Céu! Esta palavra Céu encheu a minha alma de paz e felicidade, de tal forma que quase sem me dar conta fiquei repetindo por muito tempo: - O Céu! O Céu! Apenas passou a maior força do sobrenatural, fui escrever e fi-lo sem dificuldade, no dia 3 de Janeiro de 1944, de joelhos apoiada sobre a cama que me serviu de mesa.

Esta passagem só agora divulgada no livro publicado em 2013 pelo Carmelo de Coimbra “Um caminho sob o olhar de Maria”, vem explicar as polémicas que surgiram em torno de se o Terceiro Segredo tinha ou não sido revelado na íntegra.

O episódio que tanta polémica desencadeou em torno do Papa João Paulo II em Fulda, foi relatado no número de Outubro de 1981 da revista alemã “Stimme des Glaubens” e referiu-se a uma troca de impressões que o Papa João Paulo II teve com um grupo escolhido de Católicos alemães em Novembro de 1980. O que se segue é um extracto do relatório fiel dessa troca de impressões:

Texto do relatório publicado

Perguntaram ao Santo Padre: “O Terceiro Segredo de Fátima não devia já ter sido publicado por volta de 1960?”

O Papa João Paulo II respondeu:

“Dada a gravidade do seu conteúdo, os meus antecessores na cadeira de Pedro preferiram diplomaticamente adiar a publicação, para não encorajar o poder mundial do Comunismo a tomar certas atitudes.

Por outro lado, é suficiente todos os Cristãos saberem isto:

Se há uma mensagem em que está escrito que os oceanos inundarão vastas áreas da Terra, e que, de um momento para outro, milhões de pessoas morrerão, certamente a publicação de uma tal mensagem já não é algo muito desejável.” …

Fica assim esclarecido, de que o Segredo que a Irmã Lúcia escreveu, foi realmente divulgado na íntegra, e a parte de que o Papa João Paulo II falou em Fulda, e que levou muitos a afirmar de que havia uma parte do Segredo que não fora revelado, afinal de contas eram as luzes e o significado que a Irmã Lúcia recebeu, e que foram explicitamente proibidas por Nossa Senhora de serem divulgadas.

Este texto escrito pela Irmã Lúcia, que não fazia parte do Texto do Segredo, lacrado e para ser divulgado depois de 1960, chegou ao conhecimento privilegiado do Papa João Paulo II antes de 1980, mas, ao povo em geral, só com a publicação daquele livro do Carmelo. Foi este hiato de conhecimento no tempo, o causador de tanta polémica e críticas injustas à Igreja, nas pessoas do Papa e da própria Irmã Lúcia.

 

 

Outras Visitas ao longo da vida

“Um caminho sob o olhar de Maria” - Extracto do livro publicado pelo Carmelo de Coimbra em 2013, Págs. 388 a 395

Pág. 388

Eu nunca te deixarei

Era edificante ver a Irmã Lúcia nas suas ocupações diárias, seguindo os actos de comunidade, conforme a idade e a saúde lho permitiam. Quem a via no dia a dia, tão simples, natural e laboriosa, nem imaginava a intensa vida interior que as paredes daquele corpo frágil suportavam! Como Moisés, mantinha os braços erguidos em intercessão pelo mundo, que abraçava em contínua oração. Rezava e amava, oferecendo e oferecendo-se constantemente pela Igreja, pelo Santo Padre, por toda a humanidade.

Era no pequeno santuário da sua cela, que mais gostava de permanecer e aí expandir a sua alma, confiando ao coração da Mãe e através d'Ela, ao Coração de Deus, as necessidades do mundo.

Nessa cela onde se entregava à oração à leitura ou ao trabalho, recebeu algumas visitas do Céu, talvez muitas… Todas estas visitas tinham um único objectivo: o de a ajudar a cumprir a sua Missão de fazer conhecer e amar Jesus e o Coração Imaculado de Maria.

Elas eram respostas às suas angústias, à sua oração, ou novos pedidos.

Quando um pouco a sério, um pouco a brincar lhe dizíamos: "Irmã Lúcia, quando Nossa Senhora vier por aí, chame por nós", ela respondia natural e espontaneamente, dando uma risadinha:

- “Pois sim! Enquanto vou chamar, Ela vai-Se embora!...”

Pág. 390

Infelizmente, a Irmã Lúcia não registou por escrito todas estas aparições da Virgem Maria, o seu desejo era sempre passar despercebida,

guardando para si o segredo da Mãe do Céu como um perfume que se fica exposto ao ar perde o seu odor. Porém quando Nossa Senhora

lhe dava algum "recado" que ela devia transmitir, ainda que dentro de si sentisse uma certa repulsa em o fazer, era com toda a fidelidade que transmitia a mensagem que lhe era confiada.

O caso da mensagem que Nossa Senhora lhe entregou para o Arcebispo de Coimbra, D. Ernesto Sena de Oliveira, no dia 22 de Agosto de 1949. Terá sido certamente, a primeira vez que Nossa Senhora a visitou no Carmelo, dando-lhe luz e mostrando-lhe o caminho que devia seguir, como outrora em Fátima na sétima aparição mostrando-lhe mais uma vez a obediência ao Bispo como a Vontade de Deus.

No dia 31 de Dezembro de 1979, deu-se mais um destes encontros que ela registou. …

Pág. 391

No dia 15 de Março de 1980, deu-se um novo encontro. …

Pág. 395

Em Outubro de l984, durante o retiro comunitário, recebeu novamente na cela a visita de Nossa Senhora. Desta vez só nos diz que recebeu

a celeste visita, sem registar o conteúdo da mensagem.

 

Cronologia

■ 23 de Fevereiro de 1917 - A Revolução Russa tem início. O Czar é deposto e um Governo Provisório é implantado. A 25 de Outubro bolcheviques, liderados por Vladimir Lenin, assumem o poder.

■ 13 de Maio de 1917 - O futuro Papa Pio XII é solenemente ordenado bispo pelo seu antecessor, o Papa Bento XV, exatamente no primeiro dia da aparição de Nossa Senhora de Fátima aos três pastorinhos.

■ 11 de Novembro de 1918 - Fim da Primeira Guerra Mundial.

■ 23 de Dezembro de 1918 - Francisco e Jacinta Marto adoecem, vítimas de pneumónica.

■ 4 de Abril de 1919 - Morre Francisco Marto, na casa da sua família, em Aljustrel. É sepultado no cemitério de Fátima.

■ 28 de Abril a 15 de Junho de 1919 - Construção da Capelinha das Aparições, em resposta ao pedido de Nossa Senhora "quero que façam aqui uma capela em minha honra".

■ 21 de Janeiro de 1920 - Jacinta Marto é levada para Lisboa, onde fica internada no Orfanato de Nossa Senhora dos Milagres, na Rua da Estrela, n.º 17. No dia 2 de Fevereiro de 1920 muda para o Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa.

■ 20 de Fevereiro de 1920 - Morre Jacinta Marto, no Hospital de Dona Estefânia. É sepultada no cemitério de Vila Nova de Ourém, no jazigo da família do Barão de Alvaiázere.

■ 13 de Maio de 1920 - A imagem de Nossa Senhora de Fátima, oferecida por Gilberto Fernandes dos Santos e obra do escultor José Ferreira Thedim, é benzida na Igreja Paroquial de Fátima. É em madeira, cedro do Brasil, mede 1 metro e 37 centímetros e pesa 19 quilos. É entronizada na Capelinha a 13 de Junho do mesmo ano.

■ 13 de Outubro de 1921 - É permitida a celebração da Missa, pela primeira vez, junto à Capelinha das Aparições.

■ 6 de Março de 1922 - A Capelinha das Aparições é parcialmente destruída por uma bomba, sendo reconstruída ainda nesse mesmo ano. Arrancaram a Carrasqueira onde Nossa Senhora Aparecera, amarraram-na a um carro e arrastaram-na até à Batalha, onde levou sumiço!

■ 3 de Maio de 1922 - Provisão do Bispo de Leiria manda instaurar o processo canónico sobre os acontecimentos de Fátima.

■ 10 de Dezembro de 1925 - Nossa Senhora pede a Lúcia, numa Aparição em Pontevedra, a divulgação da prática e da comunhão reparadora nos primeiros sábados.

■ 15 de Fevereiro de 1926 - Lúcia tem uma Aparição do Menino Jesus onde Ele lhe pergunta se tem espalhado a devoção dos primeiros sábados.

■ 20 de Julho de 1926 - A Irmã Lucia foi viver a partir desta data para Tuy.

■ 26 de Junho de 1927 - O Bispo de Leiria preside, pela primeira vez, uma cerimónia oficial na Cova da Iria.

17 de Dezembro de 1927  - Lúcia tem uma Aparição de Jesus em Tuy.

■ 13 de Maio de 1928 - Lançamento da primeira pedra para a construção da Basílica.

■ 14 de Abril de 1929 - É concluído o processo canónico sobre as Aparições instaurado em Maio de 1922. A comissão responsável entrega o relatório final ao Bispo de Leiria.

■ 13 de Junho de 1929 - Nossa Senhora pede a Lúcia, noutra visão em Tui, a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração.

■ 13 de Outubro de 1930 - O Bispo de Leiria, José Alves Correia da Silva, torna público e oficialmente, que as aparições de Fátima são dignas da fé pela Igreja Católica e a permissão do culto público a Nossa Senhora de Fátima.

■ 13 de Maio de 1931 - Primeira Consagração de Portugal ao Imaculado Coração de Maria, feita pelo Episcopado Português, no seguimento da Mensagem de Fátima.

■ 12 de Setembro de 1935 - Os restos mortais de Jacinta Marto são trasladados para o cemitério de Fátima, data em que a urna foi aberta e revelado o seu corpo incorrupto.

■ 25 de Janeiro de 1938 - Extraordinária aurora boreal, registada por astrónomos na noite de 25 para 26 de Janeiro. (Lúcia sempre insistiu que este seria o sinal de Deus para o começo da guerra, conforme Nossa Senhora havia comunicado aos pastorinhos na terceira aparição.)

■ 31 de Agosto de 1941 - Atendendo ao pedido feito pelo Bispo de Leiria, Lúcia redige novos factos sobre Jacinta e revela a Primeira e a Segunda parte do Segredo, deixando claro que existiria ainda uma Terceira parte por divulgar. Este manuscrito é posteriormente publicado, ficando conhecido como

■ 13 de Outubro de 1942 - Um grupo de mulheres portuguesas oferece uma coroa de ouro à imagem da Capelinha em ação de graças por Portugal não ter entrado na Segunda Guerra Mundial. Pesa 1200 gramas e é enriquecida por 313 pérolas e 2679 pedras preciosas.

■ 31 de Outubro de 1942 - Por ocasião do encerramento do ano jubilar das aparições, o Papa Pio XII através de uma mensagem rádio a Portugal, faz a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria.

■ 3 de Janeiro de 1944 - Por ordem do Bispo de Leiria, Lúcia escreve a Terceira parte do Segredo. O envelope é selado e guardado pelo Bispo de Leiria.

■ 15 de Agosto de 1945 - Fim da Segunda Guerra Mundial.

■ 13 de Maio de 1946 - O Cardeal Bento Aloisi Masella, legado pontifício, coroa solenemente a imagem de Nossa Senhora de Fátima.

■ 20 de Maio de 1946 - A vidente Lúcia desloca-se a Fátima e faz a identificação local dos diversos lugares históricos das aparições.

■ 25 de Março de 1948 - Lúcia retorna a Portugal para ingressar no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, com o nome de Irmã Maria Lúcia do Coração Imaculado.

■ 30 de Outubro de 1950 - Às 16h00, o Papa Pio XII presencia o Milagre do Sol nos jardins do Vaticano e conta ainda como viu um globo opaco girando em torno dele mesmo, movimentando-se ligeiramente para a direita e para a esquerda, repetidamente. O fenómeno repete-se para o Pontífice ainda nos dias 31 de outubro, 1.º de novembro e 8 de novembro. O Pontífice disse ser uma confirmação celestial à proclamação solene do dogma da Assunção de Maria de corpo e alma aos céus.

■ 1 de Maio de 1951 - Os restos mortais de Jacinta são trasladados para a Basílica de Fátima.

■ 13 de Março de 1952 - Os restos mortais de Francisco são trasladados para a Basílica de Fátima. É sepultado junto de sua irmã Jacinta.

■ 7 de Julho de 1952 - O Papa Pio XII, por meio de uma Carta Apostólica, consagra os povos da Rússia ao Puríssimo Coração de Maria.

■ 7 de Outubro de 1953 - Sagração da Basílica de Nossa Senhora do Rosário. Em Novembro de 1954, Pio XII concede-lhe o título de Basílica.

■ 12 de Agosto de 1956 - É inaugurado nos Valinhos, Aljustrel, o monumento celebrativo no local da 4.ª aparição, ocorrida em 19 de Agosto de 1917. Foi construído com contribuições de católicos húngaros e a imagem de Nossa Senhora de Fátima é obra da escultora Maria Amélia Carvalheira da Silva.

■ 4 de Abril de 1957 - O envelope selado com a Terceira parte do Segredo é entregue ao Arquivo Secreto do Santo Ofício. Disto mesmo a Irmã Lúcia é avisada pelo Bispo de Leiria. Pio XII não o chega a abrir.

■ 17 de Agosto de 1959 - O Papa João XXIII toma conhecimento da Terceira parte do Segredo. Após alguma hesitação, pede para esperar e decide não torná-lo público.

■ 13 de Agosto de 1961 - Inicia-se a construção do Muro de Berlim.

■ 21 de Novembro de 1964 - O Papa Paulo VI, ao encerrar a III Sessão do Concílio Vaticano II, confia o género humano ao Imaculado Coração de Maria e proclama Nossa Senhora Matter Ecclesiae. Concede a Rosa de Ouro ao Santuário de Fátima que é entregue a 13 de Maio do ano seguinte pelo Cardeal Fernando Cento, legado Pontifício.

■ 27 de Março de 1965 - Paulo VI toma conhecimento da Terceira parte do Segredo e decide não publicá-lo, remetendo de novo o envelope para os Arquivos do Vaticano.

■ 13 de Maio de 1967 - O Papa Paulo VI desloca-se a Fátima, no cinquentenário da 1ª Aparição de Nossa Senhora, para pedir a paz no mundo e a unidade da Igreja.

■ 13 de Maio de 1981 - O Papa João Paulo II sofre um atentado na Praça de São Pedro, no Vaticano. Logo que recupera no hospital, pede que lhe entreguem o envelope com a Terceira parte do Segredo.

■ 12 de Maio de 1982 - A Irmã Lúcia, numa carta dirigida ao Santo Padre, faz uma orientação para a interpretação da Terceira parte do Segredo.

■ 13 de Maio de 1982 - O Papa João Paulo II visita pela primeira vez o Santuário de Fátima para agradecer à Virgem ter escapado com vida do atentado que havia sofrido um ano antes. De joelhos, consagra a Igreja, os Homens e os Povos, com menção velada da Rússia, ao Imaculado Coração de Maria.

■ 25 de Março de 1984 - O Papa João Paulo II, em união com os bispos do mundo inteiro, faz na Praça de S. Pedro, no Vaticano, a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria, diante da imagem da Virgem de Fátima, que propositadamente viajou desde a Capelinha das Aparições. Mais tarde, a Irmã Lúcia escreve uma carta de 8 de Novembro de 1989 para o Santo Padre sobre este assunto. João Paulo II entrega ao então Bispo de Leiria-Fátima, Alberto Cosme do Amaral, a bala que o tinha atingido no atentado de que tinha sido vítima a 13 de Maio de 1981. Esta bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem, onde permanece até hoje.

■ 13 de Maio de 1989 - O Papa João Paulo II publica o decreto que proclama a heroicidade das virtudes dos videntes Francisco e Jacinta Marto.

■ 9 de Novembro de 1989 - Cai o Muro de Berlim, acto inicial da reunificação das duas Alemanhas, (RFA e RDA), acabando também com a Cortina de Ferro. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria. Um pedaço do Muro foi oferecido mais tarde ao Santuário de Fátima pelo emigrante português na Alemanha Virgílio Casimiro Ferreira.

■ 13 de Maio de 1991 - O Papa João Paulo II visita Fátima pela segunda vez, no 10º aniversário do seu atentado na Praça de S. Pedro. Novamente, faz a consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria.

■ 25 de Dezembro de 1991 - Gorbachev anuncia o fim da URSS, renunciando ao cargo de Presidente Executivo da União Soviética. Mais tarde muitas igrejas foram devolvidas aos ortodoxos, incluindo o Mosteiro de São Daniel, onde está hoje a sede do patriarcado da Igreja Ortodoxa russa. Até à data, outubro 2016, a Federação da Rússia permite a multiconfessão religiosa.

■ Outubro de 1992 - A estátua peregrina de Nossa Senhora de Fátima visita a Rússia e é exposta na Praça Vermelha em Moscovo.

■ 13 de Agosto de 1994 - É inaugurado o monumento que integra o pedaço oferecido do Muro de Berlim. Pesa 2600 quilos, mede 3,60 metros de altura e 1,20 de largura. O arranjo do monumento é do arquitecto J. Carlos Loureiro.

■ 12 e 13 de Outubro de 1996 - O Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e futuro Papa Bento XVI, visita o Santuário de Fátima, onde preside à Peregrinação Internacional Aniversária de Outubro.

■ 27 de Abril de 2000 - Cumprindo o pedido feito pelo Papa João Paulo II numa carta pessoal enviada à Irmã Lúcia em 19 de Abril de 2000, o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé e o Bispo de Leiria-Fátima Serafim de Sousa Ferreira e Silva encontram-se com Lúcia no Carmelo de Santa Teresa em Coimbra para ouvir a sua interpretação da Terceira parte do Segredo.

■ 13 de Maio de 2000 - O Papa João Paulo II visita Fátima pela última vez para a beatificação dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto. Aí se encontra pela última vez com a Irmã Lúcia. O Cardeal Angelo Sodano, no final da solene Concelebração Eucarística presidida por João Paulo II, anuncia o Terceiro Segredo de Fátima.

■ 26 de Junho de 2000 - O Vaticano publica o texto integral do Terceiro Segredo, acompanhado por um comentário teológico da autoria do então Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.[29]

■ 8 de Outubro de 2000 - A imagem de Nossa Senhora de Fátima viaja novamente ao Vaticano e na Praça de S. Pedro, na presença de 1500 bispos de todo o mundo e de milhares de fiéis e peregrinos, João Paulo II consagra diante desta e em união com todo o episcopado do mundo, o novo milénio à Virgem Santíssima.

■ 13 de Fevereiro de 2005 - Morre no Carmelo de Coimbra a Irmã Lúcia do Coração Imaculado, da Ordem das Carmelitas Descalças.

■ 2 de Abril de 2005 - Morre João Paulo II.

■ 19 de Fevereiro de 2006 - Os restos mortais de Lúcia são trasladados para a Basílica de Fátima onde é sepultada junto dos seus primos, Francisco e Jacinta.

■ 12 e 13 de Maio de 2010 - O Papa Bento XVI, visita o Santuário de Fátima no 10.º aniversário da beatificação dos pastorinhos Jacinta e Francisco. Concede a 2.ª Rosa de Ouro ao Santuário, colocando-a aos pés da imagem da Virgem na Capelinha das Aparições.[38][39]

■ 12 e 13 de Outubro de 2013 - A imagem de Nossa Senhora de Fátima volta novamente ao Vaticano, atendendo ao desejo expresso do Papa Francisco. No dia 12 é acolhida na Praça de S. Pedro pelo Santo Padre e no dia 13, o Papa faz diante da imagem a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria.

 

Advertências da Virgem Maria

 

Foram feitas duas grandes Advertências por Nossa Senhora. Ambas na narrativa do 2º Segredo.

 

1ª Advertência - “A guerra vai acabar. Mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre”.

 

Infelizmente, como a humanidade não fez caso da Advertência de Nossa Senhora e continuou a ofender a Deus, Ele enviou um grandioso sinal ao mundo, uma gigantesca Aurora Boreal, anunciando assim que o castigo estava a caminho, ou seja, a 2ª Guerra Mundial.

 

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(Esta fotografia não foi tirada em 1938)

 

A ocorrência desta Aurora Boreal deu-se na noite de 25 para 26 de Janeiro de 1938, vésperas do início da 2ª Guerra Mundial, e teve características que a diferenciaram das comuns auroras boreais.

Na noite de 25 de Janeiro de 1938, enquanto a Irmã Lúcia permanecia junto à janela do convento em Tuy, Espanha, viu um nefasto brilho avermelhado em todo o céu. Esta luz foi vista por toda a Europa e parte da África e Ásia. Os cientistas tentaram explicar o fenómeno como uma extraordinária Aurora Boreal. Ela cobriu uma área de 500.000 Km2 com extensão vertical de 400 km. Os raios chegaram a atingir 700 km e eram acompanhados por um estranho ruído “semelhante à queima de relva ou mato”. Milhões de pessoas em vários países viram-na e temeram que o mundo estava em chamas e prestes a acabar.

Observando a “Luz do Norte”, a Irmã Lúcia soube que esta era o grande sinal predito por Nossa Senhora a 13 de Julho de 1917, e de que o castigo do mundo estava próximo. Em Março de 1938, Hitler invadia a Áustria, acendendo o “fósforo” que incendiaria o mundo. A invasão de Hitler à Áustria aconteceu de 45 dias depois.

O aparecimento deste gigantesco sinal no céu, foi amplamente noticiado em jornais e rádios de todo o mundo.

 

         O jornal New York Times de 26 de Janeiro de 1938 dizia o seguinte:

 

         “Londres, 25 de Janeiro de 1938. A Aurora Boreal raramente vista no sul da Europa Ocidental espalhou medo em regiões de Portugal e baixa Áustria esta noite, enquanto milhares de bretões acorriam apressadamente às ruas, estupefactos. Um brilho sanguinolento levou muitos a pensarem que metade da cidade estava em chamas. O Departamento de Bombeiros foi accionado com o temor de que o Castelo de Windsor  teria se incendiado. As luzes eram claramente vistas na Itália, Espanha e até Gibraltar. O brilho banhando as montanhas cobertas de neve na Áustria e Suíça era um belo espectáculo, porém os bombeiros foram accionados várias vezes para apagar incêndios inexistentes. Os povoados portugueses se agitavam, e muita gente fugia de suas casas temendo o fim do mundo.”

 

          O jornal Grenoble de 26 de Janeiro de 1938 dizia o seguinte:

 

          “França, 25 de Janeiro de 1938. Uma imensa faixa de luz vermelho-sangue, que os cientistas afirmam ser uma Aurora Boreal de excepcional amplitude, fez emudecer sistemas telefónicos numa parte da França esta noite, e espalhou temor e ansiedade em vilas e povoados dos Alpes suíços, iluminados por brilhos extraordinários. Como que ardendo sobre o céu do norte, a luz provocou milhares de chamadas telefónicas às autoridades Suíças e Francesas, procurando saber se era fogo? Guerra? Ou Fim do Mundo?”

 

Um testemunho de quem viu esta Aurora Boreal  

 

2ª Advertência -Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz. Se não, espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas”.

 

Infelizmente, como a humanidade não atendeu os pedidos de Nossa Senhora, a Rússia sucumbiu à patorra do comunismo e do materialismo ateu, e espalhou essa onda imensa e horrenda na Europa, Ásia, América Central e África. E ainda os seus malefícios vingam hoje em dia.

 

O cumprimento destas 2 grandes Advertências Proféticas de Nossa Senhora, vêm comprovar a Autenticidade da Mensagem de Fátima e nos dão a garantia de que a Promessa feita pela Virgem Maria será também uma realidade:

”Por fim o Meu Imaculado Coração triunfará”.

 

 

Pedidos da Virgem Maria

Ao longo das Aparições na Cova da iria e nas subsequentes em Pontevedra e Tuy, os pedidos de Nossa Senhora do Rosário de Fátima foram:

- Oração e Penitência pela conversão dos Pecadores.

- Emenda de vida.

- Oração pela Paz e pelo fim da guerra.

- Que fosse construída uma capela em Sua honra.

- Rezar o Terço todos os dias.

- Consagração da Rússia  ao Imaculado Coração de Maria.

- A Devoção dos cinco primeiros Sábados em desagravo do Imaculado Coração de Maria.

 

Milagres de Fátima

- O grandioso Milagre do Sol no fim da Aparição de 13 de Outubro de 1917.

- Muitas Curas Milagrosas de doentes, durante o período das Aparições e ao longo dos anos subsequentes.

- Muitas Conversões ao longo dos anos.

 

As mentiras e os erros sobre Fátima

São inúmeras as mentiras que circulam sobre as Aparições de Fátima e não menos numerosos os erros de diversa ordem dentro do Santuário de Fátima. Os mais graves destes erros devem-se à incúria e lachismo dos responsáveis pela direcção do Santuário, a começar pela diocese de Leiria /Fátima e a acabar na reitoria e capelães do Santuário. A Fé esmoreceu no meio desta gente e tornaram-se meros funcionários e mangas de alpaca.

Sobre as mentiras existentes sobre as Aparições, muitas delas tem origem nos inimigos da Igreja e em descrentes das Aparições, mas também são da responsabilidade de muita ignorância de alguns devotos de Fátima, que acreditando em tudo o que ouvem, são levados como tolos e divulgar os erros propalados sobre as Aparições de Nossa Senhora.

Vou apresentar algumas das mais graves e mais comumente difundidas.

 

A mentira de que o Terceiro Segredo de Fátima não foi revelado na totalidade

Ao longo dos anos e talvez o mais candente de todos os capítulos da história das Aparições de Fátima, foi o do Terceiro Segredo, ou Terceira parte do Segredo.

Como foi relatado acima, os Segredos de Fátima foram dados na Terceira Aparição a 13 Julho de 1917 e desde aí muita tinta escorreu sobre o assunto. A curiosidade humana encarregou-se de os tornar no assunto central das Aparições, em detrimento do que era fundamental, isto é, a Conversão de vida.

Sobre os Segredos de Fátima deve ler o Dossier Os 3 Segredos de Fátima, que escrevi e está publicado na Amen:

A primeira e segunda parte do «segredo» foi revelado pela Irmã Lúcia na sua Terceira Memória, em 13 de Agosto de 1941 e foi destinada ao bispo de Leiria Fátima. Este primeirio e segundo segredo referiam-se a à existência do inferno e à forma de se o evitar. 

A terceira parte do Segredo, ou Terceiro Segredo, só foi revelado ao mundo no ano 2000 após a viagem Apostólica do Papa João Paulo II a Fátima. Foi este Terceiro Segredo de Fátima que mais tinta fez correr, quer pela expectativa antes de ser revelado, quer pelas mentiras que sobre ele foram inventadas, após a sua revelação.

A acusação de que o Terceiro Segredo de Fátima não foi totalmente revelado pela Igreja é uma tremenda e monstruosa mentira, mas cada vez este rumor sinistro tem vindo a ganhar mais força e plateia. Na realidade é uma tremenda mentira divulgada por sectores normalmente associados a rebeldes da hierarquia e por todos os meios desprestigiar e lançar a dúvida sobre a idoneidade da Igreja.

génese deste mal entendido, rapidamente aproveitado por refractários do clero e por leigos sedentos de protagonismo, esteve numa curtas palavras proferidas pelo Papa João Paulo II em Fulda, Alemanha, e foi relatado no número de Outubro de 1981 da revista alemã “Stimme des Glaubens” e referiu-se a uma troca de impressões que o Papa João Paulo II teve com um grupo escolhido de Católicos alemães em Novembro de 1980. O que se segue é um extracto do relatório fiel dessa troca de impressões:

Texto do relatório publicado

Perguntaram ao Santo Padre: “O Terceiro Segredo de Fátima não devia já ter sido publicado por volta de 1960?”

O Papa João Paulo II respondeu:

“Dada a gravidade do seu conteúdo, os meus antecessores na cadeira de Pedro preferiram diplomaticamente adiar a publicação, para não encorajar o poder mundial do Comunismo a tomar certas atitudes.

Por outro lado, é suficiente todos os Cristãos saberem isto:

Se há uma mensagem em que está escrito que os oceanos inundarão vastas áreas da Terra, e que, de um momento para outro, milhões de pessoas morrerão, certamente a publicação de uma tal mensagem já não é algo muito desejável.” …

 

Esta mensagem a que o Papa se referiu, não era obviamente o Terceiro Segredo, mas sim aquela narrativa da irmã Lúcia de que ele tomara já conhecimento, mas que só foi publicada e tornada pública muito mais tarde, em 2013 pelas Carmelitas de Coimbra. Se fosse ao Terceiro Segredo que o Papa se referia, tê-lo-ia referido de outra forma mais concisa.

Quem afirma acreditar que o Terceiro Segredo de Fátima não foi inteiramente revelado, se por um lado confirma a sua ignorância e falta de confiança no Magistério da Igreja, também acusa a Igreja de ser mentirosa, de os seus altos responsáveis serem uma fraude e de a própria irmã Lúcia ter mentido descaradamente, desacreditando todos os intervenientes na divulgação do Segredo, pensando ganhar louros e proeminência com tamanha atoarda.

Altos responsáveis da Igreja, incluindo o próprio Papa João Paulo II, o Cardeal Ratzinger e o Cardeal Bertone afirmaram peremptoriamente, e em mais do que uma ocasião, que o conteúdo do Terceiro Segredo foi totalmente divulgado.

A própria irmã Lúcia foi categórica, quando um dia inquirida sobre o assunto, afirmou que o Terceiro Segredo fora totalmente revelado, e de que se havia alguém que soubesse de mais alguma coisa, que o divulgasse. Como é evidente ninguém se chegou à frente, pois não havia nem há nada para acrescentar ao divulgado pelo Vaticano.

O que houve ao longo destes últimos anos foi um ampliar sistemático de suposições e referências redundantes, a ignorantes e maldosos comentários sobre o facto, causando um avolumar de ruído, que aos poucos foi ganhando expressão e credulidade entre o povo pouco informado.

À frente desta escumalha maldosa e inimiga da Igreja estão os Padre Gruner e o Padre Kramer, canadenses e responsáveis pelo jornal Fatima Crusader. A eles associaram-se jornalistas maçónicos como o Socci e companhia, que não perdem uma oportunidade de lançar suspeitas sobre a Igreja e, mais recentemente, sobre a própria legitimidade da eleição em Conclave do Papa Francisco. Com isso, só pretendem atacar e difamar a Igreja e angariar dinheiro com a publicação e venda de livros e revistas.

O erro desta ideia, de que o Terceiro Segredo não foi totalmente divulgado, foi a incorrecta suposição de que se o Papa João Paulo II disse aquela enigmática e assustadora frase em Fulda, só podia se ficar a dever ao facto de que tinha tomado conhecimento através do texto não divulgado do Terceiro Segredo de Fátima.

Esta errada suposição serviu para que a parelha Gruner & Kramer construísse o romance rocambolesco de que o Vaticano ocultara parte do Segredo. Estes padre Nicholas Gruner e o Paul Kramer  foram dos grandes detractores de Fátima, da Irmã Lúcia, do Papa João Paulo II e do Papa Bento XVI, rotulando-os de mentirosos, alegando, sempre ao longo de toda a sua vida, que o Terceiro Segredo de Fátima nunca fora na totalidade revelado. Eles baseavam-se numa falsa entrevista do padre Fuentes, largamente aproveitada por eles. Graças a Deus, este padre Gruner já foi removido deste mundo, persistindo ainda na net, infelizmente, as suas infundadas invenções sobre a incompleta divulgação da Terceira Parte do Segredo de Fátima.

De facto, o que o Papa João Paulo II disse em Fulda, não foi invenção sua, e verdade seja dita, também não constava no Terceiro Segredo de Fátima manuscrito pelo próprio punho da irmã Lúcia, e que devia ser revelado ao mundo só a partir de 1960.

Aquela referência de Fulda ficou-se a dever a um escrito da irmã Lúcia, do qual o Papa João Paulo II tomou conhecimento, mas que só foi publicado após a sua morte e da irmã Lúcia, no livro publicado pelas Carmelitas de Coimbra - “Um Caminho sob o olhar de Maria”, em 2013.

Foi esta errada interpretação da parelha Gruner & Kramer que levou a esta bola de neve, poluída e conspurcada, ter vindo a crescer e ganhar peso na opinião pública.

Apresento seguidamente o extracto daquela magnífica obra do Carmelo sobre a vida da irmã Lúcia, em que figura a mensagem que o Papa João Paulo II usou para a tão famosa intervenção de Fulda.

Um Caminho sob o olhar de Maria, Carmelo de Coimbra - 2013

Extracto do livro “Um caminho sob o olhar de Maria”, publicado pelo Carmelo de Coimbra em 2013

- Enquanto que esperava a resposta, no dia 3-1-1944, ajoelhei-me junto da cama que, por vezes me serve de mesa para escrever e, de novo fiz a experiência, sem nada conseguir; o que mais me impressionava era que no mesmo momento escrevia sem dificuldade qualquer outra coisa. Pedi então a Nossa Senhora que me fizesse conhecer qual era a Vontade de Deus. E dirigi-me para a capela, eram as 4 h da tarde, hora a que costumava ir fazer a visita ao Santíssimo, por ser a hora a que ordinariamente está mais só, e não sei porquê, mas gosto de me encontrar a sós com Jesus no Sacrário.

Aí ajoelhei-me no meio, junto ao degrau da mesa da Comunhão e pedi a Jesus que me fizesse conhecer qual era a Sua Vontade. Habituada como estava, a crer que as ordens dos Superiores são a expressão certa da Vontade de Deus, não podia crer que esta o não fosse. E perplexa, meio absorta, sob o peso duma nuvem escura que parecia pairar sobre mim, com o rosto entre as mãos, esperava, sem saber como, uma resposta. Senti então, que uma mão amiga, carinhosa e maternal me toca no ombro, levanto o olhar e vejo a querida Mãe do Céu.

«Não temas, quis Deus provar a tua obediência, Fé e humildade, está em paz e escreve o que te mandam, não porém o que te é dado entender do seu significado. Depois de escrito, encerra-o um envelope, fecha-o e lacra-o e escreve por fora, que só pode ser aberto em 1960, pelo Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa ou pelo Sr. Bispo e Leiria».

E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N'Ele vi e ouvi,

A ponta da lança como chama que se desprende toca o eixo da Terra, - Ela estremece: montanhas, cidades vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar, é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora!

Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz que dizia:

No tempo, uma só Fé, um só Baptismo, uma só lgreja, Santa, Católica, Apostólica. Na eternidade, o Céu! Esta palavra Céu encheu a minha alma de paz e felicidade, de tal forma que quase sem me dar conta fiquei repetindo por muito tempo: - O Céu! O Céu! Apenas passou a maior força do sobrenatural, fui escrever e fi-lo sem dificuldade, no dia 3 de Janeiro de 1944, de joelhos apoiada sobre a cama que me serviu de mesa.

Após a publicação pelo Carmelo de Coimbra, deste extracto das memórias da Irmã Lúcia, e a que o Papa João Paulo II teve acesso muito antes de todos nós, compreende-se facilmente que ele tenha proferido aquelas proféticas palavras em Fulda, que não foram tiradas do Texto do Segredo de Fátima, mas sim da visão que a irmã Lúcia teve (vi e ouvi) em 3 de Janeiro de 1944.

Conclusão

Era bom que de uma vez por todas parasse o rumor de que a Igreja ocultou parte do Terceiro Segredo de Fátima, pois esse rumor sinistro só interessa aos inimigos da Verdade e da Igreja, pois pretende desacreditá-la e lançar dúvidas e confusão, deixando pelo caminho a acusação de que o Papa João Paulo II, o Papa Bento XVI e a irmã Lúcia são mentirosos.

Qualquer pessoa de Boa Fé, e mesmo que só tenha uma inteligência mediana, percebe facilmente que este rumor e acusação não passam de mais um dos muitos estratagemas para denegrir a imagem da Igreja e tentar destruí-la.

Com esta explicação, também concorda o Bispo Dom Athanasius Scnheide.

 

A mentira de uma falsa entrevista à Irmã Lúcia

Outra das grandes mentiras persistentes que circulam na net, foi uma pseudo passagem da entrevista de um tal mexicano padre Agustin Fuentes à Irmã Lúcia em 1957

Este padre era na altura o postulador das causas de beatificação do Francisco e da Jacinta, e por isso tinha acesso a falar com a Irmã Lúcia.

Este texto foi  muito divulgado no México, Estados Unidos, Espanha e finalmente em Portugal, mais recentemente pelo herege João Pedro Batalheiro Marques.

Este falso texto da entrevista causou uma grande polémica em 1959, pois desde logo se via que não podia ter sido a Irmã Lúcia a fazer semelhantes afirmações. Mereceu da Chancelaria de Coimbra uma enérgica reacção. Estas mentiras ficaram por demais comprovadas recentemente com a publicação, pelo Carmelo de Coimbra, do livro sobre a vida da Irmã Lúcia - “Um caminho sob o olhar de Maria”.

A publicação deste texto do padre Fuentes, teve as seguintes consequências ainda em 1959:

1ª - A Chancelaria de Coimbra emitiu um duro comunicado em que afirmou que o Padre Fuentes era culpado de ter inventado por completo o seu relato das declarações da Irmã Lúcia. Até hoje, já passados cerca de sessenta anos, nenhum funcionário assumiu a responsabilidade por aquele texto.

2ª - A Irmã Lúcia desmentiu oficialmente o conteúdo das informações que lhe foram atribuídas:

“O Padre Fuentes falou comigo na sua capacidade de Postulador das causas de beatificação dos servos de Deus Jacinta e Francisco Marto. Falámos apenas de coisas relacionadas com este assunto; portanto, tudo o resto a que ele se refere não é nem exacto nem verdadeiro. Lamento-o, porque não compreendo que bem se possa fazer às almas que não venha de Deus, que é a Verdade. Não sei nada, e portanto não podia dizer nada, sobre tais castigos, que são falsamente atribuídos a mim.”

3ª - Igualmente o grande e saudoso Bispo de Leiria Fátima, Dom Alberto Cosme do Amaral, com quem ainda me cruzei diversas vezes no Santuário de Fátima, demitiu o padre Agustin Fuentes do seu cargo de postulador, tendo-o substituído pelo Padre Kondor.

4ª - Esta falsa entrevista do padre Fuentes foi largamente aproveitada pelo padre Gruner, um dos grandes detractores da Irmã Lúcia, do Papa João Paulo II e do Papa Bento XVI, rotulando-os de  mentirosos, no que diz respeito ao tema da divulgação da Terceira Parte do Segredo de Fátima. Graças a Deus, este padre Gruner já foi removido deste mundo, persistindo ainda na net, infelizmente, as suas infundadas invenções sobre a incompleta divulgação da Terceira Parte dos Segredos de Fátima.

5ª -  A Irmã Lúcia foi remetida, a partir de 1960, por ordem do Vaticano, ao mais absoluto sigilo e clausura, para evitar invenções deste tipo. A partir de então só podia ser visitada por parentes próximos ou com autorização expressa do Vaticano.

Permanecem até hoje obscuras as razões para o padre Agustin Fuentes ter inventado e deturpado o conteúdo daquela entrevista à Irmã Lúcia.

 

A mentira do ex-padre Malachi Martin sobre um falso segredo de Fátima 

Mais recentemente, com o padre Malachi Martin, jesuíta traidor, colaborador da CIA e que se laicizou, inventou uma nova e falsa versão do terceiro segredo de Fátima.

Com a revelação pública no ano 2000 do conteúdo do Terceiro Segredo de Fátima, ficou provada as grande mentiras inventadas por Malachi Martin.

Temos, no entanto, de ter em atenção que o Malachi Martin morreu em 1999 e por isso, não assistiu à Divulgação oficial da Terceira parte do Segredo de Fátima, que foi anunciada em 13 de Maio de 2000 e divulgada pelo Vaticano, na sua totalidade, em 26 de Junho de 2000.

Também nunca o conheceu, pois as suas inventonas, nunca passaram disso mesmo, pois comprovadamente nunca tomou conhecimento do manuscrito da Irmã Lúcia onde constava o dito Terceiro Segredo de Fátima, mais correctamente falando, a Terceira parte do Segredo de Fátima.

A melhor informação de como se terão passado os factos inventados pelo Malachi Martin sobre a sua pseudo-tomada de conhecimento do Terceiro Segredo de Fátima, foi através do testemunho da sua “grande amiga” Suzanne Pearson. Este testemunho foi primeiro publicado na Revista Fatima Crusader, a partir da página 23 e seguintes, que foi o bastião editorial do tristemente famoso padre Gruner, graças a Deus já retirado deste mundo. Depois foi traduzido para português e divulgado por sites sensacionalistas brasileiros, altamente duvidosos, pelo Ale Machado e pelo Apostolado de Garabandal brasileiro, que nele acreditam e o divulgam como sendo fidedigno.

Artigo original de Suzanne Pearson no The Fatima Crusader

Vou agora apresentar as principais passagens deste artigo:

Durante os quatro anos antes da sua morte, ocorrida em 1999, foi meu privilégio conhecer o Padre Malachi Martin. Tendo ouvido as suas entrevistas e lido alguns dos seus livros, comecei por lhe pedir a sua opinião sobre as mudanças desconcertantes no Santo Sacrifício da Missa. Acabou por se oferecer para me guiar espiritualmente. Eu tive então uma interação substancial com ele nos quatro anos seguintes, e durante esse tempo ele falou muitas vezes sobre Fátima.

Ele acreditava que Fátima era o acontecimento mais importante do Século XX, e que cumprir o seu mandato era a tarefa mais urgente que a Igreja e o mundo enfrentavam. Ao ouvir as suas entrevistas, já tinha notado que, quando falava sobre Fátima, falava com autoridade, como os contemporâneos de Nosso Senhor tinham dito sobre os Seus ensinamentos. E assim, durante a nossa primeira conversa telefônica, disse-lhe: “Fico com a impressão de que conhece o Segredo de Fátima!” E o Padre Malachi respondeu: “Conheço.”

Quando nos encontramos na semana seguinte, aludindo ao seu ceticismo sobre o movimento carismático, perguntei-lhe, meio a brincar: “O Espírito Santo revelou-lhe o Terceiro Segredo?” “Oh, não,” respondeu.

“Mostraram-me uma cópia do Terceiro Segredo na altura em que o Papa João XXIII o abriu e pediu a opinião de um grupo de Cardeais em 1960. Um desses Cardeais era o Cardeal Augustin Bea, de quem eu era assistente.”

Então atrevi-me a perguntar: “O Terceiro Segredo refere-se à apostasia na Igreja, não é?” Esta hipótese baseava-se nos poucos dados dispersos sobre Fátima que vieram a ser conhecidos durante os anos magros das décadas de 1970 e 1980, e no raciocínio de Frère Michel de la Sainte Trinité: “Os castigos materiais já estão preditos na segunda parte do Segredo.” O Terceiro Segredo prediz “um castigo de ordem espiritual.”

Para minha surpresa, o Padre Malachi respondeu:

“A apostasia na Igreja forma o fundo ou o contexto do Terceiro Segredo. A apostasia só está agora a começar. Mas os castigos previstos no Segredo são muito reais, castigos físicos, e são terríveis!”

Contou-me então a conversa que tivera com o Cardeal Bea, quando o Cardeal saiu da reunião em que o Papa João XXIII estava com os seus conselheiros, pálido como um lençol: “‘O que foi, Eminência?’ perguntei-lhe. ‘Acabamos de matar bilhões de pessoas. Olhe para isto!’ Entregou-me uma folha (b) de papel com 25 linhas manuscritas. Desde esse dia (c), cada palavra desse texto ficou gravada indelevelmente na minha mente.”

O Cardeal Bea fez esta declaração sobre “bilhões de pessoas” porque o Papa tinha acabado de decidir não revelar o Terceiro Segredo, nem consagrar a Rússia.

Perguntei ao Padre Malachi se me podia dizer mais alguma coisa sobre estes “terríveis” castigos, que matariam bilhões de pessoas. Ele explicou que, antes de ler o Segredo (a), foi-lhe pedido que fizesse um juramento de não o revelar, mas ele acreditava que devia ter sido revelado, e que Nosso Senhor e Nossa Senhora queriam que fosse conhecido.

Portanto, mencionava o Terceiro Segredo sempre que podia. Falava à volta dele, dando muitas informações de fundo sobre ele, e o maior número possível de pistas sobre ele, sem chegar a revelar o texto. Assim conseguiu nomear muito depressa uma lista de calamidades possíveis, e disse que algumas delas estavam no Segredo (f).

Considerando no seu conjunto as pistas que ele revelou sobre o Terceiro Segredo, elas podem dividir-se em três categorias (f), que ele apresenta no seu livro “The Keys of This Blood” (As Chaves deste Sangue):

“Um castigo físico das nações, envolvendo catástrofes, pela mão do homem ou naturais, em terra, na água e na atmosfera do globo. Um castigo espiritual … [consistindo] no desaparecimento da crença religiosa, num período de falta generalizada de Fé em muitos países. Uma função central da Rússia nas duas séries de acontecimentos precedentes. De fato, os castigos físicos e espirituais, segundo a carta de Lúcia, serão colocados num horário fatídico em que a Rússia é o ponto fulcral.”

O castigo espiritual começou aparentemente muito pouco depois de 1960. Em resultado da recusa do Santo Padre, o Padre Martin disse:

“Cardeais, Bispos e padres estão a cair no inferno como folhas.”
“A Fé desaparecerá de países e de continentes.”
“Muitos dos eleitos perderão a fé. Muitas pessoas que agora acreditam desistirão de acreditar, em desespero. As coisas ficarão tão más que, se Nossa Senhora não interviesse, ninguém se salvaria.
 (g)

A revelação que o Padre Malachi me fez de que “vai haver uma nova forma de energia” (h) que pode ser usada para matar bilhões de pessoas parece corroborar esta tese. 

O artigo continua com muitos outros detalhes  que não interessa muito aqui detalhar, porque são fruto de uma imaginação doentia e mentirosa do Malachi Martin, tendo só em mente o sensacionalismo que o levaria a escrever o seu best-seller “The Keys of This Blood” (As Chaves deste Sangue), e que lhe renderiam avultadas royalties para o seu bolso.

Com os extractos que apresentei acima, sobre o artigo da Suzanne Pearson, “fiel amiga” do Malachi Martin, já temos material suficiente para tirar as seguintes conclusões:

a) O Malachi quebrou o seu juramento de não revelar o conteúdo da folha que lhe foi entregue pelo cardeal Bea.

“antes de ler o Segredo, foi-lhe pedido que fizesse um juramento de não o revelar.”

Ele afirma ter feito um juramento de não revelar o seu conteúdo, mas, tanto quanto é possível a uma pessoa lembrar-se de um rápido vislumbre a uma folha de papel, ainda por cima manuscrita, ele durante mais de 30 anos não falou noutra coisa senão na leitura que fizera do Terceiro Segredo de Fátima. Ele revelou, mais do que minuciosamente, o conteúdo do que afirmava ter lido, não com as exactas palavras, mas com o que se lembrava. Só que tudo não passou de uma grande mentira, pois o Terceiro Segredo não fala de nada do que ele divulgou.

b) O que o Malachi leu, não foi o texto do Terceiro Segredo de Fátima.

Entregou-me uma folha de papel com 25 linhas manuscritas.

Terceiro Segredo de Fátima , como consta das imagens do documento “A MENSAGEM DE FÁTIMA”, no site do Vaticano, contem 4 páginas manuscritas com 63 linhas escritas pelo punho da Irmã Lúcia. Logo o Malachi mentiu.

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c) O Malachi não ficou com nada gravado do Terceiro Segredo de Fátima, na sua mente, pois não leu nada.

Desde esse dia, cada palavra desse texto ficou gravada indelevelmente na minha mente.”

O Malachi mentiu, porque o  texto da irmã Lúcia estava em português, língua desconhecida do Malachi. Mesmo que tivesse lido, não teria percebido nada. E se estava traduzido para inglês, então não podia conter só 25 linhas, e ele mentiu, porque disse que foi uma cópia e não uma tradução. Naquele tempo, em 1961, ainda não havia fotocópias. Logo o Malachi mentiu.

d) O Malachi inventou tudo, porque no Terceiro Segredo, que nós já conhecemos na sua totalidade, confirmado pela Irmã Lúcia e pelos Papas do Segredo, não há nem uma palavra sobre a apostasia nem dos outros temas confidenciados por ele.

e) O Malachi inventou tudo e confundiu segundo o seu interesse, o conteúdo do Segredo, que na verdade nunca leu.

O que pode ter lido, foi uma carta da irmã Lúcia, que acompanhou o texto do Segredo, escrita logo a seguir à Aparição do dia 3 de Janeiro de 1944 em TuyEste texto escrito pela Irmã Lúcia, que não fazia parte do Texto do Segredo, lacrado e para ser divulgado depois de 1960, chegou ao conhecimento privilegiado do Papa João Paulo II pouco antes de 1980, mas, ao povo em geral, só com a publicação do livro “Um caminho sob o olhar de Maria”, publicado pelo Carmelo de Coimbra em 2013. Foi este hiato de conhecimento no tempo, o causador de tanta polémica e críticas injustas à Igreja, nas pessoas do Papa e da própria Irmã Lúcia.

Nesta Aparição, de 3 de Janeiro de 1944, foi dada a seguinte ordem expressa de Nossa Senhora à Irmã Lúcia:

«Não temas, quis Deus provar a tua obediência, Fé e humildade, está em paz e escreve o que te mandam, não porém o que te é dado entender do seu significado. Depois de escrito, encerra-o um envelope, fecha-o e lacra-o e escreve por fora, que só pode ser aberto em 1960, pelo Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa ou pelo Sr. Bispo e Leiria».

O conteúdo desta carta, que foi publicada  no livro da Irmã Lúcia “O meu Caminho”, pág. 158 e 159, era o seguinte:

A ponta da lança como chama que se desprende toca o eixo da Terra, - Ela estremece: montanhas, cidades vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar, é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz que dizia: - No tempo, uma só Fé, um só Baptismo, uma só lgreja, Santa, Católica, Apostólica. Na eternidade, o Céu! Esta palavra Céu encheu a minha alma de paz e felicidade, de tal forma que quase sem me dar conta fiquei repetindo por muito tempo: - O Céu! O Céu! Apenas passou a maior força do sobrenatural, fui escrever e fi-lo sem dificuldade, no dia 3 de Janeiro de 1944, de joelhos apoiada sobre a cama que me serviu de mesa.  Nota: Os sublinhados são de JB. Esta  carta tem 36 linhas. A partir da Ordem de Nossa Senhora tem 26 linhas.

Carta da Irma Lucia de 3 de Janeiro de 1944

Original manuscrito da Irmã Lúcia

Certamente para o Malachi, ter estado tão próximo do Segredo e não o ter conhecido, o encheu de mágoa e de recalcamento. Para sublimar essa sua grande frustração, inventou a história que hoje ficou provada como mentira, total e completa, e passou a espalhar a fake-new de que lera o Segredo, ficando assim inchado de orgulho aos olhos do mundo… Esta aldrabice veio a lhe render muitos dólares na venda dos seus livros…

f) O Malachi inventou o que muito bem lhe serviu, para o seu propósito de escrever o livro que lhe rendeu milhões - The Keys of this blood.

Portanto, mencionava o Terceiro Segredo sempre que podia. Falava à volta dele, dando muitas informações de fundo sobre ele, e o maior número possível de pistas sobre ele, sem chegar a revelar o texto. Assim conseguiu nomear muito depressa uma lista de calamidades possíveis, e disse que algumas delas estavam no Segredo.

… que ele apresenta no seu livro “The Keys of This Blood” (As Chaves deste Sangue):

g) O Malachi inventou os 3 castigos que diz estarem no texto do Terceiro Segredo, pois nem uma palavra existe deles no texto da Irmã Lúcia.

Considerando no seu conjunto as pistas que ele revelou sobre o Terceiro Segredo, elas podem dividir-se em três categorias, …

h) O Malachi inventou a energia muito barata que a Rússia vai usar para destruir vários países e populações. Nada disso vem no Segredo.

vai haver uma nova forma de energia” que pode ser usada para matar bilhões de pessoas

Os seus conhecimentos de informações confidenciais, pelo facto de trabalhar para a CIA, devem ter estado na origem da divulgação das pesquisas da energia escalar feita pelos russos, e que ele, por conveniência, veio a aproveitar e a sugerir que fazia parte do conteúdo do Terceiro Segredo de Fátima.

i) O Malachi não falou no assassinato do Papa, tal como consta do Segredo.

O castigo espiritual começou aparentemente muito pouco depois de 1960. Em resultado da recusa do Santo Padre, o Padre Martin disse:

“Cardeais, Bispos e padres estão a cair no inferno como folhas.”
“A Fé desaparecerá de países e de continentes.”
“Muitos dos eleitos perderão a fé. Muitas pessoas que agora acreditam desistirão de acreditar, em desespero. As coisas ficarão tão más que, se Nossa Senhora não interviesse, ninguém se salvaria.”

Mas em contrapartida fala da perde Fé generalizada de populações inteiras…

j) O Malachi afirma que Deus suspendeu a Graça para o mundo. Isto é uma mentira.

“Deus retirará a Graça,” disse. Isto parece ser uma coisa muito dura para Deus fazer, como se estivesse a sabotar a Sua própria Vontade de “que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade.” Mas devia antes considerar-se como um círculo vicioso.

É uma mentira descarada, pois Nossa Senhora afirma em Medjugorje, que ainda (em 2020) vivemos num tempo de Graça.

 

Pode aprofundar o difundido pelo Malachi Martin, segundo a sua confidente Suzanne Pearson, nos seguintes links:

https://archive.fatima.org/crusader/cr107/cr107.pdf    Pág. 23 em diante.

https://jesusagonizante.pt/artigos/17-padre-malachi-martin-que-leu-o-terceiro-segredo-de-fatima-a-apostasia-na-igreja-e-o-contexto-do-terceiro-segredo

http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/20385/Padre-Malachi-Martin-que-leu-o-Terceiro-Segredo-de-Fatima-A-apostasia-na-Igreja-e-o-contexto-do-Terceiro-Segredo-Cardeais-Bispos-e-Padres-estao-a-cair-no-inferno-como-folhas-A-Fe-desaparecera-de-paises-O-Castigo-vira-e-sera-o-pior-pesadelo

Numa entrevista dada a Art Bellno seu programa nacional, o Malachi Martin ainda afirmou:

M.M.: “Agora, qual é o Terceiro Segredo (de Fátima)? É um documento terrível. Não é de todo agradável lê-lo. Estou sob juramento de não revelar os detalhes reais, porque eu o li ... Não posso quebrar meu juramento nesse assunto.”

Embora tenha sido pressionado por entrevistadores a revelar algo do Terceiro Segredo, ele sempre alegou permanecer fiel ao seu voto de não revelar o seu conteúdo. No entanto, ele indicou a vários amigos que a escuridão deveria cobrir a Terra e que seria de natureza física e espiritual. Ele se referiu à maçonaria comunista como sendo o "mal luciferino".

Assim sendo, tanto quanto lhe foi possível, ele revelou tudo o que jurou não poder revelar, só que tudo foi inventado. A outra hipótese, a de ele ter lido de facto o Terceiro Segredo, então andou-nos a mentir durante quase 40 anos sobre o seu conteúdo. Em qualquer das hipóteses, é um mentiroso descarado e sem escrúpulos.

Aliás, o juramento que ele afirma ter feito, de certeza que também terá sido pedido ao Cardeal Bea, que o quebrou logo à saída da reunião com o papa João XXIII, quando mostrou a cópia ao Malachi Martin. De qualquer das maneiras, ficam os dois muito mal na fotografia…

CONCLUSÕES sobre o falso conteúdo do Terceiro Segredo de Fátima

1ª Conclusão - Se até o ano 2000 era difícil provar a mentira do Malachi Martin, a partir da sua revelação pública, no ano de 2000, ficou provado, para além de qualquer dúvida, de que o Malachi Martin mentiu com quantos dentes tinha na boca.

2ª Conclusão - E aqui surge um segundo aspecto que quero realçar, que é a atitude das pessoas em relação a esta imensa fake-new do Malachi Martin. Se até o ano 2000, em que foi revelado o Terceiro Segredo pelo Vaticano, a generalidade das pessoas se podiam considerar inocentes enganadas e sem grande culpa, a partir do momento em que o texto integral do Terceiro Segredo de Fátima foi revelado pela Igreja Católica, as pessoas que optaram por continuar a acreditar na aldrabice gigantesca do Malachi Martin, tornam-se ainda mais culpadas do que o próprio Malachi.

Sobre quem optou por continuar a acreditar na mentira do Malachi, e ainda por cima a divulga como verdadeira, tem incontestavelmente uma grande dose de má fé e a intenção dolosa de atacar a Igreja Católica e de chamar de mentirosos aos envolvidos na revelação do Terceiro Segredo, nomeadamente o Papa João Paulo II, Bento XVI e a Irmã Lúcia. Isto fica claro como a água! Hoje em dia, quem divulga as mentiras do Malachi Martin, declara-se publicamente, e de forma incontestável, como um inimigo da Igreja Católica, da Verdade e um seu detractor!

 

 

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