● Aparições e Revelações de
Nossa Senhora das Graças ●
à
Irmã Adélia, na Guarda,
Cimbres, Pesqueira, Pernambuco, Brasil
ÍNDICE
●
Relato das
Aparições de Cimbres à Irmã Adélia ►
Denominação e Local ►
As Videntes ►
Caracterização das Aparições ►
■ Estado do Processo
Canónico ►
■ Sites, Locais e Contactos
Oficiais ►
Principais Objectivos ►
Notas Históricas ►
■ Acontecimentos
em 1936 ►
■ Acontecimentos
em 1985 ►
●
Resumo das
Mensagens ►
●
Pedidos e
Promessas da Virgem Maria ►
● Milagres alcançados ►
●
Conclusões ►
● Relato das Aparições de Cimbres à
Irmã Adélia ▲
Denominação e Local ▲
Nome da
Aparição: Nossa Senhora das Graças. Foi pedida a Devoção ao Sagrado
Coração de Jesus e a Nossa Senhora das Graças
Cidade: Cimbres, Sítio da
Guarda, reserva indígena dos Xukurus Diocese: de Pesqueira e
Arquidiocese de Olinda e Recife
Estado: Pernambuco País: Brasil
Foto antiga da Gruta
de Nossa Senhora das Graças,
no penhasco da Guarda em Cimbres
As videntes ▲
Nossa
Senhora apareceu a duas meninas, uma branca, Maria da Luz, e a outra negrinha,
Maria da Conceição.
Maria da Conceição
e Maria da Luz
Irmã Adélia (Maria da Luz)
Nome da
principal vidente: Irmã Adélia (Maria da Luz Teixeira de Carvalho)
Data de
nascimento: 16 de Dezembro de 1922 Localidade: Cimbres País: Brasil
Idade à
data da 1ª Aparição: 13 anos Idade
à data da última Aparição: 14 anos
Estado
civil:
Solteira, e mais tarde, Freirinha no Instituto de Instrução das Damas Cristãs
Entrada
para o Convento: 1937
Recebeu o hábito: Só foi aceite no terceiro convento, Congregação da Instrução das Damas Cristãs, depois de ter feito voto de silêncio sobre o temas das Aparições. Viveu em diversas casas religiosas - Nazaré da Mata, Campina Grande, Carpina, Vitória de Santo Antão, Itamaracá, etc. sempre respeitando e obedecendo às ordens das autoridades eclesiásticas.
Fez os
votos perpétuos: 15 de Janeiro de 1941
Data da morte: 13 de Outubro de 2013
em odor de santidade, num Domingo Localidade: Recife País:
Brasil
Maria da Conceição
Nome da
outra vidente: Maria da Conceição da Silva.
Era filha de um empregado do pai da Maria da Luz.
Data de nascimento: 23 de Fevereiro de
1920 Localidade: Cimbres País: Brasil
Data da morte: 17 de Janeiro de 1999. Morreu como viveu, muito pobre.
Caraterização das
Aparições ▲
Tipo de
Fenómeno: Aparições + Revelações + Pedidos + Promessas
Número de
Aparições: Várias (não contabilizadas)
Quem visitou as videntes: Virgem Maria,
Nossa Senhora das Graças, que aparecia com o Menino Jesus ao colo.
Início dos fenómenos: 6 de Agosto de 1936 às
duas rapariguinhas, Maria da Luz (Irmã Adélia) e Maria da Conceição
Fim dos
fenómenos: 11 de Fevereiro de 1937. A 30 de Agosto de 1936 a Maria da Luz
já só via um vulto.
n Estado do Processo
Canónico: ▲
As
Aparições e as Revelações aguardam Aprovação oficial pelo Bispo local, mas foram
autorizadas as celebrações de Missas e Peregrinações ao local das Aparições. O
grande apoiante e divulgador destas Aparições foi o Padre Kehrle, indicado pelo
Bispo para acompanhar as meninas, e que foi mais tarde transferido de
Pesqueira. Em 31 de Agosto de 1986 foi celebrada Missa pelo então Bispo de
Pesqueira, Dom Manuel Palmeiras, no cinquentenário das Aparições.
n Sites, Locais e Contactos
Oficiais: ▲
Sites
Oficiais:
http://nossasenhoradecimbres.com.br
Endereços
de email para contactos:
contato@nossasenhoradecimbres.com.br
Endereço Postal da
Fundação no Recife:
FUNDAÇÃO NOSSA SENHORA
DAS GRAÇAS de CIMBRES
Caixa Postal 8806
CEP 52051-971 - Recife-PE
BRASIL
Telefone de Pesqueira: +55 81 99706-0181
Local da Gruta de Nossa Senhora em Cimbres:
Encosta e penhasco onde se
localiza a Gruta da Guarda em Cimbres
Acessos à Gruta de Nossa Senhora das Graças
Imagem de Nossa Senhora das Graças na Gruta
Coordenadas GPS: 8°21'46.28"S
36°48'41.92"W Pino Google Earth
Igreja e Cruzeiro de Nossa Senhora das Graças, em Pesqueira:
Santuário de Nossa Senhora das Graças em Pesqueira
Imagem de Nossa
Senhora das Graças em Pesqueira
Coordenadas GPS: 8°21'11.58"S 36°42'3.82"W Pino Google
Earth
Principais Objectivos: ▲
O grande objectivo de “Nossa Senhora das
Graças”, nestas Aparições, foi de advertir o Brasil sobre os perigos do
comunismo e do socialismo. Como remédio para estes males, pediu Oração e
Penitência em todos os lugares.
Como os pedidos de oração foram
atendidos, os castigos foram afastados.
Notas Históricas: ▲
Estas Aparições em Cimbres à Maria da Luz, que depois de entrar
para o Convento adoptou o nome de Irmã Adélia, em conjunto com as Aparições em
Campinas à Irmã Amália Aguirre, são as duas únicas Aparições de Nossa Senhora
no Brasil, e ambas ocorreram na década de 1930 do século passado. Todas as
outras pretensas aparições até à actualidade, são manifestações diabólicas para
enganar o povo.
Hoje em dia só existe uma outra manifestação Divina no Brasil, com
a Cidinha, que é o das formiguinhas
que perfuram folhas de árvore com imagens e textos Bíblicos.
Lembremos que estas Aparições, de Nossa Senhora, e as Revelações
que foram feitas à Irmã Adélia, entre 1936 e 1937, se deram no período entre as
duas Guerras Mundiais.
No final dessa fatídica década,
desencadear-se-ia a Segunda Guerra Mundial, profetizada em Fátima, caso não
fossem atendidas os Seus Pedidos. Curiosamente, estas Aparições tiveram
particular divulgação na Alemanha, que esteve no cerne do conflito mundial.
Quero fazer aqui um sério
Alerta sobre o facto desta devoção de Nossa Senhora das Graças, ter sido
assaltada e clonada pelo perigoso
falso vidente Marcos Tadeu
de Jacareí, sem qualquer escrúpulo ou
vergonha, e que as conspurcou, assumindo-se como continuador das Aparições de
Cimbres, tal como também já o fez em relação à Devoção das Lágrimas dada à Irmã
Amália Aguirre.
Alerto para o facto de vários sites na net,
que falam de Nossa Senhora das Graças, em Cimbres, estarem contaminados pelo
demónio, através do falso vidente Marcos Tadeu de Jacareí, e portanto devendo
ser evitados a todo o custo.
Acontecimentos em 1936 ▲
O texto, que apresento
seguidamente, é um resumo, reformatado e corrigido, da tradução de um artigo
que foi publicado na Revista alemã Konnesreuthes
Jahrbuch - 1936.
“Duas
meninas foram mandadas ao campo a fim de colher mamona. Uma chamava-se Maria da
Luz, e a outra Maria da Conceição. Esta é de família pobre e conta 16 anos de
idade, filha de um empregado do pai de Maria da Luz.
Na ocasião das
Aparições, aquelas redondezas eram perturbadas por bandos de gatunos que
roubavam e saqueavam a valer, causando grande inquietação nos
habitantes. O mais temível era o Lampião e a sua quadrilha que
aterrorizava o agreste.
Durante esta saída, Maria da Conceição, perguntou à sua amiga:
– “Que farias se os ladrões
nos encontrassem agora?”
– “Ficaria muito quieta, pois Nossa Senhora nos
protegeria, respondeu Maria da Luz.”
Casualmente aquela,
olhando para uma montanha próxima, exclamou:
– "Veja
lá uma Senhora".
De facto lá se achava uma
Senhora que as chamava por acenos, tendo nos braços um belo menino.
Do lado em que as
meninas estavam, era impossível a subida: as rochas e ramos emaranhados
impediam a passagem; foi-lhes necessário tomar um desvio, passando perto de sua
casa para poderem subir com mais facilidade. Como fossem onze horas da manhã, a
mãe de Maria chamou-as para almoçarem. Elas não quiseram ir, contando o que
tinham visto e queriam seguir o caminho até aquele lugar.
A mãe, boa senhora,
vice-presidente do Apostolado da Oração, disse muito simplesmente: “É história,
venham almoçar.” Neste momento, chega o pai, Artur Teixeira, para almoçar. As
meninas sentadas de fronte à casa, falavam sobre aquela senhora tendo a criança
nos braços, a qual lhes acenara. A janela estando aberta, a mãe de Maria da Luz
ouviu a conversa e narrou-a ao pai desta.
O sr. Artur pediu-lhes
que contassem o que haviam visto; as meninas disseram-lhe tudo, asseverando com
tal segurança que ele quis acompanhá-las. Tomando uma foice, começou a limpar o
caminho, quando, quase sem saber como, as meninas já haviam alcançado o cume do
monte.
De lá, as meninas lhe
gritavam, apontando na direcção de uma pedra branca. Com dificuldade ele
alcançou o alto, mas nada via do que lhe diziam.
Entretanto, a mãe não
ficou tranquila em casa; trouxe consigo as crianças, em número de cinco ou
seis. Destas últimas, ninguém conseguiu ver coisa alguma.
Apesar das meninas
sustentarem que viam diante de si uma senhora com um menino, o pai, para mais
segurança, mandou que elas lhe perguntassem o que desejava.
Perguntaram e a visão
respondeu:
– "Minhas filhas, virão tempos
calamitosos para o Brasil! Dizei a todo o povo que se aproximam três grandes
castigos, se não fizer muita penitência e oração."
Restava-lhe muito que
dizer ainda, mas ficou para mais tarde. As notícias corriam de boca em boca e
os homens se aglomeravam naquele lugar onde fora vista aquela senhora com a
criancinha, esperando ver qualquer coisa, mas nada viam.
Na
passagem diária das meninas naquele lugar, Nossa Senhora lhes aparecia.
Como dizíamos, atendendo ao
pedido do vigário, o pai levou a menina para Pesqueira, apresentando-a ao
senhor Bispo, que mandou seu secretário ouvi-la, pois estava muito ocupado.
Após a audiência, o
padre disse:
– “Vocês estão enganadas.”
Porém, Maria da Luz
sustentou a palavra. Terminou-se a conversa entregando o padre umas perguntas,
das quais ela devia pedir resposta à Senhora e enviá-las em seguida, na
primeira ocasião, por escrito.
A menina enviou a
resposta pedida. Apesar de ela ser um tanto atrasada, não houve a menor
inexactidão.
Eram
as seguintes as perguntas formuladas:
1 – Quem pode mais que
Deus?
2 – Quantas pessoas há
em Deus?
3 – Quais são estas
pessoas?
4 – Em nome de Deus
dizei quem sois e que quereis?
5– Quereis falar com
um padre?
6 – Que
significa o sangue que jorra da vossa mão?
Após dois dias, o padre recebeu da
menina as seguintes respostas:
1
– Ninguém.
2
– Três.
3
– Pai, Filho e Espírito Santo.
4
– Sou a Mãe da Graça e venho avisar ao povo que se aproximam três
grandes castigos.
5
– Sim.
Então a menina
perguntou com qual padre, enumerando diversos. A aparição respondeu:
– Quero falar com o padre que lhe fez
estas perguntas.
6
– Representa o sangue que será derramado no Brasil.
Estas
respostas fizeram o Padre reflectir e decidiu ir àquele lugar para examinar se
encontraria provas ou se eram ilusões ou falsidades.
O lugar das aparições – a Guarda
– é localizado num alto, circundado de montanhas. Em baixo da montanha, num
vale, está a casa dos pais de Maria da Luz, a 500 metros de distância. A subida
é muito penosa.
Só com muita
dificuldade cheguei lá acima, escreve o sacerdote. Foi-me necessário tirar os
sapatos para poder subir. O calor era insuportável. Numa distância de 40 a 50
metros, divisei o lugar das Aparições e as duas meninas com o pai, os quais já
estavam em cima; elas me diziam que a Senhora olhava para mim de cima, enquanto
eu subia.
– “Que está fazendo a
aparição?” – perguntei.
– “ Está sorrindo”, disseram elas.
Eu olhei primeiro,
examinando o que havia por ali: tudo era pedra e entulho; na nossa frente
estava um formidável abismo; no lugar das aparições notava-se um como número em
forma de quatro (4); ao lado esquerdo outros números como um (1-1); no meio,
uma linha branca, um pouco mais alta, que se podia alcançar só por meio de uma
escada.
– “Lá
está a Aparição”, diziam as meninas; mas eu nada via. Sob a pedra que se
achava diante de mim, numa abertura, corria um pouco de água.
Perguntei ao pai de Maria da Luz se aquela
água sempre existiu ali. Ele me disse:
– “Não. Mas como muitos não
acreditassem nas aparições, as meninas pediram um sinal; desde então começou a
brotar água.”
Fiquei em cima com
Maria da Luz e pedi que Maria da Conceição, com o senhor Artur, se retirassem
um pouco para baixo, na montanha. Assim eles dois nos podiam ver, mas não
ouvir. Então, eu disse à Maria da Luz:
– “Dize-me agora a verdade e
não pregues mentiras, pois do contrário serás infeliz para toda a tua vida”.
Eu queria fazê-la
confessar que nada via. Ela, porém, permaneceu inabalável. Quando eu perguntei
o que a aparição estava fazendo, disse-me ela, olhando em direção do lugar:
– “Ela olha para cá e está sorrindo”.
– “Agora dize-me: como
está Ela?”
Maria da Luz olha e
diz:
– “Vejo uma bela Senhora, cujo vestido é creme, quase como vosso capote.
O manto é azul celeste, pendendo do pescoço, onde está seguro por uma fivela,
com pedras preciosas. Num braço está a criança”.
– “Em que braço? No
direito ou no esquerdo?”
A menina não sabia
distinguir o braço direito do esquerdo. Fez uma vira-volta com o corpo e
mostrou-me o braço esquerdo.
– “Ela, como o menino, traz uma coroa de ouro na cabeça”, disse-me a
jovem.
– “E a outra mão?” -
perguntei.
Fez então uma nova
vira-volta (apontando-me) mostrando-me o braço direito estendido para baixo.
– “A criancinha enlaça o pescoço da mãe com o bracinho direito",
disse ela, dando uma vira-volta e apontando o braço. “A senhora tem na cinta uma fita da mesma fazenda e da mesma cor que a
do vestido. Vejo somente um dos pés.”
– “Qual deles?” -
perguntei.
Ela mostrou o pé
direito, fazendo outra vira-volta.
– “Atrás da Senhora vê-se um bonito oratório com duas torres fechadas. O
oratório, que tem a forma de uma casinha, tem pedras preciosas nas suas
torres."
Chamei então o pai com a
outra menina, ao qual, tendo chegado, eu disse:
– “O senhor tome Maria da
Luz e vá ficar no mesmo lugar. Eu fico com Maria da Conceição”.
– “Compreendeste
alguma coisa do que eu disse à tua companheira?”, perguntei à mocinha.
– “Não senhor”, disse ela.
Então eu lhe disse:
– “Maria da Luz já me disse
tudo e confessou a verdade: tudo o que vós arranjastes é mentira e invenção.
Agora quero que me digas também a verdade: não é certo que nada vês?”
A menina ficou como
aterrorizada e olhando para o ponto das Aparições, disse-me em tom choroso:
– “Se
Maria da Luz disse isto ou não, eu não sei; mas agora eu vejo a Senhora como
antes”.
Procurei embaraçá-la
por meio de muitas perguntas, a fim de averiguar se era imaginação.
– “Eu que sou padre, nada
vejo! Tu que nada és, dizes que vês Nossa Senhora?” Ela permaneceu sempre
firme.
– “Está bem” – disse
eu – “Dize-me o que vês agora”.
Ela narrou tudo
minuciosamente e fielmente como a sua companheira.
Quando ela indigitava o
lugar da Aparição no ponto, eu dizia, para experimentá-la:
– “Maria da Luz me disse que é noutro lugar, lá
do outro lado”. Então ela olhava para o lugar que eu dizia e respondia:
– “Não,
eu vejo Nossa Senhora naquele lugar branco. No lugar que Maria da Luz indicou
ao senhor, eu nada vejo.”
Não encontrei sequer
uma contradição no que as meninas me diziam.
Chamei então Maria da
Luz – deixando o pai onde estava – e perguntei a ambas se viam a Senhora. Ambas
responderam:
– “Sim, vemos.”
– “Perguntem a Nossa
Senhora se ela me vê”, disse eu. Perguntaram, e Ela respondeu que sim.
– Perguntem a Nossa
Senhora se eu posso formular algumas perguntas numa língua estrangeira.
– “Sim”, responderam, por Ela.
Fiz então umas oitenta ou noventa perguntas em alemão,
que as meninas não compreendem e recebi todas as respostas certas.
Eu recebia as respostas por
intermédio das meninas, em português, fielmente conforme eu perguntava em
alemão, como:
– “Wer bist du?” (quem sois
vós?)
– “A Mãe do Céu”.
– “Wie heisst das Kind auf
deinem Arm?” (como se chama a criança em seu braço?)
– “Jesus”.
– “Porque apareceis
aqui?”
– “Para avisar ao povo
que três grandes castigos cairão sobre o Brasil”.
– “Quais são os
castigos?”.
Não respondeu, fazendo
sinal com a mão para fazer entender, ou que não podia falar, ou que não queria.
– “Podeis então
dizê-lo mais tarde?”
– “Sim”.
– “Por que não dais um
sinal visível, para que o mundo possa ver que sois a Mãe de Deus?”
– “Já o dei”.
– “Qual é o sinal?”
– “A água que está correndo em baixo”.
– “Para que serve esta
água?”
– “Para remédio”.
– “Para todas as
doenças?”
– “Sim, mas para quem tem fé”.
– “Quem quiser pode
tirar daquela água?”
– “Não, só as duas meninas”.
– “Porque não podem
tirar quem quiser?”
– “Para que todos creiam”.
Cortemos aqui as respostas,
para destacar bem o que segue, pois é a parte essencial das revelações da Mãe
de Deus.
AMEAÇAS E REMÉDIOS
O
Sacerdote continua o mesmo interrogatório, penetrando cada vez mais no âmago
das questões palpitantes que a Virgem Santa quer revelar.
– “Qual é o fim da vossa aparição aqui?”
– “Avisar que três
grandes castigos virão sobre o Brasil.”
– “Quais castigos?“
De novo Ela fez
sinais, fazendo entender que não podia ou não queria falar.
–
“Que é necessário fazer para desviar os castigos?”
– “Penitência e oração.”
– “Qual a invocação
desta aparição?”
– “Das Graças.”
–
“Que significa o sangue que corre das vossas mãos?”
– “O sangue que inundará o Brasil.”
–
“Virá o comunismo a penetrar no Brasil?”
– “Sim.”
–
“Em todo o País?”
– “Sim.”
–
“Também no interior?”
– “Não.”
– “Os padres e os
bispos sofrerão muito?”
– “Sim.”
– “Será como na
Espanha?”
– “Quase.”
–
“Quais são as devoções que se devem praticar para afastar estes males?”
– “Ao Coração de Jesus e a Mim.”
– Não basta só uma?”
– “Não.”
– “Quereis que se
pregue sobre este assunto?”
– “Sim.”
– “Permiti-lo-ão as
autoridades eclesiásticas?”
Fez um gesto como se
não quisesse dizê-lo.”
– Darão licença mais
tarde?”
– “Sim.”
– “Quereis que se
construa uma igreja aqui?”
– “Não.”
– “Quereis mais
tarde?”
Fez os mesmos gestos.”
– Esta aparição é a
repetição de La Salette?”
– “Sim.”
– Haverá uma romaria aqui?”
– “Sim.”
– “Por que apareceis
neste lugar, cuja subida é tão difícil?”
– “Para o povo romeiro poder fazer penitência.”
– “Quanto tempo faz
que estais aqui?”
Fez um gesto com o
dedo, com se quisesse dizer:
–
“Há
muito tempo".
– “Se sois a Mãe de
Deus, então dai-nos vossa Bênção.”
Instantaneamente as
duas videntes exclamam:
– “Olha
lá!!! Está nos abençoando"... e fizeram o sinal da cruz.
– “Se sois a Mãe de
Deus e a criança é o Menino Jesus, manda que Ele nos dê a Bênção.”
Neste momento, as duas
pobres camponesas, admiradas e transportadas de júbilo, exclamaram:
– “Ele
já sabe dar a Bênção também!” Fizeram mais uma vez o sinal da cruz.
Uma das meninas exclamou
ainda:
– “Agora
vimos a outra mãozinha do menino. Até agora ela estava enlaçada ao pescoço da
Mamãe. Ele estende para o senhor os dois bracinhos."
Fiz ainda muitas
perguntas, obtendo respostas certas.
Descendo eu, disse às
duas meninas:
– "Agora vejam se a
Senhora ainda está lá". Responderam ambas:
– “Sim,
Ela está em frente de sua casinha, abençoando-nos".
– “Para quê tanta
Bênção?” disse eu, como se estivesse amolado e em tom grave.
As meninas ficaram
trémulas e atemorizadas.
– “Pergunta a Ela,
para quê tanta Bênção!
– “Para que sejais felizes, disse Ela.”
Perguntei de novo, em
alemão:
– "Somente as duas ou
eu também?"
Responderam elas:
– "Para
o senhor também".
Tudo o que vi
impressionou-me muito, excedendo as minhas expectativas. Umas das perguntas
versou sobre os acontecimentos de Konnesreuth, perguntando se aqueles factos
eram de Deus ou do demónio.
– “É de Deus”,
disse a aparição.
PROVIDÊNCIAS E OPOSIÇÕES
As providências do Bispo
foram de que as meninas fossem examinadas pelo médico. Procedeu-se ao exame e
averiguou-se que ambas eram completamente sãs.
A Aparição repetia-se.
Mas os contras surgiam à medida que se falava nas Aparições.
A água corria
constantemente, em pouca quantidade, e como que saindo da pedra.
Começaram as curas
extraordinárias; foi pena que os médicos não fossem avisados para
examiná-las. Em todo o caso, o povo dá veracidade aos factos e neles crê.
Opinam que tenha
havido profanação da fonte, embora não se saiba ao certo; e Nossa Senhora pediu
que se fizesse um muro ou uma cerca, pois só as almas contritas e piedosas
podiam assim aproximar-se a fim de fazerem orações e penitências.
Fez-se a cerca, visto
as pessoas se aglomerarem sempre mais em romaria. Veio a polícia e derrubou a
cerca. Imediatamente secou a água até então corrente.
O sacerdote mandou de
novo construi-la e fechou as portas; logo depois a água brotou.
Após oito dias veio a
polícia novamente, destruiu a cerca e, como na outra vez, desapareceu a água.
Falou-se que houvera
sido o Bispo quem mandou a polícia.
Este negou-o, dizendo
que não sabia de nada.
A Aparição repetidas
vezes veio e as meninas afirmaram que a Senhora lhes dissera:
– “Tenham paciência; as coisas que vêm de
Deus são mesmo assim".
Mandou então o padre que as meninas
perguntassem a Nossa Senhora quem havia mandado os soldados, e a resposta foi
esta:
– "Quem mandou foi um padre!"
Quinze dias depois,
uma carta das meninas chegou, dando-me o nome do culpado.
Entretanto, a água não
corria mais naquele lugar, mas um pouquinho acima. As meninas afirmaram que
tinham pedido a Nossa Senhora para fazer a água sair novamente; então começou a
correr.
Nossa Senhora
recomendou que não se dissesse isto a qualquer pessoa, para que só os bons recebessem
da água.
Maria da Luz entrou
num colégio, a pedido de Maria Santíssima, para mais tarde, após ter adquirido
um pouco de instrução, entrar no convento. A Aparição pediu que as despesas
necessárias fossem feitas pelo Padre, autor daquelas perguntas.
Maria da Conceição
está ainda com seus pais, em casa: parece-me que ela nunca mais viu a Aparição.
Outro facto sobre
Maria da Luz: em todas as festas de Nossa Senhora, ela viu a Aparição na
montanha da Guarda.
Certo dia, perguntando
algo a Nossa Senhora, recebeu esta resposta:
– “Nunca
mais me manifestarei aqui em Guarda e os três castigos não virão já, porque o povo está melhor; mas é
necessário ainda rezar muito e fazer penitência.”
Recomendou de novo a devoção ao Coração de Jesus e a Ele.
CONCLUSÃO
Tal é a narração
publicada na revista Anuário Koenigsreuth.
As relações escritas que me foram transmitidas, sendo recolhidas dos lábios do
próprio sacerdote que formulou as perguntas são mais extensas, porém a narração
acima é o resultado fiel do conjunto, e outros pormenores nada de essencial
ajuntam ao facto.
* Padre Júlio Maria de
Lombaerde. O Fim do Mundo está
próximo! Prophecias antigas e recentes. Livraria Boa Imprensa, Rio de
Janeiro, 2ª edição, 1939, cap. VI, pp. 71 e ss.Nihil obstat dado pelo Cónego José de Lima em 10 de Julho
de 1936, e Carta de Aprovação do Bispo de Caratinga, de 31 de julho de 1936.
Este texto foi extraído do site http://www.sacralidade.com/igreja2008/0178.castigos.html
que pode ser lido para mais
pormenores sobre o ambiente vivido no Brasil, na época e na actualidade. Esta
página de Sacralidade, foi postada em 17 de Maio de 2009 e foi actualizada em
11 Junho de 2016.
Acontecimentos em 1985 ▲
Relato
de um/a Peregrino/a (?):
“Numa demonstração de que as coisas de Deus
são para sempre, a Irmã Adélia, quebrando o silêncio, divulgou à Congregação
todos os factos até então de conhecimento limitado.
Rapidamente, centenas de pessoas
entusiasmadas quiseram conhecer o local, iniciando-se inúmeras romarias de
religiosos e leigos de várias cidades, tendo a Irmã Adélia acompanhado algumas
destas visitas; uma delas no dia 8 de Dezembro de 1985, quando se comemoravam
2.000 anos do nascimento de Nossa Senhora.
Irmã Adélia na
Peregrinação de 1985
Nesse dia, temendo o calor e o forte Sol de
Verão dos dias anteriores, saímos cedinho a fim de evitar o Sol causticante.
Grande foi a nossa surpresa, pois vimos o céu encoberto por nuvens que pareciam
nos cobrir de glórias nesta romaria.
O motivo desta é que jovens de Fortaleza e cidades vizinhas viriam juntamente
com Irmã Adélia visitar o local e receber uma mensagem de Nossa Senhora para
os jovens de todo o Brasil.
A casa do sítio é muito simples e lá nos esperavam dois de seus irmãos com
muita alegria. Em frente à casa, distante uns quinhentos metros, foi construída
uma capelinha onde anualmente no dia 31 de Agosto (último dia da aparição) se
celebram Missa e outros eventos religiosos.
Dirigimo-nos para o local da Aparição no cume da montanha, o que nos
parecia absolutamente impossível chegarmos até lá, galgando aquele despenhadeiro
de mais de 600 metros de altura. O povo, que então já era muito, começou a
subir. Uns hesitavam dizendo: "Se subirmos não poderemos
descer".
Outros pediam forças e assim caminhando a multidão rezava com muita fé, quase
todos chegaram sem tropeços. A pedra nua, quase vertical, com uns poucos
degraus, exige um sacrifício que Nossa Senhora revela ser um lugar de
penitência e crescimento da Fé.
No local foi feito um muro de protecção e um nicho para uma imagem de Nossa
Senhora das Graças, bem como um pequeno depósito para acumular a água que desce
rocha abaixo.
O tempo continuava nublado, estivemos em longa oração. No meio da subida há um
patamar, onde irmã Adélia ficou com os jovens, pois o alto já não os
comportava.
Deu-lhes aí a mensagem da Virgem Santíssima acerca do perigo da
entrada do comunismo no Brasil; pediu aos jovens deste país que se
comprometessem em guardar e defender a nossa Pátria.
Foi um momento muito solene e importante nos nossos corações, pois sentíamos
uma forte emoção. "Isto é uma
bênção do Céu para vocês, porque vieram aqui e acreditaram.” - disse Irmã
Adélia.
Enquanto orávamos começou uma chuva fina que foi aumentando, mas Irmã Adélia
nos falou: "Isto é uma chuva de Graças
sobre vocês, nossa Mãe está aqui presente abençoando a todos."
Foi maravilhoso, a chuva caiu forte, estávamos molhados, mas não molhou o
hábito da Irmã Adélia.
Depois dos louvores e cantos de exaltação a Maria, descemos em procissão com os
corações cheios de admiração e agradecimento; cada um procurava guardar dentro
de si aquele momento especial.
Após o retorno, o Sol brilhou novamente com todo seu esplendor, louvamos ao
Senhor por nos proteger e dar condições de participar do chamado de Maria Santíssima.”
● Resumo das Mensagens ▲
O resumo destas mensagens é
muito simples e foi o que Nossa Senhora advertiu:
A grande
advertência:
– “Minhas filhas, virão tempos calamitosos para o Brasil!
Dizei a todo o povo que se aproximam três grandes castigos, se não fizer muita
penitência e oração."
Não
especificou quais seriam castigos.
Para desviar os castigos é necessário fazer:
– “Penitência e oração.”
A invocação desta Aparição é:
– “Nossa Senhora das Graças.”
O sangue que corria das mãos de Nossa
Senhora significava:
– “O sangue que inundará o Brasil.”
O comunismo irá penetrar no Brasil,
excepto no interior, os padres e os bispos irão sofrer muito e será quase como
em Espanha.
As duas devoções que se devem praticar para afastar estes
males, são As devoções ao Sagrado Coração de Jesus e a Nossa Senhora das
Graças.
Este assunto deve ser divulgado e
pregado.
Não pediu a construção de uma igreja no local.
Esta Aparição é a repetição de La
Salette.
Haverão romarias àquele lugar difícil:
– “Para o povo romeiro poder fazer penitência.”
– “Nunca mais me
manifestarei aqui em Guarda e os
três castigos não virão já, porque o povo está melhor; mas é necessário ainda
rezar muito e fazer penitência.”
Há um vídeo do Padre Paulo
Ricardo sobre estas Aparições:
https://padrepauloricardo.org/episodios/o-alerta-de-maria-para-o-brasil#.VqP0YLrAST4.facebook
● Pedidos e Promessas da Virgem Maria ▲
■ Nossa Senhora pediu para se Rezar o
Rosário em todos os lugares, fazer penitência, e não colaborar nem apoiar o
comunismo e o socialismo.
■ Nossa Senhora fez nascer uma fonte na
rocha do penhasco, no sítio da Guarda, com água que traria muitos Milagres a
quem a tomasse com Fé. Cada vez que havia tomadas de posições hostis às
Aparições, por parte das autoridades civis ou eclesiásticas, a Água parava de
jorrar.
● Milagres alcançados ▲
Com a água que brotou da rocha milagrosamente, deram-se muitos Milagres
de curas de doenças ao longo dos anos. Na altura, a Água só devia ser recolhida
pelas duas meninas videntes.
● Conclusões ▲
Na década de 1930 do século passado, já Nossa Senhora se tinha
manifestado no Brasil em Campinas e começavam a se vislumbrar os conflitos que
haviam de fazer deflagrar a Segunda Guerra Mundial. Daí a sua preocupação em
advertir o povo sobre os perigos do comunismo.
Nestas Aparições que foram largamente desprezadas pelo Clero brasileiro,
foram feitas sérias advertências contra o comunismo e o socialismo.
Se bem que, para aquele tempo, Nossa Senhora disse que os castigos tinham
sido afastados, porque o povo melhorou, deixou no entanto a advertência:
“Mas é necessário ainda rezar muito e
fazer penitência.”
Esta
advertência Continua válida até aos dias de hoje, não só para o Brasil mas como
para todo o mundo!