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ALERTA lBest sellers de HARRY POTTER
SÃO MANUAL DE SATANISMO E BRUXARIA
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Novidade: Acabei agora de receber, na estreia do filme de Harry Potter, mais 1 texto saído nas Notícias Lepanto que apresento como Texto 4.Recebi em Agosto de 2991 estes 3 primeiros textos, num email que me foi enviado pela Roberta, trazendo este alerta para uma das obras mais sinistras da actualidade.
Aliás, é triplamente sinistra:
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O seu conteúdo é sinistro, transmitindo ensinamentos satânicos, práticas de bruxaria e sentimentos de retaliação e vingança,l
Dirige-se subrepticiamente a crianças e adolescentes, servindo-se de uma linguagem acessível e atraente, contando com a sua inocência natural,l
É veiculada pelos escolas e instituições de ensino.Texto 1
QUERIDOS, POR FAVOR LEIAM COM ATENÇÃO ESTE MATERIAL.
É ASSUNTO DE MUITA SERIEDADE.
REPASSE ESTE MATERIAL PARA AS PESSOAS DE SUA CONFIANÇA.
UM GRANDE ABRAÇO.
Padre NECO
Texto 2
Esta é a coisa mais maligna em que eu tenho posto os meus olhos e ninguém parece entender o quanto tudo isso é amedrontador.
Os livros de Harry Potter estão na lista dos número 1 mais vendidos nos USA hoje. Dê uma olhada na lista das maiores livrarias americanas e suas vitrinas. Vá até o AMAZON.com e leia a secção de opinião dos leitores. Ouça palestras de educadores e até mesmo educadores cristãos sobre como "É maravilhoso ver a juventude vorazmente abraçando a experiência da leitura".
Harry Potter é a criação de uma professora do Reino Unido que promove a
feitiçaria e o satanismo.Harry é um feiticeiro de 13 anos de idade, que blasfema abertamente contra Deus e contra Jesus, promovendo a feitiçaria seguida de vingança contra qualquer um daqueles que o desaponte. O livro lhe dá exemplos de como fazer rituais com palavras de magia e invocação de poderes demoníacos, e vem até mesmo com a bibliografia completa das obras citadas, em anexo.
Isto é uma porta aberta para as crianças entrarem no lado mais escuro e demoníaco do mal.
O problema é que os pais não tem feito uma revisão do tipo de material que os seus filhos estão lendo, e na verdade, se olharem somente o título do livro, parece realmente ser sem nenhuma ofensa... Harry Potter...
Mas é onde toda a inocência acaba.
Deixe-me lhes dar algumas declarações de leitores já influenciados.
- "Os livros de Harry Potter são o máximo, porque me ensinam sobre magia e como você pode usar isto para controlar pessoas, e ter vingança sobre os seus inimigos. Eu quero aprender a "Praga do Cruciatos" para fazer sofrer a minha professora de ciências, por ter me dado uma nota baixa". Isto disse Craig Nowell, um garoto de 10 anos recém convertido à "Nova Ordem Satânica do Circulo Negro", em Hartland, Wiscosin.
Veja o que disse uma garota de apenas 6 anos quando foi indagada a respeito do seu personagem favorito:
- "Hermonie é a minha preferida, porque ela é esperta e tem um gatinho. Jesus morreu, porque ele era um fraco e um estúpido." Isto disse Jessica Lehman, da Carolina do Sul.
E aqui está a declaração de Ashley, de 9 anos de idade, típica média de idade dos leitores de Harry Potter:
- "Eu acreditava no que eles me ensinavam na Escola Dominical da Igreja. Mas os livros de Harry Potter me mostraram que a magia é real, é algo que eu posso aprender e usar agora, e que a Bíblia não é nada, mas apenas um livro de mentiras chatas." E então mostrou como invocar "CEREBUS" com palavras de magia tiradas do livro, que é um cão de caça de três cabeças do inferno...
Isto prendeu a sua atenção? Se não, que tal a declaração de um alto sacerdote da Primeira Igreja de Satanás em Salem, Massachusettes:
- "Harry é um enviado dos deuses para a nossa causa. Uma organização como a nossa, prospera com esse sangue novo, e nós temos tido mais pessoas se juntando a nós nestes dias, do que aquelas com que podemos lidar, e é claro a maioria delas é muito jovem e ainda são virgens, o que para nós é realmente muito suculento"!
Em 1995, as pessoas que buscavam abertamente a adoração a Satanás estava em torno de 100.000. Este número tem crescido em torno dos 14.000.000 aqui nos USA, o que na maioria são crianças e adultos jovens.
Isto tem-me feito passar mal fisicamente! Mas acho que posso dar uma explicação para estas coisas que estão acontecendo.
As crianças tem sido bombardeadas com todo o tipo de acção, aventuras, suspense e terror na TV e no cinema, e nada mais do que Hollywood possa produzir lhes dará o "poder máximo"... Os pais tem negligenciado o que os filhos estão lendo e o que estão fazendo, e simplesmente sentem-se satisfeitos porque "o nosso pequeno Johnnie está tão interessado na leitura...". E os educadores norte-americanos estão empurrando este lixo aos nossos filhos sem nenhuma advertência dos conteúdos ou dos efeitos nas suas mentes e vidas.
Ainda não está convencido? Vá até a página:
http://theonion.com/3625?harry_potter.html
http://theonion.com/3625?harry_potter.htmlpara
para ver o original deste artigo.
E finalmente a declaração da própria autora J. K. Rowling, quando foi indagada sobre a oposição dos cristãos aos seus livros:
- "Eu acho que é absolutamente vergonhoso protestar contra livros infantis e alegar que eles estão ludibriando e levando as crianças para Satanás", disse Rowling a um repórter do London Times em 17 de Julho deste ano numa entrevista. "As pessoas deveriam estar gratas a eles por isso! Estes livros levam as crianças a entender que o fraco e idiota "Filho de Deus" não passa de uma brincadeira vivente e que será humilhado quando a chuva de fogo realmente começar a cair, enquanto isso, nós os servos fiéis do Senhor das Trevas, vamos rir e celebrar com danças a nossa vitória."
Meu desejo é que vocês se tornem envolvidos em enviar este artigo para as pessoas sobre este lixo.
Por favor encaminhe isto para todo Pastor, professor, amigos que você conhece. Esta autora até agora já publicou 4 LIVROS em menos de 2 anos dessa "enciclopédia de satanismo" e certamente irá escrever mais!
A serviço do Senhor Jesus, a ele a Honra e a Glória. Acredito que podemos fazer alguma coisa!
ATENÇÃO: Se o seu filho já leu estes livros não precisa ser severo com ele, converse e leve-o a chegar a uma conclusão de que tudo isso não agrada a Deus, e que pode tirar a sua crença em Deus. A proibição neste caso só vai levá-lo a ficar mais curioso ou à rebeldia. Use de sabedoria, dê uma leitura no livro ou na sinopse do mesmo e use de argumentos sábios. O melhor é sempre verificarmos que tipo de literatura ou jogos chegam às mãos de nossos filhos.
Roger Linn
Texto 3
Cuidado com essa literatura, pois ela é uma iniciação à bruxaria!!!!!
Principalmente na Bienal do livro, com certeza haverá muita quantidade desses livros para venda.Harry Potter, o Novo Herói Infanto-Juvenil: Compreensão Básica do Problema Antes de começar a ler os livros de Harry Potter, ou comprá-los para seus filhos, você precisa compreender alguns factos que talvez ainda não saiba.
Ao começarmos este estudo dos livros da série Harry Potter, achámos que existem algumas coisas que você precisa conhecer. Portanto, criámos este artigo introdutório para que leia, compreenda e tenha uma visão geral do problema.
O sucesso obtido pelos livros de Harry Potter é totalmente bizarro. Considere estas estatísticas, fornecidas por um fabricante que acaba de obter a licença para produzir itens na linha Harry Potter. "Até o momento, sete livros estão planejados, um para cada ano em que Harry vai estudar na Escola Hogwarts de Magia e Bruxaria. Vinte e oito milhões de livros já foram publicados em todo o mundo, dezenove milhões só nos Estados Unidos. Em Fevereiro de 2000, todos os três títulos da série Harry Potter apareceram na lista dos livros mais vendidos do jornal The New York Times -- um facto sem precedentes para livros infantis. Os livros da série Harry Potter conquistaram o mundo e já são publicados em 115 países e em 28 idiomas.
Os estúdios Warner Bros. planeiam lançar o primeiro filme, baseado em Harry Potter e a Pedra Filosofal, em meados de 2001."
Essas estatísticas são inacreditáveis, especialmente quando você considera que, há apenas alguns anos atrás, a autora J. K. Rowling estava vivendo na pobreza, desquitada e com uma filha pequena para criar. Esse seria o epítome de uma história de sucesso, se não fosse pelo facto que a linha de narrativa dos personagens seja a mais sofisticada e exacta ilustração de feitiçaria avançada imaginável. Rowling claramente conhece sua feitiçaria, e muito dessa feitiçaria é obscura e secreta, e no entanto ela escreve sobre o assunto da forma mais inocente e sedutora possível. Isso explica todo o fascínio que as crianças e adolescentes têm pelos livros de Harry Potter.
No entanto, os sistemas educacionais públicos da Inglaterra e dos EUA estão entrando em cena também. Nesses países, os livros da série Harry Potter estão sendo adoptados no currículo escolar. Assim, livros didácticos estão sendo produzidos e vendidos aos professores para que saibam como leccionar a matéria aos seus alunos. Em vez de advertirem sobre a tremenda feitiçaria, esses guias dizem aos mestres para enfatizarem o aspecto "do bem contra o mal" do enredo, e os "valores centrais" de amor, lealdade, coragem e determinação. Mas, não se engane a respeito do facto que, se você permite que seu filho estude em uma escola pública na Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Austrália, e provavelmente na Nova Zelândia, ele precisará ler e escrever redacções sobre os livros. No Brasil e em Portugal, algumas escolas particulares já estão recomendando a leitura dos livros da série Harry Potter. Segundo informações divulgadas na imprensa, a venda dos livros já passou da casa dos 60.000 exemplares, um sucesso estrondoso. Esse negócio é bem sério, pois esses livros contêm as mais vívidas discussões sobre feitiçaria e Magia Negra imagináveis, e fazem isso de um modo que convence as crianças que a feitiçaria não somente é perfeitamente válida, mas também é melhor que o mundo sem feitiçaria, e que não precisam temer nenhuma consequência por praticarem esse tipo de feitiçaria.
Finalmente, a autora J. K. Rowling não somente conhece bem sua feitiçaria, mas conhece a forma como é praticada pelos Iluministas. Ela usa constantemente os símbolos dos Iluministas para retratar os elementos-chaves nos livros, e usa-os exactamente com o significado correcto que têm para os Iluministas. Como o principal objectivo dos Iluministas é preparar o cenário para o aparecimento do Anticristo, todos os pais cristãos precisam considerar que talvez, os livros da série Harry Potter esteja condicionando seus preciosos filhos para aceitarem o Anticristo quando ele aparecer na cena mundial.
Elementos-Chave no Enredo Harry Potter vivia com sua família de trouxas [Nota: No original inglês, muggle, possivelmente um neologismo criado pela autora J. K. Rowling, mas de sentido depreciativo para designar as pessoas não-iniciadas na feitiçaria.], tio Válter e tia Petúnia Dursley e o filho deles, o Duda. Harry foi deixado na porta da casa da família Dursley na noite terrível em que seus pais foram assassinados pelo maligno mago Lord Voldemort, o Senhor das Trevas. Em outras palavras, o jovem Harry Potter, que tinha apenas um ano de idade quando esse ataque ocorreu, tem um histórico de feitiçaria hereditária na família, pois seus pais eram feiticeiros poderosos, praticantes de Magia Branca; assim, Harry Potter é, por herança, um poderoso mago, mesmo na tenra idade de um ano. Na verdade, Lord Voldemort tentou matar Harry junto com seus pais, mas não conseguiu. Suas maldições de morte funcionaram perfeitamente contra Lílian e Jaime Potter, mas não conseguiram matar Harry.
O único efeito que essa maldição de morte teve em Harry foi criar uma cicatriz em forma de raio na sua fronte. Na verdade, a maldição voltou contra Lord Voldemort quando ele não conseguiu matar Harry, tirando parte da intensidade de seus poderes. Como veremos posteriormente, Rowling compreende muito bem sua feitiçaria; no mundo real dos feiticeiros e bruxos, se uma maldição for lançada em uma vítima, mas os poderes dessa vítima forem suficientes para anular a maldição, os efeitos da maldição fracassada voltam contra a pessoa que a lançou. A autora Rowling conhece bem sua feitiçaria e utiliza-a com perfeição em toda a história.
Os tios Válter e Petúnia sabem que a irmã dela, Lílian, e o marido Jaime eram feiticeiros poderosos; portanto, sabiam que Harry bem que poderia tornar-se um feiticeiro quando crescesse. Para tentar destruir essa feitiçaria hereditária em Harry, eles o tratavam de uma forma abominável.
Negavam-lhe um quarto livre que tinham no sobrado e o faziam dormir em um cubículo debaixo das escadas. Harry não recebia seu próprio prato de comida na mesa e precisava sobreviver com o que caía do prato do balofo e sempre guloso Duda, que é um pouco mais velho do que ele.
Em todos os livros, a autora retrata o mundo da fantasia da feitiçaria como muito mais divertido, interessante e capaz de propiciar realização que o mundo não-mágico dos "trouxas". Quando uma cena ocorre no mundo monótono dos trouxas, Harry está triste e sente-se deprimido pela forma como é tratado e deseja retornar às aulas na Escola de Magia e Bruxaria. A única alegria na vida de Harry é o seu mundo de fantasia em Hogwarts, onde pode brincar e estudar com seus colegas feiticeiros e magos.
Da mesma forma, todas as pessoas no mundo não-mágico dos trouxas é retratado como estúpido, preconceituoso e fisicamente repugnante. Qual criança normal quereria continuar a viver em tal existência não-mágica quando pode fugir para o mundo mais interessante da feitiçaria? Na verdade, as atividades em Hogwarts são apresentadas de uma tal maneira que, mesmo que estejam mostrando encantamentos reais, maldições ou experiências extra-sensoriais, essas actividades não têm consequências espirituais; embora a Bíblia condene qualquer pessoa que pratique esses tipos de actividade à morte, Harry Potter e seus amigos sistematicamente aprendem todos os caminhos de um verdadeiro satanista sem sofrer nenhuma consequência. É esse tipo de mensagem que você quer que seu filho receba dos livros da série Harry Potter? A Escola Hogwarts de Magia e Bruxaria.
Quando Harry completa onze anos de idade, começa a receber cartas que dizem que foi aceito na Escola Hogwarts de Magia e Bruxaria. O tio Válter procura de todas as formas esconder essas cartas, mas é finalmente vencido quando um feiticeiro de Hogwarts vem à dimensão dos trouxas, Harry é milagrosamente liberto para que possa finalmente escapar de sua infeliz existência e entrar no fabuloso mundo da feitiçaria estudando na Escola Hogwarts. Hogwarts é uma escola proeminente em feitiçaria em todo o mundo do satanismo. Embora seja controlada pelo feiticeiro mais poderoso do mundo, o diretor Alvo Dumbledore, a escola é controlada pelas forças da Magia Branca. Dumbledore está sempre de guarda contra qualquer tentativa do lado da Magia Negra tomar o controle da escola. Das quatro casas de fraternidade estudantil no campus escolar, três seguem a Magia Branca, e uma a Magia Negra.
Essa escola ensina uma feitiçaria que é estranhamente real em seus detalhes.
Muitos dos encantamentos descritos são reais, e muitas das poções também são reais. Muitas das actividades descritas são reais, mas o leitor não é informado que no mundo real do satanismo, muitos dos encantamentos e actividades ou requererem que o feiticeiro seja possesso por demônios, ou requererem um sacrifício humano. Futuramente teremos alguns artigos que tratarão desse assunto.
Todos os livros caracterizam-se pelo enredo de uma batalha entre Harry Potter e seus colegas praticantes de Magia Branca contra o lado da Magia Negra, com Lord Voldemort ao fundo, lutando por meio dos subordinados dentro da escola. A narrativa é agradável e flúi extremamente bem. Os livros são escritos no nível das crianças de onze ou doze anos, o que explica a popularidade alcançada. Cada livro trata de um determinado ano que Harry está estudando em Hogwarts. Assim, A Pedra Filosofal descreve o ano de Harry como calouro na escola, A Câmara Secreta descreve seu ano como veterano, O Prisioneiro de Azkaban seu terceiro ano, e O Cálice de Fogo descreve seu quarto ano.
Nossa recomendação aos pais cristãos é que não permitam que seus filhos leiam esses livros. Além disso, o facto de escolas públicas e particulares estarem adoptando os livros de Harry Potter como parte do currículo é mais uma razão para transferir suas crianças dessas escolas e matriculá-las exclusivamente em escolas cristãs.
Como estamos vivendo no final dos tempos, na eminência do aparecimento do Anticristo, devemos esperar que ocorra uma grande ênfase no condicionamento da maior parte da população para aceitar seus valores de feitiçaria e de magia. Os livros de Harry Potter realizam isso perfeitamente. As crianças, em toda parte, estão aprendendo a amar Harry Potter e as feitiçarias que ele pratica. Elas já estão imitando a cicatriz em forma de raio no meio da testa, exactamente o local onde o Falso Profeta um dia requererá que todas as pessoas recebam a marca da besta, como símbolo da lealdade ao Anticristo.
Quando centenas de milhões de pessoas receberem essa marca da besta, quantas delas terão sido pré-condicionadas a aceitar uma marca em suas frontes por causa dos livros da série Harry Potter? Esse conceito leva-nos de novo à ilustração do demónio na forma de unicórnio que está segurando no colo o menino que lê um livro da série Harry Potter. No entanto, sem que o menino ou seus pais percebam, o demónio está tatuando uma marca na forma de um raio no meio da testa dele, exactamente no local onde a marca final da besta será colocada pelo Falso Profeta.
Acreditamos que esse condicionamento seja exactamente o objectivo de Satanás com esses livros da série Harry Potter.
Tradução: Jeremias R.D.P. dos Santos
A Espada do Espírito Caixa Postal 62596 01214-970 São Paulo SP Brasil
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Novidade: Acabei agora de receber, na estreia do filme de Harry Potter, mais 1 texto saído nas Notícias Lepanto que apresento como Texto 4.Texto 4
Para ver o artigo diagramado em nosso site: http://www.lepanto.org.br/NotHpotter.html Oferecido pela Revista Catolicismo http://www.catolicismo.com.br
*** Harry Potter: o sinistro e diabólico anti-conto de Fadas ***
Um mundo de horrores, dominado pela magia, está sendo proposto em escala universal a dezenas de milhões de leitores de Harry Potter - uma antevisão do inferno. Principais vítimas dessa leitura: as crianças e jovens.
Renato Vasconcelos
Frankfurt - Em fins do ano passado deu-se no mundo inteiro um dos mais espetaculares lançamentos de uma obra literária para crianças e jovens. Trata-se da edição do quarto livro da série Harry Potter. A obra, com nada menos que 767 páginas, intitulada Harry Potter e o cálice de fogo, da autora escocesa Joanne Rowling1, despertou um interesse estrondoso, criando mesmo aquilo que se chamou de "pottermania".
Só na Alemanha esgotaram-se em tempo recorde centenas de milhares de exemplares da obra. Em Frankfurt, mas também em outras grandes cidades, já de madrugada, enfrentando o frio cortante do inverno incipiente, filas enormes de leitores formavam-se junto às portas das livrarias, ansiosos por serem os primeiros a ter em mãos o "precioso" livro...
Imensa foi a orquestração mediática em torno dessa obra destinada ao público infanto-juvenil: tema tratado praticamente por todos os jornais, revistas e televisões, os quais por sua vez atiçaram a curiosidade geral2.
A autora, cujos quatro livros tornaram-se best-sellers com uma tiragem superior a 100 milhões de exemplares em todo o mundo, perfila-se hoje entre os escritores mais lidos do mundo. Um mês depois do apoteótico lançamento do quarto volume de Harry Potter, Rowling recebia da Universidade de Exeter o título de Doctor honoris causa em filologia. Sucesso vertiginoso, quando se considera que há apenas sete anos ela chegava a Londres, divorciada de um jornalista português, com uma filha de um ano, uma mala cheia de manuscritos e sem um centavo no bolso. Hoje, Joanne Rowling vai ganhando prêmios de literatura um após outro. E já é a terceira mulher mais rica da Inglaterra.
Na origem dessa meteórica ascensão encontra-se, sem dúvida, a propaganda torrencial da mídia. Porém, o apoio publicitário não explica tudo. Parte importante no sucesso da escritora escocesa advém, infelizmente, da apetência de numerosos leitores por um mundo tenebroso, oculto e misterioso, que se desvela ao longo das peripécias de Harry Potter e seus amigos3. Tal apetência também parece explicar o extraordinário sucesso de bilheteria alcançado nos Estados Unidos pelo filme Shrek, produzido no estúdio do cineasta Spielberg, que apresenta um gigante ogro monstruoso. Apesar de repelente, Shrek vem atraindo legiões de espectadores!
Adeus ao mundo maravilhoso das fábulas e contos de fada
A literatura infantil dos últimos séculos caracterizava-se por alimentar nos jovens leitores a apetência do maravilhoso, incrementar nas almas o senso de contradição entre o bem e o mal, despertar o horror pelo hediondo e o amor pelo sublime. Mostrar ainda que, apesar de todos os sofrimentos, de todos os reveses desta vida, de todas as armadilhas preparadas pelos maus contra os bons, a felicidade alcançável nesta terra é a que resulta da prática da virtude, da perseverança nas vias do bem; é esta sempre a melhor opção. Candura, inocência, desejo de um mundo fabuloso - uma espécie de pré-figura do Céu - que venha ao encontro das mais puras e elevadas aspirações do coração.
Por outro lado, o mundo dos maus, com sua fealdade, seu hediondo, suas trevas e traições, seus ódios e invejas, tudo isso lembrava o horror da "societas scelerum" (sociedade dos celerados), que é o inferno. E assim elevava-se para as crianças um grande ideal de vida: amar o bem e odiar o mal, praticar a virtude e execrar o vício, abrir-se ao sublime e, nesta ascensão de perfeição em perfeição, de maravilhoso em maravilhoso, ao fim desta invisível escada de Jacó, encontrar a Deus, supremo Bem, infinita Perfeição.
Deste modo, sem mencionar sequer uma frase do Catecismo, eram os contos de fada um possante instrumento para preparar as jovens almas a abraçarem o bem e rejeitarem o mal, em suma, a amar a Deus e odiar o demônio.
Da Condessa de Ségur a Rowling: uma queda vertiginosa
Esse alto valor pedagógico dos contos infantis representou, na Alemanha do século XVI, uma poderosa arma da Contra-Reforma católica no combate à obra destrutiva da pseudo-reforma luterana. E no século XIX os irmãos Grimm tornaram-se famosos por sua obra de compilar e difundir os contos de fada, que até então em grande parte circulavam de boca em boca.
Concomitantemente, na França os escritos da Condessa de Ségur - que aliás não eram contos de fadas - exerceram influência igualmente benéfica na formação de sucessivas gerações. Fazendo com que o enredo e os personagens de seus livros tratassem de espinhosos problemas da vida diária do pequeno mundo infantil, numa linguagem atraente, leve, elevada e nobre, ela convidava implicitamente seus jovens leitores a tomarem um perfil moral, cujas notas tônicas eram a honestidade, a lealdade, a nobreza de caráter, a cortesia no trato, a elevação de espírito, a inocência em suma. Talvez muitos leitores se recordarão ainda de O albergue do anjo da guarda, O general Durakine, Os dois bobinhos, As memórias de um asno, para citar apenas alguns de seus livros mais famosos.
O mundo hediondo do demônio
Ora, nada dos elementos de formação do caráter, que abundavam na antiga literatura infanto-juvenil, encontramos na série de Harry Potter. O que nela se encontra é bem exatamente o contrário. É a iniciação no mundo do preternatural, da bruxaria e da magia, dos seres hediondos e repelentes. A série de Harry Potter revela-se assim uma possante preparação das almas e das mentes para inicialmente tomar como natural um mundo anticristão, e depois abrir-se a um mundo de horror e trevas, que configura o reino do demônio. Reino este almejado pela Revolução gnóstica e igualitária que há séculos vem minando a Civilização Cristã, como descreve o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em sua obra-mestra Revolução e Contra-Revolução4.
Aliás, a própria Joanne Rowling confessa implicitamente este caráter anticristão de sua obra ao afirmar a importância que atribui ao elemento "magia". Numa entrevista concedida na cidade de Tüginben, Rowling afirmou sem rebuços: "As crianças necessitam da magia, porque elas mesmas são muito fracas" 5.
O enredo
A série de Harry Potter comportará sete volumes, quatro dos quais já publicados. No primeiro, Harry Potter e a Pedra Filosofal 6, pode-se ler como Harry, órfão de um ano de idade, é adotado por tios que o desprezam por ser um bruxinho e o tratam com brutalidade. Contam-lhe que seus pais morreram num acidente de carro. Porém, quando completa 11 anos, fica sabendo que, de fato, seus pais não morreram num desastre, mas assassinados por um bruxo maléfico, Lord Voldemort. Harry só escapou da morte graças ao sacrifício de sua mãe, que o protegeu com seu corpo. Restou-lhe, porém, impressa na testa uma cicatriz em forma de raio, a qual lhe provoca dores cruciantes sempre que Lord Voldemort está em seu encalço. Convidado a freqüentar a Escola de Feitiçaria de Hogwarts, torna-se amigo de Rony e Hermione, dois bruxinhos de mesma idade, e com eles experimenta toda espécie de aventuras.
Tais aventuras, que ocorrem ao longo dos sucessivos anos letivos na Escola de Bruxaria de Hogwarts, vão crescendo gradualmente em suspense. Tanto o segundo volume, Harry Potter e a Câmara dos Segredos, quanto o terceiro, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban7, têm seu ponto alto em enfrentamentos de Potter com seu antagonista Voldemort. No quarto volume, Harry Potter e o Cálice de Fogo, a fantasia das peripécias não encontra limites e o grau de preternatural demoníaco vai se acentuando cada vez mais, culminando na cena da reencarnação de Lord Voldemort.
Numa ação horripilante, durante a noite e num cemitério, o bruxo maléfico - que estava reduzido a uma espécie de esquálido e hediondo ser fetal, de olhos vermelhos e pele escamosa - readquire seu corpo inteiro a partir de um elixir. Os ingredientes deste são ossos retirados do túmulo de seu pai, de carne da mão (decepada no momento) de Rabo de Verme, o único servo que lhe restara, e o sangue retirado das veias de Harry Potter, que, amarrado numa pedra sepulcral, assiste impotente à cena, enquanto a cobra Nagini, igualmente servidora e companheira inseparável de Voldemort, arrasta-se célere em torno do sepulcro8.
A luta entre o mal ... e o mal
Potter surge ao longo da obra - toda ela túmida de preternatural e de cenas horripilantes, onde seres hediondos aparecem a cada instante - como um menino eleito. Sim, porque não se trata de um menino como os outros. É um aprendiz de feiticeiro, mas bonzinho. Com seus amigos, igualmente bruxinhos, vai à escola (de bruxaria, bem entendido) 9, participa de jogos, escreve cartas a seus conhecidos, sofrendo porém, continuamente, insídias e ataques pérfidos de bruxos das trevas, os comedores da morte, comandados por Lord Voldemort.
Assim se apresenta na obra a perspectiva da suposta luta entre o "bem e o mal", por onde Potter e seus amigos seriam bruxos do bem. Os bruxos do mal são violentos e odientos; os do bem, o mais das vezes, benévolos e pacíficos. Sim, porque às vezes Harry se deixa levar pelo ódio. Em relação ao professor Snape, um de seus piores inimigos, "ele imagina como as coisas mais terríveis poderiam atingi-lo... Se ele pelo menos soubesse como funciona a maldição Cruciatus, ... esmagaria Snape no chão, como esta aranha, e o faria debater-se" 10.
Ademais, trata-se aqui de bruxos bons, que convivem em harmonia plena com toda espécie de horrores e monstruosidades. Um exemplo: Lupin, um dos professores preferidos de Potter, mestre de "Proteção contra Artes Mágicas", acaba se revelando lobisomem, e por isso é obrigado a abandonar a escola. Para grande pesar de Potter...
Confusão entre a noção de bem e de mal
Esse é um dos aspectos mais graves e deletérios da obra de J. Rowling: a relativização do conceito de bem e mal. Com efeito, a luta entre um e outro se desenvolve: a) não no plano dos princípios da moral, mas no da violência/não-violência; b) num mundo sem Deus, diferente daquele onde vivem os trouxas, homens profanos à bruxaria, ou seja, os cristãos.
Por outro lado, a despretensão e a coragem, a simplicidade e a intrepidez de Potter, um menino desvalido e perseguido à outrance por um bruxo maléfico e poderoso, ademais do enredo cheio de surpresas e de momentos de grande suspense, são uma isca poderosa que prende o leitor jovem e encadeia-o na leitura de textos absolutamente repugnantes, introduzindo-o e adaptando-lhe a mente ao mundo da bruxaria e da magia. É o mundo no qual existe uma reversibilidade contínua entre o bem e o mal, o belo e o horrendo. Ora, essa reversibilidade não é outra coisa senão a doutrina gnóstica em estado puro, doutrina essa reiteradamente condenada pela Igreja Católica desde os primórdios do Cristianismo.
A exigüidade deste artigo não permite longas e exaustivas citações. Porém, alguns trechos tirados dos quatro volumes de Harry Potter talvez possam transmitir uma idéia do teor da obra e de seu caráter pernicioso, sobretudo para as crianças11.
Os "dementadores": esvaziadores de mentes
Do cárcere escapara um prisioneiro tido como assassino implacável. Sirius Black, o delinqüente foragido, estaria à procura de Potter para matá-lo. Preocupado com a segurança deste, o diretor da Escola de Bruxaria de Hogwarts manda vir os temíveis guardas da prisão de bruxos de Azkaban, os assim chamados dementadores, para que vigiem o castelo. O pequeno bruxo toma contato com um dos guardas numa viagem de trem, quando se dirigia à escola para o início do ano letivo:
"Encontrava-se de pé junto à porta, iluminada pelas chamas bruxuleantes que vinham das mãos de Lupin, uma figura envolta num manto e que chegava até o teto. Sua face estava totalmente escondida sob o capuz. Os olhos de Harry voltaram-se para o alto, e o que ele viu fez seu estômago revirar. Havia uma mão saindo da capa, e ela brilhava, cinzenta, gosmenta e escalavrada, como algo morto que tivesse apodrecido na água. ... E a coisa envolta pelo capuz, qualquer que ela fosse, respirou longa e matraqueadamente, como se estivesse tentando sorver algo mais do que o ar ambiente. Um frio intenso envolveu a todos. Harry sentiu a respiração presa em seu peito. O frio lhe atravessava a pele, estava dentro de seu peito, dentro de seu próprio coração" 12.
Os "dementadores" esvaziam a mente de seus vigiados. Daí o nome. O pavor que o "dementador" de Azkaban incutiu foi de tal modo intenso, que Harry caiu desmaiado. É como se tivesse contemplado um demônio.
De fato, um demônio e sua ação não seriam descritos de modo diferente. Lupin, o lobisomem, explica a seus alunos que os "dementadores" "estão entre as criaturas mais malignas que vagam pela terra. Infestam os lugares mais escuros e imundos, se comprazem com a decomposição e o desespero, tiram a paz, a esperança e a felicidade do ar à sua volta. Até os trouxas sentem sua presença, embora não possam vê-los. ... Se puder, o dementador se alimentará de você o tempo suficiente para transformá-lo em algo semelhante a ele, um ser sem alma e pérfido" 13.
O padrinho de Harry
Harry descobre por fim que Sirius Black não estava à sua procura para lhe fazer mal. Pelo contrário, é seu padrinho e fora um dos melhores amigos de seu pai. Assim Rowling traça o perfil de Sirius Black - um bruxo que, quando necessário, toma a forma de um imenso cachorro -, com o qual Potter deseja doravante morar:
"Uma massa de cabelos imundos e emplastrados lhe caía até a altura dos cotovelos. Se os olhos não estivessem brilhando do fundo das escuras covas oculares, ele bem que poderia ser tomado por um cadáver. A pele ensebada estava de tal modo esticada sobre os ossos de sua face, que esta parecia uma caveira. Um sorriso irônico fazia aparecer-lhe os dentes amarelados. Era Sirius Black" 14.
Harry e o diálogo com as serpentes
Um dos animais que mais horroriza o homem é a serpente. Foi sob a forma deste réptil que o demônio tentou Eva. E desde a queda original a cobra simboliza o maligno. Por isso mesmo, a representação da serpente encontra-se em todos os ritos satânicos. Porém, quando se trata de Potter, o aspecto tenebroso do trato com as cobras como que desaparece. E vem apresentado pela autora como uma qualidade a mais de Harry, ofidioglota à maneira de Lord Voldemort, o bruxo das trevas que domina a "língua das cobras" e com elas conversa. O que faz de Harry um bruxo muito especial. Seus colegas o interpelam a respeito:
"- Um ofidioglota! - disse Rony. - Você é capaz de falar com as cobras!
- Eu sei. Quero dizer, é a segunda vez que faço isso. Uma vez no zoológico eu açulei, por acaso, uma jibóia contra o meu primo Dudley, uma longa história... ela estava me contando que nunca tinha estado no Brasil, e eu meio que a soltei sem querer" 15.
Universo de coisas asquerosas: plantas purulentas...
O asqueroso - e não mais a contínua procura do bonum, verum, pulchrum (bom, verdadeiro, belo), que deve ser o objeto de uma sólida educação - está igualmente presente nas aulas a que Harry assiste em Hogwarts.
A professora Sprout, "uma bruxinha atarracada que usava um chapéu remendado sobre os cabelos soltos, que geralmente tinha uma grande quantidade de terra nas roupas, e cujas unhas fariam tia Petúnia desmaiar" 16, mostra "aos alunos as plantas mais horríveis que Harry jamais houvera visto. De fato, elas se pareciam menos com plantas do que com gigantescos caramujos que se elevavam verticalmente do solo, contorcendo-se e dobrando-se. Em suas hastes traziam pústulas grandes e brilhantes, cheias de uma substância líquida.
- 'Essas plantas são os Bubotubler, disse-lhes vivamente a professora Sprout. 'Elas devem ser espremidas. Aí vocês podem recolher o pus...
- 'O quê?', perguntou Seamus Finnigan com nojo.
- 'O pus, Finnigan, o pus', respondeu a professora Sprout, 'e ele é altamente valioso, portanto não o joguem fora. É preciso recolhê-lo'.
Espremer os Bubotubler foi uma tarefa asquerosa, mas que produzia de certo modo contentamento. De cada uma das pústulas, que espremiam, corria uma grande quantidade de líquido verde-amarelo, que recendia fortemente a gasolina..." 17.
... Rony e as lesmas
O nojento está presente ao longo de toda a obra. Rony, o grande amigo de Harry, lança um feitiço contra um colega que o odeia. Porém, sua varinha de condão bate-lhe no corpo e o efeito volta-se contra ele. E passa a vomitar ininterruptamente vermes:
"Rony abriu a boca para falar, mas não saiu nada. Em vez disso, soltou um poderoso arroto e várias lesmas caíram de sua boca para o colo. O time da Sonserina ficou paralisado de tanto rir. ... Draco caíra de quatro, dando murros no chão. Os alunos da Grifinória agrupavam-se em torno de Rony, que não parava de arrotar lesmas enormes" 18.
Banquete na masmorra: macabro aliado ao nojento
Em Harry Potter o repugnante não encontra barreiras nem limites. Assim Harry descreve um banquete para o qual ele e seus amigos haviam sido convidados. Na descrição do banquete, que se realiza nas masmorras do castelo de Hogwarts, nota-se novamente a mistura do belo com o hediondo, quando a autora se refere por exemplo aos peixes podres servidos em travessas de prata:
"A masmorra continha centenas de pessoas esbranquiçadas e translúcidas, a maioria deslizando por uma pista de dança, valsando ao som medonho de trinta serrotes musicais, tocados por uma orquestra reunida em cima de uma plataforma drapeada de negro. ... Parecia que estavam entrando numa câmara frigorífica. ... Passaram por um grupo de freiras soturnas, um homem vestido de trapos que usava correntes e o Frade Gordo, o alegre fantasma da Lufa-Lufa, que conversava com um cavalheiro que tinha uma flecha espetada na testa. Harry não se surpreendeu ao ver que os outros fantasmas se distanciavam do Barão Sangrento, um fantasma da Sonserina, muito magro, de olhos arregalados e coberto de manchas de sangue prateado. ... Do lado oposto da masmorra havia uma longa mesa, também coberta de veludo negro. Aproximaram-se pressurosos, mas no instante seguinte pararam de chofre, horrorizados. O cheiro era bem desagradável. Grandes peixes podres estavam dispostos em belas travessas de pratas; bolos carbonizados arrumados em salvas; havia uma grande terrina de picadinho de miúdos de carneiro cheio de vermes... e o orgulho do buffet, um enorme bolo cinzento em forma de sepultura, com os dizeres em glacê de asfalto" 19.
Um "fogo agradável" e uma língua imensa e gosmenta de serpente
Com a permissão de seus parentes trouxas, Potter deve passar parte de suas férias em casa de uma família de bruxos, seus amigos. Esses chegam através da lareira. Na saída, um dos colegas de Harry deixa cair de propósito uma bala enfeitiçada, logo engolida por seu primo trouxa, o guloso Dudley. Aqui, ao nojento une-se o horror. A língua do menino cresce e incha, a ponto de ficar como uma imensa serpente píton gosmenta.
" 'Até logo', disse Harry, e colocou os pés nas chamas verdes. Eram agradáveis e transmitiam uma sensação de um sopro quente. Neste momento, porém, ouviu-se um horrível som de engasgo, e a tia Petúnia começou a gritar. Harry voltou-se. Dudley ... estava ajoelhado junto à mesa de café, engasgado com uma coisa comprida, avermelhada e gosmenta que lhe saía da boca. Harry viu logo que esta coisa gosmenta era a língua de Dudley" 20.
Os diabretes da Cornualha: espírito diabólico de destruição
Em meio a toda espécie de seres estranhos que aparecem ao longo dos quatro volumes já editados, como os animagi (homens que se transformam em animais), os hipogrifos (seres meio cavalo, meio águia), as aranhas do tamanho de cavalos e árvores que chicoteiam etc., entram em cena também diabretes. Uma maneira eufemística de falar do demônio.
Assim, Lockhart, professor de Proteção contra Artes Mágicas, traz um dia para a sala de aula diabretes de cor azul-elétrico, diabolicamente astutos, de vinte centímetros de altura:
"Foi um pandemônio. Os diabretes disparavam em todas as direções como foguetes. Dois deles agarraram Neville pelas orelhas e o ergueram no ar. Vários outros voaram direto pelas janelas, fazendo cair uma chuva de estilhaços de vidro. Os demais se puseram a destruir a sala de aula com mais eficiência do que um rinoceronte desembestado. Agarraram tinteiros e salpicaram a sala de tinta, picaram livros e papéis, arrancaram quadros das paredes, viraram a cesta de lixo, pegaram as mochilas e os livros e os atiraram contra as vidraças quebradas; em poucos minutos, metade da classe estava abrigada embaixo das carteiras, e Neville pendurado no teto pelo lustre de ferro" 21.
Se a autora quisesse preparar seus jovens leitores para uma real aparição do demônio, poderia perfeitamente ter escrito o que escreveu.
Antítese entre antecâmara do inferno e pré-figura do Céu
Tal é o mundo de horrores proposto - com base numa gigantesca máquina de propaganda mediática - a dezenas de milhões de leitores de Harry Potter nos cinco continentes da Terra. Um mundo dominado pela magia, habitado por seres que parecem brotados de uma mente alucinada, no qual, por assim dizer, todos os sentidos são agredidos pelo monstruoso, de modo tal que já se vai tendo uma antevisão e um antegosto do que possa ser o inferno.
Os grossos volumes de Harry Potter procuram de modo sutil incutir no leitor a idéia de que o mundo real é invisível e mágico, no qual vivem os bruxos. Aí é que as coisas de fato importantes se decidem. A sociedade dos trouxas, dos homens comuns, constituiria um mundo de segunda classe, estúpido, sem graça, banal.
A obra da escritora Joanne Rowling toma assim um caráter de iniciação nos mistérios da feitiçaria, da magia e do ocultismo, enquanto porta de acesso a este novo mundo anticristão, que não é outra coisa senão uma pré-figura do reino do demônio.
Objetar-se-á que o reino de bruxos e feiticeiras desvendado em Harry Potter não passa de mera fantasia de literatura infanto-juvenil. Sem dúvida. Mas também é indubitável que tal fantasia prepara - e de modo possante - as almas para um estado de coisas que se encontra bem exatamente nos antípodas do Reino de Maria previsto por Nossa Senhora em Fátima. E anelado por grandes santos como São Luís Grignion de Montfort e eminentes pensadores católicos como o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Sim, do Reino de Maria, futuro ápice da Cristandade, quando Nossa Senhora reinará sobre os corações, fazendo da sociedade humana uma antecâmara do Céu.
Notas
1. Título original inglês: Harry Potter and the Goblet of Fire. As citações deste volume no presente artigo foram extraídas da edição alemã Harry Potter und der Feuerkelch, Carlsen, Hamburg, 2000.
2. Ver por exemplo: "O Estado de S. Paulo", 23-6-2001, Caderno 2.
3. Engana-se rotundamente quem pensar que a leitura de Harry Potter atrai somente crianças e jovens. De fato, pessoas de todas as idades estão lendo essa obra. Norbert Blum, ex-Ministro do Trabalho da Alemanha e membro do CDU, referindo-se ao sucesso da série, declarou: "Depois que devorei os três primeiros volumes, não estou de modo algum surpreso com o seu sucesso. Pois esses livros são todos eles um exercício em matéria de assombro. E o assombro é o veículo que transporta as fábulas" (Stern, Hamburg, 41/2000)
4. "Diário das Leis", São Paulo, 2a. edição, 1982
5. "Frankfurter Rundschau", 20-11-2000.
6. Título original: Harry Potter and the Philosopher´s Stone
7. Títulos originais respectivamente: Harry Potter and the Chamber of Secrets, Harry Potter and the Prisoner of Azkaban.
8. Cfr. Harry Potter und der Feuerkelch, pp. 667 ss.
9. No currículo escolar das escolas secundárias constam matérias como História, Geografia, Inglês, Matemática, Física etc. Porém, na Escola de Bruxaria de Hogwarts os jovens alunos cursam disciplinas tais como Ciência das Ervas, Criação de Seres Mágicos, Predições, Aritmântica, História da Feitiçaria, Aula de Transformação (em outros seres), Parsel, ou a habilidade de falar com cobras, Curso de Poções Mágicas (o qual se revela uma verdadeira "tortura": "As aulas de Poções Mágicas eram sempre uma experiência horrível, porém agora transformaram-se numa verdadeira tortura. Estar durante uma hora e meia trancado num calabouço com o professor Snape..." idem, p. 310).
10. Idem, p. 314.
11. O crítico literário de fama internacional Harold Bloom, professor da Universidade de Yale, considera que Potter não é aconselhável para quem esteja interessado em literatura, e muito menos para crianças: "O livro é uma massa de clichês que não pode fazer nenhum bem às crianças. Tudo isso começou por causa de Stephen King, que é um autor horrível. Ele escreveu uma resenha dizendo que os leitores de Harry Potter, com 12, 13 anos, estariam prontos para ler os livros dele aos 16 ou 17. E esta é exatamente a verdade" ("Jornal do Brasil", 3/2/2001). Stephen King escreve livros de horror pesado. Tanto seus livros quanto os de Rowling estariam desde há muito no Index Librorum Prohibitorum do antigo Santo Ofício (hoje Congregação para a Doutrina da Fé), caso ele ainda estivesse vigente.
12. Harry Potter and the Prisoner of Azkaban, Bloomsberry, London, 1999, pp. 93-94
13. Idem, p. 203
14. Idem, p. 365
15. Harry Potter e a Câmara Secreta, Rocco, Rio de Janeiro, 2000, p. 168
16. Idem, p. 181
17. Harry Potter und der Feuerkelch, pp. 404-405.
18. Harry Potter e a Câmara Secreta, p. 100
19. Idem, pp. 116-117)
20. Harry Potter und der Feuerkelch, pp. 53-54
21. Harry Potter e a Câmara Secreta, pp. 91-92
(Extraído da Revista Catolicismo de setembro de 2001)
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